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Navegar para onde? [A. Cabral]
Paulo Rangel, "funcionário" pago principescamente pelos contribuintes
No PSD continuam a multiplicar-se os esforços para delimitar os prejuízos provocados pela anorexia intelectual de que sofre o chefe de família dos Batanetes, agora foi a vez de Paulo Rangel que se inspirou nalgum país africano e propõe uma agência para ajudar os portugueses a emigrar. O cinismo é tão grande que o primeiro-ministro sugere aos portugueses que desempatem o país e vem logo alguém inventar um novo serviço público para empregar mais boys.
Este pequeno Rangel deve achar que é um espertinho e os portugueses, designadamente, os professores e outros quadros são os atrasadinhos que precisam da ajuda estatal para emigrarem. Seria um misto de sopa dos pobres e de agência de turismo radical, a sugerir destinos de aventura para os jovens quadros que estudaram em universidades a sério e que não são gandulos ao ponto de só procurarem trabalho aos quarenta anos ou de se candidatarem por um partido para irem coçar os ditos para o Parlamento Europeu.
Parece que este antigo candidato à liderança do PSD já se conformou com o papel de lamber as botas de Passos Coelho e já começou a fazer manifestações caninas de disponibilidade para continuar com o tacho de deputado europeu se não houver melhor e mais confortável.
«À margem do Conselho Nacional do PSD, que decorreu esta terça-feira num hotel em Lisboa, o eurodeputado explicou porque não encontra "motivo para escândalo": "Às tantas, nós até devemos pensar, se houver essas oportunidades, em, de alguma maneira, gerirmos esse processo. Talvez fosse uma forma de controlar os danos. Era ter uma agência nacional que pudesse eventualmente identificar necessidades e procurar ajustar as pessoas que tivessem vontade - não é forçar ninguém a emigrar, não se trata disso - e canalizar isso", descreve Rangel.
A ideia de criar um sistema de apoio à emigração, segundo o deputado do Parlamento Europeu, seria uma mais-valia vocacionada essencialmente para as camadas mais jovens e qualificadas da população portuguesa. "Pessoas que têm condições para isso, que ainda não têm a sua vida montada, que são mais jovens, mais ligados à aventura", pois "pode ser uma forma de as pessoas terem rendimento, de terem uma experiência, de terem uma ligação ao país feita de outra maneira, de servirem também o país", sublinha.» [RTP]
Este pequeno Rangel deve achar que é um espertinho e os portugueses, designadamente, os professores e outros quadros são os atrasadinhos que precisam da ajuda estatal para emigrarem. Seria um misto de sopa dos pobres e de agência de turismo radical, a sugerir destinos de aventura para os jovens quadros que estudaram em universidades a sério e que não são gandulos ao ponto de só procurarem trabalho aos quarenta anos ou de se candidatarem por um partido para irem coçar os ditos para o Parlamento Europeu.
Parece que este antigo candidato à liderança do PSD já se conformou com o papel de lamber as botas de Passos Coelho e já começou a fazer manifestações caninas de disponibilidade para continuar com o tacho de deputado europeu se não houver melhor e mais confortável.
«À margem do Conselho Nacional do PSD, que decorreu esta terça-feira num hotel em Lisboa, o eurodeputado explicou porque não encontra "motivo para escândalo": "Às tantas, nós até devemos pensar, se houver essas oportunidades, em, de alguma maneira, gerirmos esse processo. Talvez fosse uma forma de controlar os danos. Era ter uma agência nacional que pudesse eventualmente identificar necessidades e procurar ajustar as pessoas que tivessem vontade - não é forçar ninguém a emigrar, não se trata disso - e canalizar isso", descreve Rangel.
A ideia de criar um sistema de apoio à emigração, segundo o deputado do Parlamento Europeu, seria uma mais-valia vocacionada essencialmente para as camadas mais jovens e qualificadas da população portuguesa. "Pessoas que têm condições para isso, que ainda não têm a sua vida montada, que são mais jovens, mais ligados à aventura", pois "pode ser uma forma de as pessoas terem rendimento, de terem uma experiência, de terem uma ligação ao país feita de outra maneira, de servirem também o país", sublinha.» [RTP]
Pobres professores
[Flickr Supermariolxpt]
A campanha dos professores contra o governo de José Sócrates foi a maior acção de um grupo profissional com o objectivo de derrubar um governo e se hoje o PSD governa deve-o aos professores e aos seus sindicatos e não à anorexia intelectual do primeiro-ministro. Foram os professores que derrubaram José Sócrates para ajudarem a colocar no poder um governo que fosse dócil e lhes desse tudo o que pedisse.
