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Fragata do Tejo
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Espelho de água [A. Cabral]
Jumento do dia
António José Seguro
Não era o Seguro que prometia umas novidades na escolha e na actuação dos deputados?
«“Reafirmo aqui a autonomia do Grupo Parlamentar, retomo propostas que fiz no passado e que visam libertar os deputados da disciplina partidária em questões que não têm a ver com a matriz do PS, com a governabilidade e com os seus compromissos eleitorais”, declarou António José Seguro, que se tem batido por esta reforma enquanto membro da bancada socialista.
Neste ponto, António José Seguro ainda acrescentou: “Não defendo correias de transmissão e constrangimentos à liberdade de quem representa os cidadãos que os elegeu. Também aqui pretendo iniciar um novo ciclo, porque é preciso enobrecer o trabalho do Parlamento dos deputados”, antes de propor uma revisão dos sistema eleitoral para a Assembleia da República.
“Sei que no momento difícil em que vivemos não é uma prioridade e que temos outras emergências, mas essa reforma é inadiável. Consta do nosso programa eleitoral e vamos cumpri-lo, quero uma melhor relação entre os deputados eleitos e os eleitores. O PSD, se for coerente com o que prometeu, não pode inviabilizar esta nossa iniciativa”, sustentou.» [9-06-2011 Destak]
«O PS vai impor disciplina de voto aos seus deputados para a votação de amanhã do Tratado Orçamental Europeu.
Uma decisão que surgiu só ao início da tarde e depois de se ter percebido que oito deputados socialistas iriam votar contra, apesar da posição oficial do partido ser a aprovação: João Galamba, Pedro Alves, Rui Duarte, Duarte Cordeiro, Isabel Moreira, Sérgio Sousa Pinto e Pedro Nuno Santos.
Ao que o Económico apurou houve ainda uma derradeira tentativa da liderança parlamentar para diminuir o número de dissidentes, tendo alguns destes deputados sido questionados sobre a possibilidade de voltarem atrás e aprovarem o Tratado.
Terá sido perante a recusa de qualquer um deles de voltar atrás que a liderança de Carlos Zorrinho resolveu impor a disciplina de voto. A ideia que fica, dizem alguns deputados, é que a decisão se deveu ao número elevado de pedidos para contrariar o voto oficial do PS.» [ontem DE]
«“Reafirmo aqui a autonomia do Grupo Parlamentar, retomo propostas que fiz no passado e que visam libertar os deputados da disciplina partidária em questões que não têm a ver com a matriz do PS, com a governabilidade e com os seus compromissos eleitorais”, declarou António José Seguro, que se tem batido por esta reforma enquanto membro da bancada socialista.
Neste ponto, António José Seguro ainda acrescentou: “Não defendo correias de transmissão e constrangimentos à liberdade de quem representa os cidadãos que os elegeu. Também aqui pretendo iniciar um novo ciclo, porque é preciso enobrecer o trabalho do Parlamento dos deputados”, antes de propor uma revisão dos sistema eleitoral para a Assembleia da República.
“Sei que no momento difícil em que vivemos não é uma prioridade e que temos outras emergências, mas essa reforma é inadiável. Consta do nosso programa eleitoral e vamos cumpri-lo, quero uma melhor relação entre os deputados eleitos e os eleitores. O PSD, se for coerente com o que prometeu, não pode inviabilizar esta nossa iniciativa”, sustentou.» [9-06-2011 Destak]
«O PS vai impor disciplina de voto aos seus deputados para a votação de amanhã do Tratado Orçamental Europeu.
Uma decisão que surgiu só ao início da tarde e depois de se ter percebido que oito deputados socialistas iriam votar contra, apesar da posição oficial do partido ser a aprovação: João Galamba, Pedro Alves, Rui Duarte, Duarte Cordeiro, Isabel Moreira, Sérgio Sousa Pinto e Pedro Nuno Santos.
Ao que o Económico apurou houve ainda uma derradeira tentativa da liderança parlamentar para diminuir o número de dissidentes, tendo alguns destes deputados sido questionados sobre a possibilidade de voltarem atrás e aprovarem o Tratado.
Terá sido perante a recusa de qualquer um deles de voltar atrás que a liderança de Carlos Zorrinho resolveu impor a disciplina de voto. A ideia que fica, dizem alguns deputados, é que a decisão se deveu ao número elevado de pedidos para contrariar o voto oficial do PS.» [ontem DE]
A arte de ser desonesto
«Isabel Alçada, ex-ministra da Educação, diz que a Parque Escolar saiu barato. A sua antecessora, Lurdes Rodrigues, diz que a Parque Escolar "foi uma festa: para o País, para os alunos, para a engenharia, para a arquitectura, para o emprego, para a economia...".
