Foto Jumento
Juvenil de gaio-comum [Garrulus glandarius] no Jardim Gulbenkian, Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento
Alter-do-Chão [A. Cabral]
Jumento do dia
Maria de Belém
Apoiar um dos candidatos à liderança do PS na véspera das eleições torna evidente que quem o faz já pensa saber quem vai ganhar.
«A líder parlamentar do PS manifestou esta quinta-feira o seu apoio público à candidatura de António José Seguro à liderança do Partido Socialista nas próximas eleições internas, que têm lugar este fim de semana.» [DN]
«A líder parlamentar do PS manifestou esta quinta-feira o seu apoio público à candidatura de António José Seguro à liderança do Partido Socialista nas próximas eleições internas, que têm lugar este fim de semana.» [DN]
Mentira n.º 9 (correcção)
À mentira da existência de um desvio colossal foi atribuído o número nove, mas tal mentira já tinha sido denunciada anteriormente.
Não será necessário alterar um mentirómetro pois há algum tempo que mais uma mentira aguarda a respectiva copntagem, a de que seria criado um site onde constariam os nomes de todos os nomeados. O governo pode vir a corrigir esta situação mas a verdade é que a comunicação tem dado conta de sucessivas nomeações e não existe qualquer site onde possamos ficar a saber as razões da escolha.
Passado mais de um mês não se aceita o argumento da falta de tempo, não só um site deste tipo se produz em poucos dias como nenhuma das nomeações era suficientemente urgente que não pudesse esperar uns dias, até porque esta foi uma promessa sistematicamente usada durante a campanha eleitoral
O Mentirómetro de Passos Coelho tem a sua página
Vários membros desta récua sugeriram por email ou na caixa dos comentários a recolha numa página de todas as mentiras de Pedro de Passos Coelho, o político que um dia disse que é um homem de palavra. a página do Mentirómetro já está online.
Apesar deste humilde Palheiro não contar com as muitas dezenas de técnicos com que conta o Moedas para contar os trocos da troika, sempre parece ter sido mais fácil de produzir a página do que o tal site que nos ajudaria, por exemplo, a compreender a escolha do novo presidente da Caixa Geral de Depósitos. Enfim, uma coisa é zurrar, outra é fazer andar a nora.
Começa muito mal o cumprimento do acordo com a troika
Apesar de os responsáveis do PSD afirmarem que no parlamento existe um apoio de 80% ao acordo com a troika aprovou o corte do subsídio de Natal sem qualquer processo negocial com o PS, um dos signatários daquele acordo. Se este aumento do IRS que dizem ser extraordinário decorre da necessidade de assegurar condições para cumprir aquele acordo seria lógico que o PSD o tivesse negociado com o PS, preservando aquela maioria parlamentar alargada.
Mas não, vamos ter um acordo com a troika aprovado por três partidos e as medidas propostas para a sua aplicação aprovadas apenas por dois, ao mesmo tempo que se tenta justificar tudo com a troika. Pior ainda, em vez de negociar e de explicar a medida aos portugueses com dados rigorosos o governo optou por tratar Portugal como se fosse a ex-URSS, explicou a medida ao bureau do partido em sala fechada, com base numa mentira que o líder não teve a coragem de assumir, mandada para os jornalistas amigos pela calada a noite e que só foi desmentida quando os dados da execução orçamental evidenciaram o logro.
A democracia está muito mal quando um primeiro-ministro que tira metade do subsídio de Natal aos portugueses acha que só tem de explicar a medidas a uma minoria de vanguarda esclarecida do seu partido e para que o povo fique esclarecido basta mandar publicar uma mentira que depois ninguém assume. Esta combinação de liberalismo com métodos soviéticos é pouco própria em democracia.
Pensamento do dia (recebido por email)
"Não andes na crista onda
Anda na onda da Cristas... despe-te!"
A pequena URSS da Península Ibérica
Durante dias o país quis saber onde estava o desvio colossal que segundo a comunicação social Passos Coelho disse num conselho nacional do PSD ter encontrado quando chegou ao governo. Entretanto nada se desmentiu, o Povo Livre usou a expressão e dizem que a troika até pediu explicações. Passos Coelho só desmentiu depois de os portugueses terem aceite mais um PEC por conta do desvio colossal.
Agora que o PEC já foi aprovado no parlamento a RTP divulga um vídeo em que se ficam a conhecer as palavras exactas de Passos Coelho, não falou em desvio colossal mas disse quase a mesma coisa. Mas há em tudo isto algo mais grave do que o desvio colossal. Numa reunião de um órgão interno do PSD vedado a jornalista e ondem nem poderão participar os militantes do partido que não tenham sido eleitos para esse órgão esteve presente uma equipa de jornalistas da RTP que filmaram tudo.
