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Na Pastelaria Suíça, Rossio, Lisboa
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Beco de Monsanto [A. Cabral]
Jumento do dia
António José Seguro
O líder do PS está a pensar no futuro do país e dos portugueses ou limita-se a gerir a sua estratégia de ambição pessoal? Um líder que pede mudanças mas nada faz para mude o governo até parece que está desejando que o governo continue e faça o trabalho sujo. A verdade é que Seguro anda a reboque dos acontecimentos e só levanta a voz quando receia ser ultrapassado pelos acontecimentos.
«O secretário-geral do PS recusou-se hoje a falar numa moção de censura ao Governo, apesar de defender uma mudança de política face ao agravamento de indicadores económicos e sociais anunciado na sexta-feira pelo executivo.
Questionado pelos jornalistas à margem de um encontro com empresários em Castelo Branco sobre se vai apresentar uma moção de censura ao Governo, António José Seguro refutou esse cenário.
"Faço oposição construtiva e séria: escuto os portugueses, os seus problemas e apresento soluções", respondeu, considerando desempenhar o papel "que se exige ao líder da oposição, que apresente alternativas", o que o PS tem feito.» [DN]
A hora da fuga das ratazanas cobardes
Portugal tem estado sob tuitetal estrangeira, quem tem mandado no país são esses técnicos emproados do FMI, do BCE e do Durão Barroso, o governo português foi mais obediente do que o governo de Vichy. Se o país está à b eira de uma desgraça inevit+avel e que ninguém sabe onde vai conduzir, os responsáveis pelas organizações internacionais envolvidas terão de assumir as responsabilidades. O governo português é formado por imbecis e por isso mesmo é inimputável.
A previsões do Gaspar
O Gaspar é tão desastrado que não acerta uma, nem se percebe como teve filhos.
Recordar Passos Coelho
A melhor homenagem que a direita poderia prestar a Sócrates
No governo de Sócrates o primeiro-ministro deu sempre a cara, pelo bom e pelo mau, pelas medidas fáceis e pelas medidas difíceis. A melhor homenagem que a direita poderia ter prestado a Sócrates foi o desaparecimento por quase dois meses de Cavaco Silva e o abandono a que Passos Coelho e Paulo Portas votaram um desgraçado Vítor Gaspar, condenado à solidão e a enfrentar sozinho as fera. Estes canalhas que rejeitaram o PEC IV ainda vão descobrir que o mais troikismo foi uma ideia do Gaspar e que o Passos Coelho sempre foi contra o memorando. A melhor homenagem à coragem de José Sócrates é a cobardia da direita, para não referir o martírio a que estão sendo sujeitas personagens menores como um tal Vítor Nogueira, de quem se dizia ir ter um grandioso futuro na liderança do partido.
Todos os pardais mentem e só o Gaspar é Mentiroso?
Um dia destes ainda vamos ouvir o Cavaco dizer que não percebe nada dessas coisas das previsões económicas com termos de econometria escritos em inglês!
A pergunta do dia
O Gaspar ainda não se demitiu nem foi demitido? COmo agora está na moda dizer, o homem é mesmo muito resiliente, sai à avozinha de Manteigas.
Adriano Correia de Oliveira: Tejo Que Levas as Águas
Finito
«Num tom de jubilosa serenidade, o dr. Vítor Gaspar decidiu informar os portugueses que o esplêndido programa congeminado, com desvelo, com a troika ruiu com estrondo, arruinando, pelo caminho, milhares e milhares de portugueses. Ao fim de dois anos, o aluno disciplinado, determinado a ir além do que lhe era exigido, falhou todas as previsões e não conseguiu atingir um único dos seus objectivos. O défice não foi cumprido, o desemprego disparou, as receitas fiscais diminuíram, o consumo interno encolheu drasticamente e as previsões sobre recessão, essa cereja em cima do bolo, sobem sempre que o ministro das Finanças abre a boca sobre tão escaldante matéria. No Orçamento do Estado surgiu o auspicioso número de um por cento. Dois meses depois, o Orçamento foi à vida e o ministro, sem qualquer sobressalto, duplicou o valor da recessão. Agora, já vamos em 2,3 por cento e o dr. Vítor Gaspar, respaldado no seu imenso prestígio externo, diz-nos apenas que vamos no bom caminho e que o governo não pediu mais tempo nem mais dinheiro. Naturalmente, não se dignou explicar o que tinha corrido mal, nomeadamente nos últimos dois meses, que o levou a esta pirueta macroeconómica. O mundo mudou, como acontecia, com frequência, nos velhos tempos do eng.º Sócrates? Talvez.
