quarta-feira, março 13, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
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Flor, Ameixoeira, Lisboa   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

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Há burros com sorte... Moliceiro [M. Henrique]
 
Jumento do dia
Salassie, o senhor do FMI na 'troika'
 
Houve um tempo em que a 'troika' divulgava as suas próprias conclusões. QUando percebeu que as coisas estavam a correr mal a troika encomendou ao Gaspar o frete de divulgar as conclusões. Agora as coisas estão tão mal que a troika anda em Lisboa sem ninguém a ver e os portugueses sabem quando serão dadas a conhecer as conclusões porque o primeiro-ministro se descuida numa reunião e deixa sair a dica.

Convenhamos que esta forma de comunicar da Comissão, do BCE e do FMI é uma verdadeira palhaçada e neste caso o palhaço chefe é o senhor Salassie.
 
«O presidente da CIP, António Saraiva, disse esta terça-feira que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, revelou aos parceiros sociais que os resultados da sétima avaliação da 'troika' ao programa de assistência financeira a Portugal devem ser conhecidos amanhã.

Falando aos jornalistas no final de uma reunião extraordinária da Concertação Social, António Saraiva declarou que no encontro não foi discutida a sétima avaliação do programa de resgate, mas que o primeiro-ministro deu indicações de que o ministro das Finanças, Vítor Finanças, deverá apresentar as conclusões do exame na quarta-feira.» [CM]

 Dedicada ao Macário Correia
 
 

  
 Quem semeia ventos colhe tempestades
   
«Os portugueses não vão esquecer-se, por muito tempo, da manifestação do dia 2 de março, um misto de profunda tristeza e de enorme desespero. Como se Portugal estivesse para desaparecer do mapa e a Democracia, herdada do 25 de Abril - e do 25 de Novembro - se estivesse a perder definitivamente.

Realmente, o Governo, em silêncio absoluto, escondido, protegido pelos seus seguranças protetores, cheio de medo, recusa-se a ouvir os seus compatriotas, sem dizer uma palavra. Como se nada se tivesse passado. O Povo e os milhares de desempregados empobrecidos e muitos obrigados a emigrar não contam nada para o Governo, que os ignora como se não existissem.
  
Ora, não há Democracia sem que o Povo se faça ouvir e o Governo - eleito pelo Povo - o respeite e oiça. O atual Governo despreza e ignora o Povo, procede sem ter em conta a sua voz - nem sequer a do Presidente da República - porque só tem obedecido aos tecnocratas da troika, aos mercados comandados por magnatas mais ou menos anónimos e - faça-se-lhes essa justiça - à senhora Merkel.

Portugal é, há muitos séculos, um país independente - dos mais velhos da Europa, com as mesmas fronteiras - e está, com o atual Governo, a perder a independência, tornando-se um protetorado dos mercados usurários e dos tecnocratas da troika. Alguém sabe donde vêm? De quem dependem? E quem são?

Poderia ser de outra maneira? É claro que podia, se o Governo não fosse um fiel da austeridade e não ignorasse a recessão e o flagelo do desemprego, ao contrário do que prometeu na campanha eleitoral.

Resultado: o Governo - sob a tutela do ministro das Finanças - falhou sempre, enganou-se em tudo e continua a falhar. E Passos Coelho - para não falar do seu grande amigo, o falso doutor Relvas - não tem qualquer estratégia e continua todos os dias a empobrecer o País e a vender a retalho - e mal - o nosso património. Sem que se saiba - diga-se - para onde vai o dinheiro. Porque o Governo cala--se e não comunica com os portugueses, mesmo os mais abastados.

Sabemos que a crise financeira, económica, ética e política é gravíssima e muitos Estados da Zona Euro têm vindo a perder o norte. Dou um exemplo: as taxas de desemprego: 26,2% em Espanha, 25,4% na Grécia e em Portugal já passámos os 17%. Mas, atenção, prevê-se que em Portugal, em fins de 2013 - se o Governo lá chegar, o que não acredito -, aumente ainda mais. A verdade é que todas as previsões do Governo não só são em absoluto contrárias às promessas eleitorais, como todas têm sempre sido revistas em baixa: PIB, desemprego, consumo, investimento e o mais que se sabe. E ainda vão continuar a falhar em 2013, se o Governo não cair antes, como espero.