Ouvir quem gere dinheiros públicos falar desta maneira, num momento que o país passa por graves dificuldades (ao ponto de cortar nos apoios sociais), explica muito do descalabro das nossas finanças públicas. Lurdes Rodrigues e Isabel Alçada são o espelho da iliteracia financeira pública, que afecta a maioria dos políticos em Portugal. Pessoas que abraçam funções públicas sem noção do que é um orçamento e de como se executa. » [Jornal de Negócios]
Apesar de a regra ser enojar-me insisto em ler Camilo, não pelo que possa aprender graças ao seu valor intelectual que nem é grande coisa, mas pelo que me enriquece no domínio do conhecimento da sacanice intelectual. O deonesto Camilo cita a ministra na parte em que a frase se ajeita ao seu vómito intelectual, depois mete três pontinhos. Vejamos o que disse a ministra:
«"A Parque Escolar foi uma festa para o País, para os alunos, a engenharia, a arquitectura, o emprego, a economia. Fizemos escolas robustas, aptas para o futuro. Conseguimos crédito com juros de menos de 3% a 30 anos. Deixámos uma dívida boa", disse, na Comissão de Educação e Ciência.
A antiga governante acusou o Tribunal de Contas (TC) de cometer um erro no seu relatório. "O Plano de Negócios de 2008 não fala em 332 escolas a intervencionar mas sim em 166. A PE já pediu ao TC para corrigir o erro. Deve ser corrigido a bem da verdade", disse, repetindo depois quatro vezes seguidas que "não houve derrapagens".» [CM]
Este Camilo não merece um desmentido ou uma resposta, merece muito simplesmente que o mandem à bardamerda, é um asco intelectual, só não se diz que merece um murro nas trombas porque como tem cartão de jornalista pode invocar o estatuto de vaca sagrada do regime.
Crise financeira começa a ser divertida e a sério
Dantes a Europa divertia-se a saber quem se afundaria primeiro, se Portugal ou a Grécia, agora treme e borra-se enquanto a disputa é entre a Itália e a Grécia. Vamos ver se os babanas da troika vão entrar na Moncloa com aquele ar de saloios endinheirados como fizeram em Portugal, ou se o rei de Espanha lhes pergunta qual é o primeiro a engraixar os sapatos.
Foi uma festa, pá!
A ex-ministra disse que foi uma festa e gente manhosa logo sugeriu um imenso bacanal financiado por dinheiros públicos, dinheiro gasto em ensino? Escolas para gente pobre com bons materiais? Que crime, que escândalo!
Bons tempos de rigor era quando as escolas metiam água dias depois de construídas, tinham de receber acrescentos com contentores porque dois anos depois os alunos não cabiam, dispensavam arquitectos porque eram blocos de cimento todos Iguais. Nesse tempo sim que o dinheiro era bem empregue, ia para centros culturais, gabinetes luxuosos, carros ministeriais de luxo, para estradas onde morreram milhares de pessoas sem que nenhum líder da JSD tivesse apresentado queixa no MP.
Bons tempos de rigor era quando as escolas metiam água dias depois de construídas, tinham de receber acrescentos com contentores porque dois anos depois os alunos não cabiam, dispensavam arquitectos porque eram blocos de cimento todos Iguais. Nesse tempo sim que o dinheiro era bem empregue, ia para centros culturais, gabinetes luxuosos, carros ministeriais de luxo, para estradas onde morreram milhares de pessoas sem que nenhum líder da JSD tivesse apresentado queixa no MP.
O dinheiro foi gasto numa maternidade que presta um serviço de excelência, com equipas médicas formadas por profissionais exemplares, que coloca o país na vanguarda da saúde infantil? Então só posso dizer que foi uma festa, pá.
A auto-estrada está lá, as pontes estão lá, está tudo bem construído, as populações estão bem servidas? Então direi que foi uma festa, pá.
Também há quem diga que a venda da EDP aos chineses foi uma festa mas, infelizmente, não partilho da mesma opinião, não são os 50 mil do Catroga oyu as gorjetas à Celeste Cardona, Paulo Teixeira Pinto e outros que justifica colocar a produção de energia eléctrica nas mãos do Partido Comunista Chinês.