Para a história ficará o ódio dos sindicatos, as manifestações e a recusa de todas as propostas governamentais. Os professores detestaram a ideia da avaliação e os dirigentes sindicais nunca perdoarão à Lurdinhas a redução em mais de mil dos professores que a coberto da lei sindical viviam à custa do dinheiro dos contribuintes.
Quando o PSD chegou ao poder foi o que se viu, o Nogueira subserviente perante Sócrates e ajudando o PSD- Madeira em plena campanha eleitoral, os sindicatos a aceitarem a avaliação que tinham recusado durante anos, os professores a apoiar o encerramento das escolas a cujo encerramento se opunham.
Os professores lembraram imagens do passado, caminharam para os "fornos crematórios" com a alegria de quem pensava ir para um resort de luxo. Agora estão confrontados com a dura realidade, todas as medidas adoptados pelo Cratino visaram dispensar professores, o país assiste ao despedimento em massa de professores e até o primeiro-ministro lhes diz que estão dispensados pelo país e que podem ir-se embora porque por cá só estão a empatar.
Num país com empresários sem qualificações, carente de criação de empresas e de empregos o primeiro-ministro poderia ter-lhes sugerido a criação de iniciativas empresariais, em vez de agências de exportação de mão-de-obra como proposto pelo Rangel poderia ter defendido a criação de uma agência de promoção dessas iniciativas. Mas não, ao sugerir a emigração Passos Coelho dispensou os professores, considerou-os desnecessários e inúteis em Portugal.
Pobre professores lutaram tanto, viajaram tanto para irem às manifestações, prescindiram de tantos dias de salário para fazerem greves e agora que pensavam ter direito a um merecido paraíso são obrigados a pagar a bala com que o governo os elimina da profissão e ainda os sujeita à humilhação de os considerar a mais em Portugal.
Agora que muitos professores perdem tudo, até o direito a um lugar em Portugal, faz-se silêncios, os bloggers sentaram-se na mesa do poder, o Mário Nogueira dá uns guinchos, os professores efectivos têm o que querem e ignoram velhas solidariedades. Assistimos a um imenso espectáculo miserável, de oportunismo, de traição, é o salve-se sem puder nos professores. Que espectáculo tão pouco digno.
Os mercados têm sempre razão
Era suposto que a venda da participação do Estado na EDP que conclui a total privatização da empresa se destinava a arrecadar recursos financeiros para o Estado e defender o interesse nacional. Mas a crer no que dizem os mercados não deverá ser isso que está a suceder. Os alemães dão menos dinheiro e prometem ao Mexia mantê-lo no lugar e agora são os chineses que apesar de pagarem mais do que os alemães também prometem manter po Mexia no tacho.
No meio de tudo isto não se discutem nem as vantagens para o país nem para a empresa, tudo se resume ao interesse do Mexia e dos investidores que ele representa. O mercado explica a corrupção em que se afunda Portugal de uma forma clara como a água.
A ironia do destino
Há uns meses atrás alguém reparou que a natalidade descia, ao que parece os portugueses não fornicavam o que deviam e até o Presidente da República se manifestava preocupado com a falta de rebentos. Agora temos um governo que é uma espécie de Big Brother da fornicação, é o governo que fornica todos os portugueses e os dispensa de se preocuparem com a natalidade, até sugere aos mais jovens e melhor dotados profissionalmente que partam e que vão fornicar para outras paragens.
Uma câmara de gás não seria mais prático?
Os velhos são uma chatice pois ganham pensões, os trabalhadores trabalham poucas horas, os professores estão a mais, não há lugar para os jovens quadros, os funcionários públicos são um peso, o país está cheio de portugueses inúteis, improdutivos, sem possibilidade de se empregarem.
Para os professores o pequeno Rangel teve a brilhante ideia de criar uma agência para os exportar, essa agência poderia até fazer publicidade em Angola, oferece-se um professor na troca de um barril de crude ou oferecem-se 500 professores por cada empresa portuguesa comprada pela família Santos.
