domingo, abril 01, 2012

Semanada



Em matéria de previsões económicas o primeiro-ministro é o resultado do cruzamento entre o Teixeira dos Santos, o professor de economia que ao longo da sua vida polítca não acertou numa única previsão, com o professor Alexandrino, mantém-se firme e hirto na certeza de que lá pra o final de 2012 o crescimento aparece, que em 2013 a economia tem uma erecção capaz de levar o país à felicidade e que em finais desse anos vamos ao mercado financeiro com a mesma facilidade com que vamos à Ribeira comprar batatas. O problema é que as previsões da recessão não param de ser corrigidas em alta, os impostos estão em queda livre e já ninguém acredita que Portugal consiga o agora tão desejado acesso aos mercados.
  
Nesta semana o governo parece ter-se instalado no mercado da Ribeira, na banca do sô Relvas estava a TAP à venda, na banca do Gaspar vendia-se a CIMPOR, na banca do sô Portas estava à venda a alma do CDS e na banca do sô Álvaro não se vendia nada, diziam-se graçolas e atacava-se a concorrência. Na hora de trabalhar este governo arregaça as mangas e é o todos ao molho e fé em Deus, não se percebe muito bem quem vende o quê, o Álvaro tem os Transportes mas quem vende a TAP é o Relvas. No meio disto tudo aparece um administrador da Jerónimo Martins, a empresa do merceeiro holandês, a acompanhar os negócios, talvez porque de mercearias e vendas a retalho são eles os especialistas. Só não se entende muito bem o que um administrador de uma empresa holandesa tem que ver com a venda da participação da CDG numa empresa de cimentos.
  
 Ao fim de uma semana não se sabe da conclusão do inquérito À violência polícia sobre jornalistas, bastou ler os jornais para se saber que a violência foi desnecessária e que a polícia avançou para a agressão sem qualquer justificação. Mas esta coisa de elaborar relatórios tem a sua dificuldade, não convém que apareçam em cima do acontecimento e para que sejam devidamente aldrabados devem deixar passar algum tempo, o necessário para que fiquem esquecidos. Entretanto o país anda a alimentar os pitbulls do Macedo com dinheiro dos contribuintes.