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Grafito, Lisboa [A. Cabral]
Jumento do dia
Vítor Gaspar
A OCDE divulga previsões pessimistas e defende que para cumprir as metas orçamentais o governo terá de adoptar um novo pacote de austeridade. Teodora Cardoso, presidente do Conselho das Finanças Públicas, dispara uma bateria de críticas veladas à política económica do governo, que os documentos orçamentais do Governo estão feridos de "uma pobreza de informação quantitativa", que as previsões macroeconómicas são "excessivamente optimistas", propondo que as previsões passem a ser feitas por uma "instituição independente"; defendendo que o Parlamento passe a votar os limites da despesa logo na primavera, tornando-os "restrições vinculativas", Defendendo que o Governo deve "racionalizar" a Função em Pública em vez de fazer "cortes ou compressões horizontais" às remunerações dos funcionários.
A tudo isto o que responde Gaspar? Nada, desaparece, fica em silêncio, é o ministro da Economia que dá o peito às balas, o tal que Gaspar desprezou quando gozou com ele dizendo que não havia dinheiro para medidas que estimulassem o emprego, o mesmo a quem Gaspar tirou as competências no âmbito do QREN. Pois, o pobre do Álvaro não serve para nada a não ser dar a cara quando o "corajoso" Gaspar se esconde e receia vir a público defender as suas decisões.
A tudo isto o que responde Gaspar? Nada, desaparece, fica em silêncio, é o ministro da Economia que dá o peito às balas, o tal que Gaspar desprezou quando gozou com ele dizendo que não havia dinheiro para medidas que estimulassem o emprego, o mesmo a quem Gaspar tirou as competências no âmbito do QREN. Pois, o pobre do Álvaro não serve para nada a não ser dar a cara quando o "corajoso" Gaspar se esconde e receia vir a público defender as suas decisões.
Pagou a quem?
O CM assegura em primeira página que o administrador do Freeport pagou 200 mil euros a Sócrates. Abro a página da notícia e a Sónia Trigueirão escreve, escreve mas esquece-se de referir o que se refere noutras notícias, que o tal administrador disse que o dinheiro, o tal que segundo a Sónia foi pago a Sócrates acabou depositado na conta de Charles Smith. Das duas uma, ou os investigadores se esqueceram de averiguar as contas de Charles Smith ou este esqueceu-se dos talões para explicar o que fez ao dinheiro.
Se o administrador da Freeport tiver mais uns 200 mil para dar a amigos eu mando-lhe o número da minha conta e depois ele arranja alguém a quem acusar de ter dado o dinheiro. Daqui a uns tempos esse alguém será acusado pela Sónia Trigueirão de ter recebido o dinheiro.~
Parece que a Sónia se esqueceu de ir à base de dados, se o tivesse feito teria descoberto algumas informações interessantes:
- Que as supostas luvas foram investigadas no Reino Unido pelo Serious Fraude Office [DE].
- Que o senhor Perkins foi chamado agora e não o foi durante a investigação porque foi ele o autor do famoso vídeo e não podia ser ouvido porque o vídeo não servia de prova. [Público]
Quem garante à Sónia que o dinheiro foi para o Sócrates e não ficou na conta do Charles ou não foi parar a uma conta do Perkins? Ok, a Sónia conhece bem os senhores Perkins e Charles e era capaz de meter as mãos no lume pela honorabilidade dos dois, o Sócrates é que é um grande malandro.
Meet the Fokkens (Ouwehoeren) English trailer
Cheia mal que tresanda
O que se terá passado entre o todo-poderoso Relvas e a jornalista do Público? Relvas achou que deveria ser a ERC a decidir quem se portou bem e quem se portou mal. O ministro aceitou fazer um duelo mas certificou-se que apenas a sua arma ficava carregada e, não fosse o diabo tecê-las, ainda escolheu o juiz.
Qualquer cidadão deste país já sabe quais vão ser as conclusões da ERC: «Bla, bla, bla, não se provou nada». A ERC, como todos os reguladores do que quer que seja em Portugal, para além de serem instituições muito vantajosas para quem nelas trabalha não passam de unidades fabris da principal produção do Estado português, águas de bacalhau. Até é pena que o odor desta água não permita que possa concorrer com a Perrier, senão é que o ministro da Economia propunha a criação de uma multinacional portuguesa de distribuição de águas de bacalhau.
Mas há um pequeno problema, branquear Miguel Relvas lavando-o com águas de bacalhau o pobre ministro fica com aquele odor muito desagradável. A verdade é que ninguém vai concluir que o Público, empresa, redacção e jornalista, mentiu e que Relvas foi alvo de falsas acusações, o melhor que Relvas conseguirá é que não se prove a sua culpa. Num país onde há muito que não existe palavra as acusações de que Relvas foi alvo não conta, a não ser que as conversas tenham sido gravadas, mas neste caso estaremos perante um crime.
