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Barcos [A. Cabral]
Jumento do dia
Alberto João Jardim
Os princípios nacionalistas de Alberto João Jardim são dignos de uma prostituta, medem-se em dinheiro e têm hora marcada.
«O presidente do Governo da Madeira, Alberto João Jardim, disse hoje que se a região chegar a 2015 com as finanças consolidadas, a população tem o direito a perguntar o que faz a República Portuguesa no arquipélago.
"Nós pagámos todas as obras que se fizeram desde o início da autonomia na Madeira, Lisboa não pagou um tostão, fez umas obrazinhas nos tribunais, mesmo assim alguns tribunais pagámos nós, fez umas obrazinhas nos quartéis, fez umas obrazinhas numas esquadras de polícia e, mesmo assim, eles vivem mal, de resto não fez nada", afirmou Alberto João Jardim no adro da Igreja Paroquial da Ribeira Brava, onde explicou, após a missa dominical, as circunstâncias que levaram a região a ter uma dívida de seis mil milhões de euros e a necessitar de ajuda financeira.» [DN]
«O presidente do Governo da Madeira, Alberto João Jardim, disse hoje que se a região chegar a 2015 com as finanças consolidadas, a população tem o direito a perguntar o que faz a República Portuguesa no arquipélago.
"Nós pagámos todas as obras que se fizeram desde o início da autonomia na Madeira, Lisboa não pagou um tostão, fez umas obrazinhas nos tribunais, mesmo assim alguns tribunais pagámos nós, fez umas obrazinhas nos quartéis, fez umas obrazinhas numas esquadras de polícia e, mesmo assim, eles vivem mal, de resto não fez nada", afirmou Alberto João Jardim no adro da Igreja Paroquial da Ribeira Brava, onde explicou, após a missa dominical, as circunstâncias que levaram a região a ter uma dívida de seis mil milhões de euros e a necessitar de ajuda financeira.» [DN]
O Guarda Ricardo, 1991
Políticos, uni-vos
«1. Emídio Rangel foi condenado, na última segunda-feira, por dois crimes de ofensa, por ter acusado juízes e magistrados do Ministério Público, pertencentes aos respectivos sindicatos, de darem informações sob segredo de justiça a jornalistas. A pena não foi leve, o antigo jornalista terá de pagar a cada uma das associações sindicais 50 000 euros por danos não patrimoniais mais 6000 euros de multa.
Segundo a juíza, Rangel não terá apontado nenhum facto concreto que consubstanciasse a acusação. É fácil de concluir que das duas, uma: ou a magistrada anda muito distraída e não lê jornais, ouve rádios, nem vê televisão, ou está convencida que as constantes fugas de informação sob segredo de justiça se devem à excepcional capacidade de investigação dos jornalistas, a empregadas de limpeza dos tribunais que são verdadeiras Mata-Haris ou a oficiais de justiça malandros. Bom, a toda a gente menos a magistrados. Peças processuais em segredo de justiça fazem primeiras páginas, gravações legais ou ilegais são transcritas ou aparecem com as vozes e tudo, mas, claro está, nem uma dessas fugas é da responsabilidade dos magistrados.
Não deixa de ser interessante que Emídio Rangel tenha sido tão severamente punido, e que as inúmeras pessoas que têm denunciado a quase diária violação do segredo de justiça, em muitos casos apontando directamente a responsabilidade aos magistrados, não sejam também condenados ou sequer acusados. Pois é, a venda que tapa os olhos à Justiça é capaz de ter uns furinhos...
Por outro lado, esperei ansiosamente as intervenções indignadas dos até há pouco tempo defensores intransigentes da liberdade de expressão. Nem uma palavrinha que fosse. Enfim, mais uma vez se prova que a liberdade é boa desde que seja a nossa, já a dos outros é outra conversa.
Que não restem dúvidas: é normal que a juíza que proferiu a sentença esteja preocupada com a honorabilidade dos magistrados. Estamos todos, aliás. Como também estamos preocupados com a honorabilidade dos políticos, por exemplo. Não me recordo, porém, de tão forte punição para aqueles que passam a vida a acusá-los de todos os crimes do mundo. Recordo-me, assim de repente, de alguns magistrados que fazem dessas acusações quase a sua ocupação principal.
É muito provável que a razão pela qual os políticos podem ser difamados e injuriados todo o santo dia é não estarem organizados num sindicato como estão os juízes e os magistrados do Ministério Público - se estes estão, porque não os políticos? É que só pode ser essa a razão para as ofensas aos políticos passarem em claro e aos magistrados não. Não passa pela cabeça de ninguém que um juiz esteja mais preocupado com a honorabilidade da sua classe do que com a de qualquer outra, sobretudo daquela a que cabe gerir os destinos do bem comum. Nem pensar numa coisa dessas.
