Foto Jumento
Tavira
Imagens dos visitantes d'O Jumento
S. João da Pesqueira [M. Henrique]
Se a rua se chamasse "Caga Tacos" diria que poderia ser dedicada ao Marques Mendes, se fosse "Caga Postas de Pescada" assentaria que nem uma luva ao primeiro-ministro, mas "Caga Fogo"? Aceitam-se sugestões.
A mentira do dia d'O Jumento
Foram vários os ministros que chegaram adoentados à reunião do Conselho de Ministros, Foi-lhes diagnosticada uma alergia aguda a cravos.
Jumento do dia
Foram vários os ministros que chegaram adoentados à reunião do Conselho de Ministros, Foi-lhes diagnosticada uma alergia aguda a cravos.
Jumento do dia
Vítor Gaspar
Graças a Deus que temos um ministro das Finanças tranquilo quando a receita fiscal desce acima dos 5% e a despesa tem um aumento superior a 3%, a crer na postura de Gaspar era impossível estarmos mais optimistas.
«O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, afirmou hoje no Parlamento que tanto a despesa como as receitas fiscais estão sob controlo e que só a Segurança Social é que necessita de "ser acompanhada com particular cuidado".
O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, afirmou hoje no Parlamento que tanto a despesa como as receitas fiscais estão sob controlo e que só a Segurança Social é que necessita de "ser acompanhada com particular cuidado".» [DN]
RTP 2 - Os donos de Portugal
«O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, afirmou hoje no Parlamento que tanto a despesa como as receitas fiscais estão sob controlo e que só a Segurança Social é que necessita de "ser acompanhada com particular cuidado".
O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, afirmou hoje no Parlamento que tanto a despesa como as receitas fiscais estão sob controlo e que só a Segurança Social é que necessita de "ser acompanhada com particular cuidado".» [DN]
RTP 2 - Os donos de Portugal
Uma sugestão ao ministro Crato
[Via 'VAI E VEM']
O ministro fez muito bem em descredibilizar a obra feita pelo anterior governo na renovação das instalações das escolas do ensino secundário, o que o país carece é de operários baratos e sem qualificações e para isso basta muitos exames, professores à moda antiga e uma boa terceira classe.
Depois de ter arrasado Sócrates no parque escolar é tempo de matar pela raiz o suposto sucesso na aposta na investigação referido por Cavaco Silva. O governo já fez bem em centrar o foco na ligação da investigação á realidade das empresas, é uma forma de desvalorizar tudo o que se fez, insinuando que o grande investimento no sector não tem resultados para o país.
Mas dava jeito encontrar uma despesa do tipo dos candeeiros do Siza Vieira, o governo devia vasculhar as despesas da Fundação para a Ciência e Tecnologia, podia verificar se a rapaziada não andará alimpar o dito cujo com aquele papel preto da Renova que custa os olhos da cara, ou talvez certificar-se de que os investigadores compram as suas batas e equipamentos na loja chinesa mais perto.
Há que dar cabo da imagem desse maldito fantasma chamado José Sócrates, força Cratino!
Uma perguntinha ao governo
Há actas das reuniões entre Vítor Gaspar e António Borges ou das reuniões que estes tiveram com os brasileiros que pretendem comprar a Cimpor ou com outros investidores estrangeiros que tenham investido em empresas portuguesas, como a REN ou a EDP?
Se essas actas não existirem como se pode avaliar o comportamento dos nossos governantes, incluindo os ministros secretos como o António Borges?
Positivo, negativo e realista
«O Presidente da República resolveu dedicar o seu discurso deste ano do 25 de Abril ao lado positivo de Portugal e ao apelo à coesão social. Fez bem mas não chega. Esqueceu-se, lamentavelmente, do lado negativo, determinante para a conquista de um futuro melhor e para não perdermos o que de positivo ainda temos.
Vamos esquecer o facto de o Presidente da República ter substituído, de um ano para o outro, a mensagem de não aguentamos mais austeridade por um em que apela à coesão. Esqueceu-se que há hoje pessoas a viverem dificuldades bastante mais graves do que há um ano e, pior ainda, sem qualquer perspectiva. Esqueceu-se ainda que as políticas que foram seguidas durante este último ano pelo Governo de Pedro Passos Coelho foram e continuam a ser muito rápidas a mudar a vida dos grupos mais frágeis, como os empregados no sector privado e público, e muito lentas ou mesmo ausentes a, pelo menos, reduzir o poder de grupos que garantem rendas e não lucros à mesa do Orçamento do Estado e sufocam a iniciativa realmente privada e de mercado.