A incompetência atinge proporções drásticas no que toca ao desemprego. Se há pouco mais de dois meses, o governo anunciava que o seu valor em 2013 iria ser de 16,4, agora o esfíngico ministro das Finanças informa--nos que este poderá chegar aos 19 por cento. O quadro adensa-se para 2014, ficando por explicar como é que com um crescimento anémico nos próximos anos (se tal acontecer, claro), é possível diminuir estes valores. Pormenores!
Como seria de esperar, face a estes números catastróficos, o governo não desarma: o ajustamento é para continuar, com mais doses de austeridade, com os famigerados cortes de 4 mil milhões de euros e o mais que for necessário para tapar os inúmeros desvios das contas do ministério das Finanças. Como, aliás, sempre disse, os cortes provisórios passam a permanentes e a queda dos impostos que se seguiria aos cortes no Estado não vai acontecer. O adiamento do défice para mais um ano não é, como alguns entusiastas se apressaram a proclamar, uma vitória do governo, mas sim a perfeita confirmação do seu absoluto falhanço. Perante isto, e como seria natural, o primeiro-ministro não parece disposto a retirar qualquer consequência dos estrondosos erros da sua política. Nem a nível económico. Nem sequer a nível político: num país normal, o dr. Vítor Gaspar seria expeditamente corrido por triste e má figura, depois de ter falhado gloriosamente em tudo o que se propôs.
Como nota de rodapé, o PSD descobriu agora que o programa de ajustamento foi “mal desenhado”, com projecções e efeitos que não tinham qualquer adesão à realidade. Depois de ter andado, durante dois anos, a tecer loas ao programa, considerando mesmo que era necessário ir mais longe nas tais projecções e efeitos. Curioso, para dizer o mínimo.» [i]
Constança Cunha e Sá.
O fracasso de Gaspar
«1 Há um antes e um depois da conferência de ontem do ministro Vítor Gaspar porque ela marca o falhanço de toda uma estratégia perante o País. Estamos perante um estrondoso fracasso das políticas financeiras que arrasou o tecido económico nacional a um nível sem precedentes e deixa o ministro das finanças numa posição de grande fragilidade interna, até no governo.
A política do "custe o que custar", o de "ir mais além da troika", que o ministro engendrou para conquistar os mercados e Pedro Passos Coelho ratificou, com o incrível silêncio de ano e meio perante os grandes decisores europeus, só agora timidamente rompido, teve ontem um dia de revelação.
E os números, não metem: sobe o desemprego, agrava-se a recessão, é arrasado o défice previsto para o fecho de 2012 (era de 4,5%, muito celebrado, e acelera agora para 6,6% porque também era evidente que o Eurostat não aceitaria a habilidade contabilística à volta da ANA), entre outros dados estatísticos que desaconselham o caminho seguido e no qual Vítor Gaspar não acerta nunca uma previsão e nem parte para elas com o rigor de cenários macroeconómicos credíveis.
Ou seja, quase dois anos depois, apesar do corte de 13 mil milhões na despesa pública, do tremendo esforço fiscal dos portugueses, dos direitos ameaçados, das pensões e reformas confiscadas (sobre o que o Tribunal Constitucional se terá ainda de pronunciar...), o governo não tem soluções. Repete o mérito da redução do défice estrutural primário e o excedente da balança corrente e de capital. O ministro responde honestamente com um "não sei" sobre o futuro e a eventualidade de mais cortes. Sobra, apenas, a ladainha de que as reformas estruturais acabarão um dia por repor a competitividade, assegurando crescimento e emprego. Como estratégia não chega. Como caminho não existe. Como esperança não é nada.
