quinta-feira, outubro 18, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura


 
   Foto Jumento
 
 
Beco do Castelo, Mour aria, Lisboa
   
Imagens dos visitantes d'O Jumento
 

   
Sinal da crise [A. Cabral]   

Jumento do dia
  
Vítor Gaspar
 
Vítor Gaspar já não é ministro das Finanças há muito tempo e as suas decisões já não podem ser consideradas medidas de política económica por mais que seja o ar de seriedade que põe quando fala delas, em vez de representar e defender os interesses dos portugueses Vítor Gaspar preferiu assumir o papel de oficial de diligências dos rapazolas da troika que, pelos vistos, já estão desactualizados m relação às ordens dos chefes e insistem em usar Portugal como cobaia de um excesso de austeridade combinada com uma desvalorização fiscal forçada.

Vítor Gaspar já não é apresentado pelos seus defensores como o ministro de um governo democrático, é apresentado pelos seus defensores como um salvador a que devemos obedecer cegamente e é evidente que é ele que manda no governo, e a certeza de que está a promover um novo Estado Novo parece ser tanta que já não se incomoda em humilhar um parceiro da coligação.

Vítor Gaspar parece ser cada vez mais um ditador cujo poder emana da chantagem da troika, já há uem sugira que ou ele ou a saída do euro.
 
Não vale a pena perguntar a Gaspar quais os fundamentos da sua política ou das suas previsões, eles emanam do seu poder e esse poder nada tem que ver com a Constituição ou a democracia que parecem ser cenas que não lhe assistem, o seu poder vem do amigo alemão e do dinheiro da troika, pelo menos enquanto os portugueses acreditarem nisso e não o mandarem ao Tejo.  com roupa e tudo.
   
 Cortar na despesa
 
Na próxima remodelação Passos Coelho deve ter em consideração o custo dos ministros e despedir o Vítor Gaspar, o curso do Relvas ficou bem mais barato aos portugueses e os resultados são mais ou menos os mesmos, asneiras por asneiras então ficamos com as mais baratas e divertidas.
 
  É só isto que arranjam?


 Nem mais tempo, nem mais dinheiro

Era o que diziam o Gaspar e Passos Coelho, o aprendiz de economia. Quanto a tempo já o terão pedido à troika face ao falhanço orçamental do ano em curso. Agora andam em busca de um cukpado para poderem justificar mais dinheiro, isto é, um segundo resgate que quando os efeitos deste OE se sentirem será mais do que inevitável.
 
 O logro fiscal
  

Já aqui usei o exemplo preço do tabaco por mais de uma vez, imaginem que quando o SG Gigante custava 6$50 contra os actuais 4,20€ um governo decidia que quem fumasse continuaria a beneficiar dos 6$50 e que novos fumadores passariam a pagar o preço actualizado. Agora os antigos fumadores estariam a pagar 0,0325€ por cada SG Gigante, enquanto os outros pagariam os actuais 4,20 €. Se por determinação da troika ou má disposição de um Gaspar apostado em irritar o CDS o OE decidisse actualizar os preços os antigos fumadores teriam um aumento de 1.292%!

Seria um escândalo, um aumento de 1292% escreveriam os nossos jornalistas, o Paulo Portas ficaria indignado, o CDS reuniria a comissão política, Cavaco mandava mais um bitaite no Facebook e o Gaspar, ainda que a contragosto, exibiria a sua famosa condescendência para com um povo que ele considera ser o melhor do mundo só porque o tem de aturar enquanto não perder a paciência.
Foi mais ou menos isto que sucedeu com o aumento do IMI que para o património imobiliários cuja avaliação não é feita há décadas vai continuar a equivaler aos velhinhos 6$50 do SG Gigante. Isto significa que em muitos prédios convivirão cidadãos que vivendo em casas próprias iguais terão impostos com diferenças superiores a 1.000%. Até se poderá dar o caso de dois jovens funcionários públicos, a quem cortaram 30% do rendimento, sejam precisamente os que pagam o IMI actualizado.
Mas o país ficou todo contente porque o Gaspar cedeu um pouco, não só ficou contente como vai pagar mais IRS para que os pobrezinhos possam continuar quase isentos do IMI. O CDS até se manteve no governo pois no meio do terramoto fiscal ainda pode exibir uma redução fiscal em consequência da sua presença no governo, até se vão ouvir vivas ao CDS e ao Paulinho das Feiras.
Pois é, os grandes proprietários imobiliários da capital podem ficar descansados, à liberalização das rendas não irá corresponder uma liberalização do IMI. E como os jornais já escrevem que por causa dos escalões vão pagar mais IRS até pode ser que alguma alma caridosa sugira ao governo uma dedução com o argumento de quem vai suportar este aumento do IRS dos senhorios serão os arrendatários. E enquanto há Paulinho no governo há esperança.
Seria uma injustiça se ao palacetes de Sintra e de Cascais, as vivendas super luxuosas da Quinta Patino ou da Quinta da Marinha, ou os apartamentos luxuosos como os dois apartamentos que Duarte Lima possui no Edifício Valmor, em Lisboa, os solares do Minho, os apartamentos dos primeiros tempos da Quinta do Lago ou de Vilamoura, todo esse imenso património imobiliário de tanta gente necessária ao país fosse sujeito a actualização do IMI.
Não, essa pobre gente que o CDS tanto aprecia e que o Gaspar tudo faz para que não sejam vítimas da austeridade deve continuar a fumar o SG Gigante a 6$50, seria uma injustiça fumarem aos preços actuais, passando a pagar agora o que os outros sempre pagaram.
 