Feita a associação sindical dos políticos, esta encarregar-se-ia de defender o bom nome da classe e, claro está, teria legitimidade para processar todos aqueles que põem em causa a honra dos seus profissionais. O dito sindicato poderia constituir brigadas especiais para investigar os possíveis criminosos: uma para ver o que aparece escrito nos blogs, outra para andar pelos cafés, outra para as caixas de comentários, outra para os jornais, rádios e televisões, outra talvez só para ler os comunicados das associações sindicais de magistrados e assim por diante. Obviamente que existiria a possibilidade de os tribunais ficarem ainda mais atulhados de processos, mas todos têm direito à Justiça, não é?
Como ninguém tem dúvidas que as acusações feitas a políticos são em muitos casos mais graves do que aquela que Rangel fez a alguns magistrados, rapidamente o sindicato dos políticos iria transformar-se na organização mais rica do País. Mas, mesmo que a pena fosse a mesma que foi dada ao antigo jornalista já não era nada mau. Já imaginou, caro leitor, 100 000 euros de cada vez que um político fosse difamado?
2. Um primeiro-ministro que diz que o desemprego não tem de ser encarado como negativo e pode ser "uma oportunidade para mudar de vida", numa altura em que é praticamente impossível encontrar um emprego e em que nenhum banco empresta dinheiro a quem quer que seja, está a brincar com as pessoas que passam por dificuldades terríveis e demonstra, na melhor das hipóteses, um desconhecimento total do que se passa no País que supostamente devia estar a governar.» [DN]
Segundo a juíza, Rangel não terá apontado nenhum facto concreto que consubstanciasse a acusação. É fácil de concluir que das duas, uma: ou a magistrada anda muito distraída e não lê jornais, ouve rádios, nem vê televisão, ou está convencida que as constantes fugas de informação sob segredo de justiça se devem à excepcional capacidade de investigação dos jornalistas, a empregadas de limpeza dos tribunais que são verdadeiras Mata-Haris ou a oficiais de justiça malandros. Bom, a toda a gente menos a magistrados. Peças processuais em segredo de justiça fazem primeiras páginas, gravações legais ou ilegais são transcritas ou aparecem com as vozes e tudo, mas, claro está, nem uma dessas fugas é da responsabilidade dos magistrados.
Não deixa de ser interessante que Emídio Rangel tenha sido tão severamente punido, e que as inúmeras pessoas que têm denunciado a quase diária violação do segredo de justiça, em muitos casos apontando directamente a responsabilidade aos magistrados, não sejam também condenados ou sequer acusados. Pois é, a venda que tapa os olhos à Justiça é capaz de ter uns furinhos...
Por outro lado, esperei ansiosamente as intervenções indignadas dos até há pouco tempo defensores intransigentes da liberdade de expressão. Nem uma palavrinha que fosse. Enfim, mais uma vez se prova que a liberdade é boa desde que seja a nossa, já a dos outros é outra conversa.
Que não restem dúvidas: é normal que a juíza que proferiu a sentença esteja preocupada com a honorabilidade dos magistrados. Estamos todos, aliás. Como também estamos preocupados com a honorabilidade dos políticos, por exemplo. Não me recordo, porém, de tão forte punição para aqueles que passam a vida a acusá-los de todos os crimes do mundo. Recordo-me, assim de repente, de alguns magistrados que fazem dessas acusações quase a sua ocupação principal.
É muito provável que a razão pela qual os políticos podem ser difamados e injuriados todo o santo dia é não estarem organizados num sindicato como estão os juízes e os magistrados do Ministério Público - se estes estão, porque não os políticos? É que só pode ser essa a razão para as ofensas aos políticos passarem em claro e aos magistrados não. Não passa pela cabeça de ninguém que um juiz esteja mais preocupado com a honorabilidade da sua classe do que com a de qualquer outra, sobretudo daquela a que cabe gerir os destinos do bem comum. Nem pensar numa coisa dessas.
Feita a associação sindical dos políticos, esta encarregar-se-ia de defender o bom nome da classe e, claro está, teria legitimidade para processar todos aqueles que põem em causa a honra dos seus profissionais. O dito sindicato poderia constituir brigadas especiais para investigar os possíveis criminosos: uma para ver o que aparece escrito nos blogs, outra para andar pelos cafés, outra para as caixas de comentários, outra para os jornais, rádios e televisões, outra talvez só para ler os comunicados das associações sindicais de magistrados e assim por diante. Obviamente que existiria a possibilidade de os tribunais ficarem ainda mais atulhados de processos, mas todos têm direito à Justiça, não é?
Como ninguém tem dúvidas que as acusações feitas a políticos são em muitos casos mais graves do que aquela que Rangel fez a alguns magistrados, rapidamente o sindicato dos políticos iria transformar-se na organização mais rica do País. Mas, mesmo que a pena fosse a mesma que foi dada ao antigo jornalista já não era nada mau. Já imaginou, caro leitor, 100 000 euros de cada vez que um político fosse difamado?