"Em momentos como este, é essencial assegurar a coesão do País", disse o Presidente da República nas comemorações mais divididas em 38 anos de vida do 25 de Abril de 1974, com a ausência dos capitães da revolução e de Mário Soares. Faltou ao Presidente dizer porque é que essa coesão está a ser fragmentada.
Sim o Presidente tem razão ao destacar a "capacidade notável" dos portugueses para se adaptarem às dificuldades assim como ao igualmente notável espírito de solidariedade. Podia até sublinhar também a extraordinária capacidade de sacrifício dos portugueses e a sua inteligência, capaz de perceber e apoiar o que é preciso fazer para Portugal ser um país melhor.
Portugal é de facto um país extraordinário. Muitas vezes o ouvimos de estrangeiros que cá vivem e de portugueses que emigraram. É um dos melhores países da Europa para viver.
Mas há o outro lado, o lado negativo, porque também ouvimos que Portugal é um dos piores países para trabalhar. Onde os lóbis ganham sempre, onde o mérito não é reconhecido, onde o Estado sufoca os pequenos para garantir rendas a quem tem poder, onde a classe política não consegue na prosperidade como na austeridade romper com os poderes instalados que inviabilizam o desenvolvimento.
Foi este lado negativo de Portugal que, lamentavelmente, o Presidente se esqueceu de revelar. E lamentavelmente porque é este lado negativo que está a ameaçar a coesão social, o sucesso do programa de ajustamento e o futuro desenvolvimento do país.
O Presidente esqueceu-se de alertar que o desenvolvimento económico não chegará se a agenda estrutural se limitar a alterar a legislação laboral nos sectores privado e público. Como já alguns políticos e economistas têm alertado, as leis do trabalho são a única e exclusiva preocupação do Executivo. Porque não disse o Presidente uma palavra sobre a urgente necessidade de reduzir as rendas no sector da energia ou limitar as rendas que os contribuintes pagam às Parcerias Público-Privadas, para dar apenas dois exemplos? Ou porque nada disse o Presidente sobre a necessidade de o Governo ser menos arrogante com a oposição e os sindicatos? Se alguém está a ameaçar o nosso principal activo no exterior, a coesão política e social, esse alguém é Pedro Passos Coelho. A coesão não é um dado adquirido, precisa da atenção contínua de quem tem o poder e de medidas que mantenham o sentimento de justiça na austeridade.
O importante não é ser positivo ou negativo nas mensagens e no que se diz sobre Portugal. O importante é ser realista e observar a realidade. E a realidade mostra-nos cada vez mais que a austeridade está a ser mais para uns do que para outros e, exactamente por isso, está a traçar o caminho para o fracasso e para a desunião entre os portugueses. É pena que o Presidente não tenha contribuído para que o Governo seja mais corajoso ou menos displicente, mais amigo da coesão.
P.S.: A edição de hoje, que oferecemos aos leitores, é dedicada à Saúde que vive também momentos de grande mudança. A saúde dos portugueses é hoje melhor do que nunca e melhor do que a observada em muitos países mais desenvolvidos. Um sucesso que se deve em grande parte profissionais que trabalham no sector mas que está ameaçado pela desorganização, irracionalidade das infra-estruturas e pelo poder de alguns grupos de pressão. Manter os resultados gastando menos é hoje o grande desafio.» [Jornal de Negócios]
Vamos esquecer o facto de o Presidente da República ter substituído, de um ano para o outro, a mensagem de não aguentamos mais austeridade por um em que apela à coesão. Esqueceu-se que há hoje pessoas a viverem dificuldades bastante mais graves do que há um ano e, pior ainda, sem qualquer perspectiva. Esqueceu-se ainda que as políticas que foram seguidas durante este último ano pelo Governo de Pedro Passos Coelho foram e continuam a ser muito rápidas a mudar a vida dos grupos mais frágeis, como os empregados no sector privado e público, e muito lentas ou mesmo ausentes a, pelo menos, reduzir o poder de grupos que garantem rendas e não lucros à mesa do Orçamento do Estado e sufocam a iniciativa realmente privada e de mercado.
