quarta-feira, outubro 17, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
 
Graffiti, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

   
Vazante [A. Cabral]   

Jumento do dia

Cavaco Silva
 
Cavaco Silva ficou em silêncio quando não teve conhecimento prévio da pinochetada fiscal que segundo Durão Barroso foi aprovada pela troika muito antes de qualquer português ter tido conhecimento da mesma, ou será que teve conhecimento e fiou calado?

Cavaco Silva ficou em silêncio quando o Vítor Gaspar disse na sua conferência de imprensa que tinha ignorado a opinião que expressou através do Facebook?

Cavaco fica em silêncio quando o governo que ele próprio elegeu faz tudo ao contrário do que ele diz, incluindo as críticas com que ajudou a derrubar o governo anterior?

Enfim, se os portugueses quiserem saber o que Cavaco Silva pensa terão de esperar que ele regresse à Ilga Graciosa.

PS: Uma pequena pergunta a Cavaco: á está com saudades do PEC IV ou prefere a única pinochetada fiscal do Vítor Gaspar só porque teve conhecimento prévio através da comunicação social?
      
 Uma musiquita para Paulo Portas


 O OE é tão mau que até ressuscitou o dr. Relvas
 

O OE apresentado pelo divino Gaspar foi feito à experiência?
   
 Gaspar está louco?
  

  
Começa a ser óbvio que Vítor Gaspar começa a ser um grave de teimosia, de tanta teimosia que começa a parecer demência, está tão convencido de que a sua receita é infalível que mesmo perante o fracasso insiste nos mesmos erros. Passa por cima de tudo e de todos, julgando-se com o apoio dos amigos do BCE acha que pode ignorar os membros da coligação, o parlamento, a Constituição, e que ainda pode enxovalhar um Presidente da República em público.
 
A receita de Vítor Gaspar não vai falhar em 2013, já falhou em 2012 e por mais que tenham tentado enganar os mercados e o país a verdade é que ainda faltam mais de dois meses para o ano fechar e já é um desastre, não houve ajustamento nenhum, o tecido económico foi destruído de forma arbitrária, o tecido social está doente, o país acrescentou à crise financeira  uma grave crise económica e social. E ainda não se sabe a extensão real da quebra das receitas fiscais em 2012.
 
Mas Gaspar não aceita o erro e muito menos a sua incompetência, aparentando sinais de demência parece estar convencido de que é o único soldado que acertou o passo na parada. Apoiado pelos amigos com que trocava papers não aceita a avaliação de incompetente e insiste em sujeitar o país à reformatação brutal que ele defende, como se em vez de uma nação Portugal fosse uma criação de bichos da seda.
 
O OE do Gaspar só vai ter uma consequência em 2013, a desgraça. A recessão vai descontrolar-se, as receitas fiscais vão cair abruptamente, uma parte significativa das empresas vão refugiar-se na economia informal para protegerem a sua actividade e o rendimento dos seus trabalhadores, as receitas da segurança social minguarão enquanto aumentarão as despesas sociais, o número de PME e micro empresas a falir vai aumentar exponencialmente, uma boa parte do pequeno comércio desaparecerá.
 
Vítor Gaspar perdeu a noção da realidade, não quer admitir que a política que falhou em 2012 é precisamente a que quer impor ao país em dose dupla para 2013. O homem não se incomoda que os recursos humanos mais valiosos estejam a abandonar o país, que muitas empresas tenha que se mudar para o estrangeiro se quiserem sobreviver pois em Portugal não há quadros dispostos a trabalhar à borla porque o Gaspar quer impor a desvalorização fiscal via IRS.
 
Vítor Gaspar está louco, insiste numa política que só pode conduzir à guerra civil porque acha que pode fugir e a senhora Merkel lhe garante um bom emprego nas instituições europeias.


 Haja alguém capaz de ter um orgasmo com o Gaspar!

Só podia ser o Camelo, perdão, o Camilo:
  
«A conferência de imprensa de ontem foi a mais importante que vi Vítor Gaspar fazer. Pela clareza do discurso, pelos avisos que fez e pela coragem demonstrada. Ontem ganhou mais uns quantos inimigos? "So what"? Num país que não tem coragem para corrigir os seus próprios disparates, ter alguém tão assertivo é uma bênção.» [Jornal de Negócios]

 Músicas dos dias que passam
 


  
 Os pretextos para andarmos à estalada
   
«Quando o FMI corrige cálculos anteriores e diz que por cada euro adicional de austeridade a economia vai afundar entre 0,9 e 1,7 euros, percebemos que andamos a ser enganados. Dá vontade de andar à estalada.
   
