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Jumento do dia
Fernando Nobre
Fernando Nobre o grande defensor da cidadania mandou os que os elegeram à fava e não vai sentir o rabinho no parlamento, não tem vocação para representar os eleitores que enganou, é grande demais para o cargo de modesto deputado. Uma vergonha para a democracia portuguesa.
É uma pena que o parlamento não o pudesse ter rejeitado para deputado quando o rejeitou para o parlamento de que não quer fazer parte.
«Já estão desfeitas as dúvidas. Fernando Nobre entregou a carta de demissão, de deputado do PSD, na passada sexta-feira. O documento está nas mãos da presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves.» [DN]
É uma pena que o parlamento não o pudesse ter rejeitado para deputado quando o rejeitou para o parlamento de que não quer fazer parte.
«Já estão desfeitas as dúvidas. Fernando Nobre entregou a carta de demissão, de deputado do PSD, na passada sexta-feira. O documento está nas mãos da presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves.» [DN]
Mentirómetro de Passos Coelho: mentira n.º 7
Ao propor aos eleitores que votassem em Fernando Nobre sabendo que este apenas estava disponível para assumir o lugar de deputado se fosse eleito presidente do parlamento Passos Coelho mentiu aos seus eleitores. Propôs aos eleitores do concelho de Lisboa que votassem em Nobre para que os representasse enquanto deputado sabendo que tinha negociado o lugar de presidente da AR sem que tal nomeação fosse da sua competência.
Mais uma mentira do homem de palavra.
A manipulação da bruxa de Alfragide
Quando ouvi Marcelo Rebelo de Sousa comentar a suposta derrapagem do défice no primeiro trimestre nem queria acreditar, tive de confirmar antes de o comentar. O homem explicou aos idiotas dos portugueses que nos últimos três meses Portugal não teve governo por causa das eleições, algo absurdo quando se sabe que foi acordado um acordo com a troika e que Marcelo foi um dos que defendeu que um governo de gestão tinha competências para o fazer.
Mas justificar a suposta derrapagem nas contas públicas durante o primeiro trimestre porque o país não foi governado no segundo trimestres é brincar connosco.
[TVI]
Uma dúvida
Quantos sms trocaram Pedro Passos Coelho e Manuela Moura Guedes acerca de casos como o Freeport e as supostas pressões sobre a TVI?
'Gaffe' tão boa que se perdoa
«Michele Bachmann, estrela que sobe no Partido Republicano (forte candidata a adversária de Obama, nas próximas presidenciais), tem aquele gosto, universal nos políticos, de puxar lustro à sua biografia. Mas a ânsia, às vezes, mata. Há dias, Bachmann lembrou que era da cidadezinha de Waterloo, "como John Wayne." Dava jeito ser da mesma cidadezinha do actor que representou (em contramão de Hollywood) os valores da Direita americana. Mas não, o xerife de Rio Bravo não nasceu em Waterloo, no Iowa. Quem viveu lá foi um tal John Wayne Gacy. Famoso mas não apresentável: executado em 1994, pelo assassínio de 33 rapazes. A candidata deveria conhecer melhor os seus conterrâneos. Até porque, apesar de pequenina, Waterloo oferecia alternativas. Olhem, Lou Henry Hoover nasceu lá e chegou à Casa Branca para onde Bachmann quer ir. Mulher do presidente Hoover (1929-1933), Lou até fez história com chá, como a sua conterrânea quer agora fazer com o Tea Party (Partido do Chá, a ala mais conservadora dos republicanos). Em 1930, Lou convidou todas as mulheres dos congressistas a tomar chá. E não se esqueceu de Jessie De Priest, mulher do primeiro congressista negro. Embora a recebesse em separado, foi gesto corajoso para a época. Mas, claro, uma republicana assanhada como Bachmann não se deixou impressionar pela gentileza de Lou, preferiu encandear-se com a hipótese de marchar com John Wayne entre os Boinas Verdes.» [DN]
Autor:
Ferreira Fernandes.
