quinta-feira, abril 05, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Sede da "Viúva Lamego"
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Na Serra da Estrela [A. Cabral]
   
Jumento do dia


Passos Coelho

O corte dos subsídios aos funcionários públicos e pensionistas não constavam no memorando assinado com a troika nem foi uma medida adicional exigida pelos credores internacionais, foi uma iniciativa do governo adoptada com base em mentiras e que visou ter folga orçamental.

Conseguido o roubo aos funcionários públicos e pensionistas o governo optou por atrasar ou aligeirar as medidas que visavam os mais ricos, a EDP continuou com as facilidades e começa a ser evidente que as PPP não serão renegociadas. O governo usa os subsídios para deixar de cortar nas famosas gorduras e ao fim de três anos é evidente que o governo não vai querer aumentar a despesa pública.

Quando diz que vai repor gradualmente os subsídios Passos Coelho está a mentir porque não o vai fazer e a confirmar uma mentira pois não foi isso que disse quando suspendeu os subsídios, para além de na ocasião ter anunciado o corte durante dois anos e não os três de que agora fala. Além disso revela pouco respeito pelos portugueses, transformar um direito que tirou numa esmola que promete dar em ano eleitoral significa que o país tem um primeiro-ministro mal formado, que não sabe respeitar a dignidade dos portugueses.


O sucesso do neto da Prazeres

   
 

Madrid não é 'El Pais' de Mourinho

«Em Madrid vale tudo contra José Mourinho, se calhar tipo execrável, mete o dedo no olho de um adversário e foge, mas o melhor treinador do mundo. Este ano, quando ele pode tornar-se o único a ganhar campeonatos nacionais em quatro países e o único a ganhar a Champions com três equipas diferentes, movem-lhe uma campanha manhosa, em Espanha. Não seria nada de estranho no mundo de futebol, tão marcado pelo clubismo - basta ler as capas dos nossos diários desportivos também tendenciosas. Mas a campanha a que me refiro não vem dos meios afetos ao Barcelona, seu adversário, mas surpreendentemente do diário El País, jornal sério exceto, agora, no noticiário sobre Mourinho. Ler no El País, assinadas por gente que por lá chamam grandes jornalistas desportivos, sucessivas inventonas sobre problemas entre o treinador e os seus jogadores (em textos que muitas vezes roçam a xenofobia antiportuguesa), espicaça-nos o cinismo: sim, filhos, mas digam lá que ala do Real Madrid que Mourinho afastou é que vos alimenta o ódio... Este jornalismo de compadrio é ainda mais extraordinário porque feito contra uma realidade que todos veem (o clube "em crise" está a bater vários recordes, nomeadamente marcando golos como nunca) e que desmente os desonestos. Quando até num caso de sucesso tão notório um bom jornal se permite campanhas destas acabam-se as ilusões: se hay brujas, haverá também, podem crer, megafones para elas.» [DN]

Autor:

Ferreira Fernandes.
  
O Governo não sabe o que faz

«Tudo é mau em Portugal. A começar pela vida e a continuar no Governo. E desconhece-se quando e onde o mau vai terminar. O desemprego cresce na directa proporção em que os assaltos aumentam. O poder possui uma visão fantasmagórica do que se passa, e inscreveu as suas decisões numa perspectiva de terror. As diferenças com uma espécie particular de totalitarismo são escassas.

Começa a ser cada vez mais nítido: o Governo não sabe o que faz, nem possui nenhuma estratégia de solução dos nossos problemas. E o ministro da Finanças dá sinais enervantes de cansaço, a que muitos qualificados economistas designam de desfasamento com a realidade, e outros, de incompetência. Passos Coelho anunciou uma linha ferroviária europeia, que não vai existir porque sem continuação em Espanha; o governador do Banco de Portugal assevera que vamos precisar de mais "austeridade" e o primeiro-ministro diz que não, antes pelo contrário; uma reunião, anteontem, na Concertação Social traduziu-se numa barafunda atroz, na qual o pobre João Proença, esquemático e atrapalhado, surgiu como uma criatura, manipulada pelas suas próprias ambivalências. Então ele não sabia que, depois de subscrever aquele infausto documento, sobre as leis do trabalho, que outras coacções se lhe seguiriam? Os cortes na Saúde, que deixam sem tratamento doentes oncológicos, e a diminuição de dias nas baixas por doença, são capítulos de um processo de reversão que põe em causa o próprio Estado Social. Quem for cúmplice deste projecto de demolição dificilmente poderá dizer-se respeitador da ética progressista e do humanismo.