O problema é que se ainda há quem possa querer professores portugueses, ainda que tenham a mania de derrubar governos e ser contra avaliações, dificilmente há quem nos queira levar os velhos, e todos os inúteis, desde os licenciados em gestão pela Lusíada aos que cem vez de estudarem a sério estão convencidos de a melhor forma de ter sucesso na vida é passar pela universidade de Castelo de Vide.
Tirando gente como os Mellos, os Espírito Santo e outros com menos pedigree mas que se encheram de dinheiro como os Relvas, os Loureiros e outros banqueiros, parece que o país está cheio de gente que não faz falta, que se continua a reproduzir como coelhinhos. Isto já não vai com agências e coisas dessas, não será melhor algum intelectual do PSD propor o recurso a câmaras de gás para eliminar esta praga de portugueses de segunda, parasitas, gandulos e improdutivos?
Um governo cobardolas
Para os professores o pequeno Rangel teve a brilhante ideia de criar uma agência para os exportar, essa agência poderia até fazer publicidade em Angola, oferece-se um professor na troca de um barril de crude ou oferecem-se 500 professores por cada empresa portuguesa comprada pela família Santos.
O problema é que se ainda há quem possa querer professores portugueses, ainda que tenham a mania de derrubar governos e ser contra avaliações, dificilmente há quem nos queira levar os velhos, e todos os inúteis, desde os licenciados em gestão pela Lusíada aos que cem vez de estudarem a sério estão convencidos de a melhor forma de ter sucesso na vida é passar pela universidade de Castelo de Vide.
Tirando gente como os Mellos, os Espírito Santo e outros com menos pedigree mas que se encheram de dinheiro como os Relvas, os Loureiros e outros banqueiros, parece que o país está cheio de gente que não faz falta, que se continua a reproduzir como coelhinhos. Isto já não vai com agências e coisas dessas, não será melhor algum intelectual do PSD propor o recurso a câmaras de gás para eliminar esta praga de portugueses de segunda, parasitas, gandulos e improdutivos?
Um governo cobardolas
Estes Batanetes são os governantes mais cobardes e sem os ditos que já passaram por este país, desde que chegaram ao poder não assumiram a autoria de uma única medida, ou são decisões da troika ou são o resultado de falsos desvios. O próprio Passos Coelho, o chefe de família destes Batanetes, não dá a cara por uma única medida, com o governo anterior deu a cara para pedir desculpa e usar e tirar proveito da miséria alheia, agora que é mais troikista do que a troika desaparece, manda dar recado.
O Gasparoika, número dois desta gente miserável, não assume nada, é tudo consequência de mentiras ou ordens da troika, nem sequer assume os seus erros e incompetência pois ainda 2011 não acabou e já prepara dois OE rectificativos para 2012, um por conta do fundo de pensões que está a desbaratar e outro porque elaborou o de 2011 com falsas previsões.
O Portas deve andar de fraldas, tento deve ser o mijo provocado pela tremedeira cobarde, desde que
Os novos emigrantes
O Gasparoika, número dois desta gente miserável, não assume nada, é tudo consequência de mentiras ou ordens da troika, nem sequer assume os seus erros e incompetência pois ainda 2011 não acabou e já prepara dois OE rectificativos para 2012, um por conta do fundo de pensões que está a desbaratar e outro porque elaborou o de 2011 com falsas previsões.
O Portas deve andar de fraldas, tento deve ser o mijo provocado pela tremedeira cobarde, desde que
Os novos emigrantes
Uma pequena dúvida
Porque razão os funcionários do Banco de Portugal não são integrados como todos os funcionários públicos na Caixa Geral de Aposentações? A desculpa da independência do Banco não pega e apenas serve para que estes senhores se escapem aos problemas do país, essa questão nunca se poderia colocar em relação a pensionistas e, além disso, os magistrados são muito mais independentes do poder executivo e estão sujeitos a todas as medidas de austeridade.
A situação destes funcionários, até porque o Banco de Portugal não passa de um dos maiores símbolos de incompetência em Portugal, é imoral, oportunista e abusiva. A pouca vergonha é tanta que tudo o que respeita a vencimentos ou a fundo de pensões é secreto, está tudo bem escondido dos olhos dos portugueses.
