sexta-feira, dezembro 30, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Terreiro do Paço
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Fundação Ari Soares [A. Cabral]
  
Jumento do dia


Assunção Esteves, presidente da Assembleia da República

Ou para Assunção Esteves a austeridade só começa em 2012 ou o parlamento gastou dinheiro enquanto teve e sem grandes esforços de poupança.

«Os deputados da Assembleia da República vão passar a deslocar-se em classe económica nas viagens de avião com duração inferior ou igual a quatro horas, sendo permitido viajar em executiva apenas em deslocações de duração superior.» [CM]

 Tudo onde o Vara toca transforma-se em desgraça!

 
Pois, se fosse médica do Paulo Macedo ou do Gasparoika em vez de assaltar ourivesarias estaria a fazer voluntariado no Banco Alimentar Contra a Fome...
 
PS: Qual será a notícia que a médica do Vara é ladra ou que a Ladra é médica do Vara?
    
 

 Um ano do caraças

«Se há ano que fez por ser lembrado, foi este, 2011. Deixem-me consultar a mnemónica: Bin Laden, Kadhafi e Kim Jong-il, triplo AAA e triplo desastre japonês, Steve Jobs, novela trágica de Rosalina e novela de alcova de Strauss-Kahn, Murdoch e os seus jornais, Presidenta Dilma, indignados e Primaveras Árabes, Barcelona de Messi... A minha mnemónica 2011 é como aquelas de cábulas de liceu, em acordeão para lembrar muito e só com vago rastilho para instigar a memória. Cada nome faz explodir um romance, evoca a milenar história dos homens (e o seu rosário de sangue, sexo e dinheiro, e também a sua antologia de vontade e talento), multiplica pistas e deixa-nos derreados por tanta coisa num ano só. 2011 foi do caraças!

Kadhafi-2011, por exemplo, foi como passar de sócio a pária. De convidado que até impunha como devia ser recebido, de tenda, a abandonado à turba - "não sabem o que é compaixão?", disse a alguém, momentos antes de ser empalado. Terão esses momentos horríveis a ver com a classificação esperançosa, "Primaveras", que damos às revoltas árabes? Certamente que sim, porque os homens não mudam ao som de cânticos celestiais, por mais que evoquem o Céu quando se manifestam. Mas, atenção, a Praça Tahrir pôde passar o ano com enchentes sucessivas e, apesar do sucesso mundial das retransmissões, não ter nada para anunciar - aquela jovem blogger cairota que mostra o corpo, e de quem já nos esquecemos o nome, fosse ela a vencedora de 2011, a Primavera Árabe poderia ser já proclamada. Isto para dizer que, se o ano foi enorme, talvez não seja onde julgamos. Outras vezes, porém, as câmaras souberam acertar com o acontecimento: morre uma inexistência, o tal Kim n.º 2, e vimos, na dor aviltante de um povo, a morte definitiva do comunismo.

Muitos dirão que 2011 foi o ano da crise do euro. Não acho, felizmente, aí, o ano falhou. Aí, 2011 ficará como bem-intencionado e teimoso (tanta cimeira), mas desconseguido. O acontecimento do ano foi o escândalo Murdoch. O maior patrão de imprensa mundial (Times, Wall Street Journal, Sun, New York Post...) tinha um jornal que vasculhou no telemóvel de Milly Dowler, de 13 anos, raptada e assassinada. O Diabo está nos pormenores.» [DN]

Autor:

Ferreira Fernandes.
    

 O desmantelamento do país continua a bom ritmo

«Segundo o Diário da República desta quinta-feira, são extintos os centros Novas Oportunidades promovidos pelo Instituto Politécnico de Leiria (Leiria), pela Escola Secundária de Montemor-o-Novo (Montemor-o-Novo), pela Escola Secundária com 2.º e 3.º Ciclos Gil Vicente (Lisboa), pela Escola Superior de Educação de Portalegre (Portalegre) e pela Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Sacavém (Loures).

Além destes, são igualmente extintos os centros Novas Oportunidades promovidos pela Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Madeira Torres (Torres Vedras), pela Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos de Leça do Balio (Matosinhos), pela Agrupamento de Escolas de Pampilhosa e pela Escola Secundária da Moita (Moita).» [CM]

Parecer:

O que se pode vender vende-se aos chineses, o que é mais difícil de vender oferece-se à filha do Eduardo dos Santos, o resto é para desmantelar.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Emigre-se.»
  
 Desta vez os papás em série têm razão

«Para o presidente da Associação Portuguesa das Famílias Numerosas (APFN), Fernando Ribeiro e Castro, o diploma, que "ignora a existência de crianças no cálculo do rendimento médio mensal", é mais um caso de uma política que tem vindo a "agravar de forma duríssima a vida das famílias".

Para a associação, o diploma "viola a Constituição, porque no cálculo da taxa ignora a dimensão do agregado familiar", situação que leva Fernando Ribeiro e Castro a defender que "o Governo tem de entrar em linha de conta com o rendimento 'per capita'".» [DN]

Parecer:

O governo está a criar a sua classe de descamisados para assegurar os votos que perdeu na classe média e com as benesses que dá aos seus eleitores está a aumentar as desigualdades. 

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprovem-se as críticas.»
  
 Parlamento abastardou-se

«A Assembleia da República "abastardou-se" e, por isso, Paulo Morais entende que a presidente do Parlamento "tem a obrigação de tomar uma atitude, em nome dos princípios éticos", uma vez que não está em causa qualquer ilegalidade. "Se nada for feito, pode aplicar-se o aforismo que diz que 'tão ladrão é o que vai à horta como o que fica à porta'", acentuou ao JN. » [DN]

Parecer:

Em Portugal a gestão de influências faz-se dentro do parlamento.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
  
 Nem todos as chefias do Estado lambem botas

«A directora-geral do Orçamento apresentou a sua demissão ao ministro das Finanças, Vítor Gaspar, por discordância com algumas das políticas orçamentais seguidas pelo actual Governo, apurou o Económico.

Maria Eugénia Pires já se despediu da sua equipa, a quem explicou as razões que a levaram a sair e informou que vai abandonar o cargo no final do ano, ou seja, na próxima semana.

A principal razão invocada pela ainda directora-geral do Orçamento para bater com a porta foi facto de o Governo ter decidido acabar com o sistema implementado pelo ex-ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, que impõe um controlo trimestral da despesa pública, visando o cumprimento do défice.» [DE]

Parecer:

Haja alguém capaz de actuar em função da opinião.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Elogie-se o gesto independentemente da sua fundamentação.»
  
 Mais desgraças socráticas para a Passos Coelho e o Cratino destruírem

«O abandono escolar precoce entre os alunos do ensino básico e secundário em 2010 teve uma redução de 2,5 pontos percentuais relativamente a 2009, enquanto o número de alunos inscritos nas universidades aumentou, revela hoje o INE.

Os dados constam dos indicadores sociais do Instituto Nacional de Estatística (INE) de 2010 e revelam que "o abandono precoce de educação e formação situou-se em 28,7 por cento, o que significa uma redução de 2,5 pontos percentuais relativamente ao verificado no ano anterior".» [DE]

«O número de doutorandos em Portugal aumentou 134,4% em Portugal nos últimos cinco anos. No último ano lectivo, estiveram inscritos no ensino superior 16.377 doutorandos e 105.409 mestrandos, segundo os indicadores sociais de 2010 revelados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).» [Público]

Parecer:

Este Sócrates foi a desgraça do país.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se pelos resultados dos anos do Passos.»
  

   






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