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A mentira do dia d'O Jumento
Jumento do dia
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Passos Coelho
Dizer a trabalhadores que vão ser despedidos ou convidados a despedirem-se que o despedimento é numa oportunidade não só revela a ausência de um pingo de vergonha como mostra até que ponto Portugal é governado por alguém que odeia os funcionários públicos ao ponto de lidar com eles com um cinismo quase desumano.
«O primeiro-ministro, Passos Coelho, afirmou, esta segunda-feira, que o programa de rescisões amigáveis, que o Governo vai lançar este ano, deve ser encarado como “uma oportunidade e não como uma ameaça para os trabalhadores”. O líder do Executivo falava na abertura do ciclo de conferências sobre o debate da reforma do Estado, no Instituto Superior de Ciências Socias e Políticas (ISCSP), onde foi recebido com insultos e apupos dos estudantes.» [Notícias ao Minuto]
No tempo em que o Gaspar era um herói
Houve um tempo em que o Gaspar foi eleito o herói da direita, até havia quem sugerisse um salazarismo na versão Gasparismo e nem o pobre sôr Álvaro se escapou à arrogância do ministro das Finanças. Lembrou-se de sugerir medidas para o crescimento em pleno conselho ministros, algo que naquele tempo era equivalente a confundir a Sé de Lisboa com uma casa de putas, acabou humilhado e gozado.
Vale a pena reler um artigo de António Ribeiro Ferreira, escrito no longínquo dia 5 de Dezembro de 2011, quando o Gaspar era um herói, o Álvaro era achincalhado e o jornalista ainda era director do jornal "i":
«Num conselho de ministros de preparação do Orçamento do Estado para 2012, um ministro tentava o tudo por tudo para evitar o corte proposto pelo ministro das Finanças para o seu ministério. Reza a lenda que Vítor Gaspar, no tom de voz que os portugueses já conhecem, respondeu ao colega de uma forma mortífera: “Não há dinheiro. Qual destas três palavras não percebeu?” Fim de conversa. Para evitar mal entendidos, concertações intermináveis e inconclusivas com sindicatos e confederações patronais, protestos das comissões fantasmas dos utentes das SCUT, dos centros de saúde e dos hospitais prometidos em tempos que já lá vão, de carreiras da Carris e linhas do Metro, de empresas públicas de transportes falidas, de defensores de comboios com bonitas vistas e sem passgeiros, o governo devia lançar uma campanha muito simples com as palavras “não há dinheiro”. Para início de qualquer conversa interessante com intelectuais, empresários, oposição, sindicalistas, presidentes de câmaras e de freguesias nada melhor para atalhar caminhos e chegar a uma conclusão em tempo útil. Isto é, enquanto Portugal ainda tem ajuda externa e a Europa não entra em colapso total, com o fim do euro e o inevitável regresso ao escudo. Enquanto a desgraça total e absoluta não chega, importa meter na cabeça de muita gentinha que o país não tem hipótese de se aguentar sem os dinheiros que lhe estão a emprestar a uns juros razoáveis tendo em conta a hecatombe a que chegaram as contas nacionais e as suas dívidas públicas. É preciso explicar muito bem explicadinho, como se as pessoas fossem todas muito estúpidas, que o Estado já não é capaz de pagar os salários dos funcionários públicos e as reformas dos pensionistas, para já não falar dos subsídios sociais, a educação e o serviço nacional de saúde. Não há dinheiro. É a mais pura das verdades. E muita sorte tem Portugal em estar na União Europeia e ter entrado na moeda única. Agora é preciso calar e cumprir rigorosamente o que está estabelecido com a troika. Agora é preciso dar graças a Deus sempre que a troika desbloqueia mais uma tranche para os cofres do Estado. Agora é tempo de unidade nacional. Agora é tempo de andar de bico calado e não fazer muitas ondas. Agora é tempo de acabar com a irresponsabilidade dos irresponsáveis que atiraram o país para a desgraça. Agora é tempo de esperar que a Alemanha consiga encontrar soluções para a crise do euro e das dívidas soberanas. Agora é tempo de expiar os pecados de anos de gula e desperdício. Agora é tempo de acabar com os direitos adquiridos e encontrar uma carta dos deveres atribuídos a todos os portugueses, de alto a baixo. Agora é tempo de acabar com utopias e ilusões, soberanias e independências. Agora não é tempo para o exercício de democracias directas ou indirectas. Agora já não há tempo para hesitações ou referendos sobre o que se vai passar na Europa e em Portugal. Se Vítor Gaspar tem razão quando diz que “não há dinheiro”, não é menos verdade que Portugal não tem tempo a perder com formalismos próprios de gente rica. A ordem está falida e os frades famintos.» [i]
Grande Gaspar, até a democracia não era mais do que formalismos de gente rica!
