domingo, março 31, 2013

Semanada pascal


Enquanto os bons cristãos se recolhiam em penitência, principalmente os banqueiros que têm uma leve ideia do que são os bons valores e o sofrimento humano graças ao que aprenderam na Igreja, a vida política nacional foi abalada nesta Semana Santa pelo anúncio da ressurreição de Sócrates. Heresia gritou a direita temente a Deus, os acólitos da seita que em tempos tinha adorado um alma penada do menino que tentaram matar ainda no berço e que mais tarde deixaram cheio de chagas por causa das facadas que sofreu, reuniram-se em procissão peticional aos berros de vade retro Sócrates Santanas!
   
Cavaco, que há poucos dias tinha ido a Fátima lembrar o papa Francisco que iam passar 100 anos desde o aparecimento dos pastorinhos e só não regressou com uma resposta porque o papa se distraiu com as caretas e trejeitos da Dona Maria e do moçito que vinha mais atrás que até aprecia o Paulo Portas, veio logo avisar o povo de crentes que as promessas dos falsos profetas eram blasfémias que não faziam milagres, sendo sabido que em Portugal um milagre começa a ser a criação de emprego e quem empregar uma empregada doméstica arrisca-se a ter missa em sua honra na igreja de Boliqueime, isso se o Catroga não tiver usado os seus primeiros ordenados no Partido Comunista da China para construir uma capela na Quinta da Coelha.
   
Foi uma semana de fundamentalismo religioso com os crentes mais fundamentalistas a rumar em procissão ao Palácio Raton jurando aos infiéis ali reunidos que se não ouvissem a palavra de Deus seriam logo ali crucificados. Porque nos tempos que correm ou se obedece à palavra do Gaspar ou vai-se para o Inferno, é esse menino que dá explicações nos tempos do capital, seja no think thank de Washington ou dirigindo a palavra ao seu mestre em Bona, Nos tempos que correm ou se ouve a palavra do profeta neo da avó Elisa de Manteigas, ou corre-se um sério risco de se encontrar uma excelente oportunidade de purificação da alma no purgatório da emigração, já que ficar neste país é estar no Inferno, um Inferno onde estão os pecadores que abusaram do consumo, cabendo-Lhe assegurar que esta gente da Gomorra ibérica se penitencia dos seus pecados para entrar num Céu de humildade, pobreza mas felicidade.

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
 photo calccedilada-dos-barbadinhos_zps7c3aee95.jpg

Chafariz da Calçada dos Barbadinhos, Lisboa
      
 Remodelação? Mais Gaspar do mesmo Gaspar.
 
Aqueles que hoje sugerem que o país melhora com uma remodelação governamental vão arrepender-se amargamente, com a troika a sugerir que problea da política económica está na má comunicação é evidente que o BCE vai querer escolher o substituto de Relvas e isso significa que vamos ter o Gasparzito nos Assuntos parlamentares. Para calar o CDS é mais do que óbvio que o Paulo Portas vai ficar com a ponta solta do investimento e teremos um dos seus afilhados na economia, muito provavelmente fundindo o ministério com o do Lambretas, um ministro que parece ter desaparecido pelo ralo da banheira.
  
O resultado vai ser o mesmo e os ministros remodelados até são os que nos davam ainda alguma vontade de rir. Com a remodelação este governo vai ser mais Gaspar do mesmo e vamos perder a vontade de rir. O Portas manda lá fora, por onde anda a tempo inteiro assinando o que sobra dos investimentos conseguidos por Sócrates, enquanto cá dentro o Gaspar manda sozinho.
 
 A entrevista a Sócrates

A primeira consequência das entrevistas a Sócrates que começam na próxima quarta-feira é que vai haver uma alteração do conceito semana política. Até aqui nada sucedia entre sábado e treça pelo que os portugueses se ia entretendo com as baboseiras de um professor MArcelo já mais do que gasto, Marclo falava e no dia seguinte era primeira página. A partir de agora a direita vai roer as unhas até quarta-feira *a noite e durante o resto da semana iremos discutir o que Sócrates disse.

Cavaco vai ter o seu pesadelo semanal, muitos anos depois de o Independente de Paulo Portas lhe ter feito a vida negra. Quis o destino que agora que tem em Portas um ministro quase íntimo, com quem partilha a diplomacia externa, cai-lhe o Sócrates em cima dos carapaus alimados, lembrando os tempos em que o PSD usava fraldas de incontinentes à sexta-feira.

 Um governo de doutores?
 
Remodelar um ministro porque tem uma licenciatura da treta é fazer pensar que temos um governo de cientistas. Sejamos honestos, num país a sério a licenciatura de Passos Coelho dava para pouco mais do que para gestor de "lanchonete". Curiosamente, o outro remodelável até é um dos dois doutorados no estrangeiro, ainda que na segunda divisão das escolas de economia. Em termos académicos sobre o Crato, já que o Gaspar está mais ou menos ao mesmo nível do Álvaro, nunca seria convidado para dar aulas numa escola como o MIT ou Harvard.
 
 O Relvas ainda mexe na comunicação social

 photo relvas_zpsfa262ee0.jpg
 
 E o BCE também...
  
 photo BCE_zps483460be.jpg

 Uma dúvida

O Miguel errou alguma previsão, falhou alguma meta, levou o país à ruína  Se não então p+orque querem correr com o Relvas e continuar com o Gaspar?

