sábado, setembro 27, 2014

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


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Cogumelo do Parque Florestal de Monsanto, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Cavaco Silva

Ao fim de mais de um mês quase em silêncio absoluto Cavaco decidiu reaparecer para dizer aquilo que muitas vezes diz, umas patacoadas, umas quantas declarações que têm menos valor do que o silêncio. Mas no meio das patacoadas ainda brincou com os valores da democracia ao comentar que em Portugal há tantos polittólogos, algo que faz recordar um país onde um presidente do conselho instituiu que a política era para os políticos.

E o que disse Cavaco? que Tal como já o tinha dito em relação a outro amigo, Dias Loureiro, que Passos Coelho é inocente e exemplar e que o governador do BdP é um exemplo, o que faz crer que, afinal, sempre esteve bem informado.

Nunca se viu em Portugal um presidente tão alinhado e alinhavado pelo primeiro-ministro, mesmo quando se desvia um pouco não tarda a corrigir, até parece que em vez de uma questão de alinhamento trata-se de uma questão de obediência política.

Compreende-se o geston de Cavaco Silva, veio em ajuda do seu pupilo. O problema é saber se a credibilidade de Cavaco torna esse gesto numa ajuda a Passos ou se acaba por o prejudicar ainda mais.
  
«Cavaco Silva acrescentou que "não existe um país com tantos politólogos que opinam 24 horas por dia" como Portugal - e assim ele próprio "não deve ser mais um comentador". Também sublinhou que o Governo responde a AR e não perante o Presidente da República.
  
O PR comentou também o 'caso BES' e a situação no Citius, a plataforma informática que serve o sistema de justiça. Sobre o primeiro, teceu rasgados elogios à atuação do governador do Banco de Portugal, dizendo que "foi escolhida uma solução sem ónus para os contribuintes" mas antes para "o sistema financeiro no seu todo", caso haja necessidade de "cobrir perdas". "O Banco de Portugal atuou da melhor forma", disse.» [DN]
  
 Estás perdoado Sócrates!

Neste dias não foram poucos os comentadores que usaram o exemplo do Cado Freeport para ilibar Passos Coelho, todos se lembraram de que o caso de Sócrates começou com uma queixa anónima e que depois de todas as investigações nada foi apurado. Só se esqueceram de referir dois pequenos pormenores, que a tal queixa anónima foi feita por figuras gradas do CDS e que na ocasião não eram tão críticos do processo como o são agora. A pouca vergonha dessa gente chega ao ponto de recorrerem a um processo que usaram contra Sócrates para agora o usarem em defesa de Passos. Grandes velhacos!

 Seguro quer ver as contas bancárias de Passos

Este anda, anda e ainda vai querer ver as cuecas da Assunção Cristas.

      
 Referencial de ética
   
«Esta semana, várias pessoas quiseram dizer que acreditam no PM ou,pelo menos, lhes custa muito a aceitar o contrário. Houve até quem escrevesse que "o cidadão Pedro Passos Coelho justifica mais que obenefício da dúvida. Justifica, nesta matéria, o benefício daconfiança."

Foi o diretor do Diário Económico, António Costa, que isto disse. Ora,sendo claro que o PM chegou ao poder a prometer tudo ao contrário do que fez nestes três anos e dois meses de exercício, durante os quais continuou alegremente a (entre outras coisas graves e muito graves) contradizer-se em palavras e atos, supõe-se que a "matéria" à qual oarticulista se refere será a do "cidadão", em oposição à do"político". Querendo talvez assim dizer que não lhe relevam para juízo de seriedade e confiança as aldrabices que políticos operam na política, mas sim as que possam cometer fora dela.
É uma perspetiva interessante, esta, que retira à política toda e qualquer veleidade de contar para alguma coisa no julgamento de caráter que se faz dos seus protagonistas, deslocando para fora dela adiscussão que interessa - a quem devemos confiar o nosso voto? - logo dando carta branca a todas as patifarias, desde que "políticas",enquanto se lançam matilhas a cheirar os fundilhos dos "cidadãos" à procura de "podres". Que quem isto pratica venha depois impacientar-se com "a falta de propostas concretas" deste ou daquele não deixa de maravilhar.

Sucede que no caso houve-ou-não-houve-pagamentos-de-5000-euros-por-mês-da-Tecnoforma-a-Passos-enquanto-era-deputado não está em causa "o cidadão Passos Coelho", mas o político. E porquê? Porque ter recebido aqueles valores implicará ter cometido uma dupla fraude, ao não os declarar ao fisco e ao certificar que estava emregime de exclusividade para poder receber um subsídio de reintegraçãode 30 mil euros ao sair do parlamento, e Passos primeiro-ministro recusou esclarecer. Não sendo crível que não saiba se recebeu ou não, ao remeter para a PGR o esclarecimento, dizendo que "retirará as consequências", não está só a faltar à verdade; está a admitir quepode ter cometido crimes (que, literalmente, suspeita de si próprio), prefigurando a possibilidade de se demitir - mas apenas, note-se este apenas, se alguém conseguir prová-los.

