Paulo Portas parece estar a travar uma luta surda com o Vítor Gaspar, o ministro das Finanças tramou-o ao promover um aumento brutal de impostos quando o líder do PP se tinha armado em principal opositor a mais impostos, Vítor Gaspar não gosta de ser contrariado e nada neste país pode colocar-se no seu caminho, nem mesmo o Paulo Portas. Não só decidiu um aumento brutal de impostos como não alterou uma linha do seu projecto de OE, levando o líder do CDS a promover uma encenação, deixando o país em suspenso até informar que votaria no OE. Agora é Paulo Portas a ir à reunião conjunta dos grupos parlamentares de apoio ao governo incompetente argumentando como se fosse deputado da oposição, defendendo que o governo deveria aproveitar os argumentos da presidente do FMI. Digamos que Portas está a passar mão pelo dito cujo do Gaspar e este está a ver. Aguarde-se pela vingança do Gaspar.
Quando o país soube a forma original como o Relvas chegou a doutor o ainda ministro justificou-se com a sua versão personalizada das Novas Oportunidades que o seu amigo Passos odiava e os seus servos prontamente destruíram, o homem sempre tinha sido muito aberto ao conhecimento, pelo que será de esperar que enquanto se dedicava ao rancho folclórico de Tomar aproveitou para aprender o máximo sobre a Revolução Francesa, um tema incontornável num curso de ciência política. Agora que pode vir a perder o tão almejado canudo mais as propinas que teve de pagar para simular o papel de estudante o ministro diz que nunca precisou do curso na vida, é um homem prático e muito bem sucedido. Grande Relvas!
A ministra da justiça parece concorrer com o Miguel Relvas para o estatuto de cromo mais valioso do governo, pediu à PGR uma certidão de inocência do primeiro-ministro, garantindo que Passos Coelho não é acusado de nada só porque o banqueiro o trata por tu à segunda conversa, mas esqueceu-se de pedir idêntica certidão para o Miguel Relvas, pelo que é de esperar que este esteja a juntar provas para requerer um diploma de equivalência à certidão de Passos Coelho. O problema é que na mesma semana em que foi à PJ sugerir batatinhas com um novo estatuto e que garantiu ao sindicato dos magistrados que iria manter a gorjeta da borla dos transportes, alguém a brindou com uma fuga ao segredo de justiça, logo a ela que tinha garantido que ia acabar a impunidade. Está-se mesmo a ver que já acabou.