 Os erros de Sócrates

Já algum ex-primeiro-ministro teve de ser julgado na praça público, sendo-lhe exigidpo que reconheça os erros que cometeu mais os que os outros acham que cometeu? Por exemplo, já alguém exigiu ao ex-accionista da SLN Cavaco Silva que reconheça que devido a uma revalorização do escudo com objectivos meramente eleitoralistas destruiu a competitividade da economia portuguesa levando o país a um pedido de ajuda ao FMI?

Esta direita é muito esquecida.
 

  
 Obviamente demitam-se
   
«Há várias semanas, vão-se avolumando as pressões sobre o Tribunal Constitucional por causa da decisão sobre o Orçamento do Estado que está em execução. Há os que exigem o chumbo no espaço público e os que apelam à responsabilidade dos juízes, porque "vivemos tempos históricos" e os magistrados têm de ser responsabilizados pelo "impacto" que a sua decisão possa vir a ter no País.

Uns e outros violam da forma mais grosseira o princípio sagrado de um Estado de direito que é o da separação de poderes.

Entendamo-nos, para começo de conversa, sobre aquela que é a única responsabilidade de um Tribunal Constitucional: garantir o cumprimento escrupuloso da Constituição em todas as dimensões do Estado.

Dito isto, a forma como esta semana, mais uma vez, o PSD e o primeiro-ministro entenderam comentar a decisão, esperemos que iminente, dos juízes do Palácio Ratton, configura, obviamente, uma forma de chantagem ilegítima e inaceitável sobre aquele tribunal.

Dizer em jeito de advertência que o TC está "vinculado" ao memorando, insinuar em tom de admoestação que uma eventual decisão desfavorável ao Governo será causa de instabilidade e ruína é, no mínimo, um atropelo às instituições, à democracia e ao Estado de direito. O único vínculo do Tribunal Constitucional, repito, é à Constituição da República Portuguesa. Ao Governo e à Assembleia da República, que, convém não esquecer, aprova os Orçamentos do Estado, compete a obrigação de governar e legislar de acordo com a lei. E aqui, sejamos claros, os partidos do chamado arco da governação foram cúmplices em 2011 ao viabilizarem - fosse pelo voto a favor ou pela "abstenção violenta" - um orçamento que veio a constatar--se inconstitucional.

Podemos ainda interrogar-nos sobre o que fazer quando Governo e Parlamento ignoram as suas obrigações mais elementares. A resposta é simples: compete ao Presidente da República, mesmo que politicamente moribundo, cumprir e fazer cumprir a Constituição. E é isto que se espera de Cavaco Silva em caso de chumbo das normas que foram para apreciação do TC.

Isto é, se o corte do subsídio de férias a pensionistas e funcionários públicos, se a contribuição extraordinária de solidariedade, se os novos escalões de IRS - só para dar alguns exemplos - não passarem no crivo dos juízes do TC, o Presidente da República não pode deixar de atuar.

Já sabemos que Pedro Passos Coelho e Vítor Gaspar não têm plano alternativo a este Orçamento - o que foi, desde logo e quando verbalizado, uma outra forma de pressão. E portanto, deste facto só há uma de duas leituras a fazer: ou o Governo é incompetente, o que não é de excluir, ou governa deliberadamente contra a lei e contra a Cons- tituição, o que é de uma gravidade extrema porque, com dolo, põe em causa o regular funcionamento das instituições. Podemos discordar da Constituição, mas não podemos fingir que ela não existe.

E quando assim é, ao Chefe do Estado não pode restar outra alternativa que não seja a de ser patrono da queda do Governo.

E porque os cidadãos têm de poder confiar nas instituições que, em tese, os representam e defendem, esperemos que o Tribunal Constitucional, caso se pronuncie pela inconstitucionalidade das normas orçamentais, não encontre novamente forma de suspender a democracia e a Constituição como em 2012. Se o fizer, agirá em linha com a cobardia já demonstrada pelos titulares de alguns órgãos de soberania que, em vez de assumirem as suas responsabilidades em tempo oportuno, adiam o mais que podem as suas decisões. Se assim for, estarão também eles a ser coniventes com quem põe em causa o regular funcionamento das instituições. E, em nome da decência, só resta uma saída para quem pactuar com esta situação: obviamente demitir-se!» [Diário de Notícias]
   
Autor:
 
Nuno Saraiva.
   
PS: Nuno Saraiva comete uma imprecisão ao dizer que os que defendem a inconstitucionalidade do OE desrespeitam a separação de poderes. Antes de mais porque quem não está num poder não desrespeita a separação de poderes e opinar sobre a constitucionalidade ou inconstitucionalidade de uma lei não é pressionar os juízes do TC. Quando Passos Coelho disse que fez tudo para respeitar a Constituição ou envia pareceres ao TC defendendo essa tese não está pressionando o tribunal ou desrespeitando a separação de poderes. Mas quando diz que os juízes devem estar condicionados pela opinião do próprio Passos que lhes sugere responsabilidades se em vez de obedecerem às suas concepções fizerem aplica a Constituição está pressionando o Tribunal E não devia demitir-se pela sua iniciativa, um governo que desrespeita tão descaradamente a Constituição e pressiona os juízes do TC para que façam o mesmo devia ser demitido pelo Presidente. Mas não temos um Presidente da República, temos um presidente.
   