Deve haver quem considere o roubo dos subsídios uma festa, esse roubo permite a Gaspar não cumprir o acordo com a troika no que se refere à rendas da EDP ou à renegociação das PPP ou mesmo esquecer as fundações e institutos onde estão muitos amigos bem empregados em instituições de conforto. Mas estes casos não nos dão vontade de festejar.
É uma festa que num país onde nas escolas falta de tudo, a construção é miserável, os materiais parecem ter sido comprados na loja chinesa, num país onde os dirigentes do Estado têm palacetes, andam em carros de luxo, gastam nos seus gabinetes sem limites, neste país miserável pela primeira vez alguém tenha gasto em escolas. Compreende-se tanta indignação, tanto comentário miserável, tanta gente a defender que as escolas devem ser um antro de miséria. Se um governo em vez de gastar em putas gastou numa escola os seus ministros deviam ser levados ao balão para confirmar se estavam bêbados, até podem queimá-los no Terreiro do Paço. Mas foi mesmo uma festa, pá!
Podem ladrar, ganir, protestar, deturpar, manipular, difamar, podem fazer o que quiserem, só não poderão transformar este dinheiro em mordomias, ordenados com subsídios para amigos, avenças para os Borges, carros de luxo para substituir lambretas e muitas outras formas de mal gastar o dinheiro dos contribuintes. Este dinheiro foi muito bem derretido em escolas e como os chineses não deverão estar interessados em escolas que só dão prejuízo nem as podem privatizar.
Podem cortar nos feriados e nos dias santos, podem engordar o Catroga, podem tornar o Borges mais luzidio, podem filiar-se no PC da China, mas este dinheiro já não o levam nem o podem tranformar em corrupção. Vão-se bugiar, a começar pelo Camilo e pelos demais camelos!
Podem ladrar, ganir, protestar, deturpar, manipular, difamar, podem fazer o que quiserem, só não poderão transformar este dinheiro em mordomias, ordenados com subsídios para amigos, avenças para os Borges, carros de luxo para substituir lambretas e muitas outras formas de mal gastar o dinheiro dos contribuintes. Este dinheiro foi muito bem derretido em escolas e como os chineses não deverão estar interessados em escolas que só dão prejuízo nem as podem privatizar.
Podem cortar nos feriados e nos dias santos, podem engordar o Catroga, podem tornar o Borges mais luzidio, podem filiar-se no PC da China, mas este dinheiro já não o levam nem o podem tranformar em corrupção. Vão-se bugiar, a começar pelo Camilo e pelos demais camelos!
O Tratado, o bom aluno e o que fazem dele
«Estamos de acordo mas vamos trabalhar para o desacordo e o desentendimento. Assim actuou o PSD no processo de ratificação do Tratado Orçamental europeu.
Por distracção, displicência ou sobranceria, o Governo atirou para o lixo uma oportunidade única de reforçar e reafirmar o consenso político alargado obtido na assinatura do Memorando de Entendimento. Com a desculpa de ter de ser bom aluno corre o risco de ser o pior
O PSD e ao seu lado o CDS/PP têm andado a actuar como se não precisassem do PS. Esquecem-se que o mais importante activo que Portugal tem, para se diferenciar da Grécia, é o apoio dos três partidos da governação às medidas da troika e o consenso em relação ao projecto europeu.
O processo começa mal. O Tratado é assinado pelos 25 líderes europeus a 2 de Março e, pelo menos aparentemente, o primeiro desafio para o consenso é feito por Pedro Passos Coelho no congresso do PSD em finais de Março, onde o PS foi tudo menos bem tratado. A própria forma como o desafio foi lançado, como uma iniciativa dos sociais-democratas para inscrever a "regra de ouro" na Constituição, não lançou qualquer ponte para o maior partido da oposição.
Chegados às vésperas da ratificação do Tratado no Parlamento, o PS, um partido que vive grandes dificuldades internas, toma a iniciativa de propor uma adenda ao Tratado com princípios gerais para o crescimento, o emprego e dívidas públicas. Basicamente concretiza em Portugal o que estão também a fazer os seus pares do SPD alemão e do Partido Socialista francês. E muito em linha com o que se passou antes da construção da moeda única, quando a França forçou a Alemanha a flexibilizar o Pacto de Estabilidade.