A mentira e o desprezo
«Parece que há excesso de portugueses em Portugal. Para remediar tão desgraçada contrariedade, o Governo decidiu minguar-nos tomando decisões definitivas. Há semanas, um secretário de Estado estimulou a emigração de estudantes. Há dias, o primeiro-ministro alvitrou que os professores desempregados ou com dificuldade em empregar-se deviam encaminhar-se para os países lusófonos, nos quais encontrariam a felicidade que lhes era negada na pátria. O dr. Telmo Correia, sempre inteligente e talentoso, elogiou, na SIC-Notícias, a sabedoria cristã de tão arguta ideia.
Acontece um porém: e os velhos? Que fazer dos velhos que enchem os jardins e a paciência de quem governa? Os velhos não servem para nada, nem sequer para mandar embora, não produzem a não ser chatices, e apenas valem para compor o poema do O'Neill, e só no poema do O'Neill eles saltam para o colo das pessoas. Os velhos arrastam-se pelas ruas, melancólicos, incómodos e inúteis, sentam--se a apanhar o sol; que fazer deles?
Talvez não fosse má ideia o Governo, este Governo embaraçado com a existência de tantos portugueses, e estorvado com a persistência dos velhos em continuar vivos, resolver oferecer-lhes uns comprimidos infalíveis, exactos e letais. Nada que a História não tivesse já feito. Os celtas atiravam os velhos dos penhascos e seguiam em frente, sem remorsos nem pesares.
Mas há outro problema. A fome. A fome que alastra como endemia, toca a quase todos, abate-se nos velhos e, agora, nos miúdos. Os miúdos das escolas chegam às aulas com as barrigas vazias: pais desempregados, famílias desgarradas, "a infância, ah!, a infância é um lugar de sofrimento, o mais secreto sítio para a solidão", disse-o Ruy Belo; e as escolas já não têm o que lhes dar. As cantinas reabrem, mesmo durante as férias, e sempre se arranja uma carcaça, um leite morno, nada mais, oferecidos por quem dá o pouco que não tem.
Vêm aí mais fome, mais miséria, mais desespero, mais assaltos, mais violência, mais velhos desamparados, mais miúdos espantados com tudo o que lhes acontece e não devia acontecer. Mais desemprego, num movimento cumulativo, mecânico a automático, como nos querem fazer crer. Diz o Governo. Como se esta realidade fosse natural; como se a semântica moderna da sociedade explicasse a amoralidade da eliminação da justiça e a inevitabilidade do que sucede.
Para que serve este Governo?, a quem favorece, a quem brinda, a quem satisfaz? Podem, em consciência, os seus panegiristas passar ao lado das infâmias a que assistimos, e continuar omissos ou desbragadamente cortesãos? Podem. É ao que temos vindo a assistir. O Governo administra o ódio e o desprezo com a indiferença gélida de quem não é por nós. Diz-se que o anterior Executivo vivia da e na mentira. Este subsiste de quê?» [DN]
Acontece um porém: e os velhos? Que fazer dos velhos que enchem os jardins e a paciência de quem governa? Os velhos não servem para nada, nem sequer para mandar embora, não produzem a não ser chatices, e apenas valem para compor o poema do O'Neill, e só no poema do O'Neill eles saltam para o colo das pessoas. Os velhos arrastam-se pelas ruas, melancólicos, incómodos e inúteis, sentam--se a apanhar o sol; que fazer deles?
Talvez não fosse má ideia o Governo, este Governo embaraçado com a existência de tantos portugueses, e estorvado com a persistência dos velhos em continuar vivos, resolver oferecer-lhes uns comprimidos infalíveis, exactos e letais. Nada que a História não tivesse já feito. Os celtas atiravam os velhos dos penhascos e seguiam em frente, sem remorsos nem pesares.
Mas há outro problema. A fome. A fome que alastra como endemia, toca a quase todos, abate-se nos velhos e, agora, nos miúdos. Os miúdos das escolas chegam às aulas com as barrigas vazias: pais desempregados, famílias desgarradas, "a infância, ah!, a infância é um lugar de sofrimento, o mais secreto sítio para a solidão", disse-o Ruy Belo; e as escolas já não têm o que lhes dar. As cantinas reabrem, mesmo durante as férias, e sempre se arranja uma carcaça, um leite morno, nada mais, oferecidos por quem dá o pouco que não tem.