Neste país pode-se reduzir os funcionários públicos a empregadas domésticas, mas os IMI da Quinta Patino ou da Quinta da Marinha são intocáveis, a bem da coligação! Depois admiram-se das revoluções.

   


  
 Vítor Gaspar, o anti-Nobel primário
   
«Leram as justificações do comité sueco ao atribuir o Nobel de Economia? É um ataque claro a Vítor Gaspar, só pode. O comité ditou para a ata: "Este ano, o prémio recompensa um problema económico central: como associar diferentes agentes o melhor possível." Se era para sublinhar exatamente o que Gaspar não sabe fazer - ele que até o seu Governo desune -, não se podia ser mais acintoso. Vítor Gaspar é perito em desassociar o melhor possível até os agentes que nem diferentes são e pertencem ao mesmo governo. Se houvesse um anti-Nobel de Economia, era ele. Os americanos Alvin Roth e Lloyd Shapley ganharam o prémio pelo seu trabalho sobre como as diferentes escolhas podem ser feitas sem precisar dos preços (dinheiro) como mecanismo. O trabalho deles, todos os jornais já falaram disso, dedicou-se a pensar como os novos médicos se distribuem num hospital e os estudantes numa escola, os casais se encontram para dar certo, os órgãos transplantados chegam aos doentes... Enfim, coisas da vida. Da vida, área que o nosso ministro das Finanças desconhece (e, suspeito, tem raiva de quem conhece). Vítor Gaspar lê aquilo das "diferentes escolhas que podem ser feitas sem precisar do preço como mecanismo", e afasta logo a ideia com a soberba lenta que o caracteriza. Tudo que foge ao acerto de contas é-lhe indiferente. Mas esse não é o problema maior. O problema maior é que, depois, ele não acerta as contas.» [DN]
   
Autor:
 
Ferreira Fernandes.   

 Tribalismo de credores
   
«Há muitos sintomas de que a União Europeia vai perdendo vigor todos os dias. Um desses sinais, bem visível, é o aumento do separatismo. Aqui ao lado, a Catalunha ultrapassou o País Basco na busca de uma independência que poderá ter no referendo de dia 25 de novembro um ponto de viragem. Quer seja na Espanha, na Grã-Bretanha, onde a Escócia tomará uma decisão em 2014, na Bélgica, com os separatistas flamengos, ou na Itália, com o Tirol meridional, em todos estes casos é curioso notar que estas pretensões independentistas abandonaram o registo do desagravo das ofensas históricas para repetir os argumentos de superioridade moral e económica do diretório contra os países do Sul. Estas regiões afirmam querer a independência por acharem que o resto dos Estados a que pertencem não está à altura dos níveis de produtividade e riqueza dessas regiões. Assim como a chanceler Merkel tem a ilusão de que a Alemanha pode ser algo mais do que um país sujeito à tutela russa, em caso de colapso da União Europeia, também os catalães, os flamengos e os tiroleses esquecem-se de que só dentro da União Europeia a sua legítima voz cultural e os desejos de autonomia política poderão ser abordados de forma pacífica e democrática. O separatismo, transformado em bandeira da falta de solidariedade, não irá ter sucesso, mas poderá aumentar ainda mais a desordem europeia. O pensamento preguiçoso dominante desconhece que só o federalismo europeu garantiria os direitos culturais e individuais das minorias nacionais e dos seus membros. O separatismo irá conduzir não a novas independências, mas a um tribalismo que só promete mais violência e mais submissão.» [DN]
   
Autor:
 
Viriato Soromenho-Marques.
      
