domingo, outubro 21, 2012

Umas no cravo e outros na ferradura


 
   Foto Jumento
 

Junto ao Martim Moniz, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

   
Aldeia de Monsanto [A. Cabral]   
 
Jumento do dia
   
Passos Coelho
 
Passos Coelho mandou reunir o Conselho Nacional do PSD para discutir a situação política do país. Ora, qualquer um sabe que a situação política é boa ainda que não se recomende, o Cavaco não se sabe bem o que faz mas é Presidente, Passos Não faz nada mas é primeiro-ministro, Portas faz de conta que faz diplomacia e ainda é ministro da pasta, o sôr Álvaro não faz nada mas esse nunca fez grande coisa e o Gaspar lá se vai arrastando enquanto que faz de conta que faz previsões.

Portanto, a reunião é pura perda de tempo, tudo está bem em Portugal, a única coisa que está mal é que Passos Coelho dava um óptimo director de uma boite mas o destino trocou-nos as voltas e foi parar a primeiro-ministro de um país, poderia ter sido do Burundi, mas não, para azar nosso é mesmo o primeiro-ministro de Portugal. Ora, isso o Conselho Nacional do PSD não vai discutir.
 
«O PSD avalia hoje a situação política nacional, depois de o primeiro-ministro Passos Coelho ter já assegurado que “o Governo não está a cair”.» [Notícias ao Minuto]
   
 A impreparação
 
A tese da impreparação de Passos Coelho, ou mesmo dos seus pares como o Miguel Relvas, é, apesar de tudo, uma tese muito simpática, assenta no pressuposto de que estamos perante gente inteligente, potencialmente competente, honesta e de boa fé. Veja.se o caso do Relvas que anda por aí a dizer que é licenciado em ciência política, tem um canudo que o confirma mas preparou-se para a complexa ciência em actividades como um rancho folclórico. Chamar a isso impreparação é dizer que um carteirista só não dá um bom banqueiro porque lhe falta um estágio ao lado do Fernando Ulrich.
  
A verdade é que quem ouve com atenção o discurso de Passos Coelho tem um agrande dificuldade em acompanhar-lhe o raciocínio e é muito provável que Vítor Gaspar se tenha habituado a falar tão lentamente e de forma quase infantil porque passa longas horas a explicar as suas decisões ao primeiro-ministro. Apanhou o tique da explicação como se fosse estivesse a explicar a uma criança de quatro anos e mesmo assim os resultados são desastrosos, cada vez que Passos Coelho chama a si o anúncio de uma nova medida o ministro das Finanças é obrigado a convocar uma conferência de imprensa dois dias depois para desfazer os equívocos e explicar melhor as medidas.
  
Dizer que Passos Coelho tem um problema de impreparação é um dos maiores elogios que lhe podem ser feitos.
 
 Uma perguntinha a Portas e a Passos

Essa coisa da coordenação da coligação está a correr às mil maravilhas, não está? Ainda bem, vejam bem o que seria se não estivesse.
 

  

 Gaspar, amigo, o povo não está contigo!
   
«Definitivamente, Portugal é um país de ingratos. O altruísta ministro das Finanças, cujo único propósito na tarefa de destruir a economia portuguesa é retribuir "a dádiva" que o País lhe deu ao investir na sua educação ao longo de décadas, é um mal-amado e um incompreendido.
  
E vai daí, Vítor Gaspar decidiu que a maneira de corresponder ao esforço nacional na sua sabedoria é com um saque fiscal.
  
O País, manifestamente, não entende a sua generosidade. Mal- -agradecido pela malfadada reforma da TSU que poria os trabalhadores a financiar os patrões, e, não satisfeito com a vingança brutal da sobretaxa e dos escalões do IRS que reduzem de forma sanguinária os rendimentos das famílias, ainda tem a lata de desatar a criticar e a insultar um ministro que quer apenas salvar a Pátria. Mesmo que o FMI - que já assumiu que também se enganou nas previsões -, a Comissão Europeia, o Presidente da República, a Universidade Católica ou um povo inteiro, o tal que é "o melhor povo do mundo", desatem a gritar que caminhamos para o abismo. Mesmo que o País se queixe que tem fome; que fique a saber-se que não há dinheiro para uma escola do Algarve dar de comer a uma criança de cinco anos, apenas porque os pais têm uma dívida de pouco mais de 30 euros; que há empresas a fechar todos os dias atirando milhares para o desemprego; que um bando de comunistas perigosos - tipo Marques Mendes, Pacheco Pereira, Manuela Ferreira Leite, Bagão Félix ou outros que tais - sejam cúmplices ou instiguem à violência contra o roubo perpetrado através do aumento dos impostos; e que, imagine-se, estamos perante um ministro, contavam os jornais, que é "detestado pelo CDS e por setores do PSD", vá lá saber-se porquê. Tudo gente desagradecida.
  