Como reage o PSD a esta proposta? Pela pena de Miguel Relvas diz que não por, entre outras razões, retirar Portugal do consenso europeu e não se querer vincular a iniciativas de financiamento das dívidas soberanas. Ou seja, o PSD e implicitamente o CDS/PP consideram que Portugal é neste momento um Estado sem voz na construção europeia, sem capacidade para contribuir com ideias para resolver uma crise que ameaça um projecto que garantiu a paz e a prosperidade na Europa desde a II Guerra Mundial. Vetar contributos para ultrapassar a crise europeia não é ser bom aluno, não é ser mais troika que a troika, é dar ao País um papel miserável e dispensável no projecto europeu. Todos os que acreditam na União Europeia são necesssários para que a actual crise seja ultrapassada.
O PS, é verdade, não anda no seu melhor. Virado para dentro, a tratar as feridas infligidas pela saída do poder, não revela o euro-entusiasmo com que sempre nos habituou - foi pela mão dos socialistas liderados por Mário Soares que entrámos na CEE. É difícil compreender os argumentos contra o tratado orçamental de alguns deputados socialistas. As regras orçamentais, que agora vão ser ratificadas, são apenas um pequeno passo no sentido de corrigir as deficiências da arquitectura da moeda única, detectadas antes mesmo do início do euro. Outros passos terão de ser dados para completar o edifício. E é assim que a Europa da União se tem construído, com pequenos passos. Um caminho que os socialistas sempre compreenderam bem.
Por politiquices, infantilidades ou leviandades, PS e PSD e CDS/PP deixam o País perder uma oportunidade única para mostrar que não é apenas para receber empréstimos externos que os partidos de poder se conseguem entender em Portugal.» [Jornal de Negócio]
Por distracção, displicência ou sobranceria, o Governo atirou para o lixo uma oportunidade única de reforçar e reafirmar o consenso político alargado obtido na assinatura do Memorando de Entendimento. Com a desculpa de ter de ser bom aluno corre o risco de ser o pior
O PSD e ao seu lado o CDS/PP têm andado a actuar como se não precisassem do PS. Esquecem-se que o mais importante activo que Portugal tem, para se diferenciar da Grécia, é o apoio dos três partidos da governação às medidas da troika e o consenso em relação ao projecto europeu.
O processo começa mal. O Tratado é assinado pelos 25 líderes europeus a 2 de Março e, pelo menos aparentemente, o primeiro desafio para o consenso é feito por Pedro Passos Coelho no congresso do PSD em finais de Março, onde o PS foi tudo menos bem tratado. A própria forma como o desafio foi lançado, como uma iniciativa dos sociais-democratas para inscrever a "regra de ouro" na Constituição, não lançou qualquer ponte para o maior partido da oposição.
Chegados às vésperas da ratificação do Tratado no Parlamento, o PS, um partido que vive grandes dificuldades internas, toma a iniciativa de propor uma adenda ao Tratado com princípios gerais para o crescimento, o emprego e dívidas públicas. Basicamente concretiza em Portugal o que estão também a fazer os seus pares do SPD alemão e do Partido Socialista francês. E muito em linha com o que se passou antes da construção da moeda única, quando a França forçou a Alemanha a flexibilizar o Pacto de Estabilidade.
Como reage o PSD a esta proposta? Pela pena de Miguel Relvas diz que não por, entre outras razões, retirar Portugal do consenso europeu e não se querer vincular a iniciativas de financiamento das dívidas soberanas. Ou seja, o PSD e implicitamente o CDS/PP consideram que Portugal é neste momento um Estado sem voz na construção europeia, sem capacidade para contribuir com ideias para resolver uma crise que ameaça um projecto que garantiu a paz e a prosperidade na Europa desde a II Guerra Mundial. Vetar contributos para ultrapassar a crise europeia não é ser bom aluno, não é ser mais troika que a troika, é dar ao País um papel miserável e dispensável no projecto europeu. Todos os que acreditam na União Europeia são necesssários para que a actual crise seja ultrapassada.
O PS, é verdade, não anda no seu melhor. Virado para dentro, a tratar as feridas infligidas pela saída do poder, não revela o euro-entusiasmo com que sempre nos habituou - foi pela mão dos socialistas liderados por Mário Soares que entrámos na CEE. É difícil compreender os argumentos contra o tratado orçamental de alguns deputados socialistas. As regras orçamentais, que agora vão ser ratificadas, são apenas um pequeno passo no sentido de corrigir as deficiências da arquitectura da moeda única, detectadas antes mesmo do início do euro. Outros passos terão de ser dados para completar o edifício. E é assim que a Europa da União se tem construído, com pequenos passos. Um caminho que os socialistas sempre compreenderam bem.
