sábado, março 30, 2013

É melhor deixarem o governo como está!


Os políticos da oposição, os jornalistas e os opinion maker ainda não perceberam que o país é governado por loucos. Quem manda no governo é um louco e quem pensa e faz que manda é um imbecil que obedece cegamente ao louco. Não admira, portanto, que haja por aí tanta gente a querer a remodelação do governo, o CDS aproveita e alarga a sua influência, o louco fanático livra-se dos ministros que supostamente ajudam a ridicularizar o seu projecto e até o presidente pode dizer que faz mais qualquer coisinha do que interpretar as expressões do gado bovino nacional.
  
A verdade é que num governo onde os ministros se distinguem por diferentes graduações de incompetência os ministros Álvaro e Miguel Relvas são os menos maus. Dizer que o Relvas sai porque é um falso licenciado é ignorar que para as grandes universidades americanas as licenciaturas da maioria dos membros deste governo quase nem provam que não são analfabetos. Dizer a um professor de Harvard que um dos ideólogos económicos deste governo, um ta Moedas, é um engenheiro civil com um MBA e alguma experiência bancária levaria o pobre homem a pensar que estaríamos contando uma anedota.
 
Tanto quanto se sabe o único sucesso deste governo foi a concertação social que pelo menos até há algumas semanas atrás era um dos louros do sôr Álvaro, aliás, não há alto responsável europeu ou dessa coisa chamada troika (que soa mais a truca truca do que a economia) que não refira a concertação social como um dos grandes trunfos daquilo a que insistem em chamar ajustamento. O acordo de concertação social só foi retirado do currículo do sôr Álvaro quando o Cavaco sentiu necessidade de dizer que fazia alguma coisa pelo país quando não está no estábulo estudando o gado. Agora dizem por aí que devemos o acordo de concertação ao Cavaco, aliás, o país ficou a saber que há um velhote com 70 anos a trabalhar doze horas por dia e ainda tem que se deitar às tantas para ouvir o que o Sócrates diz dele.
 
A substiuição do Relvas é uma perda irreparável, se agora o Miguel Relvas dava um toque de rigor a um governo canalha, com a sua saída deixaremos de ter com que brincar. Não podemos embirrar com os tiques do Portas porque está sempre nos antípodas, o Passos não passa de um Coelho com moléstia, é raro o ministro que aparece em público e se quisermos ouvir o Gaspar falar temos de ir a Washington ou a Bona.
 
Queixarmo-nos da licenciatura do Relvas é o mesmo que reclamarmos porque o canário que comprámos é coxo, nem votaram no PSD para Relvas ser professor, nem se compram canários para dançar. Sejamos honestos, o Miguel Relvas é competente e se alguém tem dúvidas compare o comportamento da comunicação social em relação a este governo com o que se assistiu no tempo de Sócrates, os nossos jornalistas parecem ter sofrido uma mutação genética, o Relvas transformou-os de pitbulls em caniches. Tirem o Relvas do governo e vão perceber como esta mutação é reversível, é o Relvas que tem os cordelinhos da comunicação social na mão.
 
Sempre que se pede uma mudança a este governo o Gaspar aproveita para piorar as coisas. O Tribunal Constitucional considerou inconstitucional o corte nos subsídios e o Gaspar vingou-se com a TSU. O melhor povo do mundo rejeitou o esquema da TSU  e o Gaspar decidiu um aumento brutal do IRS. Como o aumento dos impostos foi um falhanço vamos ficar com um Estado digno da idade da pedra. Sempre que os portugueses conseguem impor o que quer que seja a este governo de louco o resultado é desastroso. Vão ver, o Gaspar ainda mete um gorila do Zoo de Lisboa nos Assuntos Parlamentares e um dos seus discípulos de sacristia na Economia.