 O que aí vem
   
«Talvez por razões ideológicas ("o programa da ‘troika' é o nosso programa e queremos ir ainda mais longe"), talvez por causa de um contexto internacional que lhe escapa, talvez pela situação de "bom aluno" em que se colocou prescindindo de capacidade negocial face a uma ‘troika' que já não acredita nas suas próprias soluções, talvez porque os protagonistas são menores e nunca se poderia esperar uma visão de estadista da dupla de "amigos para todas as ocasiões" composta por Passos Coelho e Relvas, talvez porque se quebrou a confiança interna e a coligação está desfeita, ou talvez por uma mistura de todas estas coisas, o Governo não tem um caminho de futuro a oferecer aos portugueses, limita-se a repetir soluções que são causas dos nossos problemas e o OE para 2013 é a confirmação disso mesmo.
   
Os próximos meses serão terríveis. O Governo continuará em dissolução, com remodelação ou sem ela, o divórcio em relação aos cidadãos aumentará, existirá um risco real de que o poder caia na rua (por isso este OE, ao mesmo tempo que corta na saúde e na educação, aumenta a despesa nas forças de segurança e nas forças armadas). Quando, em meados de 2013, se verificar que a execução orçamental é um fiasco, a vida útil deste Governo terá terminado definitivamente. Nessa altura terá de ser encontrada uma solução no quadro do sistema político e ela só poderá vir do Presidente. Quais as alternativas de Cavaco Silva?
   
Muita gente tem sugerido um Governo de iniciativa presidencial, uma solução tecnocrática à italiana. Esta ideia - defendida, por exemplo, por Mário Soares - é péssima. O Monti português está por encontrar e um Governo do Presidente na fase actual aumentaria o divórcio do poder em relação aos cidadãos, agravando a situação social e colocando em causa todo o sistema político, incluindo o próprio PR.
   
Outra possibilidade seria um Governo de salvação nacional formado por uma grande coligação (PS, PSD, CDS). Esta solução teria sido interessante há um ano e meio atrás, mas o PSD não quis sequer considerá-la. Com os actuais protagonistas ela é impraticável. Se nem PSD e CDS conseguem entender-se, imagine-se o que seria agora incluir também o PS - que, de resto, já afastou essa possibilidade - na mesma coligação!
   
Resta, portanto, a dissolução da AR e a convocação de eleições antecipadas - o que deve ser feito no início do Verão, para permitir ao novo Governo a preparação do OE para 2014. As eleições serão a única via para restaurar o vínculo entre os governantes o povo. Desta vez, ninguém tolerará falsas promessas. Desta vez, os principais partidos terão de comprometer-se antecipadamente a encontrar uma solução de governabilidade. Caberá ao Presidente esse papel de pedagogia política.» [DE]
   
Autor:
 
João Cardoso Rosas.
   
  
     
 Escola aberrante
   
«O caso motivou o lançamento de uma petição 'online', que hoje de manhã já tinha sido assinada por 1840 pessoas, a exigir o despedimento de Conceição Bernardes por maus tratos a crianças.
   
Num comunicado dirigido aos pais e disponibilizado no sítio de Internet do agrupamento de escolas Dr.ª Laura Ayres, a diretora assegura que "a criança comeu na sala onde ficou, durante a hora de almoço, acompanhada de uma educadora".
   
O episódio, que aconteceu na Escola EB1/Jardim de Infância da Abelheira, em Quarteira, está relacionado com dívidas no pagamento de refeições, situação que, segundo a responsável, não é novidade no agrupamento.» [DN]
   
Parecer:
 
Adoptem as medidas que entenderem contra os pais mas é inaceitável que se use a criança como forma de condenação ou de castigo dos pais, ainda que tal tenha o apoio dos outros pais. Quem numa escola define o que é ou não aceitável em educação são os professores e não as associações de pais pelo que se os professores ultrapassaram o admissível devem responder por isso em processo disciplinar e, se for caso disso, em processo penal.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Investigue-se.»
      