Há hoje 930 mil desempregados e 200 mil chamados inativos, que nem sequer entram nas estatísticas. Mas não esqueçamos os cem mil emigrantes anuais que nos estão a abandonar. O investimento político e privado - note-se - está também a descer, significativamente, bem como as exportações. Tudo vai mal. E o mês de março não vai ser nada fácil.~

Lembremo-nos que o Tribunal Constitucional ainda não se pronunciou. Tem tardado. Mas não creio que deixe passar imune o "roubo" das pensões e da sobretaxa, o que a acontecer deita abaixo, nesses pontos, o Orçamento. Ficará o Governo a gozar do silêncio, como fez em 2 de março? Não creio que a sua vergonha vá tão longe. Porque se assim for, a indignação pode tornar-se violenta. Não gostaria nada que tal acontecesse. Mas quem não ouve e não tem controlo, como o Governo, sujeita-se a tudo. Como diz o Povo, quem semeia ventos, colhe tempestades...» [DN]
   
Autor:
 
Mário Soares.   
   
     
 Desemprego imparável
   
«Portugal voltou em janeiro a ser o terceiro país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) com a maior taxa de desemprego, de 17,6%, enquanto a zona euro atingiu um novo máximo histórico.
  
Segundo dados da OCDE divulgados esta terça-feira, a taxa de desemprego em Portugal subiu de 17,3% em dezembro para 17,6% em janeiro deste ano, que apenas foi ultrapassada pela da Espanha.» [CM]
   
Parecer:
 
No fim disto só ficam com emprego o Gaspar e o pelotão da GNR que faz a sua segurança privativa.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proteste-se em silêncio.»
      
 Macário faz birra
   
«O Tribunal Constitucional confirmou hoje que Macário Correia tem mesmo de abandonar as funções de presidente da câmara de Faro. O autarca já garantiu em comunicado que, por enquanto, não sai.» [DN
   
Parecer:
 
O homem pensa que está do outro lado do Mediterrâneo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicite-se uma intervenção da NATO em Faro para libertar esta cidade do Macário.»
   
 Sol na eira e água no nabal
   

«Paulo Núncio, que falava na conferência 'Reforma do IRC: uma oportunidade única para Portugal', organizada pelo Diário Económico e pela Ernst & Young, disse que "da reforma do Estado depende a necessidade de menos impostos sobre as empresas e as famílias" e que "só com menos Estado e melhor Estado, no âmbito da redução da despesa pública a par do combate à fraude e evasão fiscal, será possível reduzir a carga fiscal".

O governante fez questão de frisar que 2013 será "o ano de uma reforma profunda do IRC", principalmente em quatro eixos: o alargamento da base tributária, a redução das taxas nominais, a simplificação das obrigações declarativas e a reestruturação da política fiscal internacional do Estado.» [Notícias ao Minuto]

   
Parecer:
 

Paulo Núncio disse aquilo que em matéria de fiscalidade é uma banalidade, que para ser viável uma redução da carga fiscal tem de haver menos Estado, esta é a regra de três simples da nossa direita. Bem poderia perguntar-se ao secretário de Estado se ao aumento brutal dos impostos decretado pelo seu governo correspondeu mais Estado. Parece que não, ao aumento brutal de impostos que supostamente lhe cabe cobrar correspondeu  uma quebra igualmente brutal da economia e das recitas fiscais, isto é, há aritméticas que o governante desconhece.

 
Recorde-se que ainda há poucos dias o secretário de Estado parecia muito entusiasmado com a aplicação de multas a quem bebesse um café e não obrigasse o comerciante a emitir-lhe a factura. Enfim, parece que em poucos dias o secretário de Estado parece ter encontrado novo inimigo para o seu insucesso, em vez de serem os consumidores descuidados são os cidadãos malandrecos que querem sol na eira e água no nabal, muito Estado e poucos impostos.

Será que quando o secretário de Estado fala de demasiado Estado refere-se ao Estado que alimenta muitas empresas, e quando fala de reduzir impostos fala de reduzi-los a quem, aos trabalhadores ou aos patrões?


   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Até tu Menezes?
   
«“Acho que o país está a fazer o melhor que pode. Eu não estou de acordo com todas as medidas e com algum excesso também (…) de insensibilidade social de um ou outro sector do Governo”, referiu Menezes, à margem de um encontro no edifício da Obra Diocesana de Promoção Social, no Porto.

O ainda presidente da Câmara de Gaia frisou ainda que “existem algumas falhas do ponto de vista social, aqui e acolá, em alguns ministérios”.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
As autárquicas parecem uma feira de prostituição política.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
   
 Boa notícia, diz ela
   
«"É evidente que é uma boa notícia, mas não chega por si só", disse Paula Teixeira da Cruz, ao ser questionada pelos jornalistas sobre o alargamento do prazo dado pela troika a Portugal, para resolver o problema da dívida.

A ministra contrapôs que "ainda há muito trabalho pela frente", e que ninguém deve esquecer "a forma como o País ficou, as dívidas que herdou", insistindo que "há muito trabalho a fazer".» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
É uma excelente notícia o seu governo falhar todas as previsões e Portugal estar à beira do abismo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Tenha-se pena da senhor, há quem diga que a culpa é da cor do cabelo.»
   

   
   
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