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Idanha-a-Velha [A. Cabral]
Jumento do dia
Cavaco Silva
O homem que se candidatou a presidente para ajudar o país com os sesu preciosos conhecimentos de economia, conhecimentos que não envolve essas coisas das acções escritas em inglês, esteve desaparecido durante mais de um mês, a última vez que se ouviu falar dele foi a propósito do envio do OE para o Tribunal Constitucional, para que este se pronuncie sobre o corte das (suas próprias) pensões.
O curioso deste reaparecimento está no facto de ir inaugurar uma moagem que ainda antes de inaugurada já está no lado errado do rio. A nova moagem da Nacional situa-se no Beato porque é aí que são descarregadas as milhares de toneladas de cereais. Imagine-se o que é um navio de 10.000 toneladas a ser descarregado na margem norte para depois levar tudo para Lisboa em camiões de 20 toneladas.
Será que Cavaco Silva se vai pronunciar sobre esta decisão peregrina de condenar toda a indústria concentrada no concelho de Lisboa a escolher novas paragens?
«O Presidente da República, Cavaco Silva, volta a sair do Palácio de Belém esta quarta-feira, trinta e cinco dias depois da última vez que passou os portões da residência oficial. Será o terceiro acto público do Chefe de Estado fora de Belém desde 1 de Janeiro, escreve o Diário de Notícias (DN).» [Notícias ao Minuto]
Mas o mais curioso é que Cavaco justifica mais de um mês de desparecimento para dizer que assim tem mais influência, enfim, que grande influência!
«“Um Presidente da República que busca protagonismo não tem influência na decisão política”. Foi desta forma que Cavaco Silva sustentou hoje o facto de estar ‘desaparecido’ desde o dia 30 de Janeiro, data em que que presidiu à sessão solene de abertura do ano judicial, no Supremo Tribunal de Justiça, no Terreiro do Paço, em Lisboa.» [Notícias ao Minuto]
É caso para dizermos que depois da grande influência de Cavaco SIlva no rumo dos acontecimento e, principalmente, nas decisões do Gaspar, chega a vez de Cavaco ordenar obediência aos indicadores económicos, porque manda quem pode e obedece quem deve e até ver ele é o presidente da "junta":
«O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, que esta terça-feira fez a sua primeira aparição pública após trinta e cinco dias de 'clausura', justificou a aparente ausência da vida pública, argumentando que "um Presidente da República que busca protagonismo não tem influência na decisão polítca". Cavaco fez ainda questão de sublinhar, naquele que pareceu ser um recado dirigido ao Executivo de Pedro Passos Coelho, que "2013 tem de ser o ano da inversão" da tendência recessiva do País.» [Notícias ao Minuto]
Conclusão, até ao fim do ano Cavaco pode voltar para o seu dominó em Belém, só depois irá avaliar se ocorreu alguma inversão do que quer que seja.
Da série "Testemunhos para memória futura"
Quem falava assim não era gago [Público 6-11-2010]:
Lindo de ver
A direita que tanto gozou e desprezou os negócios com a Venezuela de Hugo Chávez não se cansa agora de dizer que o falecido presidente venezuelano era amigo de Portugal. Às vezes temos de engolir o que dizemos.
Austeridade, austeridade e salários baixos
Os portugueses estão sendo sujeitos a uma nova dose de austeridade para corrigir as consequências da primeira dose. O Gaspar inventou um desvio colossar para poder impor a sua receita de empobrecimento forçado de funcionários públicos e pensionistas, a solução estava prevista nos seus papelinhos muito antes de qualquer pedido de ajuda ou do famoso desvio colossal, a tese estava escrita, só faltava uma ocasião e um primeiro-ministro banana.
Como era de esperar e o Gaspar sabia-o o empobrecimento forçado de uma parte da população e o aumento do IVA só poderia resultar numa descida drástica da reci«eita fiscal. O Gaspar estava a fazer progressos, como já sabia ia falhar na prometida criação de emprego mas em contrapartida já não precisava de menti, inventando desvios colossais. Agora havia mesmo um desvio colossal na receita fiscal que era preciso corrigir fazendo o que o Gaspar já defendia independentemente da crise, destruir o Estado social.
Depois de cortar nos vencimentos e de ter empobrecido os trabalhadores do sector privado com um aumento do IRS é necessário arranjar liquidez para dar aos ricos o que não foi possível dar com o golpe sujo da TSU, e ao mesmo tempo que se fala na destruição do estado social a TSU volta a ser notícia. Os quatro mil milhões vão servir para dar um golpe na TSU e se tal não bastar para criar emprego Passos Coelho já deixou escapar uma segunda solução, reduzir o salário mínimo a que se seguirá certamente a redução de todos os salários.
