O governo começou mal e não vai acabar melhor, desde o início
que esta dupla maravilha formada por Passos Coelho e Miguel Relvas que anda
enredada pelas secretas e pela Ongoing, não se sabe muito bem onde acaba a
intervenção dos agora governantes e começa a secreta, nem se sabe quando esampos
falando de secretas ou da Ongoing. Se considerarmos que apenas se sabe uma ínfima
parte de toda a verdade começa a ser legítimo questionar até que ponto muito do
que sucedeu antes da queda do governo de Sócrates já não teve a intervenção
deste trio, que abarange gente muito activa no ódio a José Sócrates como a
jornalista Manuela Moura Guedes.
Aos poucos vai-se conhecendo a teia de relações tecida pela
dupla que lidera o governo sendo claro que esta teia serviu para conquistar o
poder e depois para o manter, tendo tido um papel muito activo nas escolhas de
governantes, como se viu no caso Bernardo Bairrão, e na escolha dos mais altos
dirigentes do Estado como resulta dos sms entre os amigos Silva Carvalho e
Miguel Relvas.
Percebe-se claramente que a teia montada por Passos e Relvas
assentava em dois eixos, agentes secretos, patrões da comunicação social e
jornalistas. Não admira que entre os que foram recebidos na São Caetano à Lapa
nos dias em que se estava a formar governo estava o patrão da Cofina e o
director do DE certamente em representação dos interesses da Ongoing.
Compreende-se agora que o núcleo da Ongoing, onde está a mais poderosa célula
de agentes secretos, teve um papel determinante
Começa-se a perceber a perceber que foram criadas várias células
jornalísticas em diversos órgãos de comunicação social que têm assumido não só
a manipulação da informação em favor de um governo incompetente, como também o
trabalho sujo de manter vivo o ataque a Sócrates, o ódio de estimação da
direita fascista. É também evidente o papel dos blogues, quer na oposição a Sócrates,
quer no apoio a passos Coelho, nalguns casos até se percebe como a capa de
esquerda encobriu o trabalho sujo de alguns agentes de Miguel Relvas.
Já se conheciam os métodos de ataque ao anterior governo,
agora sabe-se como se pretendia eliminar ou pressionar a comunicação
considerada hostil, parece que vale de tudo, desde investigações secretas
clandestinas a ameaças a jornalista usando informação de muito baixo nível.
O problema do país começa a deixar de ser um problema
financeiro para passar a ser um problema de higiene. Se o governo já se tinha
revelado incompetente no combate à crise financeira e pouco empenhado na promoção
ou defesa do bem-estar dos portugueses, começa agora a perceber-se que os seus
métodos não são próprios de gente com formação democrática, assemelham-se mais
a uma organização de extrema direita. Mistura com serviços secretos,
envolvimento de estruturas que se escondem atrás de organizações privadas,
destruição de candidatos a governantes com base em informações falsas, investigações
clandestinas a patrões da comunicação social considerados hostis, chantagem
sobre jornalistas.
Isto é um governo ou uma associação de malfeitores?