Passos Coelho tudo fará para manter o seu ministro, até porque Relvas e Passos são uma emanação um do outro e é aí que reside o problema de Passos Coelho. Da mesma forma que o tal cheiro a bacalhau podre nunca largará Relva a dúvida sobre o papel de Passos será inevitável. Relvas fez mesmo uma chantagem muito feia sobre a jornalista para proteger o governo de Passos Coelho. Vai pensar-se que Miguel Relvas fez chantagem por sua livre iniciativa ou estamos perante uma acção aceite como normal pela dupla de amigos e políticos que levaram este PSD ao governo?
É óbvio que neste país ninguém acreditará que a jornalista tem a imaginação criativa para inventar acusações tão graves e os responsáveis do Público são idiotas, algo se passou, todos sabemos o que foi e a esta hora já Miguel Relvas devia estar fora do governo. Se não está é porque as suas práticas políticas não só são consentidas como são decididas em conjunto com o primeiro-ministro. Quem se mete com o governo leva e cabe a Miguel Relvas exercer a justiça mafiosa, é isto que todos vamos pensar.
A culpa da Grécia e a culpa da Alemanha
«Quando, em maio de 1945, a Alemanha perdeu a II Guerra Mundial, tinham morrido, ninguém sabe ao certo, uns 40 milhões de pessoas. O país estava literalmente destruído e contava, por sua vez, cerca de sete milhões de mortos. As potências vencedoras decidiram viabilizar economicamente a nova Alemanha, apesar de a terem separado da Áustria e de a terem dividido: a RFA sob a tutela da Grã-Bretanha, França e Estados Unidos; a RDA sob a tutela da União Soviética. Mas esta solução foi bem melhor do que a que Churchil, o primeiro--ministro inglês da guerra, chegou a planear: transformar o país num enorme campo agrícola, sem indústrias, sem serviços, sem nada.
De 1947 até 1952 a Alemanha Ocidental recebeu, do Plano Marshal, 3,3 mil milhões de dólares. Esta dívida foi paga ao longo de 25 anos, até 1978: mil milhões pelo Governo, os restantes 2,3 mil milhões por um Fundo que emprestou esse dinheiro a juros baixos e a prazos longos, principalmente a pequenas e médias empresas.
A partir de março de 1960 - 15 anos depois do fim da guerra - a Alemanha Ocidental - graças a um dos maiores crescimentos económicos de sempre, de que o povo da RFA tem todo o mérito mas que só foi possível realizar por não ter faltado dinheiro para investir - começou finalmente a pagar indemnizações devidas a 11 Estados : a Grécia recebeu 115 milhões de marcos alemães, a França 400 milhões, a Polónia cem milhões, a Rússia sete milhões e meio, a então Jugoslávia oito milhões. Foram pagos três mil milhões de marcos a Israel e 450 milhões a organizações judaicas.
Depois da reunificação da Alemanha, com a queda do bloco soviético, a reconstrução da RDA custou, de 1991 a 2009, 1,3 biliões de dólares, sendo que 120 mil milhões vieram de ajudas externas.
Hoje a Alemanha é um dos países que mais contribuíram para ajudar o exterior. É uma das quatro ou cinco economias mais fortes do mundo. É um grande Estado.
Olho o que se passa na Grécia, onde a população, martirizada por cinco anos de austeridade, exige o fim do acordo com a troika e pede, simplesmente, mais tempo e melhores condições para pagar o que deve e para recompor a economia do país. A Alemanha olha-a com desdém, recusa o apelo, ameaça tirá-la do euro, culpa-a por irresponsabilidade e exige castigo por não cumprir os acordos da troika.
Olho esta suposta culpa dos gregos e comparo-a com a culpa dos alemães, há 67 anos. Se os vencedores da guerra de então tivessem sido tão insensatos como os dirigentes da atual guerra financeira, que restaria, agora, da grande Alemanha?» [DN]
De 1947 até 1952 a Alemanha Ocidental recebeu, do Plano Marshal, 3,3 mil milhões de dólares. Esta dívida foi paga ao longo de 25 anos, até 1978: mil milhões pelo Governo, os restantes 2,3 mil milhões por um Fundo que emprestou esse dinheiro a juros baixos e a prazos longos, principalmente a pequenas e médias empresas.
A partir de março de 1960 - 15 anos depois do fim da guerra - a Alemanha Ocidental - graças a um dos maiores crescimentos económicos de sempre, de que o povo da RFA tem todo o mérito mas que só foi possível realizar por não ter faltado dinheiro para investir - começou finalmente a pagar indemnizações devidas a 11 Estados : a Grécia recebeu 115 milhões de marcos alemães, a França 400 milhões, a Polónia cem milhões, a Rússia sete milhões e meio, a então Jugoslávia oito milhões. Foram pagos três mil milhões de marcos a Israel e 450 milhões a organizações judaicas.