Supostamente os jornalistas têm a obrigação de esclarecer toda a verdade mas não foi isso que sucedeu, a RTP manteve-se em silêncio até tudo estar aprovado no parlamento, isto é, até a declaração de existência do tal desvio colossal se ter provado ser mentira e esta ter deixado de ter sido útil como propaganda. Se era mentira porque razão os jornalistas ficaram calados? É evidente que alguém decidiu silenciar a informação até que fosse necessário repor a verdade, sendo esta reposição da verdade útil a Passos Coelho.
Esta actuação da RTP revela que a estação se comporta como uma estação privativa do partido do poder, a versão TV do 'Povo Livre', gravando as reuniões da direcção do partindo, usando esta informação não para esclarecer os portugueses, mas sim para o fazer se, quando e como o partido no poder considerar ser útil e da forma que o governo entender conveniente. Brejnev não faria melhor.
Uma pergunta para os militantes do PS
Agora que o PEC já foi aprovado no parlamento a RTP divulga um vídeo em que se ficam a conhecer as palavras exactas de Passos Coelho, não falou em desvio colossal mas disse quase a mesma coisa. Mas há em tudo isto algo mais grave do que o desvio colossal. Numa reunião de um órgão interno do PSD vedado a jornalista e ondem nem poderão participar os militantes do partido que não tenham sido eleitos para esse órgão esteve presente uma equipa de jornalistas da RTP que filmaram tudo.
Supostamente os jornalistas têm a obrigação de esclarecer toda a verdade mas não foi isso que sucedeu, a RTP manteve-se em silêncio até tudo estar aprovado no parlamento, isto é, até a declaração de existência do tal desvio colossal se ter provado ser mentira e esta ter deixado de ter sido útil como propaganda. Se era mentira porque razão os jornalistas ficaram calados? É evidente que alguém decidiu silenciar a informação até que fosse necessário repor a verdade, sendo esta reposição da verdade útil a Passos Coelho.
Esta actuação da RTP revela que a estação se comporta como uma estação privativa do partido do poder, a versão TV do 'Povo Livre', gravando as reuniões da direcção do partindo, usando esta informação não para esclarecer os portugueses, mas sim para o fazer se, quando e como o partido no poder considerar ser útil e da forma que o governo entender conveniente. Brejnev não faria melhor.
Uma pergunta para os militantes do PS
Porque razão neste país é mais fácil e quase tão rápido escolher um novo primeiro-ministro do que um secretário-geral do PS? Ainda por cima ninguém fica a saber o que eles pensam e ficamos com a sensação de que foram os caciques do partido a escolher o futuro candidato a primeiro-ministro.
Menos radical do que a troika
Parece que de vez em quando Passos Coelho opta por ser menos radical do que a troika, enquanto ontem em Bruxelas a UE decidiu repartir os custos da intervenção na Grécia com a banca que vai perder vinte mil milhões, no dia seguinte, em Portugal, Passos Coelho isentou os mais ricos do imposto extraordinário.
Dispensou os ricos dos custos, da obrigação da solidariedade, de darem um pouco do que ganharam com as políticas que conduziram à crise e, acima de tudo, de terem de assumir riscos enquanto investidores. Não é isentando os ricos de tudo que se aumenta a competitividade da economia. Ou pensam que a competitividade tem que ver apenas com salários?
Não temos Murdoch mas temos pior
«Há dias, o americano Jon Stewart abordou o escândalo inglês das escutas como um alívio. Ele tem um programa televisivo diário, o Daily Show, onde a actualidade é apresentada com humor abrasivo. O seu ponto de partida era que a América está moralmente nas lonas. Um colega de Jon (esse, inglês) tratou de lhe mostrar que havia pior: a Inglaterra do caso Murdoch. Um país onde um jornal paga a detectives para escutar ilegalmente o telefone de uma menina raptada... "Para ajudar à investigação policial?", perguntou Jon, o ingénuo. Não, só para mexeriquice (a menina acabou assassinada). "Felizmente, há a polícia, que investigou esse jornal!", disse Jon. Qual quê, a polícia estava comprada pelo jornal... "Resta, o Governo..." Nem esse, o primeiro-ministro Cameron empregou como seu porta-voz o ex-director do jornal pulha... No fim, Jon Stewart suspirou de alívio: a América estava muito melhor do que a Inglaterra. Sorte a dele, não a minha. Em Portugal, não há jornais que de forma sistemática pagam a bandidos para fazer escutas ilegais, é verdade. Mas não é por moral, é por falta de dinheiro dos jornais. O que não os impede de terem acesso a informações obtidas ilegalmente, por exemplo, em segredo de justiça. Fornecidas por quem? É isso que faz mais grave o nosso caso. A máfia de Murdoch, por muito máfia, é clara nos seus propósitos: ganhar mais dinheiro e poder. A nossa é difusa, nem lhe conhecemos as intenções. » [DN]
Autor:
Ferreira Fernandes.