Se tudo correr bem com a experiência no Chipre os nei-fascistas do BCE vão querer aplicar a receita da taxa sobre depósitos em Portugal, é apenas uma questão de tempo. Depois de terem salvo os ricos vão querer compensar as consequências da recessão à custa dos menos ricos, depois dos cortes de vencimentos, do aumento dos impostos e da perda de direitos resta o confisco dos depósitos. É a lógica dos que acham que os pobres consumiram demais, se consumiram demais é porque tinham dinheiro em excesso e esse excesso deve ser confiscado para pagar os churos e comissões chorudas aos incompetentes da troika.
Músicas para os dias que correm
Um imposto sobre os depósitos?
Tem um impacto menor na economia e os efeitos são menos devastadores socialmente do que concentrar a austeridade num pequeno grupo. Por outro lado pode ser injusto na medida em que afecta quem mais poupou, despenalizando quem mais consumiu.
É prejudicial para a banca? É, mas se é a banca a principal causa da crise e provocou prejuízos aos depositantes bem superiores ao imposto aplicado no Chipre não se compreende a razão porque pediram a tantos amigos para virem criticar a medida.
É a próxima medida a aplicar pelo Gaspar e pelos neo-fascistas da política económica do BCE? É mais do que evidente com a agravante de acontecer o contrário do que sucedeu no Chipre, em Portugal não haverão taaxas diferenciadas e os maiores depósitos serão considerados capital e isentos em nome do investimento e do crescimento.
Uma pergunta
Qual foi a posição do governo português e de Vítor Gaspar na negociação das medidas impostas no âmbito do resgate ao Chipre?
Um governo sem ratazanas
A imagem da sessão de abertura do falso debate das funções do Estado que o governo organizou no ISCSP é a de um navio que ainda navega, mas já não tem as ratazanas que fugiram na primeira oportunidade. Uma sala às moscas para ouvir um patético Passos Coelho a dizer que o despedimento é uma oportunidade quase gloriosa para os funcionários públicos bafejados por tal sorte, um presidente que diz que não foi convidado e velhos amigos que se esquivam argumentando que já fizeram o frete de dar para este peditório, um ministro das Finanças que não aparece para dar a cara por aquilo que é obra sua e um Portas que desaprece, é a imagem perfeita de um governo que já não governa mas ainda lá está porque alguém não tem a coragem de assumir a responsabilidade de o ter ajudado a lá chegar.
A boa notícia que Gaspar não nos deu
«No sábado, Silvio Berlusconi entrava no Senado, em Roma, calcula-se com que gosto, o edifício chama-se Palazzo Madama. Um grupo insultou-o e ele voltou atrás e lançou: "Estúpidos!" Gostei, quando as matilhas uivam, tendo a gostar da vítima. Mas, lá está, a frase dele, de que gosto, não ajuda a explicar o que penso de Berlusconi, de quem não gosto. Uma frase é só uma frase. Outras vezes, porém, até uma não frase pode dizer-me tudo do autor. Houve recentemente um não dito de Vítor Gaspar que me desagradou de forma definitiva. Falava ele do desemprego, no meio de muitos outros números, todos eles referentes aos erros sucessivos das suas previsões. Pois bem, aquela tal frase não dita de Gaspar fez-me lembrar uma boutade de Clemenceau, grande político que dirigiu um grande país durante uma grande guerra: "A guerra é uma coisa demasiado grave para ser confiada aos militares." Ora aí está uma verdade crua: nos momentos mais graves os países não podem ser dirigidos por especialistas de saber seco. A frase de Clemenceau era sobre a prevalência da política e a obrigação dos outros macacos irem para o seu galho adequado. Como já disse, isso foi-me evocado pela tal não frase de Gaspar. Ele disse que os números do desemprego eram o seu "grande desapontamento". Mas, infelizmente, não disse o seu regozijo de português por poder anunciar de imediato - e não em previsão, porque sempre as erra - o seu desemprego.
