terça-feira, maio 22, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Castelo dos Mouros, Sintra
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Tejo [A. Cabral]
    
Jumento do dia


Luís Montenegro

Luís Montenegro devia ter sido mais inteligente e só tomar posição sobre o caso Relvas daqui a uns dias, ao fazê-lo na primeira oportunidade evidenciou a manobra de Relvas. A queixa de Relvas à ERC é uma manipulação, nela nada consta sobre as acusações de que Relvas foi acusado, aliás, até reforça estas acusações pois ao queixar-se do tipo de jornalismo praticado pela jornalista o minsitro parece estar a apresentar motivos que justifiquem o seu comportamento.

Além disso a ERC não é propriamente o MP e o parlamento não se pode dispensar de avaliar o comportamento político de um ministro só porque a ERC está a analisar uma queixa por jornalismo interpretativo apresentada por Miguel Relvas.

Compreendem-se as dificuldades do líder parlamentar do PSD, mas a vida política nem sempre nos corre bem, terá de defender um ministro que já deveria ter apresentado o pedido de demissão.

«O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, defendeu hoje que o Parlamento deve aguardar pelas conclusões das averiguações da Entidade Reguladora para a Comunicação Social sobre o caso que envolve o ministro Miguel Relvas e o jornal Público.» [DN]

Qual a legenda para esta imagem?


Alguns exemplos:

  • Não se pode confiar num homem que usa gravatas azul cueca enquanto cozinha.
  • Como pode um rapaz tão simpático chantagear uma jornalista.
  • Quase tão bonito como o Marco Paulo.
  • Cozinhado laranja.
  • Cozinhando a queixa à ERC?
  • ...
Já passaram três dias

E o Miguel Relvas insiste em não apresentar o pedido de demissão. Parece que o despedimento não é uma coisa assim tão boa como defende Passos Coelho, isso de emigrar e mudar de vida é para os outros.

O truque

Há um velho truque dos condutores que se querem escapar a uma infracção grave, mal se sentem apanhados vão à esquadra mais próxima dizer que lhe roubaram o carro. Foi isso que Miguel Relvas fez, quando percebeu que tinha sido apanhado apressou-se a apresentar uma queixa idiota contra a jornalista.

 A dúvida

Será que o Relvas sabia da vida privada da jornalista do Público graças a algum dos clippings enviados pelo seu conhecido da Ongoing?
 
 Motorway madness in Portugal

Na página do UK Independence Party:
 
«Mike Beggs is a regular business traveller to Europe and he has watched the European project break down into chaos over the last few years. This is his report on his recent trip to PortugaI.

I have just returned from a business trip to Portugal with a potential fine of €27 (£25) and a possible Portuguese Police criminal record. So what was my crime? I hired a car from Hertz and drove it on the new motorway, paid for by an EU grant!

In September 2011 the EU imposed an austerity package on Portugal. This included putting high tolls on the excellent motorway system. But the Portuguese had never before charged motorway tolls, so there are no toll booths to be able to collect the money.

Under a directive from the EU, the Portuguese Government overcame this by installing cameras along the motorways, telling all Portuguese number plate motorists that they must pay the tolls. But how?

They must go to the Post Office after 2 days – but before 5 days, to pay cash.

Clearly this programme, like so many other mad EU schemes, will not work and especially for those hiring cars. The result is that no Portuguese driver uses the motorways. They are deserted, empty of traffic! But the ordinary roads are overloaded and the town centres are chaotic. The ordinary roads are breaking up, but road works are all cancelled because of the EU ‘austerity measures’. Business is suffering and the chances of economic recovery are receding.

But how does this affect me and any other visitors to Portugal this year? Well, I collected my rental car at 7 p.m. at the airport and drove to my hotel. Dutifully, 2 days later I went to the Post Office.
I asked what I owed for one short trip. The counter lady advised “Your car was used for three motorway journeys that day, you owe €9.90”. She wanted me to pay for the previous hirer who, quite logically, left on a plane earlier that day!

When I refused to pay for someone else’s tolls I was told “You will get a fine and a criminal record!”

She would not accept part payment – what I owed, so I left without paying anything.

But this left another problem. I still had to drive back to the airport on the motorway to return the car so how would I pay. I asked the staff at Hertz. Their advice was “It is best that you don’t use the motorway on the last 2 days of your stay in Portugal”. But the only way to get there and not miss my plane was to drive on the motorway.

