quinta-feira, dezembro 08, 2011

Economistas

Cada época tem os seus profissionais na moda, em tempos eram os grandes maestros, os generais também já estiveram na moda, mais recentemente as vedetas eram as top modelos, os futebolistas volta e meia dominam a atenção colectiva, nos últimos tempos são os economistas. Confesso que a Cláudia Schiffer teria mais condições para me levar ao orgasmo do que o Vítor Gaspar, entre uma das mais belas composições humanas que a natureza nos proporcionou e um gajo feio e com ar de sem abrigo que se lixe a economia e os que andam a idolatrar a triste figura com ar de se sem abrigo abandonado saída de livros poeirentos de uma qualquer biblioteca prefiro ir pelos meus impulsos em vez de acompanhar os orgasmos editorialistas do jornal “i”.

Da mesma forma que quando as top models estão na moda estas exibem-se como se todo o mundo as venerasse os economistas estão fazendo o mesmo, sempre que dão um traque na via pública agarram logo o telemóvel para pedirem às esposas que liguem as televisão num canal de notícias para verificarem se a programação foi interrompida para dar a conhecer ao mundo as preferências gastronómicas de tão importante personagem.

O último a dar um traque foi um importante licenciado em economia que governa o mais paradisíaco oásis da Europa, um local onde se come à francesa, se bebe à italiana, se veste à francesa, tudo isso graças a um povo sacrificado, explorado e vandalizado com a política económica do Gaspar. Mas como os governadores dão sempre uma preciosa ajuda aos governos no momento de adoptarem medidas de austeridade nenhum ousa questionar porque razão o tal Carlos Costa ganha um pequeno euromilhões todos os meses. Pois o senhor do Banco de Portugal deu um traque no parlamento e em vez de protestos pelo cheiro horrível saído do senhor, houve quem o idolatrasse por ter achincalhado um deputado, a senhora presidente do parlamente até deve ter ficado extasiada com o exótico perfume pois até hoje ficou calada, no próprio PS a anestesia foi duradoira e só dias depois houve uma reacção.

Por este andar as perfumarias aproveitarão este Natal para encherem as montras de perfumes do tipo Eau de Parfum “Stupid” by Carlos Costa, “Fool” by Vítor Gaspar, ou “Idiot” by João Duque. Imaginem a descrição da essência, “os subtis odores do Porto, uma exótica mistura das essências odoríferas das tripas à moda do Porto com as do bacalhau à Brás”. Imagino a corrida às perfumarias dos estudantes de economia do Porto, ou os da Católica em busca da essência do Vítor Gaspar.

Isto dos economistas é como os perfumes, há os de feira formados na Lusíada, os perfumes formados nas grandes escolas, e as eau de toilette como a licenciatura do governador do BdP tão modesta quanto a minha. O problema é que como estão na moda lembram os momentos de especulação nas bolsas, andamos a comprar gato por lebre, anda por aí muito perfume de feira armado em Chanel n.º 5 e não admira o estado a que as economias europeias estão a chegar.

Um dia destes vamos regressar à realidade e perceber ao que cheira mesmo o perfume dessas gente que esteve na moda.