» [DN]
Ferreira Fernandes.
O neoliberalismo está em agonia
«Já é oficial: o ministro das Finanças, o inefável Vítor Gaspar, anunciou que este governo, dirigido por Passos Coelho e pelo PSD, em menos de dois anos, meteu o país na ruína e empobreceu a maioria dos portugueses por muitas décadas. Os números deste desastre, para o qual, a tempo e horas, muitos alertaram, são conhecidos - o desemprego não pára de subir; o défice orçamental não se deixa controlar; a recessão e a dívida externa estão imparáveis. Pior: os portugueses vão sofrer por muitos anos os efeitos do “buraco escuro” para onde este governo atirou - e continuará a atirar - Portugal. E o mais grave é que o objectivo era esse: salários baixos, precariedade no trabalho, e serviços mínimos na protecção social, na saúde e na educação - o empobrecimento total. E tanto assim é que, perante este descalabro, o governo diz que está no “rumo certo” e, por sua vez, a troika concluiu, após mais esta “avaliação”, que a execução do programa de ajustamento “continua no bom caminho”.
Tudo o que está a acontecer resulta de uma mistura explosiva - uma espécie de tempestade perfeita. Um grupo de ultra-liberais mal preparados, teórica e tecnicamente, sem cultura política democrática, nem ligação às pessoas e às realidades económicas e sociais do país, tomou conta da direcção do PSD. Este grupo, com meia dúzia de ideias mal-amanhadas, colhidas em vagas leituras na diagonal, vertidas num desastroso projecto de revisão constitucional e atiçado pelo fanatismo contra o Estado social de meia centena de pessoas, agrupados em meia dúzia de blogues, partiu à aventura da conquista do poder. Beneficiando do desgaste do último governo e do seu primeiro-ministro, e sobretudo escondendo os seus propósitos ou mentindo deliberadamente durante a campanha eleitoral, ganharam as eleições. Sem programa de governo, nem uma ideia digna desse nome sobre o que se estava a passar na Europa e em Portugal, tomaram como seu o programa da troika, vertida em memorando, e entregaram de alma e coração o governo do país, sem o mínimo assomo de dignidade nacional e democrática, aos ditames da troika, subordinando-se à “visão alemã” da Europa, defendida pela senhora Merkel. A tudo isto se juntou o oportunismo político eleitoralista de Passos Coelho: ultrapassar largamente o “programa de ajustamento” (era o tempo do “custe o que custar”) com um conjunto de medidas, sobretudo ao nível do saque fiscal, que duplicou a austeridade exigida pelos nossos credores, patenteando uma despudorada insensibilidade social, na ilusão de que tais medidas começassem a produzir efeitos positivos em 2015, ano de novas eleições. Era isto que Passos Coelho pensava quando disse, no seu discurso, no parque aquático de Quarteira, no Verão do ano passado, que “já estamos a colher resultados das nossas medidas e é por essa razão que o próximo ano - 2013 - não será de recessão”.
A impreparação, a incompetência e o oportunismo político do grupo que tomou conta do PSD e do governo, mais cedo ou mais tarde, tinha de vir ao de cima, como o azeite. Hoje, perante os resultados que estão em cima da mesa (e suas consequências na vida da maioria dos portugueses), qualquer previsão feita pelo ministro das Finanças provoca uma gargalhada geral; qualquer declaração do primeiro-ministro sobre o futuro é patética. Este governo já não tem credibilidade, nem tem legitimidade política para se manter em funções. O Presidente da República não pode ignorar esta situação, sob pena de arrastar para o descrédito o cargo para o qual foi eleito. Estamos dependentes da “Europa” e da germanização imposta pela senhora Merkel, mas antes quebrar com dignidade, do que de cócoras a lamber botas.
Deste dois anos de governo saem dois ensinamentos positivos para o futuro dos portugueses: primeiro, precisamos de mais democracia e de mais participação dos cidadãos na vida política; segundo, em Portugal, o neo-liberalismo está em agonia e vai morrer às mãos de Passos Coelho e do PSD. Paz à sua alma.» [i]
Tomás Vasques.
