sexta-feira, maio 25, 2012

Umas no cravo e outras na ferrdura




Foto Jumento


Museu da Moda e do Design, Rua Augusta, Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento


À janela na Baixa de Lisboa [A. Cabral]
     
Jumento do dia


Vítor Gaspar

Da última vez que a troika por cá estve o governo informou com voz grossa que a partir daí seriam as autoridades nacionais a divulgar as conclusões da troika, era anunciado o regresso da troika à discrição.

O desemprego aumentou, a recessão não amainou, a receita fiscal continua a descer, a troika regressou e do Vítor Gaspar nem rasto, o ministro que gostava tanta de falar para a comunicação social desapareceu, anda mais escondido do que o Paulo Portas.

E a troika passei-se por Portugal, todos os dias aparece nas televisões, várias vezes ao dia sai informação para a comunicação social. É evidente que daqui a uns dias o Vítor Gaspar vai diculgar as conclusões da troika, vai fazer figura de urso.

Você contava um segredo íntimo ao Miguel Relvas?

Eu não.

O que vai a troika fazer ao parlamento?

Os três manjericos que a comunicação social persegue como se fossem três Irinas Shaiyk não são presidentes de qualquer organização internacional ou líderes políticos ou representantes políticos de quem quer que sejam, são três funcionários intermédios de três organizações internacionais e estão cá para fazerem o trabalho de contabilista, findo o qual elaborarão um relatório em que proporão às suas chefias a entrega ou não de uma gorjeta de quatro mil milhões de euros, a título de empréstimo e pela qual Portugal não só paga a esses rapazes para encherem a mula em hotéis de luxo como ainda terá de pagar juros dignos de especuladores.
  
Não se entende, portanto, o porquê desses senhores irem ao parlamento e serem recebidos pela presidente da AR, que neste momento até é a primeira figura do Estado no país. Estamos perante um caso de sabugisse por parte dos nossos deputados e de arrogância e abuso da parte dos três manjericos.
  
Desde quando funcionários com poderes de nível administrativo são recebidos e entram com ar arrogante num parlamento nacional da Europa? Já nos bastou o espectáculo que há poucos anos nos foi dado por um juiz desta praça. 

O Passos não ouviu o Moniz

O Miguel Relvas não vai passar à história no dia em que for demitido por Passos Coelho, é um cadáver político a partir do dia em que o Moniz o dispensou. Quando o grupo que a par da Cofina é parte do negócio da RTP e que tanto se empenhou na eleição de Passos Coelho diz que Relvas está a mais é porque o ministro está mesmo a mais. Se Relvas ainda não foi demitido é porque devido a qualquer motivo Passos não teve oportunidade de ouvir Moniz ou, o que seria muito razoável, aguarda que Cavaco Silva regresse ao país para lhe dar a conhecer a demissão do seu inseparável mas inconveniente amigo.
   
 

Miguel Relvas: o empecilho de Passos Coelho

«1.A história das ameaças de Miguel Relvas a uma jornalista prossegue. Para além de um relacionamento estreito com a personagem chamada Jorge Silva Carvalho, Miguel Relvas tentou silenciar a jornalista que investigava as relações promíscuas e altamente atentatórias do Estado de Direito de Miguel Relvas com Jorge Silva Carvalho. Este é um episódio que mancha a democracia portuguesa e deve deixar envergonhado qualquer democrata: uma ditadura usa os dados pessoais dos cidadãos para controlar e chantageá-los politicamente. A nossa democracia, corporizada por políticos como Miguel Relvas, alia-se a interesses privadas e a personagens como Jorge Silva Carvalho para obter informações sobre a vida privada dos opositores políticos para os diminuir politicamente. Mudam os métodos; mantêm-se os objectivos e as práticas. Não há nada pior do que viver numa democracia liderada por pessoas com o carácter (ou falta dele) de Miguel Relvas e Companhia. Eu tenho medo desta gente: medo do seu "poder oculto", que através de ligações a empresas privadas e a organizações secretas têm acesso a informação que o Estado(pelo menos, um Estado que se respeite) deveria preservar e defender contra qualquer intromissão. Medo desta gente que se auto-convenceu que goza de uma impunidade ilimitada, podendo afastar, subverter a legalidade democrática conforme os seus interesses e conveniências privadas.

1.1. Entendamo-nos: Miguel Relvas não apresenta apenas defeitos, não é um "monstro" qe nasceu para assustar e amedrontar a nossa democracia. Devo, aliás, confessar que Miguel Relvas já mostrou qualidades políticas e legislativas: a reforma administrativa que empreendeu, no governo de Durão Barroso, ao nível das comunidades intermunicipais e Urbanas reflecte uma filosofia acertada. Todavia, o problema de Miguel Relvas - insistimos - é a sua falta de sentido de Estado, a sua deturpação da noção de interesse público e o seu comprometimento com interesses empresariais muito duvidosos. Relvas encara a política como a arte do domínio de certas pessoas ou categorias de pessoas que exercem um papel central na democracia, sobretudo na formação da opinião pública. A sua continuidade no Governo, após o episódio gravíssimo do Carvalhogate, só prova que Relvas será sempre um empecilho no governo de Passos Coelho.

