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Ponta Delgada [A. Cabral]
Jumento do dia
Nuno Crato, ministro da Educação
O tal ministro que quer um ensino mais exigente e com muitos exames defende escolas onde o mesmo professor ensina em simultâneo alunos do primeiro ao quarto ano do ensino básico. Brilhante!
Por este andar ainda o vamos ver a defender o regresso da tele-escola.
«O Ministério da Educação (ME) já não vai encerrar as 654 escolas do primeiro ciclo do ensino básico, com menos de 21 alunos, que tinha intenção de fechar este mês, no âmbito do plano de reorganização da rede escolar.
A equipa de Nuno Crato, que agora tomou posse, garantiu que irá reavaliar a proposta de encerramento das escolas e o seu impacto. A decisão já foi comunicada aos municípios, que aplaudem a decisão.» [DN]
Por este andar ainda o vamos ver a defender o regresso da tele-escola.
«O Ministério da Educação (ME) já não vai encerrar as 654 escolas do primeiro ciclo do ensino básico, com menos de 21 alunos, que tinha intenção de fechar este mês, no âmbito do plano de reorganização da rede escolar.
A equipa de Nuno Crato, que agora tomou posse, garantiu que irá reavaliar a proposta de encerramento das escolas e o seu impacto. A decisão já foi comunicada aos municípios, que aplaudem a decisão.» [DN]
Critérios
Quando Sócrates não cumpria com o prometido os jornalistas apelidavam-no de mentiroso, quando Passos Coelho faz tudo ao contrário do prometido é uma questão de imperativo nacional.
Sinais dos tempos
Com a chegada do PSD ao governo o 'Albergue Espanhol' foi transformado num vídeoclube ou, se quiserem, num videoblogue. Por este andar ainda atrai o interesse da Cofina ou da Ongoing.
Ministério ou mercearia?
Um dos aspectos mais positivos das escolhas dos ministros do governo de Passos Coelho reside no facto de o primeiro-ministro ter escolhido para algumas pastas, designadamente, para as pastas da economia e da educação, personalidades que pouco construíram mas se destacaram na oposição a criticar tudo e mais alguma coisa, como se durante estes anos nada de bom tivesse sido feito.
Pela primeira vez dois especialistas em destruir são convidados para construir, para mostrarem o que valem e talvez para perceberem que á mais fácil fazer do que criticar. O ministro da Economia tem-se distinguido por algumas baboseiras populistas, chegando a roçar o anedótico. Por sua vez, o ministro da Educação acha que o ministério é uma mercearia e vai aviando medidas avulso, ao mesmo tempo que dá mostras de querer fidelizar clientelas.
Transparência e clareza, por favor
«1. Fosse Bernardo Bairrão quadro duma gigantesca empresa de curtumes ou professor catedrático numa qualquer prestigiada universidade e a sua surpreendente dispensa, meia dúzia de horas antes de tomar posse, não teria merecido parangonas de jornais e inúmeros comentários. Mas não, o ex-futuro secretário de Estado da Administração Interna era administrador do canal de televisão líder de audiências em Portugal. A isto acresce o facto de esse canal ter sido acusado, justa ou injustamente, de sucumbir a pressões políticas e de alguns seus jornalistas terem feito campanhas contra antigos responsáveis governamentais de forma fundada ou não.
Parece não ter espantado ninguém que as primeiras explicações para o despedimento pré- -contratual tivessem como sustento a posição de Bernardo Bairrão sobre a privatização da RTP. Porém, parece claro que a explicação não pode ser essa.
Em primeiro lugar, a opinião do gestor era bem conhecida e não pode passar pela cabeça de ninguém que o primeiro-ministro a desconhecesse. Por outro lado, mal estávamos se um ministro convidasse um secretário de Estado sem o consentimento do primeiro-ministro.
Em segundo lugar, se as opiniões sobre a privatização dum canal público fossem vitais para o Governo, não existiria coligação. A posição de Paulo Portas é clara e isso não impediu o acordo com o CDS. E, convenhamos, que importa a opinião sobre a RTP dum secretário de Estado da Administração Interna?
Falou-se depois de outras razões relacionadas com o despedimento de jornalistas, feitos pela Administração da TVI, na sequência do caso Freeport. Que teriam existido pressões para que Bernardo Bairrão fosse "castigado" por ter colaborado ou consentido no afastamento desses jornalistas. É praticamente impossível acreditar nesta versão. Imagine-se o que seria um primeiro-ministro ceder a este género de pressões, viessem elas donde viessem.
O que se passou, então?
Foi-nos prometida verdade e absoluta clareza. Sabemos que é necessária mais transparência na relação entre o poder político e vários sectores de actividade. Temos fortes indícios de que as relações entre os vários governos e a comunicação social foram pouco saudáveis.
Vimos dum período em que se especulou demasiado sobre esse perigoso relacionamento. Foram feitas acusações, levantaram-se suspeitas e chegou-se mesmo a pôr em causa a liberdade de imprensa e de expressão - em alguns casos de forma absolutamente patética.