Por politiquices, infantilidades ou leviandades, PS e PSD e CDS/PP deixam o País perder uma oportunidade única para mostrar que não é apenas para receber empréstimos externos que os partidos de poder se conseguem entender em Portugal.» [Jornal de Negócio]
Autor:
Helena Garrido.
O erro bom e o erro mau
«Vítor Gaspar, o contabilista--mor do regime, aquele que transmite a ideia que nunca erra e que raramente tem dúvidas, disse, no seu tom soletrado, que errou sobre a previsão do corte no subsídio de Natal e de Férias dos portugueses. Passo a explicar.
Todo o Governo afirmou em peso que os cortes eram temporários e vigoravam apenas em 2012 e 2013.
O nosso ministro veio dizer que se enganou, que teve um lapsus linguae, que os cortes vão até ao ano de 2015, o ano, como disse, "imediatamente consecutivo a 2014".
Tem piada, o ano de 2015, imediatamente consecutivo a 2014.
O País não é uma escola e os portugueses não são alunos de Vítor Gaspar.
O humor negro é dispensável quando se fala de problemas sociais, de miséria, de pobreza escondida e de falta de dinheiro para o sustento digno das famílias.
Soletra as palavras, fazendo lembrar alguém de outros tempos negros da história de Portugal, como soletra a vida dos portugueses.
O erro de Gaspar é um erro mau que mexe com o orçamento das famílias, deixando suspensas as suas vidas.
O erro bom é aquele que não tem consequências nem reflexos sociais, que não é ofensivo da dignidade do ser humano.
O erro mau de Gaspar é indigno, amachuca e amarrota a dignidade dos portugueses. Magoa falar assim da vida das pessoas. Todos nós podemos errar. Mas errar com esta simplicidade e com esta justificação, com um sorriso nos lábios, é que não.
O confisco por mais tempo, que deixa suspenso, de forma ilegal e inconstitucional, direitos adquiridos, por causa de um lapso, não é aceitável.
O erro é mau e intencional, tendo Gaspar agido com consciência da ilicitude, logo, passível de responsabilidade. Não é um erro desculpável, que exclua a culpa.
O erro é o reflexo da incompetência, sendo intencional, é mais grave, porque é injusto e transforma a vida das pessoas num circo. Será que o erro foi intencional porque não havia coragem política para justificar, no momento, um corte tão prolongado?
Então, passamos a estar no território da mentira e não do erro. A ser assim foi a forma que encontrou para preparar o elo mais fraco da cadeia, os trabalhadores, para a brutalidade do corte, transformando-o em definitivo.
Três anos de massacre social e de indigência é demais.
Dizia, assim, Frederico II, o Grande, Rei da Prússia: "A trapaça, a má-fé e a duplicidade são, infelizmente, o carácter predominante da maioria dos homens que governam as nações".» [CM]
Todo o Governo afirmou em peso que os cortes eram temporários e vigoravam apenas em 2012 e 2013.
O nosso ministro veio dizer que se enganou, que teve um lapsus linguae, que os cortes vão até ao ano de 2015, o ano, como disse, "imediatamente consecutivo a 2014".
Tem piada, o ano de 2015, imediatamente consecutivo a 2014.
O País não é uma escola e os portugueses não são alunos de Vítor Gaspar.
O humor negro é dispensável quando se fala de problemas sociais, de miséria, de pobreza escondida e de falta de dinheiro para o sustento digno das famílias.
Soletra as palavras, fazendo lembrar alguém de outros tempos negros da história de Portugal, como soletra a vida dos portugueses.
O erro de Gaspar é um erro mau que mexe com o orçamento das famílias, deixando suspensas as suas vidas.
O erro bom é aquele que não tem consequências nem reflexos sociais, que não é ofensivo da dignidade do ser humano.
O erro mau de Gaspar é indigno, amachuca e amarrota a dignidade dos portugueses. Magoa falar assim da vida das pessoas. Todos nós podemos errar. Mas errar com esta simplicidade e com esta justificação, com um sorriso nos lábios, é que não.
O confisco por mais tempo, que deixa suspenso, de forma ilegal e inconstitucional, direitos adquiridos, por causa de um lapso, não é aceitável.
O erro é mau e intencional, tendo Gaspar agido com consciência da ilicitude, logo, passível de responsabilidade. Não é um erro desculpável, que exclua a culpa.
O erro é o reflexo da incompetência, sendo intencional, é mais grave, porque é injusto e transforma a vida das pessoas num circo. Será que o erro foi intencional porque não havia coragem política para justificar, no momento, um corte tão prolongado?