O orçamento apresentado ontem por Vítor Gaspar, dadas aquelas contas do FMI, irá, portanto, causar mais 5 mil milhões de austeridade e 8 ou 9 mil milhões de euros de quebra do PIB, de perda de riqueza do país. Qualquer burro percebe que assim não vai haver dinheiro para pagarmos a dívida nem para estabilizar o défice e que estaremos, no final do ano, de bolsos vazios e ainda mais longe de atingir as metas da troika! Dá vontade de começar à estalada.
   
Quando o primeiro-ministo promete um sacrifício equitativo para vencer a crise mas aceita este novo IRS - que significa para um casal de trabalhadores com um filho que, por mês, tenha 1500 euros de rendimento, um aumento de 140% neste imposto, enquanto um outro casal que ganhe mais de 25 mil euros por mês tem um aumento de apenas 18% - parece que alguém não sabe fazer contas. Dá vontade de começar à estalada.
   
Quando o grupo parlamentar do PS acusa de populismo quem o critica por nesta altura andar a trocar viaturas e aparece o seu deputado Francisco Assis, em tom de desafio demagógico, a perguntar para a geral se o líder do grupo parlamentar socialista deve andar num Renault Clio, vislumbra-se a inutilidade de um hipotético governo alternativo do PS. Dá vontade de começar à estalada.
  
Quando o Cardeal Patriarca mostra compaixão pelos pobres, cada vez em maior número, mas acusa o poder de se deixar governar pela rua, onde os pobres protestam por nada mais lhes restar fazer, deparamo-nos com uma definição esquisita do conceito "amor pelo próximo". Dá vontade de começar à estalada!
  
Quando o presidente Cavaco Silva escreve que o cumprimento do objetivo do défice público é simplesmente inviável, mas não retira consequências disso tratando de demitir o governo antes da aprovação do orçamento que repete esse erro, somos obrigados a concluir que no Palácio de Belém o poder é uma inutilidade. Dá vontade de começar à estalada. 
  
A classe política, os economistas, os líderes morais dão, todos os dias, razões para ser deflagrada a violência que Passos Coelho disse, no parlamento, recear.
  
No dia em que começasse tudo à estalada havia pretexto para sitiar o país e impôr, à cacetada de polícia de choque, a política de empobrecimento generalizado dos portugueses. A quem interessa, pergunto, que andemos à estalada?» [DN]
   
Autor:
 
Pedro Tadeu.   

 Napalm político
   
«A elaboração do Orçamento para 2013 tem sido gerida com menos sentido de Estado do que a Casa dos Segredos da TVI, e portanto, ainda podem ter surgido surpresas, ontem à noite.
   
De qualquer modo, tudo aponta para que se confirme o "napalm fiscal" de que falou Bagão Félix. Vítor Gaspar lembra, aliás, cada vez mais o tenente-coronel do Apocalypse Now que "adorava o cheiro do napalm pela manhã".
  
Não é preciso ser marxista para adivinhar as consequências desta anunciada proletarização da classe média. Basta ter em consideração um conservador como Tocqueville: "Os homens que vivem numa situação igualmente afastada da opulência e da miséria têm os seus bens na maior das estimas. Como estão ainda bem próximos da pobreza, vêem de perto os seus rigores e temem-nos; entre esta e aqueles não há mais do que um pequeno património sobre o qual se concentram temores e esperanças". A satisfação da classe média constitui o cimento das democracias, e é pouco provável que o tal "napalm fiscal" não tenha um impacto sério no nosso sistema partidário. Este sábado, Miguel Sousa Tavares deu voz a um sentimento cada vez mais generalizado: "Há 45% de contribuintes que não pagam um euro de IRS e, por mais que o seu poder reivindicativo se manifeste (...) eles representam meio país que, do Estado, só recebe, nada paga. Não são eles que estão a acartar com os grandes sacrifícios: são os outros, os que pagam, e sobretudo, os que pagam bem mais do que recebem". Podemos ver nestas palavras alguma injustiça e até algum preconceito de classe. Mas não podemos ignorar que são bastante representativas. Até agora, Portas, o líder do "partido dos contribuintes", tinha sido o principal representante destas preocupações. Mas se não romper rapidamente com este caminho, estará irremediavelmente perdido. A questão é se o PS conseguirá reorientar estes anseios, coligando-os com os de quem paga pouco ou nenhum IRS, ou se, pelo contrário, aparecerá algo de novo no sistema partidário.» [DE]
   
Autor:
 
Filipe Nunes.
      