Vítor Gaspar pode até ter sido um aluno brilhante. Pode, inclusive, ser um académico rico de competência. Mas isso não faz dele, nem de ninguém, um governante de excelência. A verdade, verdadinha, é que, até agora, o todo-poderoso ministro das Finanças não acertou uma. Falharam todas as previsões macroeconómicas dos últimos 15 meses. Da redução da dívida pública ao acerto do défice externo, da taxa de desemprego às receitas fiscais arrecadadas pelo Estado, das promessas de que 2013 seria o ano da recuperação - em que parte do Orçamento do Estado é que ela está prevista? - à devastadora execução orçamental em curso, ou do compromisso de que o ajustamento português se faria "dois terços do lado da despesa e um terço do lado da receita". Isto para já não falar da perda de legitimidade democrática e de representação de uma maioria parlamentar que desonrou todas as promessas que a levaram ao poder. Tudo fracassou.
   
Na iniciativa privada, tamanhos maus resultados seriam garantia de uma carta de despedimento. Porém, no Governo da República, a pretexto da "credibilidade externa de Portugal", é sinónimo de continuidade garantida no posto de trabalho. Pudera! Continuamos a fazer a vontade à Alemanha da senhora Merkel - como a Europa quase inteira - em vez de cuidarmos do interesse nacional. Ninguém advoga, digo eu, que os compromissos com os nossos credores não devem ser honrados. Ninguém defende, digo eu, que o memorando a que estamos sujeitos seja, pura e simplesmente, rasgado. Não! Do que já ninguém parece ter dúvidas, à exceção do primeiro-ministro "colonizado" pelo dogma de Vítor Gaspar, é que não há salvação possível sem crescimento económico. E que este só será possível quando a dívida monstruosa, que nos custa anualmente quase oito mil milhões de euros, for renegociada.
  
A todas estas evidências, Passos e Gaspar viram a cara. Em Bruxelas dizem até que se sentem confortáveis com o que negociaram com a troika, mesmo que gregos e espanhóis berrem que a austeridade do "custe o que custar" tem efeitos devastadores.
   
De facto, o País tolerante, pacífico, e que ao longo de ano e meio demonstrou estar disposto a partilhar os sacrifícios e a ser compreensivo com a necessária austeridade, não merece um ministro das Finanças tão competente assim.» [DN]    

Autor:

Nuno Saraiva.     
 

 T
   
«De repente, os faróis que, durante anos, iluminaram o país com a necessidade de cortar na despesa, descobriram agora que não há qualquer margem para cortar na despesa. A não ser, obviamente, que o povo que se manifesta nas ruas e as “elites” que clamam contra o “enorme” aumento dos impostos estejam dispostos a abdicar do chamado Estado Social.
   
A lógica subjacente a esta espécie de raciocínio revela a indigência do nosso liberalismo: não querem que 80 por cento do ajustamento seja feito do lado da receita? Então reconheçam, entre outras pérolas, que os velhinhos vão ficar sem reformas, que os desempregados têm que desistir de qualquer apoio do Estado e que os doentes o melhor que têm a fazer é dotarem-se de um rechonchudo seguro de saúde.
   
Pelo caminho, como é óbvio, caíram as famigeradas gorduras do Estado, uma bandeira sempre içada pelos iluminados que nos governam. Como caíu a possibilidade de qualquer reforma da Administração Pública. Ao fim de mais um ano, o governo conseguiu a sublime proeza de acabar com quatro Fundações e parece estar em vias de fundir meia dúzia de freguesias, depois de ter recuado estrondosamente na eliminação do número de Câmaras – um esforço hercúleo do ministro Miguel Relvas, devidamente apoiado por vários caciques locais e pelo aparelho do PSD.
Durante duas semanas, com Conselhos de Ministros de vinte horas, os partidos da coligação tentaram, em vão, colmatar um trabalho que, por estranho que pareça, devia ter sido feito desde que entraram em funções. Sem resultados visíveis. Ao contrário do aumento dos impostos, que qualquer pessoa com a 4ª classe consegue vislumbrar, o corte na despesa exige trabalho, preparação e competência, algo que nem o ministro das Finanças, com a sublime formação que o país “generosamente” lhe forneceu, é capaz de pôr em prática. Assim, chegamos a um Orçamento em que ninguém acredita, elaborado às três pancadas, entre avanços e recuos, onde sobressaíram medidas que nunca chegaram a ser estudadas.
   
Convém lembrar que o circo orçamental começou com o anúncio das alterações da TSU, sem que ninguém se tenha dado ao trabalho de analisar os efeitos dessa fulgurante medida. Como seria de esperar, uns dias depois a medida sumiu, sem deixar rasto. Amuado, o governo ameaçou então com um aumento de impostos – que convém repetir já estava incluído no pacote da TSU – acenando entusiasticamente com o aumento descontrolado do IMI.
   