 Portas não viaja com Passos Coelho
   
«Paulo Portas cancelou a viagem de hoje a Bucareste onde ia acompanhar Pedro Passos Coelho na cimeira do Partido Popular Europeu (PPE). O porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros confirmou ao Económico que a participação de Portas neste encontro "foi cancelada devido a questões de agenda". A mesma fonte recusou-se no entanto a adiantar que compromissos impediram essa viagem e a revelar a agenda do ministro para hoje e para os próximos dias. 

Paulo Portas deixa assim Pedro Passos Coelho sozinho no congresso do Partido Popular Europeu (PPE), onde vão estar a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, os primeiros-ministros de Espanha, Polónia, Luxemburgo, Hungria, Bulgária e República Checa, bem como dirigentes de partidos políticos da direita dos países membros da União Europeia.

A relação entre Portas e Passos está cada vez mais tensa. O Expresso avança hoje que o primeiro-ministro afirmou ontem, no final da reunião da Comissão Política do partido, não estar disponível para que ele e o ministro das Finanças continuem, durante a discussão do Orçamento de Estado, a "ser cozidos em lume brando".» [DE]
   
Parecer:
 
O mais engraçado é tratar-se de uma reunião do PPE ao qual o CDS sempre pertenceu e a que o PSD aderiu apadrinhado precisamente pelo CDS. Enfim, Paulo Portas terá receado que Passos Coelho se risse na cara dele em pleno congresso.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 PSD já tem argumentário contra o Paulo Portas
   
«Pedro Passos Coelho afirmou ontem, no final da reunião da Comissão Política do partido, não estar disponível para que ele e o ministro das Finanças continuem, durante a discussão do Orçamento de Estado, a "ser cozidos em lume brando".
   
A consolidação orçamental não pode estar sujeita a "amuos" foi, segundo elementos da reunião, a mensagem deixada pelo primeiro-ministro, que assim sinalizou esperar que o CDS esclareça se apoia ou não este Orçamento do Estado.
   
A estratégia do PSD passa por  responsabilizar o partido de Portas se este romper com a coligação. "Se o senhor sair, atira o país para um segundo resgate" - o aviso já terá sido, segundo o jornal "i", feito pelo primeiro ministro ao ministro dos Negócios Estrangeiros. Fonte próxima de Passos confirmou ao Expresso: "Se Paulo Portas sair não será poupado. O CDS não vai sair incólume disto".
   
Ontem à noite, no final da reunião da Comissão Política com as distritais do PSD (com a presença do ministro das Finanças), o porta-voz do partido, Jorge Moreira da Silva, inaugurou o discurso que visa endossar as culpas pela eventual queda do Governo ao partido de Portas. Questionado sobre o estado da coligação e sobre se o Executivo tem pernas para andar, Moreira da Silva respondeu: "Convido-vos a colocar essa questão ao CDS".» [Expresso]
   
Parecer:
 
O Relvas não perde tempo, afinal foi para isso que o país gastou tanto para que chegasse a doutor.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Por pouco haveria crescimento
   
«O núcleo de estudos de conjuntura da Universidade Católica (NECEP) prevê que a economia portuguesa vai sofrer uma contracção de 2% durante 2013, de acordo com as projecções incluidas na folha trimestral de conjuntura relativa ao terceiro trimestre deste ano, a que o Negócios teve acesso. A previsão corresponde a uma revisão em baixa da projecção anterior, que apontava para uma recessão menos intensa, de 0,9%, no próximo ano.
  
O número adiantado pelo NECEP, organismo dirigido pelo economista João Borges de Assunção, é a referência central num intervalo que admite uma contracção situada entre 1,4% e 2,6%. 
Mesmo no cenário menos negativo, a Católica está mais pessimista sobre o desempenho da economia portuguesa em 2013 do que o Governo que, nas projecções que enquadram a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano, atribui uma contracção de 1% à actividade.
  
O NECEP explica a nova previsão com o "agravamento da conjuntura externa" e os impactos do "ajustamento orçamental exigido para 2013" que sublinha ser "superior ao antecipado, não obstante a meta para o défice orçamental ter sido aliviada pela troika". O organismo alerta que as previsões "permanecem envoltas num grau de incerteza excepcionalmente elevado".» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
O mais brutal dos OE e há quem ache que a coisa fique melhor do que em 2012, não andarão a rezar demais?