Bernardo Bairrão, quer se queira quer não, era um interveniente relevante na área da comunicação social, e só com uma grande dose de ingenuidade é que podemos pensar que o seu nome foi riscado, dum momento para o outro, da lista de secretários de Estado por outras razões que não as da sua actuação nesse sector.
Pode ser que assim não seja, mas então convém que saibamos o que de facto se passou. Se não soubermos, vamos continuar a viver com a desconfortável sensação de que algo de muito estranho se passa entre os políticos e a comunicação social.
Transparência, senhor primeiro-ministro, transparência » [DN]
Parece não ter espantado ninguém que as primeiras explicações para o despedimento pré- -contratual tivessem como sustento a posição de Bernardo Bairrão sobre a privatização da RTP. Porém, parece claro que a explicação não pode ser essa.
Em primeiro lugar, a opinião do gestor era bem conhecida e não pode passar pela cabeça de ninguém que o primeiro-ministro a desconhecesse. Por outro lado, mal estávamos se um ministro convidasse um secretário de Estado sem o consentimento do primeiro-ministro.
Em segundo lugar, se as opiniões sobre a privatização dum canal público fossem vitais para o Governo, não existiria coligação. A posição de Paulo Portas é clara e isso não impediu o acordo com o CDS. E, convenhamos, que importa a opinião sobre a RTP dum secretário de Estado da Administração Interna?
Falou-se depois de outras razões relacionadas com o despedimento de jornalistas, feitos pela Administração da TVI, na sequência do caso Freeport. Que teriam existido pressões para que Bernardo Bairrão fosse "castigado" por ter colaborado ou consentido no afastamento desses jornalistas. É praticamente impossível acreditar nesta versão. Imagine-se o que seria um primeiro-ministro ceder a este género de pressões, viessem elas donde viessem.
O que se passou, então?
Foi-nos prometida verdade e absoluta clareza. Sabemos que é necessária mais transparência na relação entre o poder político e vários sectores de actividade. Temos fortes indícios de que as relações entre os vários governos e a comunicação social foram pouco saudáveis.
Vimos dum período em que se especulou demasiado sobre esse perigoso relacionamento. Foram feitas acusações, levantaram-se suspeitas e chegou-se mesmo a pôr em causa a liberdade de imprensa e de expressão - em alguns casos de forma absolutamente patética.
Bernardo Bairrão, quer se queira quer não, era um interveniente relevante na área da comunicação social, e só com uma grande dose de ingenuidade é que podemos pensar que o seu nome foi riscado, dum momento para o outro, da lista de secretários de Estado por outras razões que não as da sua actuação nesse sector.
Pode ser que assim não seja, mas então convém que saibamos o que de facto se passou. Se não soubermos, vamos continuar a viver com a desconfortável sensação de que algo de muito estranho se passa entre os políticos e a comunicação social.
Transparência, senhor primeiro-ministro, transparência » [DN]
Autor:
Pedro Marques Lopes.
Já?
«O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, pediu hoje aos portugueses para saírem em protesto contra o programa do Governo, considerando que a história demonstra que este pode ser derrotado pelo povo, apesar de ter maioria absoluta.
"O povo tem a legitimidade, porque o poder reside no povo. E não é perante uma maioria que tem, de facto, legitimidade institucional para governar que o povo português pode ser esbulhado da defesa dos seus direitos, dos seus interesses, em conformidade com esse poder que a Constituição da República determina. É sempre o povo que tem a última palavra. Sempre, mas sempre", argumentou o secretário-geral do PCP.» [DN]
"O povo tem a legitimidade, porque o poder reside no povo. E não é perante uma maioria que tem, de facto, legitimidade institucional para governar que o povo português pode ser esbulhado da defesa dos seus direitos, dos seus interesses, em conformidade com esse poder que a Constituição da República determina. É sempre o povo que tem a última palavra. Sempre, mas sempre", argumentou o secretário-geral do PCP.» [DN]
Parecer:
Só se for para que o povo proteste contra o PCP por este ter ajudado a direita a chegar ao poder.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se uma gargalhada que se consiga ouvir na Soeiro Pereira Gomes.»
Anedota na PSP
«A PSP de Vila do Conde teve, durante anos e anos, um agente a conduzir carros-patrulha sem ter carta de condução. O caso está a provocar escândalo interno e gerou até um processo-crime. O polícia continua em funções.
De acordo com informações recolhidas pelo JN, vários colegas suspeitavam da situação há algum tempo. Porém, o agente principal foi desmascarado apenas com a entrada de novos elementos para aquela divisão policial. Ao constatar, por mero acaso, que o suspeito, de 50 anos, não tinha habilitação legal para conduzir, recusaram fechar os olhos e denunciaram o caso à hierarquia.» [JN]
De acordo com informações recolhidas pelo JN, vários colegas suspeitavam da situação há algum tempo. Porém, o agente principal foi desmascarado apenas com a entrada de novos elementos para aquela divisão policial. Ao constatar, por mero acaso, que o suspeito, de 50 anos, não tinha habilitação legal para conduzir, recusaram fechar os olhos e denunciaram o caso à hierarquia.» [JN]
Parecer:
Isto significa que na PSP não se controla quem conduz as viaturas.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»