"Em momentos como este, é essencial assegurar a coesão do País", disse o Presidente da República nas comemorações mais divididas em 38 anos de vida do 25 de Abril de 1974, com a ausência dos capitães da revolução e de Mário Soares. Faltou ao Presidente dizer porque é que essa coesão está a ser fragmentada.
Sim o Presidente tem razão ao destacar a "capacidade notável" dos portugueses para se adaptarem às dificuldades assim como ao igualmente notável espírito de solidariedade. Podia até sublinhar também a extraordinária capacidade de sacrifício dos portugueses e a sua inteligência, capaz de perceber e apoiar o que é preciso fazer para Portugal ser um país melhor.
Portugal é de facto um país extraordinário. Muitas vezes o ouvimos de estrangeiros que cá vivem e de portugueses que emigraram. É um dos melhores países da Europa para viver.
Mas há o outro lado, o lado negativo, porque também ouvimos que Portugal é um dos piores países para trabalhar. Onde os lóbis ganham sempre, onde o mérito não é reconhecido, onde o Estado sufoca os pequenos para garantir rendas a quem tem poder, onde a classe política não consegue na prosperidade como na austeridade romper com os poderes instalados que inviabilizam o desenvolvimento.
Foi este lado negativo de Portugal que, lamentavelmente, o Presidente se esqueceu de revelar. E lamentavelmente porque é este lado negativo que está a ameaçar a coesão social, o sucesso do programa de ajustamento e o futuro desenvolvimento do país.
O Presidente esqueceu-se de alertar que o desenvolvimento económico não chegará se a agenda estrutural se limitar a alterar a legislação laboral nos sectores privado e público. Como já alguns políticos e economistas têm alertado, as leis do trabalho são a única e exclusiva preocupação do Executivo. Porque não disse o Presidente uma palavra sobre a urgente necessidade de reduzir as rendas no sector da energia ou limitar as rendas que os contribuintes pagam às Parcerias Público-Privadas, para dar apenas dois exemplos? Ou porque nada disse o Presidente sobre a necessidade de o Governo ser menos arrogante com a oposição e os sindicatos? Se alguém está a ameaçar o nosso principal activo no exterior, a coesão política e social, esse alguém é Pedro Passos Coelho. A coesão não é um dado adquirido, precisa da atenção contínua de quem tem o poder e de medidas que mantenham o sentimento de justiça na austeridade.
O importante não é ser positivo ou negativo nas mensagens e no que se diz sobre Portugal. O importante é ser realista e observar a realidade. E a realidade mostra-nos cada vez mais que a austeridade está a ser mais para uns do que para outros e, exactamente por isso, está a traçar o caminho para o fracasso e para a desunião entre os portugueses. É pena que o Presidente não tenha contribuído para que o Governo seja mais corajoso ou menos displicente, mais amigo da coesão.
P.S.: A edição de hoje, que oferecemos aos leitores, é dedicada à Saúde que vive também momentos de grande mudança. A saúde dos portugueses é hoje melhor do que nunca e melhor do que a observada em muitos países mais desenvolvidos. Um sucesso que se deve em grande parte profissionais que trabalham no sector mas que está ameaçado pela desorganização, irracionalidade das infra-estruturas e pelo poder de alguns grupos de pressão. Manter os resultados gastando menos é hoje o grande desafio.» [Jornal de Negócios]
Autor:
Helena Garrido.
The tutu project
«"Há nove anos, eu e a minha mulher mudámo-nos para a costa leste, para começar uma vida nova, e seis meses depois foi-lhe diagnosticado um cancro de mama", conta Bob Carey. "Durante todos estes anos, fiquei surpreendido com a sua força e espírito para enfrentar a doença", diz, revelando que a partir dessa altura começou a preparar o "Tutu Project" para a fazer rir, porque, conta, "rir é o melhor remédio para as adversidades com que a vida, por vezes, nos surpreende".
Para o efeito, criou uma página online (www.thetutuproject.com) e deixou-se fotografar, com o seu tutu cor-de-rosa, nos mais diferentes locais dos Estados Unidos, como em campos de trigo, junto a uma montanha russa, perto da praia ou mesmo no meio de uma rua de Nova Iorque, para que Linda o veja e ria, muito, amenizando assim a sua dor, igual à de tantas outras mulheres por esse mundo fora.» [DN]
A Taxa Cristas vai render
«O governo aprovou hoje a taxa alimentar para aplicar aos estabelecimentos de comércio alimentar.