  
     
 Relvas desdoutorado?
   
«Note-se que o ministro Miguel Relvas terminou a licenciatura em 2006/2007, em que, num total de 180 créditos, foram atribuídas equivalências a cerca de 160 créditos. 

Segundo revela o ‘Expresso', o relatório pedido pelo ministro da Educação, Nuno Crato, pretende regularizar as situações decorrentes da atribuição de créditos na universidade, e caso seja provada a ilegalidade dos processos, os graus académicos atribuídos pela instituição de ensino podem ser anulados.» [CM]
   
Parecer:
 
Tinha a sua graça.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Passe-se a tratar o homem por desdoutor Relvas.»
      
 Covina não quer Sócrates em Belém
   
«O antigo primeiro-ministro e futuro comentador político da RTP é a figura que os portugueses menos apoiariam numa possível corrida a Belém, segundo o Barómetro i/Pitagórica. No entanto, José Sócrates afastou o cenário de uma candidatura à Presidência da República na sua entrevista de quarta-feira. De acordo com a sondagem, o social-democrata Marcelo Rebelo de Sousa é quem obtém a melhor avaliação, como já tem acontecido nos últimos inquéritos de opinião.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Convenhamos que as sondagens da Pitagórica valem tanto como as previsões do Vítor Gaspar.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 E porque não criar o escudo virtual?
   
«O valor de cada bitcoin ronda actualmente os 90 dólares, ou 70 euros. Há um ano, cada uma valia pouco menos de cinco dólares. Nesta quinta-feira, pela primeira vez, o valor do total de todas estas moedas virtuais em circulação ultrapassou os mil milhões de dólares.

A ideia de dinheiro virtual não é nova. É assim que funcionam muitos sistemas que permitem comprar créditos com dinheiro real e depois usar esses créditos para comprar bens ou serviços. Há jogos no Facebook que permitem comprar dinheiro virtual, por exemplo. A inovação das bitcoins, que foram lançadas em 2009, é que não há uma entidade central responsável pela moeda – nem sequer uma empresa.

O sistema assenta em redes peer-to-peer (em que os computadores estão ligados directamente uns aos outros, de forma descentralizada). O valor do dinheiro (ou seja, o preço por que pode ser comprado com divisas convencionais, como o euro e o dólar) é guardado em ficheiros que existem na própria rede, tal como acontece com os proprietários dos fundos e o historial de transacções. As emissões de moeda são feitas periodicamente, de forma automática e pré-programada, sem intervenção humana.» [Público]
   
 Mudaram o nome ao cabrito
   
«José Emílio moreira, presidente da Câmara de Monção quis, à viva força, que o prato típico da terra, a foda, fosse certificada tal e qual é conhecido o cabrito assado no forno da terra. O processo começou há mais de dois anos e foi difícil convencer o autarca de que a lei não é suscetível a tradições e que, como tal, a "foda" teria de cair caso quisesse continuar com o processo.

Venceu o braço mais forte da lei. Ana Paula Vale, vice--presidente da Escola Agrária de Ponte de Lima é, também, a responsável pelo trabalho de investigação e certificação. "O nome do prato pode manter-se nas ementas dos restaurantes e continuar a ser conhecido localmente desse modo, mas a Lei não permite nomes obscenos, logo, tivemos de encontrar um termo que não ferisse suscetibilidades", explicou. Assim, "e porque não se trata de anho e nem é muito bem cabrito", tomou o nome de cordeiro "até pela sua ligação à Páscoa", prosseguiu.

A origem do nome não é consensual. Há quem conte que alguns criadores cobriam a forragem de sal para os animais encherem a barriga de água e, no dia de feira, parecerem gordos. Quem não conhecia a tramoia e comprava os bichos dizia dias depois: "Mais uma foda!". Outra corrente diz que, empanturrados de cabrito, alguns maridos diriam à mulher que o prato seria melhor que a dita.» [Jornal de Notícias]
   
Parecer:
 
Podiam ter mudado para Cabrito à Gaspar, toda a gente percebia.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 A Alemanha volta a precisar de trabalhadores formados à borla
   

«O presidente da Agência Federal de Emprego da Alemanha, Frank-Jürgen Weise, desafiou este sábado médicos e engenheiros do sul da Europa a procurarem emprego no país, que precisa anualmente de 200 mil emigrantes qualificados, nomeadamente portugueses.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Filhos da... cobram juros e ainda levam quadros à volta.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
   

   
   
 photo Ulvi-Magerramov-5_zps92963bf7.jpg
  
 photo Ulvi-Magerramov-4_zps5a174d7a.jpg
   
 photo Ulvi-Magerramov-3_zps0d34d8ae.jpg
   
 photo Ulvi-Magerramov-2_zps785fabe5.jpg
  
 photo Ulvi-Magerramov-1_zpsb4474bdf.jpg

sábado, março 30, 2013

É melhor deixarem o governo como está!


Os políticos da oposição, os jornalistas e os opinion maker ainda não perceberam que o país é governado por loucos. Quem manda no governo é um louco e quem pensa e faz que manda é um imbecil que obedece cegamente ao louco. Não admira, portanto, que haja por aí tanta gente a querer a remodelação do governo, o CDS aproveita e alarga a sua influência, o louco fanático livra-se dos ministros que supostamente ajudam a ridicularizar o seu projecto e até o presidente pode dizer que faz mais qualquer coisinha do que interpretar as expressões do gado bovino nacional.
  