Paris não dá nome de rua a chefe dos corta-cabeças
«Em seu favor a invenção de "Liberdade, Igualdade, Fraternidade", a defesa do sufrágio universal e da abolição da escravatura. Contra, o ter encabeçado o Terror que de Maio de 1793 a Julho de 1794 levou à guilhotina mais de 15 mil, desde o revolucionário Danton até à rainha Maria Antonieta. Sentença em 2011: Robespierre não tem direito a ter uma rua com o seu nome em Paris.
A indignação reina entre os comunistas franceses e os seus aliados do Partido de Esquerda, dissidentes do PSF: mesmo com um maire socialista e uma maioria de esquerda, Paris persiste na recusa de admitir o nome de Maximilien Robespierre entre as figuras de todo o género que servem para nomear as ruas da capital (mais de seis mil).
Num artigo no Le Monde, Alexis Corbière, do Partido de Esquerda, faz de testemunha abonatória: lembra que Robespierre defendeu a liberdade de imprensa, propôs a cidadania por inteiro para os judeus e ganhou fama de incorruptível numa época difícil em que o país vivia tanto a guerra civil como a ameaça das monarquias europeias, juntas numa aliança que ia da Inglaterra à Áustria e até Portugal. Já para não falar da divisa tão acarinhada pela República Francesa e que surge pela primeira vez num discurso seu em 1790. Corbière contesta que se lhe chame "tirano", quando o comité de salvação pública era um órgão colegial, com Robespierre a ser o ponderado. Para arrasar ainda mais Bertrand Delanoe, o maire PSF, o vereador nota que o crime de restringir as liberdades apontado a Robespierre partiu de Cambacérès, com direito a uma rua parisiense. Placa toponímica tem também Thiers, que esmagou em sangue a Comuna de Paris em 1871.
Órfão de mãe e abandonado pelo pai, Robespierre foi criado pelo avô. Aluno brilhante, teve direito a ler um poema a Luís XVI no dia da coroação. Já como advogado, fez-se eleger deputado do povo e após a Revolução de 1789 defendeu a morte do monarca que homenageara de joelhos. Na véspera da sua execução, ter-se-á tentado suicidar com um tiro na boca, pelo que a guilhotina cortou a 28 de Julho de 1794 a cabeça de um Robespierre com o maxilar despedaçado. Morreu a acreditar ser dono da razão, como que a adivinhar a tirada de Mao de que "a revolução não é um convite para jantar".
Por falar em sabedoria chinesa, um dia Chu En-lai, o braço-direito de Mao, respondeu ao presidente Nixon que era ainda cedo para comentar a Revolução Francesa. Há semanas, o tradutor americano veio explicar que a conversa de 1972 foi um delicioso mal-entendido, pois Chu falava do Maio de 68. Mas na Câmara de Paris precisa-se de dois séculos para decidir se Robespierre merece uma rua, mesmo que o metro da capital quando entra em Montreuil, subúrbio de tradição vermelha, pare na estação Robespierre.» [DN]
A indignação reina entre os comunistas franceses e os seus aliados do Partido de Esquerda, dissidentes do PSF: mesmo com um maire socialista e uma maioria de esquerda, Paris persiste na recusa de admitir o nome de Maximilien Robespierre entre as figuras de todo o género que servem para nomear as ruas da capital (mais de seis mil).
Num artigo no Le Monde, Alexis Corbière, do Partido de Esquerda, faz de testemunha abonatória: lembra que Robespierre defendeu a liberdade de imprensa, propôs a cidadania por inteiro para os judeus e ganhou fama de incorruptível numa época difícil em que o país vivia tanto a guerra civil como a ameaça das monarquias europeias, juntas numa aliança que ia da Inglaterra à Áustria e até Portugal. Já para não falar da divisa tão acarinhada pela República Francesa e que surge pela primeira vez num discurso seu em 1790. Corbière contesta que se lhe chame "tirano", quando o comité de salvação pública era um órgão colegial, com Robespierre a ser o ponderado. Para arrasar ainda mais Bertrand Delanoe, o maire PSF, o vereador nota que o crime de restringir as liberdades apontado a Robespierre partiu de Cambacérès, com direito a uma rua parisiense. Placa toponímica tem também Thiers, que esmagou em sangue a Comuna de Paris em 1871.