A ministra da Agricultura diz que a taxa alimentar deve representar entre 12 a 13 milhões de euros.
"O Governo estima que a taxa alimentar representará entre 12 a 13 milhões de euros, sendo que dependerá do valor do metro quadrado que ainda não está concretizado, e que poderá variar entre 5 a 8 euros por metro quadrado ao ano", afirmou ao Económico Assunção Cristas, no final do Conselho de Ministros de hoje.» [DE]
A ministra da Agricultura diz que a taxa alimentar deve representar entre 12 a 13 milhões de euros.
"O Governo estima que a taxa alimentar representará entre 12 a 13 milhões de euros, sendo que dependerá do valor do metro quadrado que ainda não está concretizado, e que poderá variar entre 5 a 8 euros por metro quadrado ao ano", afirmou ao Económico Assunção Cristas, no final do Conselho de Ministros de hoje.» [DE]
Parecer:
O governo aumenta impostos e multiplica as taxas.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Lambretas se não vai também criar a Taxa Lambretas para financiar as suas camaratas de idosos.»
Sarkozy sente-se honrado por lhe chamarem fascista
«Com a campanha para a segunda volta das presidenciais ao rubro, o presidente cessante e recandidato, Nicolas Sarkozy, voltou hoje a radicalizar o discurso para tentar inverter a curva das sondagens, que o dão como derrotado no dia seis de maio.
Num comício, hoje, ao início da tarde, nos arredores de Paris, atacou duramente e muito diretamente o jornal "Le Monde", a principal referência da imprensa francesa, por este vespertino ter criticado a sua "estratégia perigosa" de namoro ao eleitorado da extrema-direita.
Na mesma reunião, Sarkozy criticou igualmente o jornal comunista "l'Humanité" por o ter comparado ao marechal Philippe Pétain. Numa manchete, quarta-feira, este diário relacionou-o com o célebre colaboracionista francês do nazismo por Sarkozy ter dito que no dia primeiro de maio iria celebrar "o verdadeiro trabalho" numa manifestação distinta, em Paris, dos sindicatos e da esquerda.
No comício, Nicolas Sarkozy reafirmou: "sinto o apoio da maioria silenciosa". Garantiu "abominar o fascismo", mas disse: "se um comunista me chama fascista, é uma honra!".» [Expresso]
Num comício, hoje, ao início da tarde, nos arredores de Paris, atacou duramente e muito diretamente o jornal "Le Monde", a principal referência da imprensa francesa, por este vespertino ter criticado a sua "estratégia perigosa" de namoro ao eleitorado da extrema-direita.
Na mesma reunião, Sarkozy criticou igualmente o jornal comunista "l'Humanité" por o ter comparado ao marechal Philippe Pétain. Numa manchete, quarta-feira, este diário relacionou-o com o célebre colaboracionista francês do nazismo por Sarkozy ter dito que no dia primeiro de maio iria celebrar "o verdadeiro trabalho" numa manifestação distinta, em Paris, dos sindicatos e da esquerda.
No comício, Nicolas Sarkozy reafirmou: "sinto o apoio da maioria silenciosa". Garantiu "abominar o fascismo", mas disse: "se um comunista me chama fascista, é uma honra!".» [Expresso]
Parecer:
Idiota.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Sarkozy se também se sente honrado se lhe chamarem corno , porque isso significa que tem uma mulher jeitosa e desejada por outros.»
Ao que isto chegou
Não há memória de um ministro chegar ao ponto de andar a comunicar que os reembolsos do IVA já estão a ser processados. Que se saiba ninguém se queixou destes reembolsos, queixaram-se sempre dos meses anteriores e nessa altura o ministro não soube dar explicações, escondeu-se atrás de um falso argumento técnico, o de que o governo não podia alterar a data por questões técnicas. Ora, se não podia mexer na data ao que se deve este comunicado? Será que a partir de agora o ministro emite um comunicado a propósito de todo e qualquer reembolso?
«Vendo bem as coisas, os militares de Abril, e com eles Mário Soares e Manuel Alegre, fizeram bem em não comparecer às cerimónias no Parlamento pelos motivos que invocaram: o Governo está a destruir as conquistas de Abril. É que com essa atitude provocaram reacções em cadeia. Vejamos:
- O Governo encheu-se de brio e quis mostrar o seu amor à revolução, surgindo ostensivamente de cravo ao peito;
- O Presidente não levou o cravo mas fez uma revisão da matéria e concluíu que os últimos anos (quase todos dos Governos Sócrates) foram de grandes progressos na Ciência e noutros campos, e que vale a pena dizer isso lá fora.