Então, passamos a estar no território da mentira e não do erro. A ser assim foi a forma que encontrou para preparar o elo mais fraco da cadeia, os trabalhadores, para a brutalidade do corte, transformando-o em definitivo.
Três anos de massacre social e de indigência é demais.
Dizia, assim, Frederico II, o Grande, Rei da Prússia: "A trapaça, a má-fé e a duplicidade são, infelizmente, o carácter predominante da maioria dos homens que governam as nações".» [CM]
Autor:
Rui Rangel.
Ponto prévio, sim foi uma festa
«Maria de Lurdes Rodrigues, ex-ministra da Educação, foi ao Parlamento defender a empresa pública Parque Escolar que geriu um programa de obras nas escolas, e deste disse: "Foi uma festa." Fico-me por essas palavras. Aliás, não estou sozinho, o deputado Sérgio Azevedo escreveu no seu blogue o seguinte: "Maria de Lurdes Rodrigues acaba de afirmar na Comissão Parlamentar de Educação, a propósito do desvario da Parque Escolar, que foi 'uma verdadeira festa para arquitetos e construtores'." O deputado poderia ter inventado frase ainda com maior acinte: "Ela disse que foi uma festa para patos bravos." Mas a ex-ministra, de facto, disse: "Uma festa para as escolas, para os alunos, para a arquitetura, para a engenharia, para o emprego e para a economia." Ou, em outro momento da audição: "[...] uma festa para o País." Chicanas iguais à do deputado foram muito repetidas ontem, com esse nosso jeito para agarrar palavras dos outros e insultá-las. É o que eu venho fazer aqui, pela metade: agarrar palavras. E depois dizer que num país onde os particulares gastam em jantes de liga leve o que não gastam em livros e os públicos fazem da paixão pela educação um mero slogan, num país pobre com bancos ranhosos que oferecem juros de 136 por cento ao ano, reconstruir escolas é uma festa. É uma festa. Sim, é uma festa. Dito isto - não, ainda quero insistir: reconstruir escolas é uma festa -, dito isto, passemos aos candeeiros de Siza Vieira.» [DN]
Autor:
Ferreira Fernandes.
Soros: a sobrevivência do euro é um assunto político
«Os países têm de reduzir a sua dívida até aos 60%, num processo que passa por reduzir um vigésimo do excesso de dívida em cada ano. “Proponho que os estados-membros recompensem conjuntamente o bom comportamento por financiar esse compromisso”, ou seja, ajudarem os países mais endividados a pagar a dívida.
Como? Através do BCE, que está proibido de financiar dívidas de países. Mas os países da união monetária “transferiram para o BCE os seus direitos de senhoriagem [ganhos com a cobrança de juros], avaliados em dois a três biliões de euros” segundo analistas independentes, lembra Soros. A criação de um veículo especial que fizesse uso desses direitos, permitiria “usar o BCE para financiar o custo de comprar essas obrigações sem vilar o artigo 123 do Tratado de Lisboa”, argumenta.» [Jornal de Negócios]
Como? Através do BCE, que está proibido de financiar dívidas de países. Mas os países da união monetária “transferiram para o BCE os seus direitos de senhoriagem [ganhos com a cobrança de juros], avaliados em dois a três biliões de euros” segundo analistas independentes, lembra Soros. A criação de um veículo especial que fizesse uso desses direitos, permitiria “usar o BCE para financiar o custo de comprar essas obrigações sem vilar o artigo 123 do Tratado de Lisboa”, argumenta.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Será que o gaspar percebe?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao neto da Prazeres.»
Mais uma argolada do MP
«No total, o MP tinha pedido a responsabilização penal de seis dos 11 arguidos do caso Portucale, defendendo a condenação de Abel Pinheiro, Eunice Tinta e José António Valadas (estes dois últimos funcionários do CDS/PP à data dos factos) pelo crime de falsificação de documentos, mas com uma pena não privativa da liberdade.
Em causa esteve a entrada de mais de um milhão de euros nos cofres do CDS/PP, para a qual, segundo a acusação, não existem documentos de suporte que justifiquem a sua proveniência e cujos recibos são falsificados.
O caso Portucale relaciona-se com o abate de sobreiros na herdade da Vargem Fresca, em Benavente, para a construção de um projecto turístico-imobiliário da empresa Portucale, do Grupo Espírito Santo (GES), por força de um despacho conjunto dos ministros do então Governo PSD/CDS Nobre Guedes (Ambiente), Telmo Correia (Turismo) e Costa Neves (Agricultura).