Depois da reunificação da Alemanha, com a queda do bloco soviético, a reconstrução da RDA custou, de 1991 a 2009, 1,3 biliões de dólares, sendo que 120 mil milhões vieram de ajudas externas.
Hoje a Alemanha é um dos países que mais contribuíram para ajudar o exterior. É uma das quatro ou cinco economias mais fortes do mundo. É um grande Estado.
Olho o que se passa na Grécia, onde a população, martirizada por cinco anos de austeridade, exige o fim do acordo com a troika e pede, simplesmente, mais tempo e melhores condições para pagar o que deve e para recompor a economia do país. A Alemanha olha-a com desdém, recusa o apelo, ameaça tirá-la do euro, culpa-a por irresponsabilidade e exige castigo por não cumprir os acordos da troika.
Olho esta suposta culpa dos gregos e comparo-a com a culpa dos alemães, há 67 anos. Se os vencedores da guerra de então tivessem sido tão insensatos como os dirigentes da atual guerra financeira, que restaria, agora, da grande Alemanha?» [DN]
Autor:
Pedro Tadeu.
[Fascistas] alemães fazem chantagem sobre os eleitores gregos
«O Deutsche Bank, maior banco privado alemão, propôs hoje a introdução de uma moela paralela ao euro na Grécia, caso os adversários das medidas de austeridade ganhem as eleições legislativas de 17 de junho.» [DN]
Parecer:
O que os banqueiros alemães estão fazendo é uma ameaça aos eleitores gregos, ou fazem o que a Alemanha quer ou são expulsos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se o Deutsche Bank à bardamerda.»
Cavaco diz que empresários indonésios são bem-vindos
«O Presidente da República, Cavaco Silva, apelou hoje a um aumento do investimento indonésio em Portugal, dizendo que os "empresários indonésios são muito bem-vindos", e convidou Susilo Bambang Yudhoyono a visitar Portugal.» [DN]
Parecer:
Depois de terem vendido a EDP a preços de saldo aos chineses até o Al Capone seria recebido de braços abertos.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Coisas que a OCDE diz
«Segundo o “Better Life Index”, Portugal fez “progressos significativos” nos últimos anos no que toca à modernização da economia e aperfeiçoamento da qualidade de vida dos cidadãos, apesar de a crise financeira global ter enfraquecido o crescimento do país.» [i]
Parecer:
Estarão a referir-se ao governo do Relvas?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Crise atinge fast-food
«O grupo Ibersol, que detém algumas das maiores cadeias de restauração em Portugal, teve uma queda abrupta de 81% nos lucros no primeiro trimestre e já foi obrigado a fechar três estabelecimentos.» [Público]
Parecer:
Um lado positivo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «As empresas do sector que pratiquem melhores preços.»
BCE injecta 100 mil milhões na banca grega
«De acordo com o diário britânico, esta operação está a ser gerida secretamente pelo Banco Central Europeu (BCE), através do mecanismo Assistência de Liquidez de Emergência (ELA), utilizado apenas em situações limite, como aconteceu na Irlanda.
Embora a notícia não tenha sido confirmada por fontes oficiais, o Financial Times garante que a instituição liderada por Mario Draghi já entrou em cena, estando a injectar dinheiro nos bancos helénicos, através do banco central grego, num total de 100 mil milhões de euros.» [Público]
Embora a notícia não tenha sido confirmada por fontes oficiais, o Financial Times garante que a instituição liderada por Mario Draghi já entrou em cena, estando a injectar dinheiro nos bancos helénicos, através do banco central grego, num total de 100 mil milhões de euros.» [Público]
Parecer:
Um bom princípio, mais razoável do que a chantagem alemã.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»
A vida difícil de uma atleta olímpica
«A atleta norte-americana Lolo Jones, sétima classificada na final dos 100 metros barreiras nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, admitiu numa entrevista televisiva que ainda é virgem aos 29 anos e que está a procurar namorado através das redes sociais.
"Manter-me virgem tem sido mais difícil do que treinar para os Jogos Olímpicos ou acabar o curso", disse a barreirista ao programa 'Real Sports', do canal de televisão por cabo HBO, acrescentando que só manterá relações sexuais após o casamento.» [CM]
"Manter-me virgem tem sido mais difícil do que treinar para os Jogos Olímpicos ou acabar o curso", disse a barreirista ao programa 'Real Sports', do canal de televisão por cabo HBO, acrescentando que só manterá relações sexuais após o casamento.» [CM]