Foto Jumento
Flor da Quinta das Conchas, Lisboa
Jumento do dia
Anabela Rodrigues, ministra incompetente da Administração Interna
Pela forma como a ministra da Administração Interna cedeu a tudo o que os sindicatos da polícia lhe exigiram até parece que foi ameaçada de levar uma tareia do brutamontes de Guimarães, mais um pouco e dava-lhes até o que eles não exigiam. Pela primeira vez um sindicato saiu de uma reunião garantindo que tinham conseguido tudo o que durante anos lhes tinha sido recusado.
A esta hora os sindicalistas devem estar arrependidos de não terem pedido a aposentação aos trinta anos e um aumento do salário para o dobro. É o que dar ter uma ministra fraca e incompetente e um governo desesperado por conseguir votos.
«Tranquila e sorriso no rosto. Foi assim que a ministra da Administração Interna recebeu ontem o maior sindicato da PSP, para a segunda ronda de negociações sobre o polémico estatuto. "Quero dizer que a minha intenção é ir ao encontro das vossas expetativas", terá declarado Anabela Rodrigues logo do início da reunião, de acordo com uma fonte que acompanhou os trabalhos.
Resultados? A promessa da admissão de 500 novos polícias por ano, a partir já de 2016, até 2019, para compensar e as saídas, o horário de trabalho manter-se nas 36 horas semanais e a cedência a uma das principais e mais difíceis reivindicações sindicais: a pré-aposentação aos 55 anos, sem cortes e sem necessidade, como agora, de autorização superior do diretor nacional da PSP, sempre moroso.
"Algo de impensável há uns meses e que contraria tudo o que tem sido a linha política dos Governos, nos últimos anos", reconhece o presidente da Associação Sindical de Profissionais de Polícia (ASPP), o primeiro sindicato a reunir-se com a ministra e o mais representativo desta força de segurança.» [DN]
A comunicação social, a Voz do Povo e a verdade
A Voz do Povo diz que o crescimento resulta das exportações, mas o Expresso diz claramente que "face ao último trimestre, a economia cresceu 0,4 por cento, com o contributo positivo da procura interna e negativo da procura externa líquida". Não é difícil imaginar o José Manuel Fernandes a reescrever o artigo de forma a enganar os papalvos que ainda acreditam nas suas patranhas estalinistas.
Pobre Petinga, o que um pobre assalariado de um falso jornal é obrigado a assinar.
"The Man and the Dog"
Anabela Rodrigues, ministra incompetente da Administração Interna
Pela forma como a ministra da Administração Interna cedeu a tudo o que os sindicatos da polícia lhe exigiram até parece que foi ameaçada de levar uma tareia do brutamontes de Guimarães, mais um pouco e dava-lhes até o que eles não exigiam. Pela primeira vez um sindicato saiu de uma reunião garantindo que tinham conseguido tudo o que durante anos lhes tinha sido recusado.
A esta hora os sindicalistas devem estar arrependidos de não terem pedido a aposentação aos trinta anos e um aumento do salário para o dobro. É o que dar ter uma ministra fraca e incompetente e um governo desesperado por conseguir votos.
«Tranquila e sorriso no rosto. Foi assim que a ministra da Administração Interna recebeu ontem o maior sindicato da PSP, para a segunda ronda de negociações sobre o polémico estatuto. "Quero dizer que a minha intenção é ir ao encontro das vossas expetativas", terá declarado Anabela Rodrigues logo do início da reunião, de acordo com uma fonte que acompanhou os trabalhos.
Resultados? A promessa da admissão de 500 novos polícias por ano, a partir já de 2016, até 2019, para compensar e as saídas, o horário de trabalho manter-se nas 36 horas semanais e a cedência a uma das principais e mais difíceis reivindicações sindicais: a pré-aposentação aos 55 anos, sem cortes e sem necessidade, como agora, de autorização superior do diretor nacional da PSP, sempre moroso.