Essa intenção é mais do que evidente na notícia que alguém encomendou ao CM, que a troika queria cortar os vencimentos dos funcionários em mais 3,5%. É mais do que óbvio que esse corte vai ser generalizado sob a forma de TSU, o golpe que o Gaspar tinha combinado com os seus parceiros de papers no BCE mas que o povo impediu. Como eles acham que o povo português é idiota não vão deixar de o usar como cobaia dos seus projectos fascistas.
Começa a ser evidente que nem o Gaspar, nem a troika estão muito preocupados com a recessão ou o desemprego, o preço que os portugueses estão a pagar ao FMI e aos f.d.p. dos nossos parceiros na UE é servirem de cobaias para teorias económicas que a Alemanha precisa de testar para prosseguir com um euro sobrevalorizado, o desmantelamento de toda e qualquer protecção pautal e a livre circulação de trabalhadores e de capitais para alimentar o IV Reich em recursos humanos financeiros, bem como a livre circulação de mercadorias para comprar os produtos do IV Reich com os marcos disfarçados de euros que a nova Führer nos vai emprestando enquanto estes boys do Estado Alemão vão indo a Bona prestar contas e receber novas instruções.
O excesso de austeridade não está resolvendo nenhum problema, está alimentando a causa do problemas para que depois se possa criar a situação de crise extrema que se pretende testar. O excesso da dívida soberana já não é o resultado do passado, é uma consequência premeditada da política presente.
Austeridade, austeridade e salários baixos
Os portugueses estão sendo sujeitos a uma nova dose de austeridade para corrigir as consequências da primeira dose. O Gaspar inventou um desvio colossar para poder impor a sua receita de empobrecimento forçado de funcionários públicos e pensionistas, a solução estava prevista nos seus papelinhos muito antes de qualquer pedido de ajuda ou do famoso desvio colossal, a tese estava escrita, só faltava uma ocasião e um primeiro-ministro banana.
Como era de esperar e o Gaspar sabia-o o empobrecimento forçado de uma parte da população e o aumento do IVA só poderia resultar numa descida drástica da reci«eita fiscal. O Gaspar estava a fazer progressos, como já sabia ia falhar na prometida criação de emprego mas em contrapartida já não precisava de menti, inventando desvios colossais. Agora havia mesmo um desvio colossal na receita fiscal que era preciso corrigir fazendo o que o Gaspar já defendia independentemente da crise, destruir o Estado social.
Depois de cortar nos vencimentos e de ter empobrecido os trabalhadores do sector privado com um aumento do IRS é necessário arranjar liquidez para dar aos ricos o que não foi possível dar com o golpe sujo da TSU, e ao mesmo tempo que se fala na destruição do estado social a TSU volta a ser notícia. Os quatro mil milhões vão servir para dar um golpe na TSU e se tal não bastar para criar emprego Passos Coelho já deixou escapar uma segunda solução, reduzir o salário mínimo a que se seguirá certamente a redução de todos os salários.
Essa intenção é mais do que evidente na notícia que alguém encomendou ao CM, que a troika queria cortar os vencimentos dos funcionários em mais 3,5%. É mais do que óbvio que esse corte vai ser generalizado sob a forma de TSU, o golpe que o Gaspar tinha combinado com os seus parceiros de papers no BCE mas que o povo impediu. Como eles acham que o povo português é idiota não vão deixar de o usar como cobaia dos seus projectos fascistas.
Começa a ser evidente que nem o Gaspar, nem a troika estão muito preocupados com a recessão ou o desemprego, o preço que os portugueses estão a pagar ao FMI e aos f.d.p. dos nossos parceiros na UE é servirem de cobaias para teorias económicas que a Alemanha precisa de testar para prosseguir com um euro sobrevalorizado, o desmantelamento de toda e qualquer protecção pautal e a livre circulação de trabalhadores e de capitais para alimentar o IV Reich em recursos humanos financeiros, bem como a livre circulação de mercadorias para comprar os produtos do IV Reich com os marcos disfarçados de euros que a nova Führer nos vai emprestando enquanto estes boys do Estado Alemão vão indo a Bona prestar contas e receber novas instruções.
O excesso de austeridade não está resolvendo nenhum problema, está alimentando a causa do problemas para que depois se possa criar a situação de crise extrema que se pretende testar. O excesso da dívida soberana já não é o resultado do passado, é uma consequência premeditada da política presente.