Como não podia deixar de ser, a cláusula de salavarguarda do IMI regressou, pela calada, depois de se ter verificado o efeito devastador da sua eliminação. Resta-nos, assim, um Orçamento preguiçoso que qualquer pessoa com um mínimo de bom senso percebe que não tem possiblidade de ser executado. O ano de 2013, que ainda em Agosto o primeiro.-ministro, do alto da sua irresponsabilidade, anunciava como um ponto de viragem, vai ser afinal uma descida aos infernos de que ninguém nos consegue salvar. E ainda há quem tenha a suprema lata de dizer que não temos alternativa.» [i]
   
Autor:

Constança Cunha e Sá.   

  
 O monoteísmo do capital financeiro e a felicidade
   
«De finanças o meu conhecimento é praticamente nulo. De ciência económica, quase. Mas não fico muito aflito, pois o que noto é que entre os economistas a confusão é imensa, tornando-se cada vez mais claro que, afinal, a economia é tudo menos uma ciência exacta.
    
Mas vamos ao capital, que é mesmo capital, como diz o étimo: caput, capitis (cabeça), necessário e até essencial para a existência humana. Seguindo em parte uma taxonomia de P. Bourdieu, X. Pikaza apresenta os diferentes sentidos de capital.
   
Nos capitais simbólicos, encontramos o capital sócio-cultural - o conjunto das riquezas simbólicas dos grupos e da humanidade, começando na língua e continuando nas tradições, nas esperanças de futuro, nas artes e tecnologias, nos saberes tradicionais e nos novos saberes científicos e técnicos - e o capital ético, incluindo os diferentes domínios da vida, no plano social, laboral, jurídico, abrangendo, portanto, o capital político, jurídico, religioso...
   
Mas, quando se fala em capital, pensa-se fundamentalmente no capital monetário e financeiro. Evidentemente, também este é um capital simbólico, mas hoje é o dominante, acabando por subordinar os outros. O capital de consumo situa-se no mundo da vida, está ao serviço da vida e da produção de meios para o consumo, bem-estar e desenvolvimento da humanidade. Há um capital monetário ligado à produção e distribuição do poder, isto é, das relações sociais, no quadro dos valores humanos e da democracia, da distribuição dos meios que permitem a realização dos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade, num plano ético.
   
O problema maior é que nas últimas décadas se foi dando o triunfo do capital financeiro, sobretudo na sua vertente neoliberal, desligado da produção de bens materiais e da distribuição de bens sociais, para se transformar em fim em si mesmo, sem atender à vida das pessoas e acima dos próprios Estados, que devem garantir os direitos humanos e a igualdade dos cidadãos. Fim em si mesmo, domina os próprios mercados, que "já são mercados do capital".
   
Encontramo-nos diante do "perigo de um monoteísmo do capital financeiro, que aparece assim como o único Deus do nosso mundo. Um capital por cima da produção de bens e da administração da justiça dos Estados, um capital sem normas éticas, sem outra finalidade que não a do desenvolvimento do próprio capital nas mãos de poderes financeiros frequentemente sem nome."
Este capital toma conta de todos os outros, a começar pelo capital ético, e está na base de uma guerra em curso, que custa milhões de vítimas.
   
Esta situação exige reflexão, pois cada vez se torna mais clara a urgência de mudar globalmente de paradigma. Entretanto, é salutar saber de exemplos de solidariedade e ética, que animam a esperança e são sinal de que a humanidade verdadeira mora para outras bandas.
   
A gente nem quer acreditar, quando lê, em Isabel Gómez Acebo e no Courier International, o exemplo impressionante do presidente do Uruguai, José Mujica. Após a eleição, continua a viver na sua pequena casa, numa zona da classe média, nos arredores de Montevideu. Tem um salário de 12500 dólares mensais, mas dá 90%, vivendo com 1250 (que lhe basta, pois muitos concidadãos vivem com menos). A mulher, a senadora Lucía Topolansky, também dá a maior parte do seu salário. Como transporte oficial utiliza um Chevrolet Corsa. Durante o Inverno, a residência oficial servirá de abrigo aos sem tecto. Mandou vender a residência de Verão do presidente, e o resultado da venda destina-se, entre outros usos, à construção de uma escola agrária para jovens sem posses.
   