2 Pedro Passos Coelho falava ainda há algumas semanas sobre a recuperação económica que começaria a chegar algures no final deste ano e seguramente no próximo. Depois de ontem, apesar das metas suavizadas pela troika, remetendo o atingir de 2,5% no défice para 2015, de mais tempo para cortar os 4 mil milhões de euros, essa expectativa é uma utopia. Só um milagre, numa Europa que também não cresce, e onde as eleições alemãs bloqueiam a capacidade de ação dos líderes europeus, poderia trazer crescimento e interrupção da destruição de emprego num mercado interno arrasado por decisões tão desastradas como o imposto que caiu sobre a restauração. Um exército de desempregados de mais de um milhão de pessoas (se somarmos os que já desapareceram das estatísticas oficiais) não consomem - e quem tem emprego pensa em tudo menos em comprar, investir, gastar.
O que cria emprego é o consumo e essa dinâmica não vai ser recuperada depressa porque o "bater no fundo", afinal, ainda estava algo longe.
3 Nesta conjuntura, os cidadãos não gastam, nenhum empresário tem condições para investir, ainda falta dinamizar o crédito e ao governo resta o caminho, estreito, que diabolizou a José Sócrates: obras, investimento público. Os portos substituem o aeroporto, o TGV não é de pessoas mas será de mercadorias. Afinal, o que tem de ser tem muita força...
Ir além da troika e do memorando foi uma imprudência e uma temeridade que agora o País paga com sofrimento acrescido. Esta violência não era de todo necessária e até Cavaco Silva vai adaptando o discurso à realidade: "Portugal precisa que não se tenha a exigência de cumprir a todo o custo os défices fixados em termos monetários".
Vítor Gaspar é, desde ontem, por muito que seja considerado lá fora, pelos sacrifícios extra que impôs ao País, um homem desacreditado internamente. Portugal perdeu a confiança no ministro das finanças. Também isso não pressagia nada de bom.
Com absoluta unanimidade, todos os parceiros sociais rejeitaram a estratégia do governo de negociação mínima com a troika. O País precisava, vai precisar, de prazos mais largos, de mais tempo, por muito que o primeiro-ministro insista em não o reconhecer.» [DN]
João Marcelino.
«O relato radiofónico da TSF arrancou com os números de Gaspar, enunciados naquele tom de folha de Excel falante: a recessão que afinal vai chegar aos 2,3% (o país vai ficar 3800 milhões de euros mais pobre); a taxa de desemprego que afinal vai chegar aos 19% (bem mais de um milhão de pessoas sem emprego).
E o que tinha o ministro das Finanças para nos oferecer à troca deste "flagelo social"? A promessa de que o garrote continuará a apertar. Mais devagar, mas a apertar. Lembrei-me de uma frase do bispo das Forças Armadas, ouvida também na TSF um destes dias: vivemos num país que ameaça ficar juncado de cadáveres.
Gaspar deixou-me atordoado, mas a espiral recessiva ainda só tinha começado. Chegou do éter, logo a seguir, a voz de Cavaco Silva, explicando que nisso do corte de quatro mil milhões, uma coisa é a intenção, outra é o que o Governo faz. No fundo, que não vale a pena sofrer por antecipação. Há que esperar tranquilamente pelos orçamentos de 2013 (neste caso, um orçamento retificativo), de 2014 e de 2015. Confirmei que Cavaco prefere a condição de analista político do óbvio, ao papel de presidente da República. Cada vez mais parecido com um jarrão, daqueles que não servem para nada mas ajudam a decorar o salão onde se recebem os dignatários estrangeiros.