At the airport I went to the Post Office. I asked to pay for the trip and she said “the system is crazy – you have to come back in two days to pay for it, because the scanning equipment does not advise us until then”! I left the Post Office unable to pay for the trip I had made.

When I handed the car back to Hertz, I told the manager what happened. He gloomily explained “Well, you will get a fine and a criminal citation in about 5 month’s time”.

So, my recommendations are:

Don’t travel to Portugal where EU austerity equals empty motorways, traffic chaos elsewhere, and an impossibly mad system for the collection of motorway tolls from overseas visitors.

Michael Beggs
Lymington»
   
 

 Frase a frase a semana toda

«O Sporting ganhar alguma coisa era uma hipótese meramente académica. Nunca um Presidente americano fez tanto pelos europeus: Obama assistiu ao desempate a penáltis num jogo de soccer. Paradoxo é uma palavra inventada para tapar um esquecimento, coiso, fazer-nos logo lembrar o nome de um ministro. Quem vai sair primeiro do Euro: Paulo Bento ou Vítor Gaspar? História repetir-se é a Grécia ficar em primeiro num campeonato europeu (o da saída do euro) e nós em segundo. Conhecem coisa mais badalada que os nossos serviços secretos? Os superespiões de todo o mundo assassinam, primeiro, e escondem as pistas, a seguir; por cá anunciam sopapos no Facebook e depois não dão. Hollande defende o crescimento, o que é natural em alguém com nome de país baixo. Enquanto pedia a demissão de Miguel Relvas, a oposição tremia toda: no desemprego, ele ia ficar ainda com mais oportunidades. Grande industrial, Tomé Feteira deve a sua fortuna à "Empresa de Limas Tomé Feteira", o que não quer dizer que todos os seus próximos tenham tido a mesma sorte com essa ferramenta. Os nossos bancos não querem ser como os gregos, o nosso Governo não quer estar como o grego, os portugueses não querem ser gregos, exceto o Bloco de Esquerda, para o qual ser grego era a cereja em cima do bolo. O dono de um café de Faro, para combater a crise, cobra 50 cêntimos por copo de água da torneira e ainda não percebeu que o copo vai ficar-lhe meio vazio.» [DN]

Autor:

Ferreira Fernandes.
  
Miguel Relvas: as anteninhas do regime

«O país está há muito entregue a verdadeiras antenas telefónicas que têm o verdadeiro poder nas mãos. Dias Loureiro era a antena de Cavaco. Jorge Coelho de Guterres. José Luís Arnaut de Durão Barroso. Miguel Relvas é há muito a antena de Passos Coelho.


O grande mérito destas antenas  é terem uma vasta rede de contactos, falarem várias horas ao telefone, funcionarem como placa giratória entre o governo, o partido e muitos interesses que giram nesta órbitra.  São elas que abrem e fecham portas, que espalham os ventos favoráveis, que controlam a matilha dos jornais, que têm os melhores canais para apagar fogos ou estabelecer entendimentos por baixo da mesa.

O seu papel é tão importante, e está de tal forma assumido, que as antenas entram sempre nos governos como ministros com pastas estratégicas, de acesso directo ao primeiro-ministro, como aconteceu a Loureiro, Coelho, Arnaut e Relvas, para que a placa giratória se mova com mais força. Em alguns casos, as antenas, umas do PS, outras do PSD, chegam a criar laços profundos. O que facilita o tratamento das matérias sensíveis do regime. Olhe-se o caso de Jorge Coelho e Dias Loureiro, duas super-antenas assumidamente gémeas. "Somos como irmãos", sempre disse Coelho. Durante o cavaquismo, foi Dias Loureiro a alavanca do carrinho. No guterrismo, passou a ser Jorge Coelho. Assim se passaram quase 20 anos.

A vastidão de comunicações que têm dá às antenas a sensação de que o mundo se esgota nelas. Algumas começam a viver em circuito fechado e perdem a noção da realidade. De que é exemplo o vangloriarem-se da própria sua rede. São antenas que controlam pior o narcisismo e que têm  tempo de vida muito mais curto (ao contrário de Dias Loureiro e Jorge Coelho)

Foi o próprio Relvas quem contou que em plena Comissão de Inquérito na Assembleia da República que recebe 2700 sms por mês, uma média de 90 por dia (fora as chamadas telefónicas), brifado por centenas de formiguinhas que sabem o poder da antena e esperam um dia muito em breve virem a ser recompensadas.