O orçamento rectificativo e o fetiche de Passos Coelho
«Gaspar anunciou que, face ao tal desvio colossal nas finanças públicas reconhecido por Passos Coelho, será necessário aprovar um Orçamento retificativo. Deslocou-me mesmo ao Parlamento para explicar aos grupos parlamentares do PSD e do CDS as medidas que dele constarão e as razões da sua justificação. Na nossa opinião, este anúncio não constitui surpresa e só peca por tardio: é uma consequência lógica das palavras de Passos Coelho sobre o desvio colossal nas nossas finanças públicas. Percebemos hoje que, afinal, aquela expressão utilizada pelo primeiro-ministro numa reunião partidária foi pensada para ser anunciada aos portugueses pela comunicação social (ao contrário do que tinham afirmado os assessores de Passos Coelho) para abrir caminho ao anúncio de alterações orçamentais. Mesmo colocando em causa a credibilidade financeira do Estado português num momento em que tem de honrar compromissos internacionais (o memorando de entendimento com a troika), com o desvio colossal, Passos pretendeu atenuar os danos colaterais que o anúncio de um retificativo poderia acarretar, suavizando a mensagem do seu anúncio. E, na verdade, o orçamento retificativo começou logo a ser preparado com o anúncio da criação de novo imposto sobre o subsídio de Natal - uma medida excepcional aprovada pelo novo executivo para arrecadar mais receita (é uma alteração orçamental do lado da receita). Resta saber que medidas serão apresentadas nos próximos dias. Já ouvimos de novo aumento de impostos. Se assim for, será a maior vergonha nacional: então os dois partidos que constituem a coligação andaram uma campanha toda (e muito antes disso) a criticar o peso da carga fiscal em Portugal e a necessidade de reduzir a despesa - e chegam ao governo para fazer exatamente o contrário? Brincamos? Estão a gozar connosco? Esperemos que não. Mas claro - percebemos que reduzir a despesa é muito, muito, muito complexo, pois implica mexer com os boys e os cargos de nomeação partidária. Ui...ui...
A sondagem do EXPRESSO mostra que Passos Coelho regista uma popularidade elevada e o PS praticamente anda desaparecido do combate político. São resultados naturais. O novo executivo tomou posse há pouco mais de um mês, gozando do "estado de graça": os portugueses estavam sedentos de acabar politicamente (pelo menos, a curto trecho) com José Sócrates e iniciar um novo ciclo político. Concedem, pois, o benefício da dúvida a Passos Coelho, até, porque em situações difíceis, a confiança nos líderes é fundamental. Com muita, pouca ou nenhuma convicção de que Passos Coelho será capaz de triunfar com um executivo com a composição atual, os portugueses aguardam para ver: convém, pois, que Passos Coelho aproveite esta onda de confiança e expectativa em relação á capacidade do governo para anunciar as medidas mais duras para equilibrar as nossas finanças públicas. Porquê? Porque será mais fácil executá-las enquanto os portugueses as percebem e confiam do que quando a contestação ao Governo for superior. Além disso, é aproveitar enquanto o PS está reduzido à mais insignificância política: neste momento, os socialistas não existem, sendo quase uma figura decorativa no Parlamento. A campanha interna no PS foi paupérrima, os dois candidatos não têm perfil para líder da oposição, sendo a versão socialista de Luís Marques Mendes quando sucedeu a Santana Lopes: o vencedor das diretas do PS (que será anunciado este fim de semana) é para durar, no máximo, dois anos. Passos Coelho não tem de se preocupar muito com António José Seguro: o seu adversário daqui a quatro anos na eleição para Primeiro-Ministro será António Costa. Será interessante analisar a sua caminhada (que será subtil, como sempre) nos próximos tempos...