A investigação do caso Portucale envolveu escutas telefónicas e as conversas interceptadas deram origem a um outro processo (autónomo) relacionado com a compra por Portugal de dois submarinos ao consórcio alemão Ferrostal e cujo inquérito, também com contornos políticos, está por concluir há vários anos no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).» [Jornal de Negócios]
Em causa esteve a entrada de mais de um milhão de euros nos cofres do CDS/PP, para a qual, segundo a acusação, não existem documentos de suporte que justifiquem a sua proveniência e cujos recibos são falsificados.
O caso Portucale relaciona-se com o abate de sobreiros na herdade da Vargem Fresca, em Benavente, para a construção de um projecto turístico-imobiliário da empresa Portucale, do Grupo Espírito Santo (GES), por força de um despacho conjunto dos ministros do então Governo PSD/CDS Nobre Guedes (Ambiente), Telmo Correia (Turismo) e Costa Neves (Agricultura).
A investigação do caso Portucale envolveu escutas telefónicas e as conversas interceptadas deram origem a um outro processo (autónomo) relacionado com a compra por Portugal de dois submarinos ao consórcio alemão Ferrostal e cujo inquérito, também com contornos políticos, está por concluir há vários anos no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Imagine-se se os médicos falhassem tanto como os magistrados!
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se tanto dinheiro mal gasto.»
O "sistema" segundo o SCP
«A Polícia Judiciária está a fazer uma série de buscas relacionadas com o chamado "caso Cardinal", revelado pelo DN nos últimos dias. Os inspectores estiveram, esta manhã, em Alvalade a fazer buscas na SAD do Sporting. A casa e a empresa do vice-presidente Paulo Pereira Cristóvão foram outro dos alvos da Judiciária.
De acordo com informações recolhidas pelo DN, as investigações da Judiciária ao depósito de dois mil euros na conta do árbitro assistente José Cardinal, dias antes do jogo dos quartos de final da Taça de Portugal entre Sporting e Marítimo (em Dezembro de 2011), levaram os investigadores até Alvalade e ao vice-presidente Paulo Pereira Cristóvão, recorde-se, antigo inspector da PJ.
Os inspectores da PJ suspeitam que Paulo Pereira Cristóvão terá concebido uma "armadilha" ao árbitro assistente. Para isso, uma pessoa com ligações profissionais à sua empresa, a Primus-Lex, terá ido à Madeira e efectuado o depósito na conta de José Cardinal. » [DN]
De acordo com informações recolhidas pelo DN, as investigações da Judiciária ao depósito de dois mil euros na conta do árbitro assistente José Cardinal, dias antes do jogo dos quartos de final da Taça de Portugal entre Sporting e Marítimo (em Dezembro de 2011), levaram os investigadores até Alvalade e ao vice-presidente Paulo Pereira Cristóvão, recorde-se, antigo inspector da PJ.
Os inspectores da PJ suspeitam que Paulo Pereira Cristóvão terá concebido uma "armadilha" ao árbitro assistente. Para isso, uma pessoa com ligações profissionais à sua empresa, a Primus-Lex, terá ido à Madeira e efectuado o depósito na conta de José Cardinal. » [DN]
Parecer:
O Sporting é sempre a vítima.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Até tu Santana
«O social-democrata diz que o Governo provocou um golpe de confiança com os portugueses e não explicou bem ainda a razão da decisão de suspender as reformas antecipadas.
"Foi um golpe na confiança, lá isso foi", defendeu Santana Lopes, no seu habitual comentário na TVI24.» [DE]
"Foi um golpe na confiança, lá isso foi", defendeu Santana Lopes, no seu habitual comentário na TVI24.» [DE]
Parecer:
Este Santana anda, anda e ainda é corrido da Santa Casa muito antes de ser candidato a Belém.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
Turmas ainda maiores
«O Ministério da Educação decidiu aumentar o número máximo de alunos por turma no 5.º ao 12.º anos. A partir do próximo ano letivo, cada turma deste nível de ensino será constituída por um mínimo de 26 estudantes e um máximo de 30. Hoje, os limites são de 24 e 28 alunos, respetivamente, ainda que, a título excecional, possa ser autorizada uma dimensão superior.
O despacho relativo às matrículas e constituição de turmas ainda não foi publicado em Diário da República mas já pode ser consultado no portal das escolas (https://www.portaldasescolas.pt/imageserver/plumtree/portal/matnet/despacho_mat.pdf ).