2. Um primeiro-ministro que diz que o desemprego não tem de ser encarado como negativo e pode ser "uma oportunidade para mudar de vida", numa altura em que é praticamente impossível encontrar um emprego e em que nenhum banco empresta dinheiro a quem quer que seja, está a brincar com as pessoas que passam por dificuldades terríveis e demonstra, na melhor das hipóteses, um desconhecimento total do que se passa no País que supostamente devia estar a governar.» [DN]
Autor:
Pedro Marques Lopes.
Estigma, estigma quem és tu
«Pedro Passos Coelho ficou com o estigma de ter dito uma tolice. Louçã, Seguro, Jerónimo caíram-lhe em cima. Estigmatizaram Passos Coelho. Mas, sabem?, eu estou-me nas tintas para os estigmatizadores e, até, para os estigmas. O meu problema é a tolice. A tolice dita: "Despedir-se ou ser despedido não tem de ser um estigma, tem de representar também uma oportunidade para mudar de vida." A tolice repetida: "Estar desempregado não pode ser, para muita gente, como é ainda hoje em Portugal, um sinal negativo." E ainda a tolice servida com dose de hipocrisia: "[Os desempregados] perceberão que terão, por parte do Estado, o apoio devido para se prepararem para um futuro." Tudo frases de Passos Coelho, e eu diria que também me estava nas tintas para o estigmatizado que disse as tolices, não fosse a última versão - garantindo "por parte do Estado, o apoio devido" - ser cínica, porque veio de um primeiro-ministro. Dito isto, o problema é a tolice. É que o problema do desemprego não é o estigma - é mesmo o desemprego. É que o problema não é de como se olha o desempregado ou de como ele se sente olhado - é ele não ter uma coisa: trabalho. Não essa ideia, não. Essa coisa. Do que menos precisamos é de um primeiro-ministro armado em psicólogo. Queremos um primeiro-ministro que trate das coisas. Podia começar por isto: arranjar quem lhe corrija os discursos. Sem receio que isso cause estigmas em alguns inúteis.» [DN]
Autor:
Ferreira Fernandes.
O coxo fala como se fosse dono da zona euro
«O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, admitiu hoje, pela primeira vez, estar disposto a assumir a presidência do Eurogrupo e suceder ao primeiro-ministro luxemburguês, Jean-Claude Juncker, que abandona o cargo em finais de junho.
"Como ministro das Finanças alemão tenho de estar envolvido, de uma maneira ou de outra, com intensidade. Por isso, não vou dizer quem se vai opor como o fizeram outros", afirmou o governante ao jornal Welt am Sonntag.
Schaeuble disse não ver até agora qualquer oposição à sua possível candidatura à presidência do Eurogrupo por parte dos restantes ministros das Finanças da União Europeia. "O que é aceitável", salientou.» [DN]
"Como ministro das Finanças alemão tenho de estar envolvido, de uma maneira ou de outra, com intensidade. Por isso, não vou dizer quem se vai opor como o fizeram outros", afirmou o governante ao jornal Welt am Sonntag.
Schaeuble disse não ver até agora qualquer oposição à sua possível candidatura à presidência do Eurogrupo por parte dos restantes ministros das Finanças da União Europeia. "O que é aceitável", salientou.» [DN]
Parecer:
Este podia chamar-se Hjalmar Schacht.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «»
Vai-se respirando melhor na Europa
«O partido de Angela Merkel, CDU (cristãos-democratas) sofreu uma pesada derrota no maior estado alemão, Renânia Norte-Vestfália, de 18 milhões de habitantes, cujas eleições regionais são tradicionalmente vistas como uma megasondagem nacional. A CDU caiu de 34,6% em 2010 para apenas 25,8%, que representa o pior resultado do partido nesta região desde a Segunda Guerra Mundial.
A vitória foi para os social-democratas do SPD, partido liderado na região por Hannelore Kraft, que pode formar uma coligação com os Verdes, mas agora com maioria, já que o governo era minoritário. Há outros elementos importantes nestas eleições, sobretudo o resultado dos Piratas, grupo libertário que usa extensamente a internet e pratica a democracia directa, de tipo populista e com lideranças difusas. Este partido cresceu de forma espectacular e é agora a quinta força do parlamento regional, com 7,5%. Nas sondagens nacionais, aparece com 11%.» [DN]
A vitória foi para os social-democratas do SPD, partido liderado na região por Hannelore Kraft, que pode formar uma coligação com os Verdes, mas agora com maioria, já que o governo era minoritário. Há outros elementos importantes nestas eleições, sobretudo o resultado dos Piratas, grupo libertário que usa extensamente a internet e pratica a democracia directa, de tipo populista e com lideranças difusas. Este partido cresceu de forma espectacular e é agora a quinta força do parlamento regional, com 7,5%. Nas sondagens nacionais, aparece com 11%.» [DN]
Parecer:
Esperemos pelas legislativas.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se.»