A verdade é que num governo onde os ministros se distinguem por diferentes graduações de incompetência os ministros Álvaro e Miguel Relvas são os menos maus. Dizer que o Relvas sai porque é um falso licenciado é ignorar que para as grandes universidades americanas as licenciaturas da maioria dos membros deste governo quase nem provam que não são analfabetos. Dizer a um professor de Harvard que um dos ideólogos económicos deste governo, um ta Moedas, é um engenheiro civil com um MBA e alguma experiência bancária levaria o pobre homem a pensar que estaríamos contando uma anedota.
 
Tanto quanto se sabe o único sucesso deste governo foi a concertação social que pelo menos até há algumas semanas atrás era um dos louros do sôr Álvaro, aliás, não há alto responsável europeu ou dessa coisa chamada troika (que soa mais a truca truca do que a economia) que não refira a concertação social como um dos grandes trunfos daquilo a que insistem em chamar ajustamento. O acordo de concertação social só foi retirado do currículo do sôr Álvaro quando o Cavaco sentiu necessidade de dizer que fazia alguma coisa pelo país quando não está no estábulo estudando o gado. Agora dizem por aí que devemos o acordo de concertação ao Cavaco, aliás, o país ficou a saber que há um velhote com 70 anos a trabalhar doze horas por dia e ainda tem que se deitar às tantas para ouvir o que o Sócrates diz dele.
 
A substiuição do Relvas é uma perda irreparável, se agora o Miguel Relvas dava um toque de rigor a um governo canalha, com a sua saída deixaremos de ter com que brincar. Não podemos embirrar com os tiques do Portas porque está sempre nos antípodas, o Passos não passa de um Coelho com moléstia, é raro o ministro que aparece em público e se quisermos ouvir o Gaspar falar temos de ir a Washington ou a Bona.
 
Queixarmo-nos da licenciatura do Relvas é o mesmo que reclamarmos porque o canário que comprámos é coxo, nem votaram no PSD para Relvas ser professor, nem se compram canários para dançar. Sejamos honestos, o Miguel Relvas é competente e se alguém tem dúvidas compare o comportamento da comunicação social em relação a este governo com o que se assistiu no tempo de Sócrates, os nossos jornalistas parecem ter sofrido uma mutação genética, o Relvas transformou-os de pitbulls em caniches. Tirem o Relvas do governo e vão perceber como esta mutação é reversível, é o Relvas que tem os cordelinhos da comunicação social na mão.
 
Sempre que se pede uma mudança a este governo o Gaspar aproveita para piorar as coisas. O Tribunal Constitucional considerou inconstitucional o corte nos subsídios e o Gaspar vingou-se com a TSU. O melhor povo do mundo rejeitou o esquema da TSU  e o Gaspar decidiu um aumento brutal do IRS. Como o aumento dos impostos foi um falhanço vamos ficar com um Estado digno da idade da pedra. Sempre que os portugueses conseguem impor o que quer que seja a este governo de louco o resultado é desastroso. Vão ver, o Gaspar ainda mete um gorila do Zoo de Lisboa nos Assuntos Parlamentares e um dos seus discípulos de sacristia na Economia. 

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
 photo Nicolau_zps26577bf3.jpg
  
Igreja de São Nicolau, Lisboa
     
Jumento do dia
  
Paulo Portas
 
Se é verdade que Paulo Portas estava a negociar uma remodelação com Passos Coelho o seu comportamento na reunião do CDS é grave e significa que o país vive uma crise política que está sendo ocultado pelos responsáveis dos dois partidos da coligação. Começa a ser evidente que Passos Coelho e Paulo portas não querem assumir a responsabilidade nem pela crise, nem pela incompetência e aguardam a oportunidade para atribuir a terceiros a culpa pela crise.

Os juízes do Tribunal Constitucional são sérios candidatos a encobrir a incompetência do primeiro-ministro, o cinismo do seu número 3 e a desgraça em que meteram a economia portuguesa.
 
«Paulo Portas e Pedro Passos Coelho já debateram, há uma semana, a remodelação no Governo, mas sem planos de demissões. A discussão entre os dois líderes dos partidos da maioria teve como temas centrais os cenários políticos caso o Tribunal Constitucional trave algumas normas do orçamento do Estado, mas ambos mostraram-se dispostos a não provocar uma crise política.
  
O semanário adianta que a intenção dos dois políticos é aproveitar o prolongamento das maturidades da dívida portuguesa para abrir um novo ciclo que deverá incluir uma remodelação no Governo, há muito defendida por Portas.

Miguel Relvas e Álvaro Santos Pereira são os dois nomes mais mencionados pelos centristas para a remodelação, e Passos Coelho admite uma possibilidade de mudança. Quanto ao ministro das Finanças, o primeiro-ministro já afirmou que não quer abdicar de Vítor Gaspar e o próprio CDS admite que deve permanecer até a troika abandonar o País.» [Notícias ao Minuto]
 
 O ciumento

A que verdades se refere um Pedro Santana Lopes que parece um misto de ciumento e de ressabiado?

 photo porreiro-pa_zps4f48089f.jpg

 A sugestão do dia

Que se adopte uma lei que estabeleça mínimos de QI exigíveis para o desempenho do cargo de primeiro-ministro a fim de impedir que um qualquer imbecil possa ser eleito para o cargo.