Embora Passos mantenha níveis de popularidade elevados (porque isso é normal em governos recém-eleitos), a verdade é que parece que tem um fétiche político: gozar com a inteligência dos portugueses. Então, não é em Lisboa anuncia aos militantes laranjinhas que há um desvio colossal nas finanças públicas de milhões - em Bruxelas, desmente-se a ele próprio, afirmando que, afinal, não há nenhum buraco, que foi uma interpretação abusiva das suas palavras? Como é? Se isto não fosse tão triste, seria uma anedota memorável! Digna do Rui Unas ou dos Gato Fedorento! Em primeiro lugar, o Governo auto-proclamou-se mentiroso: é que os assessores do Primeiro-Ministro negaram tais declarações; agora, Passos Coelho diz que foi uma interpretação abusiva das suas palavras. Então, a verdade verdadinha, é que as disse: trabalha com assessores mentirosos! Mas isso é o menos grave, apesar de tudo. O problema primacial é que transmite uma péssima imagem de Portugal: isto para um observador internacional transmite a ideia que de que em Portugal é a confusão total. Que entre nós reina o desnorte. Que ninguém sabe para onde caminha a começar no Primeiro-Ministro. Esta foi, sem dúvida, a primeira grande trapalhada do Governo, que prejudicou objetivamente a imagem do país. Note-se, ainda, que Passos Coelho ao emendar a mão em Bruxelas, reconheceu o erro monumental que foi a sua declaração do "desvio colossal". Caros coelhistas radicais deste país, não tentem defender o desvio colossal de Passos: o próprio já reconheceu o erro e retraiu-se. Pena é que não perante os portugueses, mas apenas em Bruxelas... » [Expresso]
A sondagem do EXPRESSO mostra que Passos Coelho regista uma popularidade elevada e o PS praticamente anda desaparecido do combate político. São resultados naturais. O novo executivo tomou posse há pouco mais de um mês, gozando do "estado de graça": os portugueses estavam sedentos de acabar politicamente (pelo menos, a curto trecho) com José Sócrates e iniciar um novo ciclo político. Concedem, pois, o benefício da dúvida a Passos Coelho, até, porque em situações difíceis, a confiança nos líderes é fundamental. Com muita, pouca ou nenhuma convicção de que Passos Coelho será capaz de triunfar com um executivo com a composição atual, os portugueses aguardam para ver: convém, pois, que Passos Coelho aproveite esta onda de confiança e expectativa em relação á capacidade do governo para anunciar as medidas mais duras para equilibrar as nossas finanças públicas. Porquê? Porque será mais fácil executá-las enquanto os portugueses as percebem e confiam do que quando a contestação ao Governo for superior. Além disso, é aproveitar enquanto o PS está reduzido à mais insignificância política: neste momento, os socialistas não existem, sendo quase uma figura decorativa no Parlamento. A campanha interna no PS foi paupérrima, os dois candidatos não têm perfil para líder da oposição, sendo a versão socialista de Luís Marques Mendes quando sucedeu a Santana Lopes: o vencedor das diretas do PS (que será anunciado este fim de semana) é para durar, no máximo, dois anos. Passos Coelho não tem de se preocupar muito com António José Seguro: o seu adversário daqui a quatro anos na eleição para Primeiro-Ministro será António Costa. Será interessante analisar a sua caminhada (que será subtil, como sempre) nos próximos tempos...
Embora Passos mantenha níveis de popularidade elevados (porque isso é normal em governos recém-eleitos), a verdade é que parece que tem um fétiche político: gozar com a inteligência dos portugueses. Então, não é em Lisboa anuncia aos militantes laranjinhas que há um desvio colossal nas finanças públicas de milhões - em Bruxelas, desmente-se a ele próprio, afirmando que, afinal, não há nenhum buraco, que foi uma interpretação abusiva das suas palavras? Como é? Se isto não fosse tão triste, seria uma anedota memorável! Digna do Rui Unas ou dos Gato Fedorento! Em primeiro lugar, o Governo auto-proclamou-se mentiroso: é que os assessores do Primeiro-Ministro negaram tais declarações; agora, Passos Coelho diz que foi uma interpretação abusiva das suas palavras. Então, a verdade verdadinha, é que as disse: trabalha com assessores mentirosos! Mas isso é o menos grave, apesar de tudo. O problema primacial é que transmite uma péssima imagem de Portugal: isto para um observador internacional transmite a ideia que de que em Portugal é a confusão total. Que entre nós reina o desnorte. Que ninguém sabe para onde caminha a começar no Primeiro-Ministro. Esta foi, sem dúvida, a primeira grande trapalhada do Governo, que prejudicou objetivamente a imagem do país. Note-se, ainda, que Passos Coelho ao emendar a mão em Bruxelas, reconheceu o erro monumental que foi a sua declaração do "desvio colossal". Caros coelhistas radicais deste país, não tentem defender o desvio colossal de Passos: o próprio já reconheceu o erro e retraiu-se. Pena é que não perante os portugueses, mas apenas em Bruxelas... » [Expresso]
Autor:
João Lemos Esteves.
Socialismo tecnológico - I
«Desde que perdeu as eleições o PS entrou em sabática. Desapareceu do panorama político nacional, não tem atividade digna de registo, não participa na discussão pública das medidas do governo, não promove debates, não marca minimamente a agenda. A paralisação do partido é uma evidência. Basta ir à página web: o destaque ainda é o discurso de derrota de Sócrates.
Esta apatia afeta sobremaneira a campanha interna para secretário-geral. Excetuando os diretamente implicados, a disputa entre Seguro e Assis não comove ninguém. Nem sequer a maioria dos socialistas. Nas televisões reportam-se salas vazias e discussões sonolentas. Abrir ou não abrir o partido parece ser a única questão que espevita ligeiramente os candidatos. O que diz tudo sobre a incapacidade em pensar o momento presente.