 O que vai fazer o resto da sua vida?
   
«HÁ UM ANO, muitos portugueses acreditavam. Estavam mobilizados para salvar o país. Pagariam, trabalhariam – salvariam. Hoje, muitas pessoas só quererão salvar-se a si mesmas. A si, aos seus. A emergência tornou-se individual. O Governo diz-se sem alternativas. Mas há empresas com alternativas. Há pessoas com alternativas. Você pode ser uma pessoa com alternativas. O que vai fazer? 
   
Há a alternativa de baixar os braços. A alternativa de levantá-los para gritar. A alternativa de virar as costas ou exigir de frente. A alternativa, nas empresas, de despedir ou baixar salários. De cortar no topo para manter a base. A alternativa, das pessoas, de emigrar ou ficar cá, de passar a fugir aos impostos ou continuar a pagá-los, a alternativa de perder a cabeça, de exigir cabeças ou de ter cabeça. A alternativa de atirar tudo para o ar ou sentar com o raio da máquina de calcular à frente outra vez. A alternativa de perder para sempre ou começar de novo. A alternativa de dar, partilhar, lutar por quem não tem emprego, casa, dinheiro, pão – de quem não tem alternativa.
   
O ORÇAMENTO do Estado tem tudo para correr mal. O rol de desgraças está mais do que listado, a maior carga fiscal de sempre é um tonelada em cima de algodão, não há justiça nem rumo, há impostos, impostos, impostos. E há sobretudo a descrença de que vai funcionar. A certeza de que não vai chegar, porque nada chega para encher um buraco negro no universo. Desde ontem, há ainda mais. Há riscos. 
   
O risco de execução do orçamento é tão grande que se vê do céu à vista desarmada. Começando no défice deste ano, que está longe de estar garantido, depois do "chumbo" à utilização da concessão da ANA. Para 2013, é incredível que as receitas de IRS aumentem 30%, o que pode repetir a derrapagem nas receitas fiscais deste ano. Pior do que este ano, o PIB poderá facilmente contrair mais do que 1%, mercê das recessões dos países para os quais exportamos e dos "multiplicadores" agora descobertos pelo FMI. O risco está pois nos dois lados da fracção. A probabilidade de conseguirmos reduzir o défice para 4,5% em 2013 é, portanto, muito pequena. Quem nos dera pensar o contrário. Porque desta forma, "isto" não chega.
   
"Isto" é a maior carga fiscal de sempre. É cortes na saúde, na educação, é redução de salários e pensões, é rescisões de contratos na função pública, é mais despedimentos nas empresas públicas, é desemprego, falências, recessão. Se "isto" não chega, nada chegará. 
   
MAS HÁ mais um risco. O risco político. Os desenvolvimentos dos últimos dias mostram que o golpe palaciano movido pelo CDS e por parte do PSD contra o ministro das Finanças falhou. Ficou tudo como estava antes das maratonas no Conselho de Ministros. Vítor Gaspar não cedeu a Portas, como noticiava o "Sol" na sexta, os escalões de IRS e a sobretaxa não mudaram, como avançava o "Expresso" no sábado. Ficou tudo na mesma. Gaspar venceu. E ficou só. 
   
Vítor Gaspar está isolado no Governo. Ontem, cometeu ademais a imprudência de ridicularizar o Presidente da República, ao dizer que o FMI não assumiu erro algum na questão dos multiplicadores, que isso teria sido apenas a interpretação do blogue de Paul Krugman. Cavaco Silva não é de embarcar em blogues. E não precisou, Gaspar não tem razão. Em conferências públicas na última semana, quer o economista-chefe, quer a a directora-geral do FMI assumiram o erro. E três Presidentes da República – Cavaco, Soares, Sampaio – falaram na última semana dizendo coisas diferentes mas dizendo uma coisa igual: a austeridade está a matar a economia, a sociedade – e pode matar a democracia. 
   