  
 Obviamente
   
«Houve um tempo em que um Governo enviar pareceres de juristas ao Tribunal Constitucional era, para o PSD, "uma violenta e desproporcionada pressão". Houve um tempo em que deputados sociais-democratas viam, mesmo em opiniões encomendadas a juristas como Lobo Xavier e Saldanha Sanches, inaceitáveis manobras para condicionar o TC - dizia-o, imagine-se quem?, Miguel Relvas, em dezembro de 2006, a propósito do pedido de fiscalização da constitucionali- dade da Lei das Finanças Locais e de cinco pareceres enviados pelo Governo socialista ao palácio Ratton.
  
Ah, mudam-se os tempos. E mudam-se de tal modo que seis anos depois tivemos um Orçamento do Estado inconstitucional "de papel passado" e um Governo a achar normal mantê-lo e a seguir reforçar a dose, como quem vê que é mole e portanto carrega. Ou seja: o TC deu - por via da bizarra suspensão do efeito da declaração de inconstitucionalidade quanto ao corte dos subsídios a funcionários públicos e pensionistas, na prática uma suspensão da Constituição - aquilo que se chama "uma abébia" a Passos e Gaspar, e eles, em vez de agradecer e pedir desculpa pelo erro, agiram como se fosse uma licença para infringir a lei fundamental, para a ignorar, para dela escarnecer - e do TC.
  
O escárnio chegou a tal ponto que uma deputada do PSD afirma que o TC "está vinculado ao memorando" enquanto Passos exige "responsabilidade" aos juízes, soprando aos jornais que se o TC chumbar o Orçamento se demite (que desgraça, deus, como sobreviveremos?). Um PM que tomou medidas que toda a gente - a começar pelo Presidente da República, que aliás o disse mesmo antes da apresentação do OE 2012, para a seguir nada fazer - sabia que eram inconstitucionais, e portanto violou com toda a consciência a lei fundamental, esbulhando dois mil milhões de euros a centenas de milhares de cidadãos em nome do desígnio sagrado do controlo do défice (que ficou SÓ dois pontos percentuais acima do fixado), acha-se em condições de dar lições de responsabilidade. E logo aos juízes da mais alta instância da nação.
  
Fá-lo, claro, porque não parece haver margem para que o TC não declare inconstitucionais normas do OE 2013. Mas pode o TC de novo suspender a Constituição, permitindo ao Governo, mais uma vez, safar-se, à gargalhada, com o roubo? Ou, perante a ameaça da "crise política", declarar inconstitucionais apenas uma ou outra das normas menos "dispendiosas", permitindo que outras igualmente abusivas passem?
  
É certo que os juízes devem ser superiores a tudo, mesmo à justa fúria que as afirmações do PM lhes causarão. Mas só há uma instituição por cujo regular funcionamento lhes cabe zelar - a sua própria - , como garante último do respeito pela lei fundamental (e pelo regime democrático, portanto). Serem responsáveis é cumprirem o seu mandato - sobretudo quando os outros irresponsável e vergonhosamente desrespeitam os deles. Façam o que têm a fazer. Ou demitam-se.» [DN]
   
Autor:
 
Fernanda Câncio.   

 Sócrates, os outros e ele próprio
   
«Então, Sócrates voltou. Vou zurzi-lo. Um ex-primeiro-ministro de Portugal não dá explicações sobre como pode ir estudar dois anos para Paris. Parolos podem parolar sobre isso, mas gente da classe média que já teve filhos a estudar durante cinco anos em Paris sabe que isso é honestamente possível. Não se explica tal a um Octávio Ribeiro, diretor do CM, que insiste há meses com esse tema. Olha-se-lhe é para a cara dele e à pergunta que nela vem estampada ("E V. Exa toma mais alguma coisinha?") e responde-se: "Não, só a conta." E não se lhe deixa a gorjeta de uma explicação numa entrevista com jornalistas decentes. Tirando esse deslize, Sócrates foi moderado, criticou no PR falhas de solidariedade institucional. Ora com Cavaco um animal feroz levantaria outra coisa: aquele que é hoje o Presidente de Portugal ganhou de um banco, num ano, mais do dobro do que lá tinha depositado - e, depois de ter sido provado que o banco era de bandidos, não devolveu as mais-valias. Essa é a questão-chave, porque reconhecida e aceite, do desconforto dos portugueses com os seus políticos. Já com os chefes do Governo e da oposição, Sócrates limitou-se a mostrar, em contraexemplo, que Passos tem sido uma cucurbitácea, lá fora, e Seguro, um banana, cá dentro. Daí as minhas críticas por ele ir para essa coisa falsa que é político comentador político. Um político assim deveria ir ao congresso do seu partido e lutar pelo seu lugar.» [DN]
   
Autor:
 
Ferreira Fernandes.
   
  
     
 Soares mudou de opinião
   
«José Sócrates respondeu com “inteligência e muita paciência”: Foi assim que Mário Soares classificou a entrevista do ex-primeiro-ministro à RTP. Entrevista essa que o fez dar “a mão à palmatória”, acabando por ficar a favor do regresso de Sócrates, naquele que pode ser o mês decisivo para o Governo.

