A direita podia ter esperado mais alguns meses para
conquistar o poder, evitando um pedido de ajuda internacional prematuro. Mas não,
apoiando-se num Cavaco mais interessado na vingança pessoal do que empenhado na
defesa dos interesses do país , a direita assaltou o poder e conquistou-o com a
ajuda da esquerda conservadora e de uma coligação de interesses corporativos
ressabiados.
A direita podia ter jogado pelo seguro, mas não, optou por
sujeitar o país a experiências conduzidas por gente inexperiente e com
evidentes deficiências de formação democrática.
A direita podia ter evitado ou mesmo ter sido mais discreta na corrida ao pote dando o prometido exemplo ao país, mas não, não resistiram à tentação, à fome de muitos anos de mistura com a gulodice e até os velhos, autênticos diabéticos políticos como o Catroga, se atiraram descaradamente ao pode, tem sido uma vergonha, ao mesmo tempo que se adopta austeridade para uns, é o abuso para outros.
A direita podia ter evitado ou mesmo ter sido mais discreta na corrida ao pote dando o prometido exemplo ao país, mas não, não resistiram à tentação, à fome de muitos anos de mistura com a gulodice e até os velhos, autênticos diabéticos políticos como o Catroga, se atiraram descaradamente ao pode, tem sido uma vergonha, ao mesmo tempo que se adopta austeridade para uns, é o abuso para outros.
A direita poderia ter centrado a sua acção na crise, mas não,
aproveitaram-se da crise para promover uma brutal mudança do modelo económico e
social num prazo curtíssimo, sujeitando os portugueses a um empobrecimento
forçado com o objectivo de promover uma reengenharia social.
Face à gravidade da situação a direita podia ter optado por
um governo formado por gente experienyte e competente, mas não, optaram por um
governo formado por gente sem quaisqeur provas dadas, alguns ministros têm-se
vindo a revelar idiotas e o primeiro-ministro insiste me não perceber que não
está à altura das circunstâncias.
A direita podia ter centrado a atenção na crise financeira e
no interesse nacional, mas não, o Presidente da República achou que era a
altura para exibir a sua pequenez e aproveitar-se das circunstâncias para
promover as suas vinganças pessoais.
A direita podia ter sido mais justa distribuindo os custos
da crise em função das possibilidades dos cidadãos, mas não, optaram por deixar
os ricos de foram e acusando os pobres e a classe média de terem consumido
acima das suas possibilidades e promoveram o empobrecimento forçado destas
classes.
A direita podia ter aplicado o memorando com a troika de
forma equilibrada, mas não, optou por aplicar e endurecer as medidas aplicadas
aos trabalhadores e esqueceram-se ou adiaram a aplicação das medidas aplicáveis
aos poderosos.
A direita podia minimizar o impacto da austeridade na
actividade económica, mas não, optou por ser muito mais troikista do que a
troika e aumentaram o peso das medidas concentrando-as no tempo.
A direita podia ter assegurado que a austeridade não reduzia
a eficácia da máquina fiscal, mas não, escolheram a pior altura para promover
uma fusão desnecessária e retiraram à máquina fiscal os recursos financeiros
necessários para trabalhar e assegurar as metas do memorando.
A direita podia ter promovido a união dos portugueses no combate à crise, mas não, distribuíram os custos da austeridade em função dos segmentos eleitorais, perdoando a uns e sacrificando aqueles cujo voto foi perdido ou desprezado.
A direita podia ter promovido a união dos portugueses no combate à crise, mas não, distribuíram os custos da austeridade em função dos segmentos eleitorais, perdoando a uns e sacrificando aqueles cujo voto foi perdido ou desprezado.
Agora que o país se encaminha para o colapso a direita podia
ter a coragem de assumir as responsabilidades, mas não, insistindo na negação
de uma crise internacional preferem falar de factores externos.