Nem a jogar em casa escapa aos protestos
«Passos Coelho vai participar na sessão de abertura da conferência Sociedade Aberta e Global, que irá abordar o tema das funções do Estado e políticas públicas à Administração Pública.
O primeiro-ministro chegou ao auditório do ISCSP às 09h30, contando com um forte cordão de segurança. Ainda assim, os estudantes fizeram pressão, com gritos e cartazes onde exigiam a demissão do responsável pelo Governo.
Após a entrada de Passos no recinto, vários alunos tentaram invadir o auditório, até a porta ter sido fechada. Os manifestantes mantiveram-se à entrada do espaço, continuando a gritar as suas palavras de ordem.» [CM]
Parecer:
Um dia destes vai ter de entrar com segurança reforçada até na sede do PSD.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
O cata-vento chama astrólogo ao Gaspar
«Os erros do ministro das Finanças nos cálculos do desemprego, recessão e défice levaram Marcelo Rebelo de Sousa a apelidá-lo de "astrólogo". No seu comentário semanal na TVI, o professor disse que Vítor Gaspar "perdeu larguissimamente a credibilidade".
Marcelo Rebelo de Sousa diz que assistir à conferência de imprensa que o ministro das Finanças deu esta semana, onde admitiu que as previsões do Governo em relação ao desemprego, recessão e défice estavam erradas, foi doloroso. "Parecia um bom aluno que vem confessar que reprovou o ano e várias vezes".» [DN]
Depois de mais de um ano de elogios ao Gaspar o Marcelo descobre que o ministro é um astrólogo.
«Os erros do ministro das Finanças nos cálculos do desemprego, recessão e défice levaram Marcelo Rebelo de Sousa a apelidá-lo de "astrólogo". No seu comentário semanal na TVI, o professor disse que Vítor Gaspar "perdeu larguissimamente a credibilidade".
Marcelo Rebelo de Sousa diz que assistir à conferência de imprensa que o ministro das Finanças deu esta semana, onde admitiu que as previsões do Governo em relação ao desemprego, recessão e défice estavam erradas, foi doloroso. "Parecia um bom aluno que vem confessar que reprovou o ano e várias vezes".» [DN]
Parecer:
Depois de mais de um ano de elogios ao Gaspar o Marcelo descobre que o ministro é um astrólogo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se, finalmente o Marcelo tem um concorrente à altura para adivinhar a ementa dos almoços dos famosos, arte em que o professor se revelou um falhado.»
Está a ser preparado o maior despedimento colectivo
«O programa de rescisões amigáveis na Função Pública vai arrancar no segundo semestre do ano, depois da negociação com os sindicatos. Os primeiros a serem afectados pelos despedimentos por mútuo acordo serão os funcionários públicos menos qualificados e com as remunerações mais baixas. Os professores ficam para mais tarde, apurou o Diário Económico.
A reunião entre o secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, e as organizações sindicais está marcada para quarta-feira, mas o governante deverá levar para a discussão apenas orientações gerais sobre o programa de rescisões, sem anunciar metas. Ou seja, os dirigentes sindicais não deverão ainda ficar a saber quantos funcionários serão abrangidos no plano global de rescisões incluído na reforma do Estado, nem quanto o Governo irá poupar com a medida. Aliás, questionados pelos jornalistas na conferência de imprensa relativa à sétima avaliação, na sexta-feira, os governantes não responderam qual a parcela dos 500 milhões de cortes na despesa previstos para este ano no âmbito da reforma do Estado que diz respeito a rescisões na Função Pública.» [DE]
Parecer:
Esta é a medida há muito desejada pela direita portuguesa.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se pelo pior.»
70% da austeridade paga a incompetência do Gaspar
«Cerca de 70% da austeridade que vai ser aplicada durante este ano serve só para tapar o buraco orçamental provocado pela recessão. Os números resultam da explicação avançada na sexta-feira pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, sobre a sétima avaliação ao programa de ajustamento da ‘troika'.
