quarta-feira, maio 20, 2015

Umas no cravo e outras na ferradura



   Foto Jumento


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Cantinho das telecomunicações, Xabregas, Lisboa
  
 Jumento do dia
    
Anabela Rodrigues, ministra incompetente da Administração Interna

A reacção inicial da PSP e da ministra da Administração Interna à agressão brutal ocorrida em Guimarães foi a do costume, um auto a acusar a vítima e o silêncio. Perante os primeiros sinais de indignação falou-se de um inquérito, mas como a situação foi muito grave seguiu-se a notícia de um processo disciplinar. Não admira que hoje ou amanhã alguém dê mais um passito neste arrastar de pés e decida fazer o que já devia ter sido feito, suspender o mau polícia.

Os portugueses já sabem que o polícia usou um bastão que não podia usar, que muito provavelmente não houveram nem injúrias nem cuspidela e que um cidadão não só foi violentamente agredido como ainda pode ter sido alvo de falsas acusações. Se o ministro ainda fosse Miguel Macedo já teria tomado posição pública sobre o assunto, não só em defesa dos valores democráticos mas porque é necessário proteger as instituições não as confundindo com comportamentos de energúmenos sem condições para usar uma farda.

Mas esta ministra parece ser uma senhor estranha, algo esquisita, em vez de dar a cara e comportar-se como ministra optou por se esconder na toca e só quando; finalmente, percebeu que não poderia ficar em silêncio, respondeu às perguntas insistentes dos jornalistas. Respondeu com as banalidades do costume, que o inquérito decorre, que a PSP é uma maravilha, bla, bla, bla, e acrescentou que não podem haver julgamento na praça públicas.

Mas o que sucedeu em Guimarães senão um julgamento na praça pública? Um senhor da PSP ouviu, julgou condenou o arguido a vergastadas humilhantes e ele próprio as executou sem qualquer direito a defesa. Bem, não são estes os julgamentos que a nossa catedrática acha que não podem ser feitos na praça pública, são os outros, os que são feitos em defesa da justiça e dos cidadãos.
 
«A ministra da Administração Interna (MAI) disse esta terça-feira que "não pode nem deve haver julgamentos na praça pública", referindo-se ao caso do polícia que agrediu um adepto do Benfica em Guimarães.

Anabela Rodrigues respondia aos jornalistas durante uma conferência de imprensa realizada após a XVI Conferência de Ministros do Interior dos Países do Mediterrâneo Ocidental, que decorreu em Lisboa.

Questionada várias vezes pelos jornalistas sobre os incidentes ocorridos domingo, no final do jogo de futebol Guimarães-Benfica e nos festejos do clube luz no Marquês de Pombal, a ministra respondeu que procedeu "à abertura de dois inquéritos para apuramento de responsabilidades", mas que "não pode nem deve haver julgamentos na praça pública".» [Expresso]

 Estratégia de comunicação marota

Quase como resposta à indignação perante o energúmeno de Guimarães a PSP fez saber que em Lisboa desrespeitou-se o seu parecer, sugerindo que as culpas dos incidentes em Lisboa eram da CML. Perante perguntas a PSP cala-se, o que é pena, seria interessante saber se no seu plano de acção se contemplavam medidas que impediam o que sucedeu.


 Ano litúrgico

Num teste de religião e moral dos meus tempos de estudante  à pergunta do que é o ano litúrgico, um colega, curiosamente chamado Cristo, respondeu que era o ano em que as vacas dão mais leite. Acabou por levar uns dias de suspensão por causa da criatividade nas respostas num teste em que justificava a vinda de Jesus à terra para avisar que os índios estavam em pé de guerra.

Hoje fiquei com a sensação de que um ano eleitoral é uma espécie de ano litúrgico na acepção do meu antigo colega, os alunos do 6.º ano de escolaridade ainda vão concluir que o ano eleitoral é aquele em que os exames são mais fáceis. Enfim, uma excepção à opinião do ministro que defendeu que os exames servem para garantir que só passam os que sabem.

 Uma pergunta ingénua à ministra da Administração Interna

Sabe porque motivo o energúmeno de Guimarães usava luvas cujo objectivo não é certamente proteger as mãos de agressões de manifestantes, pois nesse caso seriam idênticas às usadas pelo corpo de intervenção? Se não sabe pergunte ao pessoal da PSP talvez eles lhe expliquem. Fica aqui uma pista, os ladrões també costumam usar luvas, mas têm mais cuidado e não actuam à vista das câmaras da CMTV.

 Os critérios da PSP


Contra os colegas
  

Contra uma família com um idoso e duas crianças

BNo fim dizem-nos para defender a imagem da PSP como se a defesa da imagem das políocias fosse uma responsabilidade do cidadão comum enquanto os seus graduados se comportam de forma criminosa e cobarde!