Acresce que no tempo da Internet e das redes móveis, o PS decidiu consumir dois meses para votar e mais dois meses para se reorganizar. É certo que pelo meio fica o mês da praia, mas nem a época nem a conjuntura aconselham prolongados banhos. Assim, só lá para Setembro haverá um chefe efetivamente legitimado. E sem chefe não passa nada. Estes partidos continuam, no essencial, a serem organizações de tipo piramidal quando muitas outras organizações e mesmo muitas empresas já não o são. Não admira pois que a dinâmica de evolução e adaptação seja tão limitada. A realidade anda muito mais depressa do que a capacidade de resposta da política. Vide a crise europeia.
De qualquer modo tudo isto é bastante irrelevante. O PS iniciou uma longa caminhada no deserto e não a terminará tão depressa. Haverá no partido quem alimente a ilusão de um regresso ao poder a médio prazo. Por rápido desgaste do governo, por eleições antecipadas, enfim, por um qualquer sobressalto tão típico dos dias que correm. Mas, embora muita coisa possa suceder, o PS não tem qualquer hipótese, na próxima década, de voltar a dirigir um governo. E por duas razões fundamentais. Primeiro, porque não tem, nem vai ser capaz de desenvolver nos próximos anos, uma proposta realmente alternativa e aliciante para oferecer aos portugueses. Segundo, porque não tem parceiro à esquerda com quem possa formar uma coligação.
Assim, no melhor dos cenários poderá participar num governo tipo "salvação nacional" caso se derrape para uma situação à grega. O que, por seu lado, só afastará ainda mais os socialistas da possibilidade de se apresentarem como alternativa.
Nestas coisas, o otimismo ou o pessimismo não contam para nada. A realidade dos factos mostra que, pelo menos a nível europeu, são necessárias mudanças radicais na forma de fazer e nas ideias da ação política. Este sistema operativo está obsoleto. É urgente fazer um upgrade. Esse upgrade passa por uma mudança de cultura. De uma cultura da ideologia, para uma cultura da tecnologia.
Convirá perceber que a tecnologia não é mais uma simples componente da cultura contemporânea. Nós vivemos na era da cultura digital. Em que tudo o que se faz tem uma raiz tecnológica. Nem que seja na circulação. A política, como tudo o resto aliás, usa a tecnologia mas não a entende ainda como o grande motor das mudanças. Para dar um exemplo basta pensar na Internet. Mudou muito mais radicalmente o mundo e as vidas das pessoas do que todas as ideologias e revoluções políticas juntas. A Internet gerou uma forma de comunismo, ou seja, um espaço do comum, livre e criativo. Coisa que nenhum partido comunista ou socialista jamais conseguiu realizar.
As transformações sociais que urge empreender no futuro próximo só serão possíveis por via tecnológica e não mais por ação da usual política da confrontação, negociação e consenso.
As arcaicas definições dos partidos, comunistas, socialistas, social-democratas, liberais ou democratas-cristãos, fazem cada vez menos sentido na era do determinismo tecnológico. Pois aquilo que vai distinguindo as várias opções políticas depende hoje menos das velhas ideologias e tem tudo a ver com o posicionamento sobre a própria tecnologia e sua evolução. Os partidos socialistas deviam dedicar-se doravante à sociabilização da tecnologia. » [Jornal de Negócios]
Esta apatia afeta sobremaneira a campanha interna para secretário-geral. Excetuando os diretamente implicados, a disputa entre Seguro e Assis não comove ninguém. Nem sequer a maioria dos socialistas. Nas televisões reportam-se salas vazias e discussões sonolentas. Abrir ou não abrir o partido parece ser a única questão que espevita ligeiramente os candidatos. O que diz tudo sobre a incapacidade em pensar o momento presente.
Acresce que no tempo da Internet e das redes móveis, o PS decidiu consumir dois meses para votar e mais dois meses para se reorganizar. É certo que pelo meio fica o mês da praia, mas nem a época nem a conjuntura aconselham prolongados banhos. Assim, só lá para Setembro haverá um chefe efetivamente legitimado. E sem chefe não passa nada. Estes partidos continuam, no essencial, a serem organizações de tipo piramidal quando muitas outras organizações e mesmo muitas empresas já não o são. Não admira pois que a dinâmica de evolução e adaptação seja tão limitada. A realidade anda muito mais depressa do que a capacidade de resposta da política. Vide a crise europeia.