"Algo de impensável há uns meses e que contraria tudo o que tem sido a linha política dos Governos, nos últimos anos", reconhece o presidente da Associação Sindical de Profissionais de Polícia (ASPP), o primeiro sindicato a reunir-se com a ministra e o mais representativo desta força de segurança.» [DN]
A comunicação social, a Voz do Povo e a verdade
A Voz do Povo diz que o crescimento resulta das exportações, mas o Expresso diz claramente que "face ao último trimestre, a economia cresceu 0,4 por cento, com o contributo positivo da procura interna e negativo da procura externa líquida". Não é difícil imaginar o José Manuel Fernandes a reescrever o artigo de forma a enganar os papalvos que ainda acreditam nas suas patranhas estalinistas.
Pobre Petinga, o que um pobre assalariado de um falso jornal é obrigado a assinar.
"The Man and the Dog"
Parlamento cobarde
«É que o dirigente sindical, embora garantindo ter "informações" e "testemunhas" (que não quis identificar), de que foi o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Paulo Núncio a dar ordens para que essa lista se fizesse, também assumiu não ter nada de "concreto, palpável ou factual" que lhe permitisse sustentar a acusação.» DN de 20 de Março
Se a Assembleia da República fosse um parlamento de gente coerente o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos seria de novo chamado à comissão parlamentar de orçamento e finanças para apresentar as tais testemunhas que tinha que lhe permitiam afirmar que o secretário de Estado dos Assuntos Fiscias tinha daod instruções.
A verdade é que da famosa lista VIP resulta uma única conclusão óbvia, ou Paulo Núncio mentiu aos deputados ou o sindicalista mentiu com a intenção deliberada de provocar a destruição da carreira de alguns trabalhadores dos impostos, numa tentativa desastrada de apagar todos os processos disciplinares envolvendo os seus associados.
Se os deputados estivessem mesmo interessados em apurar a verdade identificariam o mentiroso e tirariam as conclusões. Mas parece que a lista VIP já desempenhou a sua função, A CNPD fez um brilharete, a IGF fez o que lhe mandaram, os deputados deram o seu espectáculo triste e pouco sério.
Na juventude, não foi um rapaz especialmente namoradeiro, mas o nome da primeira namorada fica na memória: Maria Luís. «Foi um namoro bonito mas curto, que terminou quando chegou o verão.» Anos mais tarde, em 2013, um tipo malvado chamado Dr. Paulo Portas também quis que o relacionamento de Pedro com uma outra Maria Luís terminasse quando chegou o verão. Como diria Marx, a história repetia-se. Só que, apesar da breve passagem pela UEC, Pedro não quer nada com Marx. Prefere uma versão caseira do princípio thatcheriano do «no such thing as society»: «somos aquilo que escolhemos ser». Escolheu ignorar a carta de demissão «irrevogável» de Paulo Portas, e a verdade é que dois anos depois ainda cá anda.
«O Movimento das Forças Armadas nascido da revolução dos cravos» (não foi ao contrário, Sofia?) apanhou o jovem Pedro com a família em Angola. O pai, António, «ouvia relatos de grande euforia em Portugal, mas não via eco dela em Angola». Sofia acha que «o pós-25 de abril demorou a chegar a Luanda». Deve ter sido por causa da diferença horária. De resto, o jovem Pedro recuperou o tempo perdido e cinco anos depois, já estava na JSD, a impressionar com os seus «famosos discursos de improviso», que agora fazem as delícias da oposição. Pedro Pinto recorda que no discurso de estreia, ele foi «o único que verdadeiramente defendeu aquilo em que acreditava com base na informação que tinha, ainda que as premissas estivessem todas erradas». Ainda hoje é frequente isto acontecer.
