quinta-feira, maio 14, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


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Torre do Relógio, Palácio Nacional de Queluz, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Anabela Rodrigues, ministra da Administração Interna

Quando Anabela Rodrigues chegou à Administração Interna, mais o seu poderoso chefe de gabinete e as assessoras inexperientes mas muito sabedoras de direito as leis orgânicas da PSP estavam prontas. São leis orgânicas complexas que envolvem um processo negocial extremamente difícil quer com os sindicatos quer mesmo com o ministério da Justiça.

Mas a ministra decidi cronómetro do governo e chamar a si essas leis orgânicas e o resultado parece ter sido um desastre, as leis já não avançam e durante quatro anos o governo deixa tudo na mesma. Entretanto, um secretário de Estado já bateu com a porta.

Com o tempo a aquecer de forma pouco normal para a época resta-nos a  esperança de não ocorrerrem muitos incêndios pois com esta equipa de autistas na Administração Interna é bem provável que a ministra só decida fazer alguma coisa quando o fumo já estiver a entrar-lhe pela janela. A incompetência desta gente põe em causa a segurança dos portugueses.

«A ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, disse hoje que o Governo não vai avançar nesta legislatura com as alterações às leis orgânicas da PSP e da GNR.

"Não há tempo para se avançar com as leis orgânicas da PSP e GNR", afirmou Anabela Rodrigues aos deputados da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.

A ministra adiantou que fez uma avaliação às alterações das leis orgânicas da PSP e da GNR, tendo considerado que "até ao final da legislatura" não se vai avançar com essas propostas.

O ex-ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, afirmou várias vezes que as leis orgânicas da PSP e da GNR estavam prontas.» [DN]

 Por onde andarão?

Há algo de muito curioso no facto de alguns economistas que apareciam quase diariamente nas televisões para apoiar tudo o que fosse decidido pelo governo quase desapareceram. Agora que seria de esperar vê-los a discutir os cenários macroeconómicos apresentados pelos economistas convidados pelo PS não aparecera. Enfim, se isto fosse um jogo de sueca dir-se-iam que sem trunfos optaram por passar.

 Life smartphone




 Pergunta para Passos Coelho

Não será melhor sujeitar as suas previsões relativas ao crescimento económico à UTAO e ao Conselho de Finanças Pública antes de as divulgar nas jantaradas de lombo de porco?

      
 Justiça norte-coreana
   
«O ministro da Defesa da Coreia do Norte Hyon Yong-Chol foi executado a 30 de abril por fogo antiaéreo por deslealdade e desrespeito ao líder Kim Jong-un, revelaram hoje os serviços secretos da Coreia do Sul.

Centenas de funcionários assistiram, segundo o Governo da Coreia do Sul, à execução de Hyon Yong-Chol conforme foi revelado por Han Ki-Beom, vice-diretor da agência de Informações de Seul, a uma comissão parlamentar e noticiado pela agência Yonhap.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Este regime é um modelo de virtudes democráticas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao autarca de Loures, que em 2003 teve a pouca vergonha de dizer "Tenho dúvidas de que a Coreia do Norte não seja uma democracia".»
  
 Passos não corta no Banha
   
«Francisco Banha diz que tem uma missão: fazer a “evangelização do empreendedorismo”. Pedro Passos Coelho recordou-o, numa entrevista ao PÚBLICO, em 2012, como alguém “com muita experiência nas relações com o Estado”. Foi por isso, aliás, que foi contratado, por sugestão do seu amigo, e parceiro na gestão da Tecnoforma, Francisco Nogueira Leite, para fazer “em outsourcing” a “gestão financeira da empresa”. Isto foi em 2006 e 2007. Hoje, Pedro Passos Coelho é primeiro-ministro, Francisco Nogueira Leite foi nomeado pela ministra das Finanças para chefiar a parte do BPN que ficou sob alçada do Estado (a parte má, das dívidas de cobrança difícil). E Francisco Banha, através da sua empresa de contabilidade e consultoria, voltou a ser contratado, sem concurso.

A Parvalorem, que gere directamente dois mil milhões de euros (e indirectamente outro tanto) de dívidas deixadas ao BPN por alguns clientes – créditos de difícil cobrança, que não transitaram para o actual Banco BIC – contratou, em regime de “avença experimental”, a Gesbanha para prestar serviços à direcção de apoio à gestão e reporting. Neste momento, dois funcionários daquela consultora trabalham na sede da Parvalorem. Isto enquanto se processa um despedimento colectivo de 49 dos 226 funcionários da Parvalorem.» [Público]
   
Parecer:

Este país é mesmo muito pequeno, o país e os seus governantes.
    
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Favas depois de almoço
   
«A polémica gerada pelos comentários de vários magistrados sobre o caso Sócrates em grupos restritos do Facebook já levou à criação de um núcleo de deontologia na Procuradoria-Geral da República (PGR) para sensibilizar os procuradores, salientou ao PÚBLICO a PGR.

Este núcleo, cujo funcionamento foi aprovado recentemente no âmbito do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP), terá “por missão reflectir e promover acções de sensibilização e prevenção em matérias de ética e deontologia”, realça a Procuradoria remetendo para a decisão tomada a 14 de Abril pelo plenário do CSMP, o órgão de gestão e disciplina dos procuradores.  

No boletim informativo que destaca as deliberações tomadas nesse plenário, o CSMP sublinha ainda a necessidade de “envolver a hierarquia do Ministério Público (MP) na difusão e dinamização das linhas orientadoras” sobre o “alcance do dever de reserva dos magistrados”.» [Público]
   
Parecer:

A Procuradora-geral teve muitos meses para se preocupar com a deontologia dos seu rapazes, mas só agora que foi alvo de críticas devido ao seu entendimento sobre o que os magistrados podem dizer é que se lembrou de criar um núcleo dedicado à deontologia. Enfim, servem-se favas depois do almoço.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 A anedota António chegou ao fim
   
«O PSD - acompanhado do CDS-PP – recuou e decidiu retirar o requerimento para que a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) do Parlamento analisasse o cenário macro-económico do PS. A justificação oficial é que a maioria não queria forçar o pedido contra a vontade dos socialistas, mas ao que o PÚBLICO apurou, a proposta também não era pacífica dentro do PSD.

Logo no próprio requerimento enviado à comissão de Orçamento e Finanças, os deputados do PSD e do CDS avisavam que não o sujeitariam à votação se o PS votasse contra. Essa posição de discordância dos socialistas já tinha sido deixada clara na reunião da comissão na passada semana e foi reiterada esta quarta-feira de manhã.

Fica assim esgotada a iniciativa anunciada pelo coordenador da comissão permanente do PSD, Marco António Costa, de auditar o cenário macro-económico "Uma década para Portugal", encomendado pelo PS a um grupo de economistas liderado por Mário Centeno, e que não gerou um consenso interno entre os sociais-democratas.» [Público]
   
Parecer:

O pequeno imperador de Valongo tardou a perceber que meteu água.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao pequeno imperador de Valongo quando comenta as 29 respostas que os economistas tiveram a educação de lhe remeter. Percebeu? Concodou? Não percbeu? Ele que diga qualquer coisinha.»
  

   
   
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