FOTO JUMENTO
Cogumelo na Quinta das Conchas, Lisboa
IMAGENS DOS VISITANTES D'O JUMENTO
Relógio, Aldeia de João Pires [A. Cabral]
JUMENTO DO DIA
António Costa
A decisão de António Costa e não conceder tolerância de ponto na próxima sexta-feira até seria louvável se tivesse seguido o mesmo critério quando o papa veio a Lisboa. Assim, a decisão tresanda a oportunismo político.
«O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, anunciou que não será dada tolerância de ponto nos serviços municipais na próxima sexta-feira, dia 19. Trata-se do primeiro dia da Cimeira da NATO, que decorre no Parque das Nações mas irá dificultar a circulação automóvel em toda a cidade.
Entre os motivos avançados para não atribuir tolerância de ponto encontram-se "a necessidade de assegurar o normal funcionamento da cidade" e "os graves prejuízos para os lisboetas, a economia da cidade e todos os que nos visitam, resultantes do encerramento dos serviços do município".» [CM]
«O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, garantiu que todos os funcionários da autarquia vão beneficiar da tolerância de ponto a 11 de Maio, dia da visita do Papa, à excepção dos bombeiros, da protecção civil, dos serviços de tráfego e de limpeza e higiene urbanas.
António Costa defende que as restrições que a capital vai sofrer com a visita do Papa obrigam a reorganizar a circulação urbana e, por isso, a tolerância de ponto é bem aceite porque vai permitir diminuir o número de pessoas na cidade e assim evitar confusões maiores.» [CM]
OS DOIS PISOS DO CRÉDITO
«Claro que esse mesmo endividamento também mostra a nossa tolice. Nós, agora tão furiosos com a maldade e loucura dos financeiros, deixámo-nos afundar recorrendo a eles tão ansiosamente. Nos 15 anos em que se acumulou o peso que nos esmaga não se ouviram as vozes dos que agora criticam a perversidade dos tais bandidos pedantes e tacanhos. Quando precisávamos deles, os bancos eram excelentes.
Actualmente esses mesmos bancos, tanto tempo embebedados de euforia, vivem um pânico igualmente injustificado. Será Portugal, por mal que esteja, mesmo um dos dez países mais arriscados do mundo!? Não se encontra, por esse planeta além, mais que um punhado de pagadores tão faltosos? Afinal, somos membros do euro e da União, com alto nível de desenvolvimento e integração financeira, que, apesar das evidentes dificuldades, não merece tanto nervosismo. Confundir-nos com a Venezuela é tão estúpido como antes era igualar-nos a alemães.» [DN]
Parecer:
Por João César das Neves.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»
TEIXEIRA DOS SANTOS PREPARA AMBIENTE PARA IR AO FMI
«O risco de Portugal recorrer à comunidade internacional, para obter ajuda financeira de emergência, é elevado devido ao perigo crescente de contágio nos mercados financeiros que temem que a crise da dívida na zona euro se espalhe, explicou hoje o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, ao jornal inglês Financial Times.» [DN]
Parecer:
Alguém cala este ministro?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Teixeira dos Santos que seja mais parco em palavras.»
TEIXEIRA DOS SANTOS NEGA CONTACTOS
«Em declarações à agências Lusa, Fernando Teixeira dos Santos afirmou não haver "nenhum contacto com as autoridades em Bruxelas, nem formal nem informal, tendo em vista o recurso à ajuda europeia", acrescentando que "é um rumor e especulação" que não compreende "porque não tem qualquer fundamento".
O ministro das Finanças declarou que "Portugal está a financiar-se no mercado e a aposta é continuar a financiar-se no mercado", acrescentando que a taxa média da dívida pública portuguesa "está neste momento em 3,6 por cento". » [DN]
Parecer:
Não se percebe como o ministro afirma que não compreende, foi ele que estabeleceu a fasquia dos juros a 7% para pedir ajuda ao FMI.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
AUTARQUIAS LANÇAM CONCURSOS DA TRETA
«Alargamento do procedimento de urgência às empreitadas levou à "proliferação" destes concursos, acusa a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, que critica a falta de "transparência e igualdade".
As autarquias lançaram, desde 2 de Agosto, 82 empreitadas com carácter urgente, no valor global de 93,8 milhões de euros. Em 25 destes concursos, correspondentes a um investimento de 22,994 milhões de euros, o prazo concedido para apresentação de propostas oscilou entre as 24 e as 72 horas. Prazos que a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) considera que "põe em causa a rigorosa gestão do erário público", na medida em que "não garantem o princípio da transparência, da igualdade e da sã concorrência entre as empresas".» [DN]
Parecer:
É inaceitável que a lei permita este tipo de concursos a não ser em situações de calamidade pública.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Altere-se a legislação.»
VAI HAVER REMODELAÇÃO GOVERNAMENTAL
«E, conhecida a irritação que as afirmações do seu ministro lhe provocaram ao ler a entrevista em Macau, embora não tivesse deixado transparecer esse estado de espírito para fora do círculo mais restrito dos seus colaboradores, uma da questões que volta a estar na agenda política dos observadores é a hipótese da remodelação governamental - apesar de Sócrates ter cortado com a tradição anterior de resolver crises com remodelações. » [DN]
Parecer:
Ou Sócrates faz uma remodelação governamental ou não durará para além de Maio.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
CADA UM DEFENDE OS SEUS
«"A proposta de lei orçamental para 2011 tem implicações para a independência do banco central, designadamente financeira e institucional, assim como para a independência pessoal dos membros de decisão dos órgãos do Banco de Portugal", lê-se no documento, que data de 12 de Novembro.
Nesse parecer, feito a pedido de Jaime Gama, o BCE critica duramente as alterações no Banco de Portugal impostas pelo Orçamento de 2011, nomeadamente o facto de se proibir o banco central "de conceder aos seus funcionários quaisquer aumentos salariais", "de conceder progressões automáticas de carreira", "de contratar pessoal novo", ou mesmo por se estabelecer um "limite no valor de subsídio de refeição". Isto para além de cortar em 10% os salários mais elevados e taxar também em 10% o valor que exceder os 5.000 euros nas reformas atribuídas pela instituição.» [DE]
Parecer:
Parece que a independência do BdP é uma questão de ordenados, os mesmos que defendem a austeridade a torto e a direito defendem os seus.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»