Só um Governo forte e coeso aguenta este Orçamento e ele não há. Portas parece querer sair. Gaspar está só, mas não está fraco. Gaspar manda no Governo porque a troika manda no País. Quando Gaspar repete à exaustão que a margem é quase nula, não está só a falar ao País. Está a falar para dentro do Conselho de Ministros. Está a falar ao espelho. 
   
É POR ISSO que o FMI tem de ser consequente e a UE tem de ser responsabilizada. Só eles têm chaveiros para abrir estas arcas. Nos próximos meses, a UE vai atravessar um caos político com a aprovação em pacote de ajuda externa a um grupo de países, que deverá incluir Espanha, Chipre, Eslovénia e a própria Grécia. Talvez esteja aí o bom-senso: Portugal ganha tempo para submergir durante essa fase. E ganha "folga assistida" em 2013. Assistida pelas instituições internacionais nos mercados. Para que, como disse ontem Vítor Gaspar, haja credibilidade acrescida e acesso ao financiamento.
   
ESTAS são também alternativas, as de pressionar as instituições comunitárias. Porque também elas têm uma alternativa: a alternativa de ser Europa. A mesma alternativa que tem o Governo português, a de negociar, pressionar, de provar que será melhor e será merecido. 
   
É preciso inventar a esperança. Ela não morreu, apenas não está no Governo que a devia erguer. Talvez depois do salvamento venha a salvação. Talvez valha pena acreditar que um louco se atira mais de quatro minutos em queda-livre e aterra ileso. Porque, sim, muitos têm alternativas. A alternativa do conflito ou do compromisso. "O que vai fazer o resto da sua vida?", tocava Bill Evans, que era um génio e editou um álbum chamado "você tem de acreditar na Primavera". Agora é Outono. E há uma decisão que também é sua. » [Jornal de Negócios]
   
Autor:
 
Pedro Santos Guerreiro.
    

 

 Ao que isto chegou
   
«Uma criança de cinco anos, aluna da escola EB nº2 de Quarteira, do Agrupamento Drª Laura Alves, de Loulé, foi impedida de almoçar, porque a família não pagou a mensalidade de alimentação, de cerca de 30 euros, noticia o Correio da Manhã.
  
Segundo revelou ao jornal Teresa Francisco, mãe da aluna que frequenta a pré-primária naquele estabelecimento de ensino, a menina ficou "sentada ao lado dos colegas, sem refeição, enquanto estes almoçavam". Outros pais contaram, sob anonimato, que uma das funcionárias foi impedida pela direcção da escola de pagar do seu próprio bolso a refeição da criança. Os pais acusam a escola de ter agido de má-fé e de ter exercido violência psicológica sobre a criança.
   
O Correio da Manhã adianta ainda que mais alunos foram impedidos de almoçar, nesse dia, noutras escolas do agrupamento, pelo mesmo motivo.
  
A directora do agrupamento, Conceição Bernardes, justificou a decisão com o facto de que "todos os pais foram informados das medidas, que seriam aplicadas caso não regularizassem as dívidas até 9 de Outubro”, acrescentando que “podiam ter pedido a renegociação desses valores e até dos escalões, mas alguns foram negligentes e não o fizeram".» [i]
    
Parecer:
 
Parece que o gasparismo está a ter cada vez mais adeptos.
    
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proteste-se.»
     
 Silva Lopes vai a manif contra Merkel
   
«O economista José Silva Lopes disse hoje que estará presente nas manifestações quando estas visarem os políticos europeus e, nomeadamente, a chanceler alemã, Angela Merkel.
   
Silva Lopes, que falava numa conferência sobre o Orçamento do Estado para 2013 organizada pelo Instituto de Direito Económico Financeiro e Fiscal da Faculdade de Direito de Lisboa, afirmou que não existe outra solução que não seja de austeridade para Portugal porque esta é imposta pelos políticos europeus.» [DN]
   
Parecer:
 
Vamos todos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Organizem-se manifestações contra Merkel.»
      
 Do modular ao calibrar
   
«O ministro das Finanças pediu hoje aos deputados do PSD e CDS para apresentarem cortes entre 500 a mil milhões de euros.
   
O ministro das Finanças pediu hoje aos deputados do PSD e CDS para apresentarem propostas para cortes entre 500 a mil milhões de euros de forma a "calibrar" o agravamento fiscal.
  