Os próprios patrões começam a espavorir-se com as "indecisões" do Governo, que nada faz para realizar uma política de crescimento e de desenvolvimento económicos. Além de tentar ser fiel a uma ideologia que põe a Europa em perigo, este Executivo demonstra o desprezo sem limites pelo cidadão e pelas suas ansiedades. Apesar de aproveitar de dispositivos de coerção quase nunca vistos. Estamos a emigrar em massa, como na década de 60; e a despovoar o País sem dó nem piedade. Estamos, sobretudo, a subverter o próprio conceito de identidade, e obrigados a desfazer-nos da narrativa que nos diferenciou.

O PS, por seu turno, ainda não encontrou o enquadramento ideológico que forneça ao debate público um interesse sobrelevante de questões insignificantes. Seguro entrou na questiúncula provocada pelo Marcelo, que teceu, na TVI, uma teia reticular de intriga, tão ao seu gosto e estilo. E o secretário-geral socialista, em vez que resolver o berbicacho com um displicente: "Não comento o que dizem os comentadores", embrenhou-se em explicações desnecessárias. Logo o Marcelo ameaçou responder, no próximo domingo.

Que interesse tem isto para as pessoas?» [DN]

Autor:

Baptista-Bastos.
  
A bandeira manipulada

«O leitor já terá reparado na bandeirinha que surge agora na lapela dos membros do Governo e de alguns dos seus apoiantes. Não era assim quando este Governo tomou posse.


Mas, preocupado com a impopularidade das suas políticas, o Executivo decidiu montar uma "estratégia de comunicação" - isto é, um sistema de propaganda -, provavelmente com o concurso de alguma agência profissional. Pois bem, a bandeira nacional na lapela é um dos resultados da "estratégia de comunicação" adoptada.


O caso é algo insólito porque não faz parte da tradição portuguesa. Estávamos habituados a ver esse tipo de prática em países totalitários ou pós-totalitários, assim como nos Estados Unidos, país onde a bandeira está omnipresente, desfraldada no quintal das casas, copiada em objectos de uso quotidiano, mas também exibida por políticos de vários quadrantes. Em Portugal, a bandeira era tradicionalmente tratada com maior distanciamento e o respeito que ainda há pouco merecia provinha dessa mesma prática.


No entanto, as coisas foram mudando. A transformação mais notória deu-se com a generalização do seu uso no apoio à selecção nacional de futebol - o que contribuiu, no meu entender, para o seu desvirtuamento. A esse propósito, contaram-me há tempos o seguinte episódio: tendo falecido, durante o fim-de-semana, um dos professores de uma faculdade da universidade do Porto, a directora da faculdade telefonou aos seguranças que guardavam o edifício para que a bandeira nacional fosse colocada a meia haste. O segurança que atendeu o telefone respondeu que não sabia qual era a bandeira nacional, uma vez que havia lá três: uma era azul e tinha umas estrelas, numa outra estava escrito "cidade do Porto" e uma terceira era, segundo o segurança, "a bandeira da selecção" (sic). "Pois é essa mesma!", terá dito, aliviada, a directora.


Mas o uso propagandístico da bandeira pelos governantes actuais vai para além do desvirtuamento exemplificado por esta pequena história e inaugura uma nova fase: a da sua politização no quadro da democracia. Ao adoptar o símbolo nacional e patriótico por excelência como estandarte de uma governação e de uma política específica, o Governo está a usar como seu aquilo que, de certa forma, pertence a todos os portugueses. A intenção do Governo, ou da agência de comunicação que o terá assessorado, é óbvia: consiste em dizer que aqueles que não apoiarem as políticas governativas não são verdadeiros patriotas. Mas o resultado final é precisamente o da erosão de um dos símbolos fundamentais desse patriotismo, uma vez que os portugueses que não se identificam com o actual Governo passarão, nos tempos mais próximos, a associar a bandeira a uma facção política específica.» [DE]

Autor:

João Cardoso Rosas.
   

