Depois de três anos de arrogância, prometendo revoluções na justiça a ministra espetou-se, insistiu em levar à prática uma reforma que desde o princípio parecia estar sendo feita em cima do joelho, andaram anos a medir quilometragens e a mudar de tribunais em função do peso do aparelho local, mas esqueceram-se do mais importante, de assegurar que existiam infraestruturas.
O problema das infraestruturas foi resolvido à pressa, meteram-se os magistrados em contentores e o sistema informático foi ignorado, seria uma questão de umas horas, de um dia, de uma semana, de um mês, daqui a três anos estará resolvido. A ministra teimou, atacou quem a criticava, auto elogiou-se e quando a incompetência começava a ser evidente e a verdade vinha ao de cima a senhora assumiu a responsabilidade política.
O Crato fez o mesmo, errou, insistiu no erro, atacou os que lhe criticaram o erro e quando já estava a cair no ridículo a bancada parlamentar do seu partido deu-lhe uns minutos para pedir desculpa. Começou o debate parlamentar dono da verdade e de forma arrogante, só quando tinha a certeza de que estava perdido e já nem tinha tempo para falar sentiu uma crise de arrependimento.
Não é difícil de adivinhar que um dia destes a Maria Luís virá pedir desculpa pelos milhares de milhões de prejuízo no BES, nessa altura já o Horta Osório se terá escondido em Londres, o Stock estará esgotado e o governador do BdP estará de baixa porque a idade já não aguenta tudo. Pedirá desculpa pelo prejuízo, pelo que fez ao Bento, pela forma como ignorou Belém. Mas não se demitirá, pedidas as desculpas e rezadas umas avés marias estará prona para mais uns pecados.
Que culpa tem a ministra de tanta incompetência, quem pode culpar o Crato por ser o ministro mais incompetente que passou pela pasta da educação, quem pode culpar a ministra das Finanças de tanta ingenuidade? Estão perdoados mas façam o favor ao país, vão-se embora sff.