Órfão de mãe e abandonado pelo pai, Robespierre foi criado pelo avô. Aluno brilhante, teve direito a ler um poema a Luís XVI no dia da coroação. Já como advogado, fez-se eleger deputado do povo e após a Revolução de 1789 defendeu a morte do monarca que homenageara de joelhos. Na véspera da sua execução, ter-se-á tentado suicidar com um tiro na boca, pelo que a guilhotina cortou a 28 de Julho de 1794 a cabeça de um Robespierre com o maxilar despedaçado. Morreu a acreditar ser dono da razão, como que a adivinhar a tirada de Mao de que "a revolução não é um convite para jantar".
Por falar em sabedoria chinesa, um dia Chu En-lai, o braço-direito de Mao, respondeu ao presidente Nixon que era ainda cedo para comentar a Revolução Francesa. Há semanas, o tradutor americano veio explicar que a conversa de 1972 foi um delicioso mal-entendido, pois Chu falava do Maio de 68. Mas na Câmara de Paris precisa-se de dois séculos para decidir se Robespierre merece uma rua, mesmo que o metro da capital quando entra em Montreuil, subúrbio de tradição vermelha, pare na estação Robespierre.» [DN]
Autor:
Leonídeo Paulo Ferreira.
Carinho comovente
«É verdadeiramente comovente o carinho com que os media portugueses tratam um novo Governo durante o período de estado de graça. O consenso sobre os primeiros balbucios envolve noticiaristas e comentaristas, mesmo os mais ácidos. Já passámos por isto, quer como espectadores, quer como beneficiários.
A deslocação a Bruxelas da comitiva ao Conselho Europeu em classe económica foi elogiada como seminal. Sem entrar na questão de saber quem pagou a viagem, se o Estado, se a companhia (o regresso pela SN foi certamente pago pelo Estado), o desconforto de quem tem que manipular vários ‘dossiers' volumosos em espaço constrito e a representação do Estado não são compatíveis com esse exercício de humildade. Registe-se ainda a perturbação que causa fazer entrar e sair uma comitiva VIP que ocupa a zona intermédia do avião. Fazem-se apostas sobre quanto tempo durará esta frugalidade. Lembro-me de, como ministro, ter formulado o desejo de viajar para o Porto sempre de comboio. Os dissabores e inconvenientes foram tantos que desisti à terceira viagem. Restou a encantadora demagogia que encheu colunas de elogio.
O Governo erra, a meu ver, com a suspensão da alta velocidade. Demonizada durante anos pelos mesmos que a projectaram em múltiplas vias, passou a ser popular anulá-la. Simples e fácil, em meia hora se redige uma resolução. Mas não é em meio ano, nem sequer em dois, que se retoma a obra, cujos custos vão subir em flecha com as indemnizações e o "já agora". Para não falar do anti-europeismo paroquial da decisão, do atraso da descarbonização nos transportes e da segurança estratégica de diversificar transporte de mercadorias, hoje concentradas em uma única estrada.
O Governo prometeu não atirar as culpas para o antecessor. Pois foi. Mas os papagaios falantes aí estão a esmiuçar a matéria do défice, denegrindo os esforços do primeiro trimestre. Quando se chegar ao fim do ano e se verificar que, afinal, a gestão inicial havia sido boa, então os papagaios gritarão que só foi boa por eles terem entrado a meio do ano.
Esta semana trouxe-nos algum optimismo: a aprovação do novo pacote de medidas na Grécia, com a oposição de direita olimpicamente mergulhada na areia, apesar de todos os apelos que lhe foram dirigidos pela sua família política europeia; o anúncio, pela Comissão, de redução da taxa de participação nacional para acesso aos fundos comunitários e, surpresa, ter Barroso a falar na taxa das transacções financeiras como uma das futuras receitas próprias da União. Depois de o ouvir afastar os Eurobond, não desespero de ser ele em breve a anunciá-los. A lição a tirar é que vale a pena lutar por boas ideias, aperfeiçoando-as. O seu caminho far-se-á. O único problema é a Europa levar tanto tempo a decidir.» [DE]
A deslocação a Bruxelas da comitiva ao Conselho Europeu em classe económica foi elogiada como seminal. Sem entrar na questão de saber quem pagou a viagem, se o Estado, se a companhia (o regresso pela SN foi certamente pago pelo Estado), o desconforto de quem tem que manipular vários ‘dossiers' volumosos em espaço constrito e a representação do Estado não são compatíveis com esse exercício de humildade. Registe-se ainda a perturbação que causa fazer entrar e sair uma comitiva VIP que ocupa a zona intermédia do avião. Fazem-se apostas sobre quanto tempo durará esta frugalidade. Lembro-me de, como ministro, ter formulado o desejo de viajar para o Porto sempre de comboio. Os dissabores e inconvenientes foram tantos que desisti à terceira viagem. Restou a encantadora demagogia que encheu colunas de elogio.
