segunda-feira, maio 21, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Galinha-d'água [Gallinula chloropus] alimentando uma cria no Jardim Gulbenkian
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Promoção da semana [A. Cabral]
    
Jumento do dia


Cavaco Silva

A viagem de Cavaco Silva a Timor tem servido para o país perceber que não se sente muita a falta do Presidente da República, a sorte dos republicanos é que o herdeiro do trono anda distraído, o desempenho de Cavaco é um dos melhores argumentos que poderia ser usado pelos monárquicos.

Mas apesar de estar nos antípodas vamos sabendo o que Cavaco vai dizendo, se calhar é por estar de cabeça para para o ar que dá conselhos financeiros aos timorenses, quando está cá diz que é um mísero professor que nada percebe dessas passas em inglês sobre acções, foi por isso que contou com a ajuda dos conhecimento do O. Costa.

Se Cavaco fosse simpático diria que quando algum amigo lhe sugerisse um negócio como o da SLN daria um recado aos timorenses. No fundo emprestar a gente da SKN ou a outros é o mesmo que emprestar ao Estado, são os contribuintes que pagam os lucros dos felizes investidores.

«O Presidente da República, Cavaco Silva, defendeu hoje que Timor-Leste só deve investir em aplicações portuguesas se tal for vantajoso para ambos os países e, em primeiro lugar, para os timorenses.
  
"Se alguma vez o Fundo do Petróleo de Timor-Leste olhar para Portugal e considerar que alguma aplicação feita lá é tão ou mais rentável do que, por exemplo, em obrigações de tesouro norte-americanas, essa é uma escolha livre dos timorenses, não é uma escolha de Portugal", disse Cavaco Silva em Díli, questionado sobre a possibilidade de Timor-Leste poder vir a comprar dívida pública portuguesa.» [i]

Que legenda daria a esta imagem?

 
Sugestões:

  • Em 1993 Duarte Lima já era careca.
  • Duarte Lima é mais alto do que Nunes Liberato.
  • Cavaco e o Domingos informam-se sobre o valor das suas acções.
  • (...)

 Cut the Grass - Heywood Banks


Azar do caraças

O Relvas é um azarento, tem aquilo a que vulgarmente se designa por um azar do caraças.
  
Basta olhar p+ara aquele sorriso de aldeia do Miguel Relvas para se perceber que ele tem um ar marotito mas não faz mal a uma mosca, só alguém muito maldoso acha que ele teria relações de intimidade com o agente secreto da Ongoing ou que faria ameaças à jornalista do Público.
  
Não senhor, Relvas é personificação do santo, nem mesmo a Zita Seabra já convertida por Josemariá Escrivá é mais santa do que ele, só gente muito maldosa iria pensar que o nosso Miguel Relvas iria conspirar com o senhor das secretas ou ameaçar a jornalista de que lhes descobria a careca em plena internet, Aja bom senso.

As perguntas do dia

O Miguel Relvas já pediu a demissão e vai dedicar-se ao seu banco off-shore de Cabo Verde onde terá vizinhos como Dias Loureiro, Isaltino Morais e outros bichanos da coelheira lusa?

Se um ministro é coordenador político do governo e ameaça um jornal de referência e faz chantagem sobre uma jornalista o que será capaz de fazer a um cidadão comum?

Passos Coelho demite já Relvas e espera por novas surpresas? Se ainda nem se esclareceu o caso das secretas e o Relvas já tem uma segunda acusação grave só Deus sabe o que virá a seguir.

A ERC está aberta ao sábado?

Talvez seja sinal dos tempos, mas é bom que tão distintas personalidades estejam nos seus gabinetes no sábado. Só assim se compreende que Relvas mande um email e toda a comunicação social informa que a ERC vai investigar o caso da chantagem de Relvas.

A contra ofensiva de Miguel Relvas é quase infantil, encurralado pelas acusações da jornalista e do próprio jornal o ministro reage como uma fera ferida, atacando. Em vez de se defender e de apresentar prova da sua inocência aos portugueses Relvas opta por uma queixa à ERC que só serve para usar durante o fim-de-semana na comunicação social. O problema é que o jornal acusa-o de chantagem através de telefonemas e o ministro responde com cópias de emails. Percebe-se, sem gravações dos telefonemas Relvas joga a cartada típica dos nossos trafulhas, é a sua palavra contra a da jornalista, é a palavra de um político poderoso que controla uma boa parte da comunicação e do Estado contra a palavra da jornalista do Público.

Sejamos honestos, Relvas não fez prova da inocência, não apresentou uma queixa consistente contra a jornalista ou comntra o jornal, Relvas está a usar o nome da ERC numa campanha de fim-de-semana contra o Público, recorrendo aos jornalistas e comentadores que ainda lhe obedecem e ao recorrer à ERC ainda se escapa ao parlamento pois vai evitar qualquer debate dizendo que a ERC está a analisar a sua queixa. Relvas está, como o povo costuma dizer, à rasca e tenta salvar-se politicamente.