- O Governo, que estava à espera que o Presidente voltasse a falar de “iniquidades” e de “limites para os sacrifícios”, ficou confuso, não percebeu nada do que o Presidente queria dizer com aqueles elogios do passado recente, mas resolveu comentar que o discurso foi muito bom.
- A esquerda, embora com nuances, também estava à espera que o Presidente falasse da situação actual e se referisse aos problemas dos “mais fracos e desprotegidos” e criticou o discurso do Presidente por essa ausência.
- O PS, que fez o melhor discurso da sessão, era o mais confundido com o discurso do Presidente. Aos primeiros “acordes” da voz presidencial ouviu-se vozearia vinda da bancada socialista, atónita, certamente a pensar que estava a ouvir mal. Na bancada do PSD, os deputados abanavam a cabeça de reprovação pelo barulho dos socialistas (os do PSD furiosos com o Presidente mas a fingirem-se zangados por causa do ruído, no fundo desejando que ninguém ouvisse os elogios do passado que o Presidente estava a fazer).
- Sem querer criticar o elogio do Presidente à obra dos seus últimos governos, o PS lamentou que o Presidente não se tivesse detido mais no momento (leia-se, no Governo) actual.
- Houve ainda os que compararam o discurso de hoje do Presidente com o da sua posse, altura em que o “passado recente”, que hoje elogiou, lhe parecia um desastre.
Conclusão:
Se os militares de Abril tivessem ido às comemorações, e Soares e Alegre também, os ministros não tinham (quase em uníssono) posto o cravo na lapela (talvez apenas um ou outro); o Presidente tinha criticado o governo e falado em “iniquidades” e “limites para os sacrifícios”; o PS tinha elogiado amplamente o discurso do Presidente; e o Governo não teria gostado mas teria dito que é a ele que compete governar.
Parece um pouco “esquizofrénico” mas a ausência dos militares de Abril mudou a “realidade”… »
- O Governo encheu-se de brio e quis mostrar o seu amor à revolução, surgindo ostensivamente de cravo ao peito;
- O Presidente não levou o cravo mas fez uma revisão da matéria e concluíu que os últimos anos (quase todos dos Governos Sócrates) foram de grandes progressos na Ciência e noutros campos, e que vale a pena dizer isso lá fora.
- O Governo, que estava à espera que o Presidente voltasse a falar de “iniquidades” e de “limites para os sacrifícios”, ficou confuso, não percebeu nada do que o Presidente queria dizer com aqueles elogios do passado recente, mas resolveu comentar que o discurso foi muito bom.
- A esquerda, embora com nuances, também estava à espera que o Presidente falasse da situação actual e se referisse aos problemas dos “mais fracos e desprotegidos” e criticou o discurso do Presidente por essa ausência.
- O PS, que fez o melhor discurso da sessão, era o mais confundido com o discurso do Presidente. Aos primeiros “acordes” da voz presidencial ouviu-se vozearia vinda da bancada socialista, atónita, certamente a pensar que estava a ouvir mal. Na bancada do PSD, os deputados abanavam a cabeça de reprovação pelo barulho dos socialistas (os do PSD furiosos com o Presidente mas a fingirem-se zangados por causa do ruído, no fundo desejando que ninguém ouvisse os elogios do passado que o Presidente estava a fazer).
- Sem querer criticar o elogio do Presidente à obra dos seus últimos governos, o PS lamentou que o Presidente não se tivesse detido mais no momento (leia-se, no Governo) actual.
- Houve ainda os que compararam o discurso de hoje do Presidente com o da sua posse, altura em que o “passado recente”, que hoje elogiou, lhe parecia um desastre.
Conclusão:
Se os militares de Abril tivessem ido às comemorações, e Soares e Alegre também, os ministros não tinham (quase em uníssono) posto o cravo na lapela (talvez apenas um ou outro); o Presidente tinha criticado o governo e falado em “iniquidades” e “limites para os sacrifícios”; o PS tinha elogiado amplamente o discurso do Presidente; e o Governo não teria gostado mas teria dito que é a ele que compete governar.
Parece um pouco “esquizofrénico” mas a ausência dos militares de Abril mudou a “realidade”… »