Vêm aí mais fome, mais miséria, mais desespero, mais assaltos, mais violência, mais velhos desamparados, mais miúdos espantados com tudo o que lhes acontece e não devia acontecer. Mais desemprego, num movimento cumulativo, mecânico a automático, como nos querem fazer crer. Diz o Governo. Como se esta realidade fosse natural; como se a semântica moderna da sociedade explicasse a amoralidade da eliminação da justiça e a inevitabilidade do que sucede.
Para que serve este Governo?, a quem favorece, a quem brinda, a quem satisfaz? Podem, em consciência, os seus panegiristas passar ao lado das infâmias a que assistimos, e continuar omissos ou desbragadamente cortesãos? Podem. É ao que temos vindo a assistir. O Governo administra o ódio e o desprezo com a indiferença gélida de quem não é por nós. Diz-se que o anterior Executivo vivia da e na mentira. Este subsiste de quê?» [DN]
Autor:
Baptista-Bastos.
Um romance português
«Capítulo I: Em 2004, o Governo português era, como hoje, resultado de uma coligação entre o PSD e o CDS. O primeiro-ministro era Durão Barroso; Paulo Portas era ministro da Defesa. O Governo negociou então com o consórcio alemão GSC, de que faz parte a Ferrostaal, a compra de dois-submarinos-dois para a Marinha, que custaram a módica quantia de 880 milhões, negócio que desde cedo levantou dúvidas.
Capítulo II: Ontem, um tribunal alemão condenou dois ex-executivos da Ferrostaal a dois anos de prisão e ao pagamento de elevadas coimas por suborno de funcionários públicos estrangeiros na venda dos submarinos. O tribunal deu como provado que a Ferrostaal subornou o ex-cônsul de Portugal em Munique, pagando-lhe 1,6 milhões de euros para que ele propiciasse "contactos com o Governo português".
Capítulo III: Em Portugal corre também no DCIAP, desde 2006, um processo sobre o negócio por indícios de tráfico de influências, financiamento partidário ilegal e corrupção. Em meados do ano, estava parado "por falta de meios". Fora-lhe atribuído um só magistrado, que acumulava com outros processos; as traduções da documentação enviada pelas autoridades alemãs continuavam por fazer; ainda não tinham sido nomeados os peritos necessários ao prosseguimento da investigação...
Final feliz: Durão Barroso é hoje presidente da Comissão Europeia e Paulo Portas voltou ao Governo e é agora ministro dos "Negócios Estrangeiros".» [Jornal de Notícias]
Capítulo II: Ontem, um tribunal alemão condenou dois ex-executivos da Ferrostaal a dois anos de prisão e ao pagamento de elevadas coimas por suborno de funcionários públicos estrangeiros na venda dos submarinos. O tribunal deu como provado que a Ferrostaal subornou o ex-cônsul de Portugal em Munique, pagando-lhe 1,6 milhões de euros para que ele propiciasse "contactos com o Governo português".
Capítulo III: Em Portugal corre também no DCIAP, desde 2006, um processo sobre o negócio por indícios de tráfico de influências, financiamento partidário ilegal e corrupção. Em meados do ano, estava parado "por falta de meios". Fora-lhe atribuído um só magistrado, que acumulava com outros processos; as traduções da documentação enviada pelas autoridades alemãs continuavam por fazer; ainda não tinham sido nomeados os peritos necessários ao prosseguimento da investigação...
Final feliz: Durão Barroso é hoje presidente da Comissão Europeia e Paulo Portas voltou ao Governo e é agora ministro dos "Negócios Estrangeiros".» [Jornal de Notícias]
Autor:
Manuel António Pina.
Os professores que se cuidem
«O Governo comprometeu-se a duplicar o ritmo de redução do número de funcionários públicos entre 2012 e 2014. Só na Administração Central, a redução prevista será de 30 mil empregos, contra os 15 mil enunciados há três meses.» [DN]
Parecer:
Está-se mesmo a ver quem vão ser as vítimas.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se os parabéns a Mário Nogueira.»