      
 O que acontece quando ninguém guarda os guardas?
   
«As imagens são do último domingo, captadas junto ao Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, após o final do jogo Vitória de Guimarães-Benfica.

Um homem está acompanhado por duas crianças e por um homem mais velho. O homem e as crianças têm camisolas do Benfica; o mais velho, camisa branca. Parecem um pai com dois filhos e um avô que foram ao futebol. São mesmo. Os dois filhos têm nove e 13 anos. Vemos a criança mais pequena sentada num murete e o pai parece estar a ajeitar-lhe a roupa. Ao pé estão dois agentes da PSP. O pai parece queixar-se de alguma coisa ao polícia. Queixa-se mesmo. De o terem obrigado a ficar no estádio mais de meia hora antes de o deixarem sair. De súbito, o polícia mais próximo, de luvas pretas, avança para ele atropelando pelo caminho a criança mais pequena, esmurra-o ou empurra-o com violência, atira-o ao chão e lança-se sobre ele. O homem mais velho tenta deter o agressor, que se volta para ele e o agride com dois murros na cara. Surgem imediatamente três polícias do Corpo de Intervenção, um dos quais agarra por trás, pelo pescoço, o pai agredido, que se levantava, e atira-o de novo ao chão, enquanto o primeiro agressor o agride à bastonada. Um polícia de choque interpõe-se para evitar que o avô se aproxime. O rapaz mais velho tenta aproximar-se para proteger o pai mas é agarrado por outro polícia de farda azul antes que ele se aproxime do polícia das luvas pretas que, ainda de bastão na mão, parece disposto a agredi-lo também. Outro polícia de choque, de capacete e escudo, corre atrás da criança mais pequena que chora e grita apavorada e agarra-a. A câmara volta a focar o homem, no chão, que continua a ser agredido à bastonada pelo polícia de luvas pretas, enquanto uma meia dúzia de polícias observa e mantém afastados transeuntes que tentam intervir para pôr fim à agressão. Não há, em momento algum, qualquer gesto de violência por parte de nenhum dos elementos da família. Não há, em momento algum, qualquer tentativa, por parte de algum agente, de chamar à razão o polícia de luvas pretas que, sabemos depois, é o comandante da esquadra de investigação criminal da PSP de Guimarães.

Temos tendência para dizer que não há maior baixeza moral do que abusar da força perante os mais fracos, mas há e vemo-la aqui: um agente da polícia, um profissional armado e treinado no uso da violência, com responsabilidades de chefia, abusa da sua autoridade e da sua força e agride um pai e um avô que não tinham esboçado qualquer gesto de agressão, à frente dos seus filhos e netos menores e perante o seu desespero. Não há maior baixeza do que esta.

O agente dirá em sua defesa que o homem o insultou ou o provocou. Mas um polícia que não consegue controlar-se e só consegue responder a um insulto ou a uma provocação com uma agressão não pode ser polícia e muito menos comandante. Poderá talvez ser pastor ou faroleiro, uma actividade onde não tenha de interagir com muitos humanos.

O homem, não se sabe porquê (será acusado de se ter colocado no trajecto do bastão do polícia?), foi constituído arguido. O comandante das luvas pretas nem sequer foi suspenso, como seria normal, enquanto a PSP anuncia que irá analisar “em sede própria” os factos que todos pudemos ver.

Estas coisas acontecem. E acontecem em todos os países. O que diferencia um país civilizado de uma selva é o que acontece depois. Que haja um polícia violento que não consegue manter a cabeça fria, acontece. Que ele se mantenha ao serviço (e num posto de chefia) quando se sabe que age dessa forma, é intolerável.

Os episódios de violência policial são inúmeros em Portugal e é evidente que as polícias, a Inspecção-Geral da Administração Interna e o Ministério da Administração Interna não levam o fenómeno a sério, limitando-se a esperar que os casos sejam esquecidos. Percebe-se. Os agredidos e os abusados são em geral pobres ou remediados, contestatários (vejam-se as agressões durante manifestações) ou escuros (veja-se o recente e chocante caso da Cova da Moura). E convém a certas forças políticas que os portugueses tenham medo de sair à rua, de protestar, de defender os seus direitos, que se habituem a excessos por parte das autoridades, que se habituem a que as autoridades nunca sejam escrutinadas e sancionadas. O homem agredido no domingo não é, infelizmente, primo da ministra Anabela Rodrigues. Mas, num país democrático, a polícia não pode estar ao serviço das agendas políticas deste ou daquele grupo ou das preferências de classe dos governantes.