2. Por último, esta ideia de remeter o processo para a ERC é muito original: como se sabe, a ERC é uma entidade reguladora (teoricamente) independente, mas o Governo intervém no processo de designação dos seus membros. Aliás, se verificarmos com atenção, os membros designados pelo executivo são pessoas próximas de Miguel Relvas. Por conseguinte, esta ideia do Governo (e da bancada do PSD) de rejeitar a audição de Relvas no Parlamento, remetendo o caso para a ERC é a forma encontrada para matar o assunto subtilmente. Aproveito, ainda, para acrescentar que a opinião divergente da directora do Público face à posição do Conselho de Redacção não causa estranheza: há redacções sobre as quais Miguel Relvas tem quase um poder paternal sobre elas, resultado de muitos anos a acarinhar jornalistas - Relvas considera que a melhor forma de conquistar e perpetuar o poder é dominar os jornalistas. Atenção: não assevero que os jornalistas do Público (ou o seu Conselho de Redacção) se encontram numa posição de subserviência face a Miguel Relvas, mas sei, por conhecimento pessoa, que há muito boa gente, no meio da comunicação social, que tem pavor (que se confunde em certos casos com admiração) de Miguel Relvas. Nós já conhecemos a decisão da ERC: nada se irá provar. E vamos continuar todos felizes e contentes, até à próxima jogada de Relvas, Silva Carvalho; Carvalho, Relvas - a dupla que melhor define o que é a nossa democracia actualmente.» [Expresso]

Autor:

João Lemos Esteves.
     

Mais uma do maroto do Clinton

«O ex-presidente esteve num casino de Monte Carlo e assistiu à gala da revista AVN, especializada em conteúdos pornográficos e assistiu à entrega de prémios como Melhor Cena de Sexo.

Foi uma das vencedoras da noite, Brooklyn Lee (melhor nova estrela), que deu a conhecer ao mundo a presença de Clinton no evento ao colocar no seu twitter uma imagem em que surge a abraçar o ex-presidente.

A imagem do ex-presidente dos EUA entre duas atrizes porno está a causar um enorme reboliço no twitter, pois foi uma das mulheres que colocou a foto na rede social.» [DN]
   
Governo mexe no crédito à habitação

«Este "regime temporário" proposto pelo PSD destina-se a famílias com "menores recursos que estão a passar dificuldades com o desemprego ou com outra redução significativa do rendimento", ou seja, "pessoas que estão mesmo necessitadas", nas palavras do deputado António Leitão Amaro, a quem coube apresentar as iniciativas do PSD numa intervenção no plenário da Assembleia da República.

Assim, segundo a proposta social-democrata, o banco ficaria "obrigado a reestruturar a dívida antes de poder executar a casa" e, nos casos em que essa reestruturação for inviável, "a família tem direito garantido à habitação", através de "soluções variáveis" a acordar entre banco e devedor.» [DN]

Parecer:

O governo parece ignorar que o grande penhorista de habitações em Portugal é o fisco.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se se vão estender estas medidas às dívidas fiscais.»
  
Este governo gosta muito de pressionar

«O Conselho Económico e Social (CES) aprovou ontem o seu Parecer sobre o Documento de Estratégia Orçamental 2012-2016. Apesar de ter passado sem nenhum voto contra, a redação do documento final não foi fácil.

A versão preliminar - redigida por João Ferreira do Amaral - foi divulgada pela comunicação social, enervando o Governo, que decidiu intervir ativamente, pedindo aos parceiros sociais para moderarem a linguagem do parecer.» [DN]

Parecer:

Parece que o Relvas não é uma excepção, é mesmo cultura do governo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «»
  
Sinais de que a recessão está a passar

«O consumo de combustíveis rodoviários em Portugal caiu em Março 7,4%, uma tendência que se arrasta desde Abril do ano passado. Ou seja, o consumo de combustíveis está a cair há 11 meses consecutivos.» [DE]

Parecer:

Onde estarão os sinais de retoma da troika?

Como é que estes três estarolas podem falar em fim de recessão?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se aos três estarolas.»
  
Patético

«O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares diz-se "pressionado" pelo jornal Público. "Tenho o direito, devo exigir que me seja dado mais de 30 minutos para responder a uma questão que me é colocada por uma jornalista, 24 horas depois de ter estado no Parlamento. Senti-me pressionado e foi nessa base que me insurgi. Não falei com a jornalista em causa. Não houve acusações, é algo que repudio em democracia".» [DE]

Parecer:

O país quer saber se a jornalista difamou o ministro ou se o ministro merece levar um grande pontapé no traseiro e este queixa-se de que 30 minutos era pouco tempo. É evidente que Relvas quer afastar o debate do importante e isso só pode conduzir a uma conclusão.

A estratégia de Relvas é tão velinha como fazer o serviço de cócaras, só tem um pequeno problema, Relvas só achou que tinha motivos para se queixar da jornalista uma semana depois do fax e da notícia, coincidência das coincidências só depois de o Público o acusar de chantagem sobre o jornal e sobre a jornalista.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demita-se o traste.»