Mário Soares admitiu ter sido “absolutamente contra” o regresso do ex-líder socialista à cena política, mas a forma como Sócrates encarou a entrevista fez com que mudasse de de ideias: “telefonei-lhe mal acabou a entrevista e disse-lhe isso mesmo”, confessou Soares ao Expresso.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Até o Relvas deve ter  mudado, se soubesse o que sabe hoje teria demitido o director de informação da RTP.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Relvas se depois do que viu também vai a Paris pedir uma equiparação da sua licenciatura em ciência política.»
      
 A melhor análise
   
«"Cerca de 50 por cento do tempo da entrevista foi para atacar o Presidente da República. Estou convencido que alguém está interessado em chamar José Sócrates a Portugal para usá-lo a atacar o Presidente da República. Só quem é tolinho é que não vê que há ali um propósito claro de fazê-lo vir para atacar o Presidente da República, em nome de Cavaco Silva não pactuar com certas coisas seja de que governo for", opinou Jardim.» [DN]
   
Parecer:
 
Ver o Alberto João dizer que alguém foi buscar o Sócrates para atacar o seu velho amigo Silva é de rir até às lágrimas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
   
 O homem estudou mesmo
   
«Segundo a mesma fonte, haverá "novidades em breve" sobre a regularidade da equivalência da licenciatura em Ciência Política do ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, atribuída pela Universidade Lusófona.

O jornal Expresso afirma hoje que a Universidade Lusófona entregou a 18 de Janeiro à Inspecção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) a reanálise de todas as licenciaturas atribuídas com recursos a créditos, incluindo a do ministro Miguel Relvas.

Em relação à legislação relativa à atribuição de créditos por via da experiência profissional, a mesma fonte do ministério da Educação também confirmou que esta está em curso e que também haverá "novidades em breve".

No verão do ano passado, o ministro da Educação, Nuno Crato, pediu à Inspecção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) para investigar as dúvidas que se levantaram sobre a licenciatura em Ciência Política do ministro Miguel Relvas, que a completou num ano com equivalências a 32 das 36 cadeiras do curso por via da experiência profissional, adianta o Expresso.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Não deixa de ser curioso que num momento em que tanto se fala da remodelação do "doutor" o ministério implodido venha informar que vão haver novidades sobre o assunto, isto é, o ministério noticia que vão haver notícias sobre algo que já deixou de ser notícia para ser anedota. Mais um sinal do adiantado estado de decomposição de um governo reconhecidamente incompetente  enquanto o país se afunda e milhares de professores receiam o despedimento o ministro está mais preocupado com a imagem de uma personagem como Miguel Relvas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se o espectáculo dado pela protecção de Crato a Miguel Relvas.»
   

   
   
 photo Kaplun-5_zpsead0a67f.jpg
  
 photo Kaplun-4_zps9ce4db8f.jpg
   
 photo Kaplun3_zpsf8a03ecd.jpg
   
 photo Kaplun2_zps31e0cc40.jpg
  
 photo Kaplun1_zpsa24d3461.jpg

sexta-feira, março 29, 2013

A direita e a comunicação


A direita portuguesa tem uma relação estranha relação com o conceito de comunicação, quando um dos seus é imbecil e incompetente em vez de o dizerem optam por alertá-lo para um problema na comunicação, o imbecil faz tudo bem mas como não o sabe comunicar os portugueses não entendem as benfeitorias que tem feito. Se alguém de esquerda é competente ou o parece a direita não questiona essa competência com factos e argumentos, ignora tudo isso e desvaloriza-o elogiando-o por ser um grande comunicador que prepara muito bem as suas intervenções.
  
Conclusão, os políticos de direita são brilhantes e competentes mas como não sabem comunicar até aprecem imbecis e incompetentes, em compensação os políticos de esquerda são imbecis e incompetentes mas porque são bons comunicadores até parecem brilhantes e incompetentes.

É por isso que os portugueses não percebem como é bom o desemprego estar quase nos 20% o que abriu a tantos portugueses um mundo de oportunidades, os funcionários públicos não percebem como o governo lhes está preparando uma oportunidade única na vida, os  empresários que fecham  o seu pequeno comércio ainda não viram que o governo os está empurrando para o imenso mercado mundial.
  
Quando se corta nos custos da saúde e os portugueses protestam é porque o governo não soube explicar que quanto menos se trata um doente mais depressa ele morre e menor é o sofrimento. S o Gaspar aumentou o IVA nos produtos alimentares foi porque estava preocupado com as gorduras do povo, com a obesidade, ele é o especialista no corte das gorduras, corta nas gorduras do estado despedindo professores e nas gorduras do povo cortando-lhes na alimentação, mas é um incompreendido e ninguém lhe agradece. Se o Miguel mandou os polícias bater nos jornalistas estava preocupado com o seu bem-estar, queria que o pessoal quebrassem com o mau hábito da sedentariedade, pediu aos polícias um esforço adicional para forçar os jornalistas a correrem, a praticarem exercício físico.
  
Veja-se o caso de Cavaco Silva, para ele um presidente serve para comunicar, excepto quando aproveita o estatuto presidencial para se sentir um peregrino com o privilégio de se extasiar, ele mais a dona Maria, com o papa. A comunicação em Cavaco tem sempre dois momentos, num primeiro momento diz e mais tarde diz que disse, ele comunica em circuito fechado, comunica para ele próprio e conhecendo bem as sua fraquezas previne-se dizendo agora o que daqui a uns tempos lhe dá jeito dizer que já disse. A única excepção a esta regra foi quando o seu adjunto comunicou ao Público que o Sócrates conhecia todas as comunicações domésticas dos Silvas, o que prova que Sócrates além de ser coiso ainda é voyeur. 