O que diria o Paulo Portas se fosse cá!

  
«Jenna Talackova, 23 anos, tem o seu nome associado a mais recente polémica no Canadá. Nasceu homem, aos catorze anos começou o tratamento para se tornar mulher e hoje quer ser miss Canadá. O seu nome já foi recusado pelo concurso, mas eis que surgiu um comunicado a admitir a possibilidade de um recuo.» [CM]
  
Quando o mar bate na rocha o pitbull é que paga

«O ministro da Administração Interna determinou hoje a instauração de um processo disciplinar ao agente envolvido nas agressões à fotojornalista da France Presse e a abertura de inquérito para prosseguir a investigação no caso do fotojornalista da Lusa.» [DN]

Parecer:

No dia seguinte aos acontecimentos o comando da PSP justificou a violência policial com a falta de utilização por parte da jornalista de qualquer identificação, isto é para o comando da PSP não estava em causa a violência sem qualquer justificação, parece que para estes senhores andar na rua em dia de manifestação é motivo suficiente para levar um arraial de porrada.

O ministro só se mexeu quando percebeu que desta vez tinha a comunicação social contra e encontrou um bode expiatório para exibir à comunicação social, o pitbull que estava na manifestação sem trela nem açaimo. De fora ficaram os responsáveis pela força policial que esteve presente na manifestação e que deram ordens ou permitiram a intervenção.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proteste-se.»
  
Marocas, o acelera

«O antigo presidente da República, Mário Soares, foi ontem apanhado pelo radar do Destacamento de Trânsito de Leiria da GNR a circular a 199 km/hora na A8. Soares era conduzido pelo motorista, numa viatura oficial.


Os GNR apreenderam a carta do motorista porque perante a opção de pagar 300 euros de multa, logo na altura, ou o condutor ficar com a carta apreendida, segundo o Correio da Manhã, Mário Soares afirmou: "O Estado é que vai pagar a multa".
  
O veículo, em nome da Direção-Geral do Tesouro e das Finanças foi mandado parar na área de serviço da zona de Leiria. Também de acordo com o Correio da Manhã, quando os guardas se aproximaram, Mário Soares terá sido "bastante mal educado", segundo fonte da GNR.» [DN]

Parecer:

Dispensa-se a falta de educação com os guardas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se a actuação da GNR.»
  
Acções do BCP vão substituit os bombons nos pires da bica

«A intensa maré vermelha regressou hoje à banca e à praça portuguesa. O BCP foi o mais castigado pela pressão vendedora, tendo afundado 7,41% para 0,125 euros, no pior desempenho desde o 4 de Janeiro. E a sessão foi de significativa liquidez: foram negociados títulos quase 120 milhões de títulos, quase o dobro da média diária de transacções dos últimos 12 meses.


"Além de toda a instabilidade que paira em Espanha, de toda a incerteza em relação à Grécia, onde a reestruturação recente de dívida pode não ser suficiente, há ainda a questão da capitalização da banca nacional", referiu ao Económico Pedro Lino, CEO da Dif Broker.» [DE]

Parecer:

Isto quer dizer que o Gaspar vai ter de ir buscar mais aos pobres para dar à banca.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
  
Boas notícias para o neto da Prazeres

«O mercado automóvel continuou em queda acelerada no último mês. Embora em Março tenham sido vendidos mais ligeiros de passageiros do que nos dois primeiros meses de 2011, as vendas estão muito abaixo do que há um ano. Apenas foram comercializados 9.622 ligeiros, menos 49,2% do que em Março do ano passado.» [Público]

«Segundo dados do Eurostat, em Fevereiro e face ao mês anterior, o volume de negócios a retalho deslizou 0,1% na Zona Euro e 0,4% na União Europeia. Em Janeiro, as vendas a retalho tinham subido 1,1% e 0,9%, respectivamente.» [Jornal de Negócios]

Parecer:

Este Gaspar sabe da poda.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso cínico.»
  