"Em 2013, serão executadas medidas de consolidação orçamental no valor de 3,5% do PIB", garantiu Vítor Gaspar. Tendo em conta o valor do PIB no ano passado, a recessão prevista para este ano e o efeito da variação dos preços, estes 3,5% correspondem a um pacote de medidas de cerca de 5.754 milhões de euros.» [DE]
Parecer:
A verdade é que a recessão é uma consequência do excesso de troikismo, uma ideologia de Vítor Gaspar.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demita-se e leve-se a julgamento o incompetente.»
Alemanha diz que nada tem que ver com o assalto cipriota
«"A posição do governo alemão e do Fundo Monetário Internacional (FMI) é que uma parte considerável dos fundos necessários para a reestruturação dos bancos deve proceder dos donos das entidades e dos seus credores, isto é, dos investidores", referiu Schaüble em entrevista à televisão alemã, citada pela Reuters.
"Obviamente que teríamos respeitado a garantia dos depósitos até 100 mil euros", considerou o responsável alemão, que não se coibiu de apontar o dedo às autoridades cipriotas, Bruxelas e BCE por esta decisão. "Agora deverão explicar aos cidadãos do Chipre", acrescentou.» [DE]
Parecer:
A solidariedade institucional do coxo amigo do Gaspar no seu melhor.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se a transformação da Europa num IV Reich.»
Pobre Cavaco
«O presidente da concelhia do PS de Torre de Moncorvo diz ter sido um "acontecimento inédito". Assinou, pela primeira vez em largos anos de actividade política, um documento conjunto com o CDS e o PSD. O texto, de quatro parágrafos, difundido dias antes da visita do Presidente da República à região, sublinhava ser "apanágio transmontano receber bem os convidados". Aires Fernandes garante que "não foi uma questão política" e que não quis calar ninguém – os responsáveis locais dos três partidos juntaram-se para que o concelho pudesse "ser notícia pela positiva".
Seis de Março. Faltavam menos de 10 dias para que Cavaco Silva se deslocasse a Torre de Moncorvo para visitar, entre outras singularidades, o museu de Arte Sacra e a feira medieval. Perante o "avolumar de referências perigosas" ao chefe de Estado na internet, o presidente da concelhia socialista decide baixar a guarda e falar com António José Ramos e Carlos Manuel Paçó (respectivamente, os presidentes das concelhias locais do PSD e do CDS). No apontamento curto onde afirmam "compreender as razões de descontentamento da população", os responsáveis lembram que Cavaco tinha sido "convidado" a visitar a região. Ficava, assim, "à consciência dos moncorvenses" a imagem que pretendiam fazer passar do concelho.» [i]
Parecer:
Já se apela ao povo para que seja bem recebido, um dia destes vão ter de recorrer a figurantes para lhe baterem palmas.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Mais uma palhaçada
«O Presidente da República esclareceu que nunca esteve prevista a sua presença no encerramento da conferência “Sociedade Aberta e Global", sobre a reforma do Estado, já que não foi contactado pelos organizadores, disse hoje à Lusa fonte de Belém.
A presença de Aníbal Cavaco Silva esteve indicada no programa inicial da conferência para encerrar a iniciativa, que arranca hoje no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP, e termina após sete sessões em junho.
"A presidência nunca foi contactada pelos organizadores. O Presidente da República nunca foi convidado e nunca esteve prevista a presença do Presidente na sessão de encerramento", disse à Lusa a mesma fonte.
A conferência para debater a reforma do Estado já tinha causado polémica quando, no final da semana passada, o conselheiro de Estado Vitor Bento e o líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, cancelaram as suas presenças.» [i]
Parecer:
Este governo não acerta uma.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: Sorria-se.«»
Os despedimentos são uma oportunidade
«O primeiro-ministro, Passos Coelho, afirmou, esta segunda-feira, que o programa de rescisões amigáveis, que o Governo vai lançar este ano, deve ser encarado como “uma oportunidade e não como uma ameaça para os trabalhadores”. O líder do Executivo falava na abertura do ciclo de conferências sobre o debate da reforma do Estado, no Instituto Superior de Ciências Socias e Políticas (ISCSP), onde foi recebido com insultos e apupos dos estudantes.» [Notícias ao Minuto]
Parecer:
Não há limites para o cinismo deste imbecil.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demita-se o imbecil.»