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
 photo Mertola_zps354799b1.jpg
  
Mértola
   

Jumento do dia

Cavaco Silva, presidente da República
 
As acusações que Sócrates fez a Cavaco Silva enquanto Presidente da República foram graves e não foram insinuações, foram acusações objectivas, directas e claras. No caso da acusação de conspiração dirigida à Casa Civil da Presidência da República Sócrates foi ainda mais longe, essa acusação roça mesmo a acusação de crime.

Perante tais acusações alguém que nada teme ou deve ou respondia frontalmente ou ignorava, em circunstância alguma fazia relatório do que tem feito ou considerava tais acusações como intriga. Cavaco dificilmente se pode assumir como Presidente da República, não é um Presidente de todos os protugueses e o seu valor não resulta da sua imagem mas sim da imagem deixada pelos seus antecessores. O Presidente da República continuará a deter o cargo, mas para uma boa parte dos portugueses tem menos importância do que o presidente da junta de freguesia.
 
Cavaco não está à altura do cargo que desempenha.
 Inveja da Alemanha ou vergonha de ser alemão?
 
Inveja dos alemães?
 

Ou vergonha de ser alemão?

 
O ministro das Finanças boche enganou-se, em vez de afirmar que os europeus têm inveja dos alemães devia ter dito que ainda sente vergonha de ser alemão pois tem muitos mais motivos para isso do que para qualquer pobre europeu ter inveja dele. Este senhor ainda não entendeu o significado da palavra dignidade.


 Sair do euro, fugir do IV Reich

É cada vez mais evidente que sair do euro deve deixar de ser um receio para passar a ser um dever de soberania, não se pode trocar a independência nacional por uma qualquer zona de conforto onde o bem-estar é conseguido obedecendo à Alemanha.

 Que tristeza de partido
 
O melhor que o governo do Gaspar arranjou para responder às críticas de Sócrates foi uma pequena aldrabice numérica e mandaram um tal Menezes filho do outro de Gaia para se meter em bicos de pés e dizer as baboseiras encomendadas. Terá sido culpa do eucalipto? Este PSD secou mesmo.


  
 Os reféns do euro 
   
«Logo no início da Grande Depressão, lembro-me de ouvir dizer que não éramos gregos, nem os nossos bancos eram como os irlandeses, nem éramos espanhóis ou italianos - cada um com neuroses fáceis de rotular. Agora não somos certamente cipriotas ou sequer malteses, outros infernos fiscais à espera que o martelo bata. Na verdade, somos cada vez menos portugueses. A nossa nacionalidade foi penhorada.
   
Tenho um feeling de que, perante tanto desespero e raiva, haja cada vez mais gente por aqui que gostaria de ser outra coisa qualquer noutro sítio qualquer. Não preciso apontar país nenhum em concreto para onde estas pessoas gostariam de fugir. Mas sei que as pessoas e as empresas desses países com rating AAA têm hoje um valor facial - não um valor intrínseco - maior do que a subespécie cipriota ou grega. Somos lixo, não é?, embora eles (sempre eles) sejam piores. Que alívio...
  
A tragédia destas últimas semanas é essa: tornou-se claro que a ideia política que ainda move a moeda única já não é isolar o risco financeiro - a falência de um banco qualquer - do risco soberano, protegendo todos os 17 países. Esse grande objetivo europeu passou para segundo plano. O impulso da Zona Euro agora é mais barato e reles: separar o risco dos países do Norte do perigo de implosão dos territórios do Sul - para que a conta fique mais barata. A doutrina é só uma: levantar um cordão sanitário. Nas palavras do supremo Schäuble: só os países solventes podem dizer que têm bancos solventes.
  
Mas não se julgue que Schäuble está sozinho. O ministro das Finanças holandês, líder do Eurogrupo, disse o mesmo. Aliás, aqui sobressai um detalhe relevante para enquadrarmos este novo capítulo da crise europeia: o ministro holandês é socialista, é membro do Partido Trabalhista, o que confirma que esta não é só uma questão ideológica - liberais de um lado, socialistas do outro. Hoje é cada vez mais uma disputa territorial. É um conflito entre nações que desconfiam umas das outras, algumas até se odeiam. É por essa razão que um euro cipriota é oficialmente um euro menor: está em prisão preventiva, só consegue sair para a civilização em ínfimas porções de mil euricos. O resto tem de ir escondido nas truces.
  
Chipre, também com culpas próprias, foi subitamente condenado a uma espécie de gueto financeiro que transformou os cipriotas em prisioneiros a cumprir uma pena indefinida. Talvez uma semana, quem sabe um ano. Têm de sobreviver a prestações e sem garantias de nada: são corridos do euro ou ficam? Na realidade, são apenas filhos de um país menor. É interessante que, primeiro, o Eurogrupo tenha procurado impor uma ilegalidade grosseira - a captura dos depósitos abaixo dos cem mil euros - e agora cometa outra: limita excecionalmente a circulação de capitais, o que na prática implica restringir a liberdade das pessoas. Assim estamos. Reféns de uma moeda. A moeda má.» [DN]
   
Autor:
 
André Macedo.   
   