De qualquer modo tudo isto é bastante irrelevante. O PS iniciou uma longa caminhada no deserto e não a terminará tão depressa. Haverá no partido quem alimente a ilusão de um regresso ao poder a médio prazo. Por rápido desgaste do governo, por eleições antecipadas, enfim, por um qualquer sobressalto tão típico dos dias que correm. Mas, embora muita coisa possa suceder, o PS não tem qualquer hipótese, na próxima década, de voltar a dirigir um governo. E por duas razões fundamentais. Primeiro, porque não tem, nem vai ser capaz de desenvolver nos próximos anos, uma proposta realmente alternativa e aliciante para oferecer aos portugueses. Segundo, porque não tem parceiro à esquerda com quem possa formar uma coligação.
Assim, no melhor dos cenários poderá participar num governo tipo "salvação nacional" caso se derrape para uma situação à grega. O que, por seu lado, só afastará ainda mais os socialistas da possibilidade de se apresentarem como alternativa.
Nestas coisas, o otimismo ou o pessimismo não contam para nada. A realidade dos factos mostra que, pelo menos a nível europeu, são necessárias mudanças radicais na forma de fazer e nas ideias da ação política. Este sistema operativo está obsoleto. É urgente fazer um upgrade. Esse upgrade passa por uma mudança de cultura. De uma cultura da ideologia, para uma cultura da tecnologia.
Convirá perceber que a tecnologia não é mais uma simples componente da cultura contemporânea. Nós vivemos na era da cultura digital. Em que tudo o que se faz tem uma raiz tecnológica. Nem que seja na circulação. A política, como tudo o resto aliás, usa a tecnologia mas não a entende ainda como o grande motor das mudanças. Para dar um exemplo basta pensar na Internet. Mudou muito mais radicalmente o mundo e as vidas das pessoas do que todas as ideologias e revoluções políticas juntas. A Internet gerou uma forma de comunismo, ou seja, um espaço do comum, livre e criativo. Coisa que nenhum partido comunista ou socialista jamais conseguiu realizar.
As transformações sociais que urge empreender no futuro próximo só serão possíveis por via tecnológica e não mais por ação da usual política da confrontação, negociação e consenso.
As arcaicas definições dos partidos, comunistas, socialistas, social-democratas, liberais ou democratas-cristãos, fazem cada vez menos sentido na era do determinismo tecnológico. Pois aquilo que vai distinguindo as várias opções políticas depende hoje menos das velhas ideologias e tem tudo a ver com o posicionamento sobre a própria tecnologia e sua evolução. Os partidos socialistas deviam dedicar-se doravante à sociabilização da tecnologia. » [Jornal de Negócios]
Autor:
Leonel Moura.
Tudo mudando "como soía"
«Se "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades" e "muda-se o ser, muda-se a confiança", porque não haveria de mudar a opinião do presidente da República sobre as agências de "rating"? E se "todo o Mundo é composto de mudança", porque não haveria de mudar a pequeníssima, embora irritante, parte do Mundo que é Macário Correia?
Dir-se-á que, se as agências de "rating" eram para Cavaco Silva, ainda há meses, uma espécie de anjo vingador das más políticas do Governo e se tornaram entretanto diabos, não foi Cavaco quem mudou mas a realidade (e o Governo).
O mesmo se diga de Macário Correia. Se, há um ano, portagens na Via do Infante eram uma "perfeita idiotice" e "uma medida tonta, esquisita, anárquica, de quem não tem noção da realidade" e, antes das eleições, uma "imposição pouco democrática" (pois "temos de ser sérios, coerentes, honestos e ter princípios"), e agora são "inevitáveis", não foi porque Macário Correia deixasse de ser "sério, coerente, honesto e ter princípios", mas porque a realidade é que deixou de ser honesta e ter princípios no dia 5 de Junho.
"Continuamente vemos novidades" e quem sabe?, um dia destes veremos Macário Correia convertido ao tabaco (os prejuízos da Tabaqueira pode bem ser uma pedra no sapato do desenvolvimento e, afinal de contas, os pulmões dos fumadores também têm que sacrificar-se pelo défice) proclamando que "beijar um cinzeiro é como lamber uma fumadora".» [JN]
Dir-se-á que, se as agências de "rating" eram para Cavaco Silva, ainda há meses, uma espécie de anjo vingador das más políticas do Governo e se tornaram entretanto diabos, não foi Cavaco quem mudou mas a realidade (e o Governo).
O mesmo se diga de Macário Correia. Se, há um ano, portagens na Via do Infante eram uma "perfeita idiotice" e "uma medida tonta, esquisita, anárquica, de quem não tem noção da realidade" e, antes das eleições, uma "imposição pouco democrática" (pois "temos de ser sérios, coerentes, honestos e ter princípios"), e agora são "inevitáveis", não foi porque Macário Correia deixasse de ser "sério, coerente, honesto e ter princípios", mas porque a realidade é que deixou de ser honesta e ter princípios no dia 5 de Junho.