Na reunião do Rio+20, pronunciou um discurso especial. Aconselhou a uma mudança de vida, pois foi para sermos felizes que viemos ao mundo. Ora, na sociedade actual, vivemos completamente obcecados com o consumismo: trabalhamos para consumir sempre mais... tendo de pedir empréstimos que temos de devolver, e esquecemo-nos da felicidade. É este o destino da vida humana? Terminou, estimulando à luta pela conservação do meio ambiente, porque "é o primeiro elemento que contribui para a felicidade".» [DN]
   
Autor:
 
Anselmo Borges.   
    
     
 Negócios autárquicos
   
«A guerra à volta da candidatura de Luís Filipe Menezes à Câmara Municipal do Porto continua a abalar o PSD. O CM teve acesso a documentos que provam que a empresa do deputado e presidente da Distrital do Porto, Virgílio Macedo, apoio decisivo para o processo de escolha do candidato, faz a revisão oficial das contas de duas empresas municipais e da Câmara de Gaia, a que Menezes ainda preside.» [CM]
   
Parecer:
 
Cheira mal, será lodo no cais de Gaia?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Tapem o nariz quando se cruzarem com o Menezes.»
      
 Passos também teve direito às suas escutas
   
«O ex-procurador-geral da República, Pinto Monteiro, enviou a 8 de outubro a validação das escutas de uma conversa com o primeiro-ministro no âmbito do processo 'Monte Branco.'  
   
O procurador que dirige o caso, Rosário Teixeira, não explicou as razões pelas quais foi pedida a validação das escutas, mas sabe-se que o pedido não foi acompanhado por qualquer participação-crime.
  
O processo 'Monte Branco' envolve quatro banqueiros portugueses e suíços, por suspeita de fraude fiscal e branqueamento de capitais.» [Expresso]
   
Parecer:
 
Voyerismo justiceiro.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pela máquina de destruição de escutas e aposte-se que desta vez não haverão escutas escondidas e por destruir.»
   
 Já não há verniz na direita
   
«O presidente do Conselho Nacional do CDS-PP, António Pires de Lima, afirmou, em entrevista à Antena 1, que o primeiro-ministro revelou alguma "impreparação" e falta de "sensibilidade" quando apresentou algumas medidas do Orçamento do Estado para 2013.
   
"É preciso ter sensibilidade quando se pede e apresentam medidas como aquelas, para além do mais há um certo grau de impreparação. É preciso reconhecer que aquilo que se passou no último mês deve servir de lição para que não se repitam este tipo de erros", disse Pires de Lima numa entrevista conduzida pela jornalista Maria Flor Pedroso.
   
"Esta impreparação pelo menos ao longo do último mês é da responsabilidade fundamentalmente do líder do Governo, porque é ao líder do Governo que compete articular e coordenar o Governo com o objetivo de apresentar um Orçamento", acrescentou.» [Expresso]
   
Parecer:
 
Isto está a ficar bonito.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «ò Ilda mete os putos na barraca, vai haver pedrada.
   
 O que seria de nós sem a ajuda da troika?
   
«Ao contrário do inicialmente previsto, o pagamento de juros de Portugal à troika está a incidir na totalidade dos 12 mil milhões de euros destinado à capitalização da banca, e não apenas no montante até agora utilizado.
   
Questionado pelo i, o Ministério das Finanças responde que “os juros são pagos sobre a totalidade do montante recebido para esta finalidade [ajuda à banca]”. Até agora sempre tinha sido dito que Portugal só pagaria juros sobre o crédito efectivamente usado, o que baixaria significativamente o custo do empréstimo.
   
O programa de assistência a Portugal é de 78 mil milhões de euros, em que se incluem 12 mil milhões de euros para o sector financeiro reforçar os capitais. Desta fatia de 12 mil milhões, o Estado injectou este ano 4,5 mil milhões de euros no BCP e no BPI. Os restantes 7,5 mil milhões de euros estão depositados numa conta bancária no Banco de Portugal.» [i]
   
Parecer:
 
Isto não é ajuda, é proxenetismo financeiro.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Xulos!»
   

 João Duque aderiu a'O Jumento?
   
«O economista João Duque diz que as contas de Portugal estão a ser mal feitas e que não será possível cumprir as metas traçadas.  
   
"Há uma falha dos modelos. Vejam o que foi o orçamento de 2012", apelou, durante o evento IDC Directions que decorreu no Estoril. "Tínhamos uma previsão de cobrança do IRS, IRC e do IVA. Com base na última execução orçamental, vejam qual era a previsão e a realidade", continuou, mostrando quadros comparativos. O IRS subiu, o IVA desceu. 
    
"Os orçamentos só servem para apontar os desvios, e isto são desvios colossais", frisou. João Duque considera que, perante as "grandes alterações que estão a ser impostas à economia portuguesa, e que os modelos não comportam", não se pode prever qual será o comportamento da economia. » [Dinheiro Vivo]
   
Parecer:

Até parece.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informamos que João Duque não tem residência nesta Fundação asinina.»