  
     
 Peneda escreve ao ministro alemão
   
«O presidente do Conselho Económico e Social (CES), José Silva Peneda, escreveu uma carta aberta ao ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schauble, na qual acusa o governante de parecer querer despertar "fantasmas de guerra" europeus.

A carta de Silva Peneda, publicada hoje no jornal Público, refere-se às declarações de Schauble, que, em entrevista televisiva na segunda-feira, disse que as críticas feitas à Alemanha se devem "à inveja" dos outros países.

"Vossa excelência, ao expressar-se da forma como o fez, identificando a inveja de outros Estados-membros perante o 'sucesso' da Alemanha está de forma subjetiva a contribuir para desvalorizar, e até aniquilar, todos os progressos feitos na Europa com vista à consolidação da paz e da prosperidade, em liberdade e em solidariedade. Com esta declaração, vossa excelência mostra que o espírito europeu, para si, já não existe", escreveu o antigo ministro do Emprego e da Segurança Social.

Silva Peneda lembrou as declarações do anterior presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, que, recentemente, afirmou que os "fantasmas da guerra que [se pensavam] estar definitivamente enterrados, pelos vistos só estão adormecidos" e acusou Schauble de, através das suas palavras, "parecer querer despertá-los".

"Queria dizer-lhe também, senhor ministro, que comparar a atitude de alguns Estados a miúdos que, na escola, têm inveja dos melhores alunos é, no mínimo, ofensivo para milhões de europeus que têm feito sacrifícios brutais nos últimos anos, com redução muito significativa do seu poder de compra, que sofrem com uma recessão económica que já conduziu ao encerramento de muitas empresas, a volumes de desemprego inaceitáveis e a uma perda de esperança no futuro", acrescentou o presidente do CES.» [DN]
   
Parecer:
 
Bem escrito.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»
      
 Portugal não é o Chipre
   
«Um conselheiro do Governo de Nicósia explicou à AFP que o Executivo decidiu cortar um quarto do salário do Presidente Nicos Anastasiades. Além disso, irá estabelecer uma equipa para investigar a crise bancária.

O Presidente Nicos Anastasiades "já autorizou a redução do seu próprio salário em 25%", explicou à imprensa Constantinos Petrides. O subsecretário da presidência acrescentou ainda que os ministros verão a sua remuneração reduzida em 20%. Além disso todos irão renunciar ao 13.º mês.» [DN]
   
Parecer:
 
Pois não, em Portugal o presidente manda o OE para o TC apenas quando os seus rendimentos foram atingidos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Pobre Cavaco
   
«No rescaldo de um violento ataque do ex primeiro-ministro José Sócrates, o presidente da República publicou na sua página do Facebook um texto onde conta o que tem feito nas últimas semanas. Cavaco Silva ignorou as acusações feitas por Sócrates na entrevista de ontem à RTP e elogiou as empresas que criam emprego em Portugal.» [DN]
   
Parecer:
 
Um Presidente com classe ignorava por não se sentir atingido.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Cavaco se quando fala em intriga se está referindo a atituds suas como as do caso das famosas escutas.»
   
 Os próximos a irem ao castigo
   
«As yields das obrigações eslovenas denominadas em dólares (não em euros) fixaram ontem um máximo de 6,382%, segundo a Bloomberg. Por outro lado, o custo dos credit default swaps (cds, no acrónimo), que funcionam como seguros contra o risco de incumprimento da dívida, subiu ontem para 327 pontos base, acima do custo dos cds para Itália (308) e de Espanha (303). N semana passada, o custo dos cds estava em 250 pontos base, um preço que se mantinha desde o princípio de janeiro.

Os investidores temem que a Eslovénia seja o próximo membro da zona euro na lista de resgatados segundo o novo "template" do Eurogrupo para resgates de sistemas bancários nacionais. O Fundo Monetário Internacional apontou recentemente que o Tesouro esloveno necessitará de 3 mil milhões de euros de financiamento este ano e mais mil milhões para a reestruturação dos bancos em apuros. O anterior governo, que caiu em final de fevereiro, apontava para o sector bancário um plano de limpeza de ativos tóxicos no montante de 4 mil milhões de euros.» [Expresso]
   
Parecer:
 
Isto vai acabar mal.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
   
 Malandrices do pequeno Menezes
   
«Invocando números dos Orçamentos do Estado para 2005 e para 2012, Luís Menezes alegou que "em 2005 os encargos com as PPP eram de cerca de 16 mil milhões de euros, e em 2012 esse valor foi de quase 33 mil milhões de euros", concluindo: "O que aconteceu nos últimos seis anos de governação socialista foi uma quase duplicação dos encargos dos portugueses em PPP".» [i]
   
Parecer:
 
Seria bom que o Menezes mais pequenino explicasse a que PPP correspondiam os encargos inscritos no OE de 2012, se das PPP que já existiam ou das do Sócrates.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao Menezes pai que ensine o Menezes filho um pouco de OE e de aritmética.»
   

   
   
 photo Zbigniew-Wa1070kowski-5_zps32041e81.jpg
  
 photo Zbigniew-Wa1070kowski-4_zpsd1a4703a.jpg
   
 photo Zbigniew-Wa1070kowski-3_zpsf3472c9c.jpg
   
 photo Zbigniew-Wa1070kowski-2_zpsf17f5163.jpg
  
 photo Zbigniew-Wa1070kowski-1_zpse4be54ba.jpg