"Continuamente vemos novidades" e quem sabe?, um dia destes veremos Macário Correia convertido ao tabaco (os prejuízos da Tabaqueira pode bem ser uma pedra no sapato do desenvolvimento e, afinal de contas, os pulmões dos fumadores também têm que sacrificar-se pelo défice) proclamando que "beijar um cinzeiro é como lamber uma fumadora".» [JN]
Autor:
Manuel António Pina.
Fitch considera que houve incumprimento da Grécia
«A Fitch diz que o plano definido para Atenas implica incumprimento e que, como tal, o ‘rating' da Grécia deve descer em conformidade.
Para a agência de ‘rating' as decisões ontem tomadas em Bruxelas são "positivas" para a estabilidade da zona euro e o molde do novo resgate a Atenas - no valor total de 159 mil milhões de euros e com juros mais baixos -, vai ajudar a Grécia.
Ainda assim, nos critérios da Fitch, a participação dos credores privados no novo pacote de ajuda a Atenas implica um evento de incumprimento (‘restricted default'). Isto porque, justifica, a proposta implica perdas de 20% para os credores privados gregos, face aos termos inicialmente acordados.
Como tal, a Fitch vai colocar o ‘rating' grego na categoria de ‘default' bem como os títulos de dívida helénica que incumprirem. No entanto, continua a agência, ultrapassado o incumprimento, a Fitch atribuirá novas notações de risco à Grécia, tomando em consideração o efeito positivo da extensão das maturidades e da diminuição do fardo da dívida helénica.» [DE]
Para a agência de ‘rating' as decisões ontem tomadas em Bruxelas são "positivas" para a estabilidade da zona euro e o molde do novo resgate a Atenas - no valor total de 159 mil milhões de euros e com juros mais baixos -, vai ajudar a Grécia.
Ainda assim, nos critérios da Fitch, a participação dos credores privados no novo pacote de ajuda a Atenas implica um evento de incumprimento (‘restricted default'). Isto porque, justifica, a proposta implica perdas de 20% para os credores privados gregos, face aos termos inicialmente acordados.
Como tal, a Fitch vai colocar o ‘rating' grego na categoria de ‘default' bem como os títulos de dívida helénica que incumprirem. No entanto, continua a agência, ultrapassado o incumprimento, a Fitch atribuirá novas notações de risco à Grécia, tomando em consideração o efeito positivo da extensão das maturidades e da diminuição do fardo da dívida helénica.» [DE]
Parecer:
Tecnicamente têm razão, mas revela miopia e tacanhez intelectual. Nenhum investidor se queixou e vem agora a agência falar em nome das dores dos que não as tiveram e receiam perder todo o investimento.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se que a Fitch considere que a melhor solução para os investidores seja a falência da Grécia.»
Já estão a ser eliminadas as famosas gorduras...
«A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai ter mais administradores do que actualmente. O número total deverá rondar os 11, embora até ontem à noite o Ministério das Finanças não tenha confirmado nem o novo modelo de governação nem os nomes do novo órgão de gestão do maior banco do país. Porém, o i sabe que haverá menos gestores executivos que os actuais sete e que o novo modelo incluirá administradores não executivos, que não existiam até agora. Os encargos salariais serão contudo menores que os actuais.
Apesar da diminuição dos custos, este modelo contraria as orientações do governo liderado por Pedro Passos Coelho, que se comprometeu a diminuir 15% os cargos dirigentes de toda a administração pública. A criação de dois cargos de presidente, o não executivo ou chairman - que será ocupado por Faria de Oliveira -, e o executivo, surge ainda numa altura em que a Caixa está obrigada a reorientar o seu foco para a actividade bancária, saindo de outras áreas, como os seguros e as participações financeiras em empresas emblemáticas - Portugal Telecom, EDP e Zon, entre outras.» [i]
Apesar da diminuição dos custos, este modelo contraria as orientações do governo liderado por Pedro Passos Coelho, que se comprometeu a diminuir 15% os cargos dirigentes de toda a administração pública. A criação de dois cargos de presidente, o não executivo ou chairman - que será ocupado por Faria de Oliveira -, e o executivo, surge ainda numa altura em que a Caixa está obrigada a reorientar o seu foco para a actividade bancária, saindo de outras áreas, como os seguros e as participações financeiras em empresas emblemáticas - Portugal Telecom, EDP e Zon, entre outras.» [i]
Parecer:
Dizer que os custos serão os mesmos será uma anedota como veremos no futuro.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte»
Pobre Manuela, até para Manela das Medalhas foi segunda escolha
«João Bosco Mota Amaral foi na quarta-feira passada substituído por Manuela Ferreira Leite no cargo de chanceler das Ordens Nacionais, três meses depois de ter tomado posse do cargo, em conflito com o Presidente da República. Ao que o i apurou, Cavaco Silva rejeitou a proposta de Conselho das Ordens que Mota Amaral lhe apresentou, depois de o chanceler já ter feitos convites e estes terem sido aceites. A lei determina que é o chanceler que escolhe os conselheiros. Face ao veto de Cavaco aos nomes escolhidos, Mota Amaral não esteve com meias medidas e bateu com a porta.
