segunda-feira, novembro 15, 2010

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Terreiro do Paço, Lisboa

IMAGENS DOS VISITANTES D'O JUMENTO

Vila do Bispo [A. Moura]

JUMENTO DO DIA

Deputados socialistas: Marcos Sá, Miguel Laranjeiro, Jorge Seguro, Pita Ameixa, Duarte Cordeiro e Pedro Farmhouse

Para além de uma grande ingenuidade por parte dos deputados a sua proposta de que sejam os bancos a autoproporem um aumento da taxa efectiva de IRC que pagam revelam dois critérios, para uns corta-se a direito e nem se negoceia nem se dão explicações, para os outros sugere-se subservientemente que se ofereçam para pagar mais uns trocos em impostos.

«Um grupo de deputados do PS pretende que os bancos autoproponham um aumento da taxa efectiva de IRC no sector bancário para "colaborarem no esforço colectivo de redução do défice". Este aumento poderia ser temporário e seria uma espécie de agradecimento activo pelo apoio do Governo à banca nos últimos anos. A proposta não agrada à banca, que diz pagar os impostos que legalmente deve e que a sua taxa de IRC é "a mesma que se aplica aos vários sectores de actividade do país". E lembra que o Orçamento do Estado (OE) para 2011 já criou um novo imposto.» [Público]

TIMOR-LESTE PODERÁ COMPRAR DÍVIDA PORTUGUESA

«"Não vejo dificuldades em Timor-Leste comprar também dívida pública portuguesa, na medida em que o próprio Governo timorense já tomou a decisão de diversificar a aplicação do Fundo do Petróleo, comprando outras dívidas públicas, incluindo a australiana e de outros países", disse Ramos-Horta, citado pela agência Lusa, escusando-se a comentar se o tema tinha sido abordado num encontro que manteve com o primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, à margem da conferência ministerial do Fórum Macau.» [CM]

Parecer:

Um gesto bonito ainda que humilhante e muito lucrativo para Timor-Leste.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento a Sócrates.»

SERÁ DESTA QUE SINES SE TORNA NUM GRANDE PORTO

«Quem chega à zona portuária de Sines pela estrada marginal que acompanha a cidade ao longo da costa depara-se com outdoors onde se lê em grandes letras: "Porta atlântica para a Europa." Porto de águas profundas, com boas condições para receber navios de grande calado e numa zona geográfica privilegiada em termos marítimos, o maior porto português de carga parece ter as condições necessárias para ser um grande entreposto marítimo.

No entanto, aqueles grandes cartazes continuam há vários anos no plano das promessas. Sines continua a ter algumas fragilidades no que respeita aos acessos ferroviários e rodoviários à Europa e debate-se com vários concorrentes de peso na vizinha Espanha, como Valência, Barcelona e Algeciras. Uma das ambições é aliás transformar-se num grande porto de alimentação e escoamento de mercadorias da região de Madrid (a grande plataforma logística da Península Ibérica). Singapura e agora a China olham-no ainda assim como uma possibilidade para colocarem as suas exportações nas portas da Europa. » [Público]

Parecer:

Sines é um bom exemplo da falta de estratégia de desenvolvimento.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»

ANDREW PAPENIN