Partindo do princípio de que o PM não está doido varrido só faz, se pode fazer algum, sentido pedir para ser investigado se está inocente - ou se tem a certeza, ou quase, de nada se poder encontrar que prove o contrário (ou que nada vai ser investigado, como sucedeu).

Assim, para além de uma instrumentalização política do Ministério Público sem precedentes em qualquer governante da democracia, tal significa que Passos está, nesta fuga para a frente, como Portas há umano, a jogar o País ao póquer (já não interessam os mercados?) na perspetiva de "voltar" reforçado para as batalhas - e eleições - que se seguem. Face a tal traquibérnia, as fraudes de que é suspeito são brincadeiras de crianças - mas, lá está: trata-se de "política."» [DN]
   
Autor:

Fernanda Câncio.

      
 O Napoleão e Antosia estão outra vez juntos
   
«Napoleão e Antosia, dois burros apaixonados, viviam juntos, no mesmo recinto no zoo de Poznan, na Polónia. A paixão era tal que as mães de algumas crianças se indignaram com tanta intimidade em público e pediram a sua separação. Mas a história não acabou aqui e após muito debate, o casal voltou a reencontrar-se.

O problema do amor em público levou a que uma conservadora local, Lydia Dudziak, pedisse ao diretor do Zoológico de Poznan para colocar os animais em recintos separados. E este acedeu.

A separação de Napoleão e Antosia tornou-se assunto de debate nacional na Polónia nos últimos dias. Correu uma petição, que recolheu mais de sete mil assinaturas, segundo a AP. Duas páginas de fãs criadas no facebook em pouco tempo juntaram dez mil fãs - e mostravam fotos do casal de burros em pleno acto sexual.

Depois de um enorme debate, até o porta-voz do partido Lei e Justiça, conservador, a que pertence Dudziak, falou: "É um nível de disparate... isto chegou a uma tal dimensão que eu não quero sequer saber ou ler sobre isso".

Na quinta-feira o diretor do Zoo de Poznan deu o dito pelo não dito, e voltou a juntar o casal de burros. "Nunca foi nossa intenção que os animais se sintam desconfortáveis devido aos seus comportamentos naturais", disse, em comunicado.» [DN]
   
Parecer:

Parece que a Polónia cristã é tão ridícula como às vezes é este rectângulo cavaquista.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 A anedota do dia
   
«Cristovão Carvalho, advogado da Tecnoforma, afirmou em conferência de imprensa que a única ligação da empresa com o Centro Português para a Cooperação (CPC), organização não-governamental cujo conselho de fundadores foi presidido por Passos, era a de ser o seu principal mecenas.

"Apesar de haver uma ligação de mecenato, as despesas da Tecnoforma não eram pagas pela CPC e vice-versa", afirmou  Cristóvão Carvalho.

Quanto ao lugar onde estarão guardadas as despesas de representação apresentadas por Passos Coelho, o advogado diz que devem estar com a CPC. "Se o sr. [primeiro-ministro] diz que foi reembolsado, terá de ter apresentado documento à CPC." » [Expresso]
   
Parecer:

Mais uma vez recordo-me do compadre que apanhado a meio de uma rusga a um bordel e perante ax explicações das prostitutas que diziam ser manicuras e cabeleireiras se interrogou "querem ver que a puta sou eu?".
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 tudo bons rapazes
   
«O pedido de insolvência da empresa onde Passos Coelho foi consultor está a ser contestado no tribunal do Comércio de Lisboa. Os administradores da Tecnoforma pediram insolvência da empresa em 2012, mas dois anos antes tinham aberto uma empresa gémea, a “Tecnoforma II”. De acordo com um ex-funcionário da empresa, essa sociedade era concorrente da primeira e houve contratos que passaram de uma para a outra. “Eles próprios provocaram a situação”, acusa e sugere a abertura de um processo-crime para analisar a atividade empresarial.

O pedido consta do processo de insolvência que o Observador consultou no Tribunal do Comércio em Lisboa. E deu entrada em março de 2013 – altura em que o Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) abriu um inquérito para investigar a atividade da Tecnoforma, nomeadamente os contratos de formação conseguidos com apoios comunitários. No âmbito deste processo, o Ministério Público já ouviu, pelo menos, o ex-administrador da empresa, Fernando Madeira. Que, tal como disse à revista Sábado numa entrevista em maio, só abandonou o cargo na administração em 2001.» [Observador]
   
Parecer:

Diz-me com quem andas....
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  

   
   
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