Crónica sobre a moral
«O banqueiro Filipe Pinhal, e um vistoso grupo de "quadros" superiores, resolveram associar-se num objectivo protestatário, e criar os Reformados Indignados. Pinhal recebe, mensalmente, o equivalente a 14 mil contos (moeda antiga) correspondente aos descontos de que diz ter sido esportulado durante uma vida de trabalho insano e muito fatigante. Parece que lhe querem "extorquir", continua ele, uma fatia grossa do rédito. Disse, também, que não foi à manifestação de 2 de Março "porque tinha outros compromissos". De contrário, certamente, veríamos o banqueiro, senão de punho vertical, pelo menos a cantar a Grândola, vila morena.
Creio que a reforma de Filipe Pinhal está nos ajustes: ele descontou, é justificado que lhe "restituam" o que despendeu. Tudo legal. Porém, a ferida está na imoralidade do caso, espelho restituído da sórdida imoralidade quase generalizada. Para auferir uma reforma daquele montante, o vencimento que recebia, além dos prémios, das "surdas", das mordomias várias, já de si era absolutamente imoral, tendo em conta os ordenados da maioria dos portugueses. Lembro que o comendador Joe Berardo, criticou, em assembleias do BCP, de que Pinhal era administrador, os "obscenos vencimentos do conselho de administração". Dir-se-á: isso é lá com eles. Não é; também é connosco, porque o facto, extremamente deplorável, pertence à circunstância portuguesa, confrontada não só com a problemática social como à dúvida e à decepção permanentes de milhões de nós.
A nossa experiência democrática tem sido fértil nestas deformidades. O descaso, tido como "normal", e a abandonada resignação de um povo que deixou de acreditar na equidade e na justiça, porque vê os corruptos impunes e os jogos de poder a duas mãos, atiraram-nos, novamente, para a tradicional apagada e vil tristeza. O princípio da regulação e da harmonização entre os indivíduos explica o funcionamento social e estabelece os fundamentos de uma ética, inerente à dimensão do humano. Os exemplos procedentes de quem os devia dar estão encarquilhados porque fundados numa forma de reflexão assente no cifrão e na cifra. Se aquele Ulrich, católico e bom chefe de família, disse o que disse, com despudor e afronta, fê-lo por se sentir resguardado pelo ar do tempo e pelas condições políticas que lhe são propícias. A imoralidade cria os seus peculiares padrões e os seus estipendiados serventuários.
Quando um banqueiro, outro banqueiro!, o elegante e garboso João Salgueiro (conhecido entre os seus pares por "aquele que tem mais olhos do que barriga"), se pergunta, admiradíssimo, porque é que os desempregados não vão limpar as matas, as coisas podem não ficar mais claras, mas ficamos a saber, com nitidez, a natureza das estruturas mentais e a extensão ética dos que pretendem constituir - a nossa "elite."» [DN]
Baptista-Bastos.
Caso BPN, medricas e bardamerdas
«Novembro e dezembro de 2008 foram meses marcados pela detenção de dois vigaristas a grande escala. Nos Estados Unidos da América, Bernard Madoff fez tremer Wall Street e o FBI deitou-lhe a mão após provocar um rombo da ordem dos 65 mil milhões de euros usando um esquema de pirâmide em fundos de investimento, alimentado por uma série de gente gananciosa.
Em Portugal, sob suspeita de burla, fraude fiscal e branqueamento de capitais, Oliveira e Costa, até então todo-poderoso presidente do Conselho de Administração do Banco Português de Negócios (BPN), foi também detido.
As coincidências terminam aqui.
Quatro anos e poucos meses depois, roçará o ridículo a tentativa de comparar consequências para os autores das falcatruas.
O sistema de justiça americano foi célere e cortou rente quaisquer hipóteses de malabarismos a Bernard Madoff. Em junho de 2009, isto é, sete meses após ter ido parar com os ossos a um estabelecimento prisional, foi condenado a 150 anos de prisão! E atrás das grades está.
Em contraponto, o que aconteceu a Oliveira e Costa - e já agora a uma série de gente que sob a sua cobertura também encheu os bolsos?
É imprevisível uma sentença para a ruína provocada no BPN e de cujos prejuízos o povo português paga uma fatura elevada pela via da nacionalização - já vai em quatro mil milhões de euros e, upa!, upa!, pode subir até aos sete mil milhões.
A boçalidade de Oliveira e Costa, patente num mastigar de boca aberta e sorriso cínico numa comissão parlamentar, está longe de ter um final. O julgamento tem centenas de testemunhas, arrastar-se-á por tempo indeterminado nos tribunais, e os acólitos de uma vigarice inqualificável vão, também eles, sendo acusados num sistema de conta-gotas. Uma vergonha!
Um país incapaz de ter um sistema de justiça no qual os prevaricadores não sejam punidos em tempo razoável é, em certa medida, um sítio pouco recomendável.