O poder que as antenas efectivamente detêm, avaliado pelos resultados que conseguem, cria-lhes um sentimento de omnipotência. Sentem que controlam tudo. Os grandes riscos começam aqui. Quando num momento mais melindroso, como hoje no caso das secretas, aparece alguém que não faz parte da rede e não larga o osso, as antenas podem tornar-se ameaçadoras.

Foi o que aconteceu com Relvas e a jornalista do Público. Relvas, para não se por em causa, prefere explicar que estava cansado com a insistência do jornal. Mas quando a antena está fatigada ao fim de pouco tempo (Relvas nem um ano de governo tem) é porque alguma coisa está mal no seu material de fabrico. Olhe-se o caso de Dias Loureiro, talvez a antena mais excelente do regime, que só ao fim de mais de 20 anos de actividade, teve problemas a sério com o caso BPN.

Quando as antenas caem, o líder estremece porque habituou-se a viver na sua dependência. Também aqui algumas antenas gostam de se vangloriar do seu papel, o que na  hora do apagamento fragiliza ainda mais o seu líder. Miguel Relvas contou aqui há meses numa entrevista que  quando Passos Coelho decidiu candidatar-se pela primeira vez a líder do PSD em 2008 foi a ele quem telefonou primeiro. "Vem, preciso de ti", disse Passos. Miguel Relvas. estava de férias em África com a mulher, com viagem de avião marcada para visitar o Lago Vitória. Como antena que é, gastou 1200 euros de telemóvel nas conversas com Passos. Mas não bastou. Já não foi ao Lago Vitória e veio de escantilhão para Portugal, para preparar a candidatura do amigo. Passos não ganhou dessa vez mas ganhou a seguir.

Quando Jorge Coelho caiu em Março de 2001, por causa da queda da ponte de Entre-os Rios, António Guterres teve só mais nove meses de vida. Hoje, se Miguel Relvas cair, Passos Coelho vai estremecer.

Marcelo Rebelo de Sousa, a grande antena que emite em canal aberto, já deu uma ajuda ao abate de Relvas: "é muito difícil continuar em funções". Visa, claro está, o próprio Passos.  Quem se mete com Marcelo leva sempre, mais tarde ou mais cedo. Passos Coelho deve lembrar-se do dia de 1996 em que disse a Marcelo uma frase assassina , em vésperas deste se candidatar a líder do PSD. Conta o próprio Passos: "Perdi a paciência. Ele ainda não sabia quem seria o presidente do Congresso, os vices, o secretário-geral. Disse-lhe para não brincar com aquilo, que não era o mesmo que fazer comentários políticos na televisão."» [Expresso]

Autor:

Paulo Gaião.
  
Relvas, as pressões aos jornalistas e os silêncios

«Nas relações entre políticos (ou dirigentes desportivos, agentes culturais, empresários) e jornalistas, a fronteira entre a irritação, a indignação ou a crítica e a pressão é ténue. Depende dos modos do político, da sensibilidade do jornalista e da intimidade entre os dois. Não há regras escritas sobre a forma como se gere a inevitável tensão que existirá sempre entre comunicação social e política. Não gosto, por isso, da moda do jornalismo queixinhas e de quando o jornalista se torna no centro das notícias. Há políticos que pressionam jornalistas usando abusivamente o seu poder para limitar o trabalho da imprensa. Assim como há, já agora, jornalistas que pressionam políticos usando abusivamente o seu poder para conseguir uma notícia.

Dito isto, há terrenos que estão claramente para lá da fronteira em que possam existir dúvidas. Do que se sabe, na conversa entre Miguel Relvas e a jornalista do "Público", Maria José Oliveira, o ministro foi muito para lá do que possa ser discutível. Ameaçar publicar coisas sobre a vida privada de uma jornalista ou prometer um blackout do governo a um jornal é chantagem pura e simples. É um atentado à liberdade de imprensa. Acresce que se sabe que Miguel Relvas é, na relação com a comunicação social, useiro e vezeiro neste tipo de comportamentos. Ainda nos lembramos do caso Pedro Rosa Mendes.

Sobre a decisão do jornal em não publicar a notícia que Maria José Oliveira terá escrito não me pronuncio. Não li a notícia. E não basta que tenha havido uma pressão para que uma notícia passe a ser publicável. A relação de um jornal com os trabalhos jornalísticos não é igual à relação que tem com os trabalhos de opinião. Cabe ao jornal decidir se uma notícia é relevante para ser publicada. Acresce que o comunicado do Conselho de Redação do "Público" parece-me pouco fundamentado. Nesta matéria, os leitores do jornal terão de esperar por mais esclarecimentos, por exemplo, do Provedor do Leitor.