Seguiu-se, no alinhamento da rádio, a jovem estrela popular João Almeida. Lembrei-me que foi o homem que já antes erguera, corajoso, a voz contra Gaspar, numa reunião de porta suficientemente fechada para que ninguém ouvisse em direto, mas suficientemente aberta para que alguém sussurrasse a façanha. E aí estava ele de novo, perorando contra os de fora, os da troika, os que falham previsões, os que insistem no erro de somar austeridade à austeridade. Belisquei-me. Era João Almeida, o porta-voz do CDS-PP, esse mesmo, um dos partidos do Governo. Brilhante aprendiz do mestre Portas, o ilusionista exímio na arte de parecer que está fora, estando dentro.
A rádio é um monstro insaciável. Ao jogo de espelhos de Almeida sobreveio, do fim da rua, ou do fim do Mundo, vá lá saber-se, o momento de alienação de Miguel Frasquilho, deputado do PSD especializado em questões económico-financeiras e contorcionismos vários. Saudava o realismo das novas previsões de Gaspar, que corrigem outras, do mesmo Gaspar, feitas há poucas semanas, que por sua vez corrigiam as anteriores, ainda de Gaspar, feitas uns meses antes. Perdi o fio à meada, mas percebi que Frasquilho, qual perdigueiro da política, não largou a pista e, de correção em correção, chegou ao pecado original: um memorando sem aderência à realidade. Aquele que foi negociado por Catroga e assinado pelo PSD.
Ouvir, esta sexta-feira, o noticiário das 14 horas na TSF, revelou-se uma experiência radical. Felizmente cheguei ao destino e a rádio calou-se. Veio-me à memória aquele outro momento em que uma mãe chorou em direto na TSF, desesperada com a sua incapacidade para garantir comida na mesa. Um país juncado de cadáveres? Na altura em que ouvi pela primeira vez pareceu-me excessivo. Hoje nem tanto.» [JN]
Rafael Barbosa.
Ó Ilda, mete os putos na barraca!
«Depois da conferência de imprensa do ministro das Finanças, Vítor Gaspar, para anunciar os resultados da sétima avaliação da troika ao programa de ajustamento, um membro da comissão política do CDS, ouvido pelo semanário Expresso, questionou o porquê do “brutal aumento de impostos” e de “tanto sacrifício” para “esta porcaria de resultado”.
“Num mês, o défice de 2012 passou de 4,9% para 6,6%. E a receita da ANA não explica este desvio colossal”, contesta ao Expresso um dirigente centrista próximo de Portas, acrescentando que “quem deve estar preocupado com Vítor Gaspar não é o CDS [mas o primeiro-ministro] Pedro Passos Coelho”.
Estas declarações de dirigentes do CDS acontecem na véspera de uma reunião da comissão política do partido agendada para o próximo fim-de-semana, mas convocada em Dezembro pelo líder Paulo Portas. No entanto, há quem suspeite, designadamente sociais-democratas, que esta reunião servirá para voltar a deslocar o Governo.» [Notícias ao Minuto]
Parecer:
xxx
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «»
A empresa dos gratificados paga mal
«Milhares de euros gratificados prestados pela PSP do Porto em 2012 estão ainda por pagar, mas estão a realizar-se as "diligências" necessárias junto das entidades devedoras para resolver a situação, disse hoje à Lusa o comandante da PSP do Porto.» [DN]
Os gratificados são uma vergonha para as polícias, além disso é um negócio questionável em que os recursos públicos são usados de forma abusiva para negócios de transparência duvidosa.
«Milhares de euros gratificados prestados pela PSP do Porto em 2012 estão ainda por pagar, mas estão a realizar-se as "diligências" necessárias junto das entidades devedoras para resolver a situação, disse hoje à Lusa o comandante da PSP do Porto.» [DN]
Parecer:
Os gratificados são uma vergonha para as polícias, além disso é um negócio questionável em que os recursos públicos são usados de forma abusiva para negócios de transparência duvidosa.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Acabe-se com os gratificados e autorizem-se os agentes da PSP a trabalharem numa empresa privada fora do horário de trabalho e sem usarem armas, viaturas, transmissões e fardamento da polícia.»