segunda-feira, março 11, 2013

Umas no cravo e outras na ferradura


 
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Monsaraz
   
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Belmote [A. Cabral]

Jumento do dia
  
José Seguro
 
Só mesmo Seguro para descobrir no prefácio de Cavaco uma crtítica ao governo do partido do Cavaco e que o próprio tanto ajudou a ser eleito.
 
«O secretário-geral do PS, António José Seguro, considerou hoje que o prefácio do Presidente da República é uma mensagem dirigida ao Governo, de que se houver crise política em Portugal a responsabilidade é do executivo PSD/CDS.

”Há uma clara mensagem dirigida ao Governo, a de que se houver instabilidade e uma crise política em Portugal a responsabilidade não é do senhor Presidente da República, isso quer dizer que será do Governo”, disse hoje António José Seguro, quando questionado sobre o prefácio hoje conhecido do livro "Roteiros VII", que reúne as principais intervenções de Cavaco Silva no longo do último ano.» [i]
 
 Já passaram dois anos desde a posse de Cavaco
 
O homem tem feito tão pouco que até parece que foram dois dias.
   
 Cavaco trabalha 12 horas por dia
 
Um caso claro de violação dos direitos humanos e de escravidão, em Portugal obrigam-se idosos com 70 anos a trabalhar mais de 10 horas por dia, sem qualquer remuneração e ainda por cima lhes cortam na pensão.
 
 Cavaco vai terminar o mandato com dignidade

Passos Coelho ficou tão sensibilizado com o prefácio de Cavaco Silva, que a três anos de o homem de Boliqueime se poder reformar definitiva e irreversivelmente decidiu ajudá-lo a levar a pesada tarefa até ao fim com a devida dignidade. Passos está tão empenhado nisso que encarregou o seu melhor colaborador, o ministro político Miguel Relvas, paraa se encarregar pessoalmente dessa árdua e pesada tarefa. Miguel Relvas não perdeu tempo e já pediu à assessoria jurídica do seu ministério que estude a possibilidade de passar o prefácio a limpo para o entregar na Lusófona sob a forma de requerimento de um diploma de bom presidente.


  
 Há sempre o passado
   
«Passos Coelho, que no início do seu mandato jurou a pés juntos nunca ir desculpar-se com o passado, passou o debate parlamentar da última quarta-feira a fazê-lo.

Nada de muito surpreendente, não sobra mais nada que se assemelhe, sequer vagamente, a discurso político. O slogan do "vamos atingir os 4,5% de défice custe o que custar" morreu e a bravata do "nem mais tempo nem mais dinheiro" soçobrou à realidade. Já não há metas nem luzes ao fundo do túnel para apontar. Não há reforma digna desse nome, não há dado que não grite o falhanço absoluto do Governo e do plano europeu, que era, como foi repetido, o seu próprio. Nada bateu certo, tudo ficou muito pior.

Com o desaparecimento das narrativas o discurso, que já não era propriamente fluente nem bem estruturado, tornou-se errático, sem sentido. Atiram-se simplesmente uns assuntos para o ar.

Invocam-se os cortes de 4000 milhões de euros que o Estado francês vai fazer para justificar os cortes do mesmo valor que o Governo português tenciona realizar. Uma comparação destas, aliás, só pode ter sido feita por má-fé ou por pura ignorância. Só alguém muito distraído pode acreditar que cortes deste valor em França e em Portugal têm os mesmos efeitos. Alguém que ignore que cortar 4000 milhões de euros no Estado social francês e português não é a mesma coisa. Alguém que não conheça a extensão do Estado Social português e francês. Alguém que não saiba a diferença entre os salários, pensões e prestações sociais em Portugal e em França. De facto, é difícil acreditar que um primeiro-ministro desconhece estas realidades.

Faz-se um discurso sobre o valor do salário mínimo que apenas nos recorda o distanciamento do primeiro-ministro face à realidade das empresas portuguesas e o desconhecimento sobre as razões dos números do desemprego. Disse Passos Coelho que, apesar de não o tencionar baixar, acreditava que o desemprego baixaria se existisse uma redução do salário mínimo.

Não há empresário que possa dizer com verdade ao primeiro-ministro que a sua quinquagésima fonte de preocupação é o valor do salário mínimo. Falarão do custo de electricidade, água, gás; falarão da incomportável carga fiscal; falarão da burocracia, dos licenciamentos e afins; mas sobretudo falarão da impossibilidade de se financiarem e da falta de clientes. Em termos muito simples: não havendo crédito para as empresas funcionarem nem clientes para se vender os produtos não há postos de trabalho. Não existirá um único empresário digno desse nome que lhe diga que se o salário mínimo, com o actual valor, diminuir contratará mais trabalhadores. Mais, existirão seguramente muitos empresários a pedir para que se aumente o salário mínimo como forma de aumentar a procura interna, que, convém recordar, é importante tanto para as empresas que trabalham para o mercado interno como para as que exportam.