Quanto à existência de um ato inaceitável de chantagem, as coisas não podiam ser mais claras. Relvas chantageou a jornalista. Mesmo que esta lhe estivesse a fazer exigências ilegítimas - como dar-lhe um prazo de 32 minutos para responder a uma pergunta -, há coisas que um titular de um cargo público não tem o direito de dizer ou fazer. E que, fazendo-o, significam uma violação da liberdade de imprensa. Se elas são ditas ou feitas pelo titular da tutela da comunicação social, pior um pouco.

José Sócrates ultrapassava muitas vezes esta fronteira. Não me lembro - mas pode ser falha de memória minha - se alguma vez terá chegado tão longe. Mas foi muitas vezes longe demais. E teve direito à justa indignação (também a minha), tendo havido mesmo quem defendesse que vivíamos num ambiente de "asfixia democrática". Por essa altura, um grupo de jovens (e menos jovens) bloguistas chegou mesmo a organizar uma concentração em frente ao Parlamento em defesa da liberdade de imprensa, coisa nunca vista, nem nos tempos do cavaquismo, aqueles em que a pressão aos jornalistas foi, em democracia, mais sistemática.

É agora interessante observar o silêncio dessas mesmas pessoas. Fui ver a lista de promotores dessa passeata dos tempos socráticos. Deixei de fora os meros subscritores do apelo para a manifestação e os blogues coletivos que a ela se associaram. Fiquei-me pelos promotores individuais iniciais. À espera que gritassem presente por uma imprensa livre. Entre os poucos promotores estavam pessoas que o leitor pode não conhecer mas são relativamente populares na blogosfera: Adolfo Mesquita Nunes, Carlos Nunes Lopes, Vasco Campilho e Rodrigo Moita de Deus, por exemplo.

Porquê o seu silêncio? Porque alguma coisa mudou na vida do País e nas suas vidas. Adolfo Mesquita Nunes poderia ser coerente e protestar também agora. Mas entretanto tornou-se deputado do CDS. Carlos Nunes Lopes podia ter vindo de novo em defesa da liberdade de imprensa, mas agora é chefe de gabinete do secretário de Estado dos Transportes. Vasco Campilho poderia ir para a frente de São Bento defender os jornalistas dos abusos de Relvas, mas agora trabalha no Ministério do Ambiente e é um dos coordenadores do Plano Operacional de Valorização do Território. Rodrigo Moita de Deus, o mais ativo dos protestantes do passado, podia ter organizado outra concentração contra a "asfixia democrática", mas entretanto passou a ser membro da Comissão Política do partido de Miguel Relvas. Se em relação a José Sócrates não lhe faltaram palavras, hoje escreve: "Miguel Relvas lida com jornais e jornalistas há mais de uma década. Se fosse pessoa para fazer o que acusam já todos teríamos dado por isso. Nem teria sobrevivido até aqui." Ou seja, de indignados pela liberdade de imprensa os jovens bloguistas passaram a obedientes e silenciosos assessores, deputados e dirigentes partidários.

É por estas e por outras que escuto sempre com muita cautela discursos difusos, que ignoram as condições de proletarização crescente em que jornalistas trabalham, sobre a liberdade de imprensa e a sua relação com o poder político (esquecem sempre o mais eficaz dos poderes, que é o económico). Cansei-me de ouvir o silêncio presente dos indignados do passado e a indignação presente dos silenciosos do passado. E, sobretudo, tenho sempre muitas dúvidas sobre a coerência de quem defende a precariedade profissional e editorial dos jornalistas e se quer trasvestir, quando dá jeito, em advogado da sua liberdade.
  
Dito isto, o que Miguel Relvas fez com a jornalista do "Público" é grave. Não por o caso em si, que poderia corresponder apenas a um excesso do momento, mas por ser evidente que se trata de um padrão de comportamento. Assim como a cumplicidade com estes atropelos a uma imprensa livre é um padrão dos apoiantes do centrão que, à vez, passam de defensores dos jornalistas para disciplinadores dos jornalistas. Só depende de quem está no poder.» [Expresso]

Autor:

Daniel Oliveira.
    

Cereja ao preço da uva mijona

«Os clientes "são cada vez menos", devido à crise, lamentou Fátima Gonçalves, pelo que os preços reflectem uma nova realidade: este ano não há cerejas a cinco euros o quilo ou mais, como era vulgar encontrar quando os primeiros frutos chegavam às bancas.

