A troika não tem credibilidade, tem revelado incompetência,
desrespeita o país e não assume as responsabilidades.
A troika não cumpriu com os compromissos que assumiu:
O único ponto do memorando que a própria troika impôs ao país
como condição para emprestar dinheiro a juros dignos de xulos que foi respeitado
é o que prevê a reformulação do memorando. Mas a direita ganhou as eleições e a
troika percebeu que estava a lidar com extremistas da direita esqueceu o
memorando e fez sua a agenda política da direita portuguesa. Desde então o
memorando inicial tem vindo a ser revisto sucessivamente, impondo
progressivamente a agenda política da direita portuguesa, sem que a troika respeite
as instituições ou mesmo todos os parceiros que assinaram o memorando.
A troika ignorou o memorando:
A partir do momento em que percebeu que podia usar Portugal
como cobaia de novas experiências de política económica a troika ignorou o
memorando. A troco de o governo implementar medidas brutais e austeridade numa
estratégia de desvalorização fiscal brutal, a troik esqueceu cortes nas
despesas como so resultantes da redução do número de autarquias, a renegociação
das PPP, o corte nas fundações ou o corte das chamadas rendas excessivas. A
troika optou por destruir a classe média proletarizando todos os trabalhadores
portugueses, incluindo a Função Pública.
A troika não assume as suas responsabilidades:
Sempre que está perante contestação ou percebe que as políticas
não tiveram resultados a troika desaparece e manda dizer que as políticas são
da responsabilidade do governo. Chega-se ao absurdo de altos responsáveis do
FMI admitirem erros técnicos que conduziram à destruição de empresas e de
empregos, mas os altos responsáveis fogem das responsabilidades, é o próprio
comissário europeu dos assuntos monetários a tentar concertar posições com os
ministros do eurogrupo para que das divergências não resultem
responsabilidades.
A troika não respeita o país:
A troika não tem hesitado em recorrer à chantagem e até tem,
como agora parece ser linguagem na Europa, um palhaço cujo papel é dar conferências
de imprensa onde ameaça os portugueses com o fim do financiamento, sempre que a
troika ou o seu representante local, o ministro das Finanças, enfrentam
dificuldades com o povo ou com a oposição parlamentar. Sempre que tal sucede o
palhaço do Simon O’Connor, porta-voz do palhaço do comissário dos Assuntos
Monetários, convoca os jornalistas e ameaça o país. Os palhaços que a troika
manda de vez em quando ao país também gostam muito de fazer ameaças e de
ingerir nos assuntos internos do país. O último que o tem feito, referidno-se
ao país como se isto fosse um bordel é o tal Salassie.
A troika é incompetente:
Até ao momento a troika falhou em todas as suas medidas,
nenhuma apresentou os resultados esperados e os seus representantes são
desonestos ao atribuírem ao ajustamento resultados que em nada resultaram das
medidas adoptadas, como foi o caso do aumento conjuntural das exportações. Até
as exportações resultantes de contratos feitos antes da troika cá chegar foram
exibidas como exemplos do sucesso do ajustamento.
Nesta scircunstâncias só me resta mandar a troika à
bardamerda. Quem tem mais a perder com uma rotura com a troika são os
financiadores da direita, aquel que dizem que o povo aguenta e que à custa da
crise estão escondendo as responsabilidades pelas consequências de décadas de
oportunismo, de fraudes, de corrupção e de desvio dos dinheiros públicos.