Ainda assim as previsões da Católica são suficientes para acusar o OE de estar aldrabado nos seus pressupostos.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se por 2013.»
   
 Já estudam o impacto da saída de Portugal do euro
   
«Caso a Grécia, Portugal, Espanha e Itália abandonassem a Zona Euro, o crescimento global teria de absorver perdas na ordem dos 17 biliões de euros. As contas partem de um novo estudo de um think tank germânico, o Prognos, citado hoje, quarta-feira, pelo "Spiegel Online". 
   
O instituto Prognos estima perdas de 17,2 biliões de euros no crescimento global que se regista até 2020. O cálculo é feito com as perdas que os credores teriam de assumir e o impacto económico nas principais economias mundiais. 
   
Como salienta o jornal alemão, uma saída da Grécia da Zona Euro teria um "impacto relativamente reduzido sobre a economia mundial". Caso fosse apenas a Grécia a abandonar a união monetária, seria algo que se conseguiria gerir, pelo menos do ponto de vista económico. Isso iria custar 73 mil milhões de euros do PIB alemão entre 2013 e 2020, de acordo com o estudo citado pela publicação alemã.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
É uma questão tempo, mais precisamente de ser declarado o falhanço do exercício orçamental de 2013.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se pelo desfecho inevitável.»
   
 Até tu Álvaro?
   
«"A Europa tem de pensar uma de forma muito diferente da que tem pensado nos últimos anos. Temos pensado de uma maneira demasiado tecnocrata, demasiado técnica e esquecemos muitas vezes as pessoas, esquecemos a política e isso tem de acabar". Assim falou Álvaro Santos Pereira, esta terça-feira ao fim da tarde, rompendo com um discurso concordante do Governo em relação às políticas europeias.» [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
Parece que o estatuto de remodelável lhe soltou a língua.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
   
 Nem tu acreditas Manuela?
   
«"Não creio que haja possibilidade de haver alguém que considere que esta situação possa melhorar através do aumento de impostos", considerou a ex-ministra das Finanças, na conferência da Antena 1 e do Jornal de Negócios. "O que se espera é aumento da recessão e do desemprego." 
  
Manuel Ferreira Leite confessou não acreditar "nos objectivos do orçamento", nem "que haja alguém capaz de defender que isso seja possível". "É inviável conseguir-se uma consolidação desta dimensão num prazo de tempo tão reduzido", reforçou. 
   
A ex-governante sublinhou que o ajustamento pelo lado da receita "tem limites", e que "já é impossível aumentar mais". "Ninguém acredita que vai ser cobrado o que lá está”, acrescentou. » [Jornal de Negócios]
   
Parecer:
 
E no ano passado?
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a MFL se no ano passado tinha acreditado já que não se pronunciou.»
   
 Haja quem nos defenda
   
«O Presidente francês, François Hollande, dirigiu-se "aos espanhóis e aos portugueses, que estão a pagar caro por desavenças de outros". "Chegou a hora de lhes dar uma perspectiva que não seja apenas a da austeridade”, defendeu numa entrevista concedida no Palácio do Eliseu a seis jornais europeus.» [Público]
   
Parecer:
 
Porque o nosso governo é o que mais austeridade defende.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao grandioso Gaspar como se sente destruindo um país.»
   
 O PSD vai analisar a situação política
   
«O PSD anunciou hoje que convocou uma reunião do seu Conselho Nacional para sábado, às 15h30, num hotel de Lisboa, que terá como único ponto da ordem de trabalhos a análise da situação política.» [Público]
   
Parecer:
 
Adiantese a conclusão: a situação política do país está uma bela merda!
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se os parabéns ao GAspar, fez mais contra o governo do que toda a oposição junta.»
   
 Já não é só a Ferreira Leite
   
«"O CDS/PP deve chumbar o Orçamento de Estado e daí tirar todas as consequências políticas", defende José Manuel Rodrigues, vice-presidente do partido nacional e líder na Madeira.» [Público]
   
Parecer:
 
Parece que o CDS deu ouvidos a Manuela Ferreira Leite.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Haja alguém naquele parlamento que não sofra de surdez.»
   
 Enfermeiro que emigrou escreveu a Cavaco
   
«Pedro Marques, enfermeiro português de 22 anos, emigra quinta-feira de madrugada para o Reino Unido, mas antes despediu-se, por carta, do Presidente da República e pediu-lhe para não criar “um imposto” sobre as lágrimas e sobre a saudade.
    