O Governo erra, a meu ver, com a suspensão da alta velocidade. Demonizada durante anos pelos mesmos que a projectaram em múltiplas vias, passou a ser popular anulá-la. Simples e fácil, em meia hora se redige uma resolução. Mas não é em meio ano, nem sequer em dois, que se retoma a obra, cujos custos vão subir em flecha com as indemnizações e o "já agora". Para não falar do anti-europeismo paroquial da decisão, do atraso da descarbonização nos transportes e da segurança estratégica de diversificar transporte de mercadorias, hoje concentradas em uma única estrada.
O Governo prometeu não atirar as culpas para o antecessor. Pois foi. Mas os papagaios falantes aí estão a esmiuçar a matéria do défice, denegrindo os esforços do primeiro trimestre. Quando se chegar ao fim do ano e se verificar que, afinal, a gestão inicial havia sido boa, então os papagaios gritarão que só foi boa por eles terem entrado a meio do ano.
Esta semana trouxe-nos algum optimismo: a aprovação do novo pacote de medidas na Grécia, com a oposição de direita olimpicamente mergulhada na areia, apesar de todos os apelos que lhe foram dirigidos pela sua família política europeia; o anúncio, pela Comissão, de redução da taxa de participação nacional para acesso aos fundos comunitários e, surpresa, ter Barroso a falar na taxa das transacções financeiras como uma das futuras receitas próprias da União. Depois de o ouvir afastar os Eurobond, não desespero de ser ele em breve a anunciá-los. A lição a tirar é que vale a pena lutar por boas ideias, aperfeiçoando-as. O seu caminho far-se-á. O único problema é a Europa levar tanto tempo a decidir.» [DE]
Autor:
António Correia de Campos.
Os municípios vão ficar na mesma
«O governo pretende cortar entre mil e 1500 freguesias no país na reestruturação da administração local que vai levar a cabo, apurou o i. Porém, o PSD deve evitar mexer no número de municípios, um ponto mais sensível e que ficou em cima da mesa depois da passagem da troika por Portugal. O Memorando de entendimento entre Portugal, Bruxelas e o FMI prevê a redução significativa do número de câmara municipais e juntas de freguesia até Julho de 2012. No seu programa, o PSD é muito mais moderado.
Além disto, o governo prepara-se ainda para reduzir o número de eleitos locais, reorganizar o sector empresarial local e passar algumas competências municipais para um nível supramunicipal, sabe o i. O executivo quer ter os objectivos da reforma autárquica definidos até ao final do ano e para isso já convocou para as próximas semanas as primeiras reuniões com a Associação Nacional de Municípios e com a Associação Nacional de Freguesias.
Contudo, o governo não mostra vontade de avançar com um dos pontos que mais desconforto causam aos autarcas, a redução do número de câmaras. O programa do executivo não vai tão longe como o Memorando de entendimento com a troika, que diz especificamente que "existem actualmente 308 municípios e 4259 freguesias. Até Julho de 2012, o governo desenvolverá um plano de consolidação para reorganizar e reduzir significativamente o número destas entidades". No seu programa, o governo fala apenas na promoção de "um acordo político alargado que viabilize uma reorganização do mapa administrativo visando a optimização e racionalização do número de órgãos autárquicos". Questionado sobre esta diferença, o secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, Paulo Júlio, não quis para já adiantar pormenores sobre como a reorganização administrativa local será concretizada, mas adiantou que "o programa da troika é para cumprir". "O Memorando deixa espaço à abordagem e visa sobretudo a redução da despesa pública que vai ser considerada no nosso plano. A reforma administrativa do ponto de vista político é essencial", afirma ao i. O secretário de Estado considera que não pode "haver cegueira na abordagem": "Nada será feito de cima para baixo e há a preocupação de envolver os vários actores. A mentalidade terá de ser aberta, sem preconceitos, e tudo está em cima da mesa. Mas não se pretende fazer cortes cegos."» [i]
Além disto, o governo prepara-se ainda para reduzir o número de eleitos locais, reorganizar o sector empresarial local e passar algumas competências municipais para um nível supramunicipal, sabe o i. O executivo quer ter os objectivos da reforma autárquica definidos até ao final do ano e para isso já convocou para as próximas semanas as primeiras reuniões com a Associação Nacional de Municípios e com a Associação Nacional de Freguesias.