Entretanto, Passos Coelho que levou alguns dias até vir em defesa do Relvas no caso das Secretas, vai esperar mais alguns duas para se certificar se o novo foco de incêndio é controlado ou o incêndio deixa de estar sob controlo e nesse caso continuará calado. Se tudo correr bem a Relva o primeiro-ministro virá em seu apoio, se as coisas se tornarem complicadas dirá que se deve esperar pela ERC ou pelo parlamento.

Começa a ser evidente que Relvas está ferido de morte, perdeu poder no PSD onde foi substituído como número dois de Passos Coelho, perdeu protagonismo no governo em favor de Gaspar que até tirou a um secretário de Estado da sua confiança o controlo dos dinheiros de Bruxelas, está envolvido no caso do agente secreto e agora foi atingido pelo Público. Relvas é um cadáver político que Passos Coelho ainda não enterrou porque não sabe como fazer o funeral sem acabar por ter de ficar de luto.

Os estarolas não esperaram muito tempo para se empaturrarem com o seu próprio veneno, está cada vez mais próximo o dia para Gaspar tomar conta do governo.

Imagens com legenda


Há imagens já com legenda, é o caso desta tirada no final da Liga dos Campeões, apetece dizer que o nosso querido Cherne está quase a chorar no ombro da Tia Merkel. Estes germanófilos....
  

Copo de água a 50 cêntimos

«Luís Marmelete, proprietário do snack-bar "O Pirata", situado à entrada da Ilha de Faro, cobra 50 cêntimos por um simples copo de água da torneira, há mais de um ano.
  
"O Estado não oferece nada a ninguém, tudo se paga, o terreno, as licenças, os alvarás, e porque é que eu sou obrigado a oferecer a água que pago? Estou aqui a tentar ganhar a vida, a prestar serviços, não sou uma entidade pública", justifica o proprietário d'"O Pirata".» [DN]

Parecer:

Grande "pirata"!.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Seja-se tolerante, neste país os cafés fazem de chafariz e de retrete pública substituindo um Estado que só cobra..»
  
A austeridade como castigo

«"A solidariedade europeia não é uma via de sentido único (...) De qualquer forma, as reformas estruturais na Grécia continuam a ser necessárias. Dizer "isto continuará tudo como dantes" não resulta, em nenhum dos cenários", acrescentou o ministro do Governo de Angela Merkel.
  
Alguns acreditam visivelmente na Grécia que é possível escapar às responsabilidades porque "esses lá de Bruxelas" não poderão admitir outra coisa", disse, fazendo alusão ao custo que teria para os contribuintes europeus a saída da Grécia da Zona Euro e o seu incumprimento.» [DN]

Parecer:

O ministro das Finanças da Alemanha é claro, a austeridade não é uma solução, é um castigo aos gregos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se o coxo à bardamerda.»
  
A melhor defesa é o ataque

«O ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, acusou a jornalista do Público Maria José Oliveira de praticar um “jornalismo interpretativo”.
  
Na queixa que apresentou, este sábado, à Entidade Reguladora da Comunicação (ERC), divulgada pela RTP, Miguel Relvas classificou de “jornalismo interpretativo” vários textos daquela jornalista, tendo apontado um "erro grave” na notícia sobre a audição parlamentar do ministro na Comissão de Assuntos Constitucionais, a propósito do caso das secretas e da sua alegada ligação a Silva Carvalho.
  
A carta enviada à ERC, que contém cinco páginas, refere várias notícias assinadas por Maria José Oliveira sobre esse tema onde, segundo o ministro, se verificam omissões e a construção de um “quadro narrativo inicial” onde tudo se faz “para que a realidade se adapte a esse quadro."» [i]

Parecer:

Ok, a jornalista e o jornal Público inventaram tudo, só diziam verdade quando o Crerejo escrevia sobre Sócrates.

É evidente que a queixa de Relvas é uma manobra de diversão que apenas tem por objectivo acabar com o debate em torno da sua pessoa com o argumento de que o caso está a ser investigado pela ERC.

Será preciso vir Deus à terra para demitir este senhor?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
Gente sem vergonha no focinho

«O primeiro vice-presidente do PSD, Jorge Moreira da Silva, defendeu hoje, em Coimbra, a necessidade de um Plano Marshall para a Europa, que responda aos problemas do desemprego e da recessão.

"Precisamos de um Plano Marshall para a Europa. Temos de encontrar na Europa um Plano Marshall que responda ao desemprego, que responda à recessão, e isso é algo que também é importante para Portugal", preconizou.»

Parecer:

A crise não era internacional?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se ao puto do PSD que tenha mais respeito pela sanidade mental dos portugueses.»
  