No entanto, disse que não há margem para alterar as propostas fundamentais do Orçamento do Estado para 2013 e sublinhou que o cenário macroeconómico com que o Executivo "está a jogar é o que se conhece e não há forma de mudar".» [DE]
   
Parecer:
 
Este Gaspar além de incompetente é louco.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Interne-se o homem quanto antes.»
   
 Até tu Ferreira Leite?
   
  
«A social-democrata Manuela Ferreira Leite disse hoje que as pessoas não devem "aceitar morrer antes de emagrecer", sublinhando que a redução do défice através da receita "acabou" e só poderá ser feita pelo corte na despesa.
  
"Concordo que é preciso emagrecer, mas espero que as pessoas não aceitem morrer antes de emagrecer. Morrer gordo é do pior que há, especialmente depois de se fazer uma grande dieta", disse Manuela Ferreira Leite, um dia depois de ter sido entregue na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado para 2013.» [DE]
   
Parecer:
 
Parece que Ferreira Leite se esqueceu do que disse no comício de apoio a Passos Coelho.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Ferreira Leite se está a falar em seu nome.»
   
 CDS perde a paciência com o divino Gaspar
   
«O ministro das Finanças diz que o Governo não tem "margem de manobra" para alterar o Orçamento do Estado para 2013 e colocá-lo "em causa" é "pôr em causa o processo de ajustamento". A ameaça de Vítor Gaspar na conferência de imprensa de ontem tinha um destinatário directo: Paulo Portas. O CDS equaciona, agora, sair do Governo, caso o documento não seja alterado até 31 de Outubro (votação na generalidade) . À noite, Paulo Portas reuniu o seu núcleo duro para delinear reacção oficial às contas de Gaspar.
   
Abandonar o Executivo é uma carta em cima da mesa. A solução para evitar uma crise política passaria por ficar como apoio de incidência parlamentar, obrigando o PSD a negociar na especialidade cada uma das medidas para garantir a sua aprovação. O partido de Portas ficou "furioso" com a falta de flexibilidade de Gaspar para aliviar o pacote fiscal, como tinha exigido, e vai pedir uma reunião informal ao Presidente da República para discutir a situação política e tentar convencer Cavaco a tomar uma atitude.» [DE]
   
Parecer:
 
É preciso muita paciência para o aturar.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
   
 Estará a gozar?
   
«O ministro de Estado e das Finanças, Vítor Gaspar, afirmou hoje numa reunião com as bancadas da maioria PSD/CDS-PP que vai aferir qual é a posição oficial do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre os efeitos da austeridade.
   
De acordo com deputados que participaram nesta reunião, na Assembleia da República, Vítor Gaspar considerou errada a interpretação que tem sido feita de que o FMI reconheceu ter subestimado os efeitos recessivos da austeridade.» [i]
   
Parecer:
 
Para que há-de ir perguntar a posição oficial do FMI se pode avaliar o impacto da austeridade em Portugal? Só pode estar a gozar com os deputados ou então admite que está navegando à vista e com poucas preocupações em relação aos resultados.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»
   
 A (ou O) anedota do dia
   
«Depois de uma reunião de mais de três horas com as bancadas do PSD e CDS, o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, não deixou de enviar um recado direito ao CDS: “A vida política portuguesa precisa de tranquilidade”.» [i]
   
Parecer:
 
Excelente sentido de humor ó dr!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecidíssima gargalhada.»
   
 Gaspar vai gastar mais dinheiro em comunicação
   
«"Unidade de Comunicação Institucional - responsável pelo protocolo e relações públicas; relações com a imprensa; gestão de conteúdos dos sítios da Internet e intranet do Ministério; (esta unidade coloca algumas questões delicadas. As relações com a comunicação social são naturalmente políticas. Esta questão de fronteira terá de ser esclarecida para evitar problemas. A minha sensibilidade é a de que precisamos de uma unidade de protocolo, informação e comunicação interna e de divulgação de conteúdos. Se esta abordagem for razoável a expressão comunicação deve ser evitada)."
   
A frase anterior descreve uma das alterações orgânicas planeada pelo Ministério das Finanças para o próximo ano e está inscrita no relatório do Orçamento do Estado. Chega acompanhada de um comentário que é uma rara oportunidade de perceber a sensibilidade atribuída pela equipa de Vítor Gaspar à relação com a imprensa. » [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
O que nos vale é que este Gaspar não vai durar o suficiente para criar mais lugares de chefia para boys, convencido de que o problema é da comunicação e não da sua demência.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Demita-se o pobre homem.»