Contudo, o governo não mostra vontade de avançar com um dos pontos que mais desconforto causam aos autarcas, a redução do número de câmaras. O programa do executivo não vai tão longe como o Memorando de entendimento com a troika, que diz especificamente que "existem actualmente 308 municípios e 4259 freguesias. Até Julho de 2012, o governo desenvolverá um plano de consolidação para reorganizar e reduzir significativamente o número destas entidades". No seu programa, o governo fala apenas na promoção de "um acordo político alargado que viabilize uma reorganização do mapa administrativo visando a optimização e racionalização do número de órgãos autárquicos". Questionado sobre esta diferença, o secretário de Estado da Administração Local e Reforma Administrativa, Paulo Júlio, não quis para já adiantar pormenores sobre como a reorganização administrativa local será concretizada, mas adiantou que "o programa da troika é para cumprir". "O Memorando deixa espaço à abordagem e visa sobretudo a redução da despesa pública que vai ser considerada no nosso plano. A reforma administrativa do ponto de vista político é essencial", afirma ao i. O secretário de Estado considera que não pode "haver cegueira na abordagem": "Nada será feito de cima para baixo e há a preocupação de envolver os vários actores. A mentalidade terá de ser aberta, sem preconceitos, e tudo está em cima da mesa. Mas não se pretende fazer cortes cegos."» [i]
Autor:
Afinal, este Pedro não é assim tão mais radical do que a troika a não se a cortar no rendimento dos portugueses.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
O jornal Expresso pergunta: Manuela Moura Guedes manda em Passos Coelho
«A saída de Bernardo Bairrão da lista de secretários de Estado foi o ponto final num processo de bastidores que se desenrolou em pouco mais de 24 horas. Um processo que começou com um SMS de Manuela Moura Guedes para o telemóvel do primeiro-ministro, na noite de domingo, e que acabou por envolver vários ministros numa tentativa de perceber se havia ou não algum 'caso' que pudesse impedir Bernardo Bairrão de transitar de administrador da TVI (Media Capital) para a equipa do Ministério da Administração Interna.
O núcleo político do Governo não chegou a nenhuma conclusão sobre as suspeitas mas ficou assustado com as pressões e deixou cair Bernardo Bairrão sem apelo, apesar de este ter sido formalmente convidado para o cargo uma semana antes, com o conhecimento de Passos Coelho.
Ao contrário do que fontes do Governo deram a entender, o recuo não teve nada a ver com a fuga de informação de Marcelo Rebelo de Sousa. Esteve, tão-só, ligado a guerras antigas da TVI, que foram ajustadas na semana passada. E a um clima epidérmico que a possível privatização da RTP provocou em grupos interessados. O calendário dos acontecimentos ajuda a esclarecer o caso mais estranho do Governo. » [Expresso]
O núcleo político do Governo não chegou a nenhuma conclusão sobre as suspeitas mas ficou assustado com as pressões e deixou cair Bernardo Bairrão sem apelo, apesar de este ter sido formalmente convidado para o cargo uma semana antes, com o conhecimento de Passos Coelho.
Ao contrário do que fontes do Governo deram a entender, o recuo não teve nada a ver com a fuga de informação de Marcelo Rebelo de Sousa. Esteve, tão-só, ligado a guerras antigas da TVI, que foram ajustadas na semana passada. E a um clima epidérmico que a possível privatização da RTP provocou em grupos interessados. O calendário dos acontecimentos ajuda a esclarecer o caso mais estranho do Governo. » [Expresso]
Autor:
Manda.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
Quem não sabe o que fazer faz colheres de pau
«O Ministério da Educação e Ciência esclareceu hoje que está a proceder a “uma reavaliação” do plano de reorganização da rede escolar, mas garante que irá prosseguir “uma política de racionalização” que implicará o encerramento de escolas.