Ao i, Mota Amaral não quis explicar as razões da sua saída e limitou-se a reagir com a expressão da moda: "Saio por razões pessoais e políticas." A história começa com a renomeação do ex-presidente do Governo Regional dos Açores para chanceler das Ordens, um cargo de nomeação do Presidente da República. Desde o primeiro mandato de Cavaco Silva em Belém, Mota Amaral ocupava este cargo. Com a reeleição de Cavaco, o antigo presidente do parlamento é renomeado. O Diário da República de 18 de Abril tem um decreto do Presidente onde se lê que "são nomeados chanceleres das antigas ordens militares, das ordens nacionais e das ordens de mérito civil, respectivamente, o general Vasco Joaquim Rocha Vieira, o Dr. João Bosco Mota Amaral e o embaixador António de Oliveira Pinto da França". Na quarta-feira dia 20 de Julho, o Diário da República dava conta da súbita exoneração "a seu pedido" de João Bosco Mota Amaral e da nomeação imediata de Manuela Ferreira Leite, ex-líder do PSD e amiga pessoal de Cavaco Silva, para chanceler das ordens nacionais.»
Ao i, Mota Amaral não quis explicar as razões da sua saída e limitou-se a reagir com a expressão da moda: "Saio por razões pessoais e políticas." A história começa com a renomeação do ex-presidente do Governo Regional dos Açores para chanceler das Ordens, um cargo de nomeação do Presidente da República. Desde o primeiro mandato de Cavaco Silva em Belém, Mota Amaral ocupava este cargo. Com a reeleição de Cavaco, o antigo presidente do parlamento é renomeado. O Diário da República de 18 de Abril tem um decreto do Presidente onde se lê que "são nomeados chanceleres das antigas ordens militares, das ordens nacionais e das ordens de mérito civil, respectivamente, o general Vasco Joaquim Rocha Vieira, o Dr. João Bosco Mota Amaral e o embaixador António de Oliveira Pinto da França". Na quarta-feira dia 20 de Julho, o Diário da República dava conta da súbita exoneração "a seu pedido" de João Bosco Mota Amaral e da nomeação imediata de Manuela Ferreira Leite, ex-líder do PSD e amiga pessoal de Cavaco Silva, para chanceler das ordens nacionais.»
Parecer:
A senhora tem um estômago muito resistente.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso de condescendência.»
O desvio colossal só foi meia mentira
«O vídeo do Conselho Nacional, publicado hoje pela RTP, mostra as várias frases que o primeiro-ministro disse aos deputados do PSD.
“Não tenham dúvidas, para mim não foi uma surpresa, mas há muitas pessoas que ficaram surpreendidas com o desvio que encontraram face aquilo que foi criado como expectativa pelo governo anterior”, afirmou Passos Coelho.
O primeiro-ministro disse ainda que “o trabalho que o Governo vai ter que fazer para recuperar o desvio que existe quanto as metas orçamentais que estavam previstas é colossal. É realmente muito, muito grande”.» [Jornal de Negócios]
“Não tenham dúvidas, para mim não foi uma surpresa, mas há muitas pessoas que ficaram surpreendidas com o desvio que encontraram face aquilo que foi criado como expectativa pelo governo anterior”, afirmou Passos Coelho.
O primeiro-ministro disse ainda que “o trabalho que o Governo vai ter que fazer para recuperar o desvio que existe quanto as metas orçamentais que estavam previstas é colossal. É realmente muito, muito grande”.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Se há um desvio e o trabalho pra o recuperar qual o adjectivo a aplicar ao desvio? Se a frase publicada até no Povo Livre era desvio colossal e não correspondia exactamente ao que foi dito com que objectivo se passou e manteve a mensagem durante tantos dias?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mantenha-se a contagem do mentirómetro, se Passos Coelho não falou em desvio colossal embora tenha dito quase o mesmo, então mentiu ao manter a mentira que ele ou o PSD ajudou a propalar.»
O PCP e o BE já falam com o FMI
«Os deputados do PCP e do BE pediram hoje a representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI) para que a instituição siga o exemplo da União Europeia, e possa baixar as taxas de juro e os prazos de maturidade no empréstimo que fizeram a Portugal.» [Público]
Parecer:
Quando estava em causa negociar recusaram-se a comparecer, mas para a pedincha oportunista já se dirigem ao FMI. Agora resta-nos esperar, se o FMI reduzir a taxa de juro o Jerónimo e o Francisco vão dizer-nos que foi em resposta aos seus apelos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»