Este boche não tem emenda

«Os eleitores gregos não vão apenas votar a favor ou contra um partido nas eleições de 17 de junho, mas pela manutenção do país na zona euro, declarou o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, a um diário grego.» [i]

Parecer:

Há gente que acha que os outros estão à venda.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem o coxo ficar calado!»
  
Um bom fim de semana desportivo

«o final, com a vitória do Chelsea, como 4 golos frente aos 3 da equipa alemã, fonte da Casa Branca admitiu que a chanceler não se livrou de ouvir piadas, mas também palavras de conforto pela derrota.» [IN]

Parecer:

Pobre Merkel, primeiro perdeu o Sarkozy e agora perde a Champions League, já só falta perder as eleições e regressar ao frigorífico ideológico da RDA.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Reze-se.»
  
Passos, o defensor do crescimento

«O primeiro-ministro, Passos Coelho, afirmou, este domingo, que do encontro com o presidente francês, François Hollande, saiu uma "boa base de trabalho" para dar prioridade ao estímulo do financiamento à economia para aumentar o crescimento económico, sem aumentar despesa pública.

Após o primeiro encontro com Hollande, à margem da Cimeira da NATO, em Chicago, Estados Unidos da América, o primeiro-ministro afirmou que "há uma visão comum" entre Portugal e França "de ter as contas públicas em ordem, que o presidente francês compreende também".» [JN]

Parecer:

Há gente com muito pouco sentido da dignidade, insinuar que Hollande partilha da sua política é de ir ao vómito.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
  
Para que serviu a operação furacão

«A empresa suíça Akoya Asset Management, que estará no centro de uma rede que se dedicava ao branqueamento de capitais e à fuga ao fisco e cujos três principais responsáveis foram detidos na quinta-feira numa operação conduzida pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), já tinha sido apanhada num outro processo similar, a Operação Furação, investigada pelo mesmo procurador, Rosário Teixeira.» [Público]

Parecer:

Ou o fisco ou a justiça ou ambos estão a dormir.
  
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se aos responsáveis do MP, da PJ e do fisco se estão a dormir.»
  
Direcção Editorial do Público responde a Relvas

«Na carta que enviou para a Entidade Reguladora da Comunicação (ERC), com a qual pretendeu antecipar a averiguação já anunciada sobre o exercício de ameaças à jornalista do PÚBLICO que tem acompanhado o “caso das secretas”, o ministro Miguel Relvas dedica-se a teorizar sobre a qualidade do seu jornalismo, referindo a publicação de “várias peças noticiosas tendentes a construir uma narrativa que os factos não confirmam em pormenores decisivos” e sobre a prevalência de um “jornalismo interpretativo” que visa “construir um quadro narrativo inicial e tudo fazer depois para que a realidade se adapte a esse quadro”.

Contrariamente ao que seria de esperar, Miguel Relvas nada diz sobre a substância deste caso, a inadmissível promessa de retaliações à jornalista e ao jornal caso a investigação em curso sobre as suas relações com Jorge Silva Carvalho, ex-chefe do Serviço de Informações Estratégicas e de Defesa, prosseguisse. 

A forma como o PÚBLICO e a jornalista Maria José Oliveira acompanharam o caso são por si só a melhor prova de que as nossas notícias se pautaram pelo rigor. Noticiámos em 28 de Janeiro que Jorge Silva Carvalho tinha enviado ao Governo um relatório com um plano de reformas para as secretas, o que Miguel Relvas considerou ser “absolutamente falso”; voltámos a noticiar a 9 de Maio que o ministro tinha recebido do ex-espião um e-mail e sms com propostas para as secretas, o que Miguel Relvas admitiria no Parlamento; e referimos que nas suas declarações no Parlamento Relvas se lembrara de ter recebido um “clipping” sobre uma visita de Bush ao México, o que contradizia a afirmação do ministro quando afirmara ter conhecido Silva Carvalho entre Março de 2010 e Junho de 2011 – a última visita de Bush ao México noticiada pela Reuters é de 2007. Em causa jamais estiveram interpretações, mas factos.

É verdade que, apesar de todos os mecanismos de controlo, há erros ou omissões que se detectam apenas a posteriori. Não temos problemas em corrigir títulos, como reconhece Miguel Relvas, nem de adiar a publicação de notícias até que sejamos capazes de lhes acrescentar o valor informativo que as tornam indispensáveis – como fizemos na quarta-feira.

Ao pretender contornar esta realidade com a construção de uma imagem distorcida sobre o jornalismo do PÚBLICO, Miguel Relvas elabora uma manobra de diversão. Recordemos: não é a qualidade da investigação sobre o caso das secretas que está em causa, mas a tentativa de intimidação à jornalista que a conduziu. Não dando explicações à ERC sobre os seus actos e as suas intenções, Miguel Relvas errou o alvo.» [Público]

Parecer:

Óbvio.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Relvas se quer uma BIC para redigir o pedido de demissão ou prefere mandá-lo por email.»