O diploma confirma ainda o aumento das turmas no 1.º ciclo, decidido em agosto do ano passado e justificado pela "procura excecional de matrículas". Desta vez, as inscrições ainda não começaram - iniciam-se no próximo domingo no caso do pré-escolar e do ensino básico - mas fica desde já determinado que as salas do 1.º ao 4.º anos deverão funcionar com 26 crianças e não 24, como aconteceu até 2010/2011.» [Expresso]
O despacho relativo às matrículas e constituição de turmas ainda não foi publicado em Diário da República mas já pode ser consultado no portal das escolas (https://www.portaldasescolas.pt/imageserver/plumtree/portal/matnet/despacho_mat.pdf ).
O diploma confirma ainda o aumento das turmas no 1.º ciclo, decidido em agosto do ano passado e justificado pela "procura excecional de matrículas". Desta vez, as inscrições ainda não começaram - iniciam-se no próximo domingo no caso do pré-escolar e do ensino básico - mas fica desde já determinado que as salas do 1.º ao 4.º anos deverão funcionar com 26 crianças e não 24, como aconteceu até 2010/2011.» [Expresso]
Parecer:
Bom. bom era trabalharem em vez de andarem na escola!
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Mário Nogueira se já fez as contas aos despedimentos.»
Foi só para perder tempo e gastar dinheiro ao país
«O Ministério Público arquivou o inquérito instaurado a Otelo Saraiva de Carvalho, depois de este ter admitido a possibilidade de um "golpe militar" caso fossem "ultrapassados os limites" em Portugal.
A decisão do Ministério Público foi divulgada hoje no site da Internet da procuradoria-geral Distrital de Lisboa e o capitão de abril já disse que esperava pelo arquivamento.
A queixa foi apresentada pelo Movimento de Oposição Nacional, que entendeu que as declarações proferidas por Otelo Saraiva de Carvalho constituíam "crime de alteração violenta do Estado de Direito, de incitamento à guerra civil e à desobediência coletiva".» [Expresso]
A decisão do Ministério Público foi divulgada hoje no site da Internet da procuradoria-geral Distrital de Lisboa e o capitão de abril já disse que esperava pelo arquivamento.
A queixa foi apresentada pelo Movimento de Oposição Nacional, que entendeu que as declarações proferidas por Otelo Saraiva de Carvalho constituíam "crime de alteração violenta do Estado de Direito, de incitamento à guerra civil e à desobediência coletiva".» [Expresso]
Parecer:
Uma palhaçada que os verdadeiros criminosos agradecem, enquanto o Estado gasta os recursos com estas palhaçadas o crime fica mais descansado.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Reembolsos do IVA foram mesmo suspensos
«Os serviços do IVA receberam instruções, oficiosamente, para adiarem os reembolsos do IVA às empresas, noticia hoje o "Público", acrescentando que não há, no entanto, uma nota escrita para esta actuação, já que as instruções foram sempre dadas oralmente.
As empresas e os sindicatos que as representam, nomeadamente o dos têxteis e calçado, têm denunciado atrasos no reembolso do IVA. O Governo tem contestado, dizendo que os pagamentos estão, até, a ser feito em maior número este ano do que em períodos anteriores.
Mas hoje é o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) que assume ter havido ordens oficiosas para não se pagar os reembolsos do IVA entre 10 de Março a 9 de Abril.
"Não há um documento interno que obrigasse a isso", disse o vice-presidente do STI, José Manuel Anjos ao "Público", acrescentando que foi apenas dito que não era possível pagar. Este responsável garante que a situação já está regularizada desde segunda-feira, tendo já sido emitidos reembolsos.» [Jornal de Negócios]
As empresas e os sindicatos que as representam, nomeadamente o dos têxteis e calçado, têm denunciado atrasos no reembolso do IVA. O Governo tem contestado, dizendo que os pagamentos estão, até, a ser feito em maior número este ano do que em períodos anteriores.
Mas hoje é o Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) que assume ter havido ordens oficiosas para não se pagar os reembolsos do IVA entre 10 de Março a 9 de Abril.
"Não há um documento interno que obrigasse a isso", disse o vice-presidente do STI, José Manuel Anjos ao "Público", acrescentando que foi apenas dito que não era possível pagar. Este responsável garante que a situação já está regularizada desde segunda-feira, tendo já sido emitidos reembolsos.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Parece ser uma prática recorrente, Manuela Ferreira Leite fê-lo para ajeitar as contas do défice.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Registe-se o facto de pela primeira vez o STI ter assumido em público instruções internas na DGCI.»