"Nunca comecei a vender cereja tão barata como desta vez. No primeiro dia cheguei a vender a partir de 2,5 euros", disse Fátima, enquanto Nazaré Gonçalves, familiar e outra das vendedoras, acenava com a cabeça, confirmando a ideia.» [CM]

Parecer:

Não há dinheiro para frutas caras.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se.»
  
Lisboa: cidade de cobardes

«De acordo com um relatório da Procuradoria Distrital de Lisboa, a violência doméstica encontra-se no topo dos crimes e com tendência a aumentar. Estima-se que desde as Caldas da Rainha até à zona de Almada exista um volume processual superior a 50 mil inquéritos, com 2556 investigações relativas deste género.» [Diário Digital]

Parecer:

É urgente enfrentar este flagelo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Adoptem-se medidas.»
  
Portugal e Espanha fizeram de caniches da Merkel

«Portugal e a Irlanda criticaram a Grécia na última reunião do eurogrupo, em Bruxelas, na semana passada, considerando "inaceitável" que Atenas não cumpra o memorando acordado com a 'troika', noticiou hoje o Der Spiegel. 

Os ministros das Finanças Vítor Gaspar e Michael Noonan disseram na reunião que "é inaceitável" que Lisboa e Dublin façam grandes esforços para cumprir as indicações da União Europeia para sanearem os respetivos orçamentos, enquanto a Grécia "quebra sistematicamente" as promessas de reformas, revelou o semanário alemão.

Outros ministros das finanças disseram na mesma reunião, dirigindo-se ao seu homólogo Filippos Sachinidis, que "foram os gregos que, com o seu desmazelo, atiçaram repetidamente o fogo em toda a zona euro", acrescentou a mesma publicação.» [DE]

Parecer:

Gente sem dimensão, políticos rascas, ministros pequeninos.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se o espectáculo.»
  
Cobardia

«Ao enviar "uma série de documentos" para a Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC), Miguel Relvas conseguiu, para já, escapar à discussão política do caso "Público" na arena parlamentar.

A esperança do PSD é que a Entidade Reguladora dê tempo para que a polémica esfrie e, de preferência, conclua no sentido de esvaziar o balão das suspeitas que recaem sobre o ministro. A ERC, na última deliberação semelhante, demorou seis meses a concluir pelo arquivamento.» [Expresso]

Parecer:

Se Relvas queria provar a sua inocência porque não o fez na sede da democracia?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao pouco corajoso Relvas.»
  
Cavaco pede mais crescimento à troika

«O Presidente da República congratulou-se hoje com as conclusões da reunião do G8 a favor de políticas de crescimento e manifestou a esperança de que esse "espírito" já tenha chegado à troika, que esta semana inicia nova avaliação a Portugal.
  
"Face a tudo o que tenho dito e escrito, só posso congratular-me com a declaração do G8, quando ela sublinha a importância de conciliar a consolidação orçamental com políticas, ao nível dos grandes blocos mundiais, no sentido de mais crescimento económico e mais criação de emprego", afirmou Cavaco Silva em declarações aos jornalistas, à margem da visita de Estado que efetua até terça-feira a Timor-Leste.» [Expresso]

Parecer:

Não era Cavaco que falava em crescimento e em criação de emprego já no segundo semestre.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Cavaco no que fundamentou o seu optimismo.»
  
Patrão da Cofina também se meteu com o Canals

«O i confirmou que o nome de Paulo Fernandes, o patrão da Cofina, empresa detentora do Correio da Manhã, também consta da lista de clientes de Michel Canals, o ex-gestor de contas do banco suíço UBS para o mercado português que foi constituído arguido na passada sexta-feira.

Um porta-voz de Paulo Fernandes contactado pelo i desmentiu que o accionista maioritário da Cofina seja cliente da empresa Akoya Asset Management – suspeita de lavagem de dinheiro – mas confirmou que Paulo Fernandes conhece Michel Canals.» [i]

Parecer:

Agora é que o CM vai estar em vantagem no caso Lima.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
O corajoso Relvas responde por escrito

«O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, vai responder por escrito à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) no caso das ameaças feitas por si ao jornal PÚBLICO e à jornalista que tem acompanhado o caso das secretas.» [Público]

Parecer:

Para quem queria demonstrar inocência anda com muitos cuidados.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Relvas que apresente o pedido de demissão e poupe o país a este triste espectáculo.»