Permitir este tipo de abusos significa incentivá-los. Corresponde a dizer às polícias que este é o tipo de atitude que se espera delas. E, se isto é o que faz um comandante da PSP em público e perante câmaras de televisão, o que se passará atrás das paredes das esquadras e das prisões?» [Público]
   
Autor:

José Vítor Malheiros.

      
 Um "bom" empego para energúmenos
   
«A oferta de emprego, divulgada no 'site' do Ministério do Serviço Público, indica que a função será "executar os condenados à morte" e não exige qualquer qualificação particular ou experiência.

Os futuros funcionários encarregar-se-ão também "de amputações" de pessoas condenadas por roubo.

O anúncio de emprego coincide com um aumento do número das execuções na Arábia Saudita, na qual crimes como violação, homicídio, apostasia, assalto à mão armada e tráfico de droga são passíveis da pena de morte devido à aplicação de uma versão rigorosa da lei islâmica ('sharia').» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Anda por aí muito bom candidato.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Divulgue-se em Guimarães.»
  
 EDP leva fisco ao tribunal
   
«Recorde-se que a elétrica portuguesa pede ao Estado uma indemnização de 1,4 milhões de euros por ter sido obrigada a apresentar garantias bancárias quando pediu às finanças um reembolso de IVA referente ao imposto pago com a compra de energia no mercado espanhol.

O processo teve início em 2011 e, de acordo com jornal Público, a empresa entende que deve ser indemnizada pelo atraso do reembolso, que demorou mais de dois meses, e pelos custos das 3 garantias bancárias.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

É uma pena que nem todos os cidadãos e empresas tenham os recursos da EDP.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»

 O Marquito está tramado
   
«“Não quero 15 minutos de fama, nem quero voltar à política. O meu palco é a minha família e faço isto por um imperativo de consciência”, afirmou o social-democrata em declarações ao jornal i.

Apesar da denúncia, Vieira da Silva considera Marco António Costa um amigo mas voltaria a fazê-lo se fosse o seu pai ou a sua mulher, pretende que o país onde a filha vai crescer “leve uma volta”, e desta forma evidencia que não se trata de questões pessoais mas de um problema de justiça.

Os sociais-democratas colocam em causa a escolha do timing da denúncia e acreditam tratar-se de “alguém que acha que não consegue fazer mais nada”, um “invejoso” ou “ressabiado”, como o intitulam depois da denúncia.

Paulo Vieira da Silva foi secretário-geral da JSD/Porto, conselheiro nacional da juventude do PSD entre 1998-2002 e conselheiro nacional nos mandatos de Durão Barroso e Santana Lopes. É militante honorário da JSD, aquilo de que mais se orgulha na política.

Apoiante “indefetível” de Passos Coelho por o considerar uma “pessoa séria e honesta”, o militante social-democrata orgulha-se de ter sido o “único assessor [quando tinha um lugar na câmara de Trofa] que não tinha telemóvel da autarquia” e que nunca apresentou “um metro que fosse de deslocações” para que a câmara lhe pagasse.» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Parece que não lhe largam as canelas.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 Justiça à Argentina
   
«O veredicto está a causar muita polémica. Esta segunda-feira, dois juízes de Buenos Aires, na Argentina, decidiram baixar a pena de um pedófilo para metade, tendo em conta que a vítima de seis anos tem “orientação homossexual e estava acostumado a ser abusado."

Mario Tolosa foi inicialmente condenado a seis anos de prisão, mas agora a pena foi reduzida para três anos e dois meses. Os juízes Horacio Piombo e Ramon Sal Llargués fundamentam a decisão com o bizarro argumento. 

"Ele é gay, tem a sexualidade definida. Ocorreu o abuso, mas não era tão ultrajante", lê-se no portal de informação oficial Infojus, citado pelo jornal espanhol “El Mundo”.» [Expresso]
   
Parecer:

Atrasos mentais.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Vomite-se.»

 O regresso do conflito entre Marcelo e Pais do Amaral
   
«E a verdade é que se Marcelo fosse o 'pai' da TAP não entregaria a mão da filha nem ao português Pais do Amaral, nem ao brasileiro David Neeleman. 

Na opinião do professor o menor dos males parece ser o brasileiro de origem polaca Germán Efromovich, apesar de a proposta que ele apresentou em 2012 ter merecido muitas críticas do comentador . "Não estou feliz". Mas agora, esta pode ser a "proposta menos má". » [Expresso]
   
Parecer:

No seu comentário Marcelo esqueceu-se de referir do conflito que teve no passado com o então patrão da TVI.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Avive-se a memória do professor Marcelo para que os seus comentários sejam mais independentes.»

   
   
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