“Quero despedir-me de si”, lê-se na missiva do enfermeiro portuense, enviada hoje a Cavaco Silva e que tem como título “Carta de despedida à Presidência da República”. 
   
O enfermeiro Pedro Marques, que diz sentir-se “expulso” do seu próprio país, implora a Cavaco Silva para que não crie um “imposto sobre as lágrimas e muito menos sobre a saudade” e apela ao Presidente da República para que permita poder regressar um dia a Portugal. 
   
“Permita-me chorar, odiar este país por minutos que sejam, por não me permitir viver no meu país, trabalhar no meu país, envelhecer no meu país. Permita-me sentir falta do cheiro a mar, do sol, da comida, dos campos da minha aldeia”, lê-se. 
   
Em entrevista à Lusa, Pedro Marques conta que vai ser enfermeiro num hospital público de Northampton, a 100 quilómetros de Londres, que vai ganhar cerca de 2000 euros por mês com condições de progressão na carreira, mas diz também que parte triste por “abandonar Portugal” e a “família”. 
   
Na mala, Pedro vai levar a bandeira de Portugal, ao pescoço leva um cachecol de Portugal e como companhia leva mais 24 amigos que emigram no mesmo dia 
   
Mónica Ascensão, enfermeira de 21 anos, é uma das companheiras de Pedro na diáspora. 
   
“Adoro o meu país, mas tenho de emigrar, porque não tenho outra hipótese, porque quero a minha independência, quero voar sozinha”, conta Mónica, emocionada, pedindo ao Presidente da República e aos governantes de Portugal para que “se preocupem um pouco mais com a geração que está agora a começar a trabalhar”. 
   
“Adoraria retribuir ao meu país tudo aquilo que o país deu de bom”, diz, acrescentando que está “zangada” com os governantes, porque o “país não a quer mais”. 
   
Pedro Marques não pretende que o Presidente da República lhe responda. 
   
“Sei que ser político obriga a ser politicamente correcto, que me desejará boa sorte, felicidades. Prefiro ouvir isso de quem o diz com uma lágrima no coração, com o desejo ardente de que de facto essa sorte exista no meu caminho”, lê-se na carta de despedida do filho de uma família de emigrantes que se quis despedir de Cavaco Silva.» [Público]
   
Parecer:
 
Enfim, a educação deste enfermeiro ficou barata ao país pelo que pode partir, o país só precisa do Gaspar e de analfabetos e analfabrutos que o possam compreender.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Cavaco se vai responder por carta, pelo site ou através do Facebook.»
   
 FMI já faz exigências políticas
   
«Em declarações a uma publicação interna do próprio FMI - a IMF Survey Magazine -, o diretor do departamento europeu da instituição, Reza Moghadam, diz claramente que Portugal poderá estar à beira de perder o tão preciso consenso político "amplo" que teve até agora. Isso pode deitar a perder os sucessos do ajustamento.
   
"Provavelmente, o mais importante em Portugal tem sido o apoio político amplo ao programa, embora manifestações recentes evidenciem que isto não pode ser tomado por adquirido", advertiu Reza Moghadam, um dia antes (domingo passado) de Vítor Gaspar entregar a proposta de Orçamento do Estado na Assembleia.» [Dinheiro Vivo]
   
Parecer:
 
Este senhor está a confundir Portugal com o Irão e mesmo a pedir que o mandem à bardamerda.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informe-se os senhores do FMI que Portugal é um país democrático europeu e não propriamente a Líbia., se o senhor Reza Moghadam quer dar lições a um país que dê ao seu. 
  
O senhor Reza sabe muito bem que desde que a troika se apanhou com um governo extremista esqueceu que o memorando também tinha sido aprovado pelo PS e desde então só fala com um ministro.»
   
 Tropa reúne-se à civil
   
«Meio milhar de oficiais,sargentos e praças estão reunidos esta quarta-feira, no hotel de Lisboa que habitualmente serve de quartel-general ao PSD de Pedro Passos Coelho, para "uma tomada de posição" sobre medidas de austeridade que qualificam como afronta à condição militar.» [DN]
   
Parecer:
 
Isto está a ficar cada vez mais feio.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver como acaba o gasparismo extremista promovido por um imbecil.»