Ser médico do Alberto e do PSD tem as suas vantagens

«Ortopedista Marcelino Andrade realizou “apenas três” consultas em sete meses e seis cirurgias em 14 meses, mas recebeu 20 mil euros em horas extraordinárias.
  
O Tribunal de Contas (TC) notificou o ortopedista Marcelino Andrade para devolver cerca de 400 mil euros recebidos indevidamente enquanto acumulou as funções de médico no Hospital do Funchal com as de presidente da Junta de Freguesia de Santo António, nesta cidade.


Na sequência do relatório da auditoria feita pela Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) ao Serviço de Ortopedia do Hospital Dr. Nélio Mendonça, a secção regional do TC concluiu pela ilegalidade do destacamento (ilegal) do médico para exercer funções de presidente da Junta de Freguesia de Santo António, no Funchal (entre 08/07/1998 e 30/10/2009), que originou pagamentos indevidos no valor de 397.675 euros, a título de remunerações, acumuladas indevidamente com as auferidas na junta de freguesia. A IGAS tinha concluído que o ortopedista tinha dado “apenas três” consultas em sete meses e realizado seis cirurgias em 14 meses, mas recebeu 20 mil euros em horas extraordinárias e cerca 3700 euros em prevenções.» [Público]

Parecer:

Há quem lhes chame chulos!

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Atire-se o oportunista ao Atlântico.»
  
"Enriquecimento ilícito" chumbado no Constitucional

«O Tribunal Constitucional (TC) chumbou nesta quarta-feira o diploma que cria o crime de enriquecimento ilícito e que tinha sido aprovado na Assembleia da República com o voto de todos os partidos, à excepção do PS.
  
O TC chumbou o diploma porque entendeu que eram violados os princípios constitucionais da presunção da inocência e da determinabilidade do tipo legal.


Em declarações aos jornalistas após a leitura pública do acórdão, o presidente do TC explicou que se entendeu “que o artigo 1.º e o artigo 2.º, que eram os artigos que ou introduzindo certos tipos legais ou alterando outras normas introduziam o ilícito, eram contra a Constituição”.


“Primeiro porque não lhe subjazia um bem jurídico claramente determinado, depois porque violava o princípio da lei 7 da determinabilidade do tipo legal e, depois, porque violava o princípio da presunção da inocência”, acrescentou.» [Público]

Parecer:

Era mais do que evidente que o diploma era inconstitucional. Só é p+ena que a esquerda conservadora se tenha unido à direita para viabilizar um diploma que tornava todos os portugueses suspeitos de serem criminosos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se aos senhores magistrados bem remunerados e com mordomias várias que trabalhem com mais dedicação e competência.»
 
  
   
 Sinais de nervosismo no ministério das Finanças


«O Fisco vai começar a cruzar dados dos cartões de crédito e débito em julho, depois de os bancos enviarem toda a informação detalhada sobre os pagamentos dos clientes, disse hoje o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.
  
Segundo Paulo Núncio, que está a ser ouvido no Parlamento, os bancos já estão a enviar para as Finanças os dados relativos às operações realizadas com crédito e de débito (Multibanco, por exemplo).
  
O objectivo da medida, sublinhou, é combater a fraude e evasão fiscais através do cruzamento de dados dos contribuintes.» [DN]

Parecer:

Estas notícias ameaçadoras não passa de propaganda rasca e são um sinal de nervosismo no ministério das Finanças, as receitas fiscais deverão estar em baixa e o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais acha que com notícias destas quem se anda a escapar ao fisco ou está falido vai a correr para o serviço de finanças mais próximo.

É tão provável conseguir o aumento das receitas fiscais com estes cruzamentos como é conseguir produzir arame farpado cruzando minhocas com ouriços-caixeiros.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso cínico.»