Professores vão convidar Passos Coelho a emigrar
«O Grupo de Protesto dos Professores Contratados e Desempregados vai hoje desafiar o primeiro-ministro a emigrar depois de Pedro Passos Coelho ter aconselhado os professores portugueses a olharem para o "mercado da língua portuguesa" como uma alternativa ao desemprego.» [DN]
Parecer:
O homem tem todas as condições para ser bem sucedido em África.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso de desprezo enquanto se segura o saco do vómito.»
Qual das três palavras foi a que o Álvaro não percebeu
«Questionado pelos jornalistas sobre as posições de alguns colegas do Governo a propósito da emigração, o ministro da Economia insistiu que "a solução para o país passa por criar mais emprego".
"Tendo um país a crescer e onde os níveis de vida estejam a subir, cada vez mais produtivo e competitivo, certamente não veremos os nossos filhos a emigrar", insistiu.» [DE]
"Tendo um país a crescer e onde os níveis de vida estejam a subir, cada vez mais produtivo e competitivo, certamente não veremos os nossos filhos a emigrar", insistiu.» [DE]
Parecer:
Será que o Álvaro se está a vingar do Gasparoika?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Inicie-se a contagem decrescente para a demissão do Batanete da Rua da Horta Seca.»
Passos leva um pequeno beliscão de Cavaco
«Cavaco Silva disse esta quarta-feira que é importante criar condições de emprego para os jovens, em resposta às declarações de Passos que sugeriu a emigração como solução para os professores desempregados.
Depois de comentar o assunto pela primeira vez, o Presidente da República disse que esta é um altura para "ter esperança" e apelou à coesão nacional e à solidariedade dos portugueses para enfrentar a conjuntura de crise que Portugal atravessa.» [i]
Depois de comentar o assunto pela primeira vez, o Presidente da República disse que esta é um altura para "ter esperança" e apelou à coesão nacional e à solidariedade dos portugueses para enfrentar a conjuntura de crise que Portugal atravessa.» [i]
Parecer:
A paciência que Cavaco de verá ter que arranjar para aturar alguém que sofre de anorexia intelectual.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
Mais um sinal de incompetência do Gaspar
«A Comissão Europeia deu hoje um "puxão de orelhas" a Portugal por não ter apresentado, no tempo prometido, um relatório completo sobre a despesa fiscal do Estado nos diversos impostos.
Este relatório devia ter sido incluído no Orçamento do Estado para 2012, e listar quanto é que o Estado deixa de receber por conceder isenções, taxas reduzidas e permitir deduções à colecta e ao rendimento. Este valor deve ser explicitado por imposto, estando entre eles por exemplo, o custo das taxas reduzidas de IVA. [ Link]
No relatório da segunda avaliação da Comissão ao programa de ajustamento português, Bruxelas diz que “embora as autoridades tenham completado um inventário de despesas fiscais, o relatório não foi entregue”. Perante esta falha, “este ano, excepcionalmente, o relatório anual será finalizado até ao primeiro trimestre de 2012, em colaboração com a Comissão e o FMI”. Daí em diante, será publicado nos relatórios do Orçamento do Estado futuros, “em linha com as melhores práticas internacionais”.»
Este relatório devia ter sido incluído no Orçamento do Estado para 2012, e listar quanto é que o Estado deixa de receber por conceder isenções, taxas reduzidas e permitir deduções à colecta e ao rendimento. Este valor deve ser explicitado por imposto, estando entre eles por exemplo, o custo das taxas reduzidas de IVA. [ Link]
No relatório da segunda avaliação da Comissão ao programa de ajustamento português, Bruxelas diz que “embora as autoridades tenham completado um inventário de despesas fiscais, o relatório não foi entregue”. Perante esta falha, “este ano, excepcionalmente, o relatório anual será finalizado até ao primeiro trimestre de 2012, em colaboração com a Comissão e o FMI”. Daí em diante, será publicado nos relatórios do Orçamento do Estado futuros, “em linha com as melhores práticas internacionais”.»
Parecer:
A desgraça só não é maior porque este Gasparoika não passa de um secretário pessoal do Poul Thomsen.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao Gasparoika que vá cuidar das velhinhas da família que é para isso que ele tem jeito.»
Acabou-se a fartura madeirense
«Os funcionários da administração pública regional, que tradicionalmente recebiam o vencimento de Dezembro no dia 18 deste mês, ainda não foram abonados com os respectivos ordenados.» [Público]
Parecer:
Está difícil o negócio dos sifões de retrete...
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»