De acordo com a edição de hoje do “Diário de Notícias”, o Ministério da Educação - liderado por Nuno Crato - já não vai encerrar 654 escolas com menos de 21 alunos que deveriam fechar até ao final deste mês, no âmbito do plano de reorganização escolar.» [Jornal de Negócios]
De acordo com a edição de hoje do “Diário de Notícias”, o Ministério da Educação - liderado por Nuno Crato - já não vai encerrar 654 escolas com menos de 21 alunos que deveriam fechar até ao final deste mês, no âmbito do plano de reorganização escolar.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Crato não sabe o que fazer, se mantém as escolas medievais abertas tem a simpatia dos professores e dos autarcas oportunistas mas fica mal na fotografia, se encerra as escolas o PSD fica em contradição com o que disse no passado. Qual a solução? Vai estudar o assunto como se a decisão tomada no passado não tivesse sido estudada. Temos um ministro que era bom a criticar mas parece que não sabe o que fazer.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
Coincidências
«"A minha cliente, Tristane Banon, apresentou uma queixa por tentativa de estupro contra o Sr. Dominique Strauss-Kahn", afirmou o advogado ao site do semanário L'Express. Segundo ele, a queixa deverá entrar no Ministério Público na manhã de quarta-feira.
O advogado esclareceu ainda que a decisão de apresentar queixa já vem de meados de Junho e não está relacionada com a reviravolta que o caso de Dominique Strauss-Khan sofreu na sexta-feira, quando o tribunal americano decidiu libertar o ex-director do FMI sem pagamento de fiança no caso de agressão sexual a uma camareira de um hotel de Nova Iorque.» [DN]
O advogado esclareceu ainda que a decisão de apresentar queixa já vem de meados de Junho e não está relacionada com a reviravolta que o caso de Dominique Strauss-Khan sofreu na sexta-feira, quando o tribunal americano decidiu libertar o ex-director do FMI sem pagamento de fiança no caso de agressão sexual a uma camareira de um hotel de Nova Iorque.» [DN]
Parecer:
Parece que alguém quer "abater" Strauss Khan.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Parece que a moda dos processos judiciais pegou na Europa.»
Portas foi levar pastelinhos a Cavaco
«Cavaco Silva recebeu Paulo Portas em Belém durante cerca de uma hora e quarenta e cinco minutos, num encontro que "terá versado assuntos de política externa e foi o primeiro enquadramento para uma relação que o Presidente terá com o Governo e o Ministério dos Negócios Estrangeiros", disse fonte de Belém. De acordo com a mesma fonte, as reuniões serão regulares, no quadro das "competências constitucionais do Presidente da República em política externa", mas sem uma periodicidade definida.» [DN]
Parecer:
Deveria ser possível comprar bilhete para assistir a uma reunião de trabalho entre Cavaco e o antigo director do semanário Independente.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»
O Alberto João tem um submarino no governo?
«O novo ministro da Economia, escreveu no seu livro “Os mitos da Economia Portuguesa” que “se a Madeira quiser, um dia poderá tornar-se independente”.
“Afinal, se Malta, Chipre, e até Timor-Leste conseguem ser independentes, porque é que os madeirenses não poderão sonhar com uma autonomia total de Portugal?”, interroga Álvaro Santos Pereira.» [Jornal de Negócios]
“Afinal, se Malta, Chipre, e até Timor-Leste conseguem ser independentes, porque é que os madeirenses não poderão sonhar com uma autonomia total de Portugal?”, interroga Álvaro Santos Pereira.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Este Álvaro é uma anedota.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
Cavaco mudou de discurso em relação à austeridade
«Presidente da República, Cavaco Silva, afirmou esta segunda-feira que não se pode esperar que "nos tempos mais próximos ocorra uma melhoria significativa da situação social" e reiterou o apelo a uma "distribuição justa dos sacrifícios".» [JN]
Parecer:
Agora já não há limites, pede-se que haja uma distribuição dos sacrifícios. Deve estar a referir-se à distribuição entre os que não são ricos pois estes continuam de fora.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso.»