Pode haver uns senhores, que de empresários só terão o nome no cartão de visita, que digam que uma diminuição do salário mínimo lhes permitirá manter as suas empresas no mercado. É muito simples: uma empresa que baseie o seu modelo de negócio em baixos salários, no limite precise que estes sejam ainda mais baixos do que 485 euros, já está morta. Como diria o Presidente da Republica, citando talvez La Palisse, "não é com baixos salários que se garante a competitividade das empresas". Existirão sempre Chinas. Um país como Portugal se quer assinar a sua sentença de morte económica basta-lhe apostar num modelo baseado em baixos salários, em baixas qualificações, em produtos com pouco valor acrescentado. O empobrecimento é apenas um dos passos para essa morte.

Já não há discurso. Sobram estes pedaços de coisa nenhuma, desligados de qualquer estratégia ou rumo.

Resta o passado. Vamos nos próximos tempos ouvir falar muito dos erros do passado, e, como bem sabemos, é um tema sem fim. Foram muitos. No passado recente, no menos recente, no ainda menos recente, no início do processo democrático, no Estado Novo, e por aí fora.

Mas é, no fundo, a admissão da derrota. Quando se desiste de lutar, quando não se é capaz de encontrar soluções, há sempre o passado para culpar. O passado, em política, é o último refúgio do fracasso.» [DN]
   
Autor:
 
Pedro Marques Lopes.   

 Dica para pôr a 'Troika' na ordem
   
«O papel controlador da troika entendo-o com a resignação dos devedores. Já me parece demais quando ela se arma em dar conselhos amigos: "O Governo está a fazer as coisas bem mas a comunicá-las mal", diz o Expresso que ela (troika) disse. Eu peço dinheiro ao banco e este, mal eu falhe uma prestação, vai-me ao ordenado. Admito. Outra coisa é, à pala de eu ter pedido um empréstimo para o carro, ver um cavalheiro de belos cabelos prateados a aparecer-me na autoestrada a fazer sinais: era o sr. Ricardo Espírito Santo a mandar-me passar a mudança para quarta... Isso, não deixo. A relação com dinheiros entre credores e devedores está há séculos bem regimentada. Com ligeiras mudanças para a parte fraca do negócio (dão-lhe açoites, prendem ou simplesmente vão-lhe ao bolso) mas cada um sabe o lugar de cada um. Repito, a troika que nos cobre. Mas só dinheiro! Que se arrogue a dar lições públicas de convivência ao meu Governo é-me insuportável. Hoje é: expliquem-se melhor. E amanhã? "O défice está uma beleza... Mas, Pedro, esse corte de cabelo..." Ou: "Álvaro, como é? Com essa pronúncia de Viana como é que você quer vender alguma coisa em Belgravia ou Mayfair? Ah, não é de Viana, é de Viseu... Não interessa, faz sempre parolo..." Parece que na segunda a troika e o Governo vão-se encontrar. Eu levava a Bobone. O careca desengonçado tem ar de beber chá com o mindinho espetado: ao primeiro abuso deles, ela lembrava-o.» [DN]
   
Autor:
 
Ferreira Fernandes.
   
  
     
 Quem mente?
   
«Os técnicos da troika continuam em Portugal, após duas semanas do início da sétima avaliação. A conferência de imprensa sobre a apresentação de resultados continua por marcar, mas fonte do Ministério das Finanças, de Vítor Gaspar, insiste ao Diário de Notícias que as “avaliações terminam sempre ao fim de semana” e que “não é verdade” que a missão do FMI, BCE e Comissão Europeia tenha prolongado a sua estadia.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:
 
Começam por manipular a opinião pública e agora não sabem o que dizer. Será que a troika ficou transparente ou o Gaspar percebeu que ficava mal na chapa andar armado em extremista para depois passar a mensagem de que teria resistido às medidas da troika, ele que é o filósofo europeu da brutalidade económica.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
      
 Belmiro diz que a classe política é pior do que há 30 anos
   
«Em entrevista à Revista 2, do jornal Público, o empresário afirmou que a maioria da classe política não tem “a cura necessária” para as funções.

Belmiro de Azevedo, ‘chairman' da Sone, confronta a classe política actual, a quem falta "a cura necessária" para desempenhar as funções ao contrário da geração que "sofreu com a PIDE". "No meu entendimento, a maioria não tem a cura necessária para desempenhar as funções, que exigem nervos fortes e educação permanente. Um bom presunto tem de ser curado", disse Belmiro em entrevista à Revista 2, do jornal Público.» [DE]
   
Parecer:
 
Tem razão e só se lamenta que não repare que com os empresários sucede precisamente o mesmo.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Doentes mentais abandonam tratamento
   
«Assistentes sociais e especialistas de saúde mental avisam que há cada vez mais doentes a faltar às consultas e a abandonar a medicação. O fenómeno não está quantificado, mas é preocupante

As dificuldades económicas estão a fazer com que muitos doentes não consigam suportar os custos das deslocações e faltem às consultas de saúde mental. Há também cada vez mais doentes a admitir que não tem dinheiro para a medicação prescrita. As assistentes sociais alertam para um aumento anormal e preocupante do número de queixas de doentes que se dizem impossibilitados de prosseguir com o tratamento e o coordenador do Plano Nacional para a Saúde Mental da Direcção-Geral de Saúde avisa que, privados de tratamento, estes doentes correm sérios riscos.» [Público]
   
Parecer:
 
A política do Macedo é um sucesso, dantes gastava-se em excesso e não se curava, agora fica tudo curado sem gastar um tostão.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se os parabéns ao opus ministro.»
   

   
   
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