O caso BPN - como outros de escala igualmente não negligenciável - legitima todas as suspeitas dos portugueses sobre a existência de um esquema no qual os vigaristas mais poderosos se safam das malhas da lei, em contraponto aos pobres e remediados.
Madoff já está a pagar pelos crimes cometidos. Oliveira e Costa continua à solta - ele e o bando que o rodeou e dele se alimentou, obtendo igualmente benesses ilícitas.
Um país assim, insiste-se, não augura nada de bom. É um país entregue em muitos setores a corporações nas quais os competentes existem, mas são uma minoria; pior, são constituídas por demasiados medricas e bardamerdas.» [JN]
Fernando Santos.
Já estamos à frente da Grécia
«A economia da zona euro voltou a encolher no quarto trimestre de 2012, com o Produto Interno Bruto (PIB) a cair 0,6% em relação aos três meses anteriores, mantendo-se em recessão, segundo dados do Eurostat. Portugal registou a maior queda do PIB nos últimos três meses de 2012, com um recuo de 1,8%.» [Notícias ao Minuto]
Parecer:
Glorioso Gaspar!
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Agradeça-se ao ministro Gaspar pelo bem que está fazendo ao país.»
Um 25 de Abril?
«Em dia de debate entre militares sobre o futuro das Forças Armadas, onde vão ser discutidas novas diligências e acções contra a política do governo, que pretende cortar 218 milhões em dois anos, 40 milhões dos quais ainda este ano, o capitão de Abril declarou à TSF que o “país está à beira do abismo” e que já é hora de derrubar o Executivo de Passos Coelho.
"É um governo vendido à finança internacional, que não é nada patriota, antes pelo contrário. A minha esperança é que os portugueses sejam capazes de correr com eles e de levá-los até à prisão, porque os crimes que estão a cometer não devem ficar impunes", sublinha Vasco Lourenço, que lamenta não haver condições para preparar outro 25 de Abril, caso contrário, já o estaria a fazer.» [i]
A direita está usando a troika e agravando a situação financeira do país para poder governar à margem da democracia. Já só falta o Gaspar combinar com a troika o adiamento sine die das próximas legislativas.
«Em dia de debate entre militares sobre o futuro das Forças Armadas, onde vão ser discutidas novas diligências e acções contra a política do governo, que pretende cortar 218 milhões em dois anos, 40 milhões dos quais ainda este ano, o capitão de Abril declarou à TSF que o “país está à beira do abismo” e que já é hora de derrubar o Executivo de Passos Coelho.
"É um governo vendido à finança internacional, que não é nada patriota, antes pelo contrário. A minha esperança é que os portugueses sejam capazes de correr com eles e de levá-los até à prisão, porque os crimes que estão a cometer não devem ficar impunes", sublinha Vasco Lourenço, que lamenta não haver condições para preparar outro 25 de Abril, caso contrário, já o estaria a fazer.» [i]
Parecer:
A direita está usando a troika e agravando a situação financeira do país para poder governar à margem da democracia. Já só falta o Gaspar combinar com a troika o adiamento sine die das próximas legislativas.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver como isto vai acabar.»
Só agora?
«O governo de Passos Coelho decidiu entregar no final do ano passado ao Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa a documentação do Conselho de Ministros relacionada com um decreto-lei sobre as farmácias. Este processo legislativo esteve sob suspeita de tráfico de influências no âmbito do processo Face Oculta, mas acabou por ser arquivada a 30 de Setembro de 2010 pelo departamento liderado pela procuradora-geral adjunta Maria José Morgado. A chegada dessa nova documentação obrigou a 9.ª Secção do DIAP de Lisboa a avaliar a reabertura da investigação.
As suspeitas originais tinham como ponto de partida as escutas telefónicas entre João Cordeiro, presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), e Armando Vara, então vice-presidente do BCP e amigo próximo do então primeiro-ministro José Sócrates, realizadas entre 28 de Junho e 23 de Agosto de 2009. Nas mesmas, o presidente da ANF pressionou Vara a pedir ao amigo José Sócrates que fosse aprovado em Conselho de Ministros uma lei que repusesse a margem de lucro das farmácias em 20%. Uma alteração que veio a acontecer no início de Março de 2010, cinco anos depois de o ex-ministro da Saúde António Correia de Campos ter reduzido para 18,25% a margem de lucro.» [i]
Parecer:
É óbvio que o governo guardou a informação para quando lhe fosse mais útil.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Abra-se o processo. e acabe-se com a impunidade na lentidão da justiça e na distribuição dos processos em segredo de justiça pelos jornais.»