Também vale muito a pena perceber como se divertia Passos e o grupo da jota. Segundo Sofia Aureliano, «Nos anos 80, a ausência de televisão e de novas tecnologias fazia com que o ato de pertencer a um grupo com os mesmos interesses fosse a forma mais natural de conviver em sociedade». Estranhos tempos, esses em que não havia «novas tecnologias» e em que pertencer a um grupo era a forma mais natural de conviver… Seja lá como for, o convívio passava por um bar de Luís Represas, «frequentado por artistas, profissionais que [como nota Sofia] já nessa altura seguiam maioritariamente uma orientação mais à esquerda». Foi justamente aí que Passos conheceu a sua primeira mulher: essa artista de esquerda chamada Fá, uma das famosas Doce. Mas talvez por causa da «ausência de televisão e novas tecnologias», Pedro não associou logo a cara ao nome. Fá despertou-lhe a atenção por um motivo muito especial: «tinha um rosto muito parecido com uma senhora que ele conhecia, a mulher do senhor Faria, com quem Fá partilha traços de um rosto tipicamente judeu».
O pai nunca lhe quis dar dinheiro «para ele andar metido na política» (safa, safa). Foi nos cursos de formação da JSD que ganhou o seu primeiro sustento. Esse bichinho da formação voltaria anos mais tarde, durante a travessia do deserto, através dos famosos cursos para técnicos de aeródromos da Tecnoforma. Nessa empresa, Passos teve como missão gerir toda a formação à distância. A coisa deve ter sido gerida demasiado à distância, porque o resultado de que o atual PM mais se orgulha é «ter estado muito próximo de criar uma escola de ensino superior em Cabo Verde». Ângelo Correia, conhecido caçador de talentos, deu valor a isto e foi buscar Pedro para junto de si na Fomentinvest, onde esteve até 2010. Desta magnífica experiência no setor privado ficou-lhe «o valor do risco (…) que falta na maior parte dos que dependem dos favores e dos benefícios do Estado». A Tecnoforma e a Fomentinvest devem ter sido as únicas empresas de formação profissional e de serviços ligados ao ambiente que nunca beneficiaram de dinheiros públicos.
Em 2010 Passos vê-se forçado a depender «dos favores e dos benefícios do Estado»: torna-se líder do PSD. Nessa qualidade, «viabilizou a governação socialista enquanto achou que essa seria a melhor alternativa para o país» e, já agora, enquanto os prazos constitucionais impediram o Presidente de dissolver a Assembleia. Preferiu chegar a primeiro-ministro no tempo certo, quando «ganhava força a alternativa social-democrata de virar a austeridade para o Estado e não para as pessoas». Estranhamente, apesar desta excelente plataforma social-democrata e apesar de Passos estar a «pôr o país no mapa do investimento e na senda do crescimento», os portugueses continuam a achá-lo uma pessoa má como as cobras. Mas para grandes males, grandes remédios: reúnem-se uns depoimentos de gente desinteressada, como Marco António Costa ou Secundino Cardoso do restaurante O Comilão; revela-se o historial de doenças da família inteira; e finalmente mostra-se a intimidade do apartamento de Massamá.
Sofia Aureliano esteve lá e conta-nos como é «o estado de espírito». À entrada, foi recebida por Peluche e Olívia, «as cadelas da família que completam, com o seu entusiasmo sonoro, o quadro mais genuíno da arte de bem receber». Lá dentro percebeu que as gravatas não combinam com o ambiente, embora isso não se deva felizmente a «qualquer recalcamento ideológico mal resolvido ou a qualquer simbolismo adjacente». De resto, em casa, Passos até estende a roupa e põe a loiça na máquina, «para sentir um registo de normalidade». Pedro é um de nós, que também só lavamos a loiça e estendemos a roupa para sentir «um registo de normalidade».
«É que o dirigente sindical, embora garantindo ter "informações" e "testemunhas" (que não quis identificar), de que foi o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Paulo Núncio a dar ordens para que essa lista se fizesse, também assumiu não ter nada de "concreto, palpável ou factual" que lhe permitisse sustentar a acusação.» DN de 20 de Março
Se a Assembleia da República fosse um parlamento de gente coerente o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos seria de novo chamado à comissão parlamentar de orçamento e finanças para apresentar as tais testemunhas que tinha que lhe permitiam afirmar que o secretário de Estado dos Assuntos Fiscias tinha daod instruções.
A verdade é que da famosa lista VIP resulta uma única conclusão óbvia, ou Paulo Núncio mentiu aos deputados ou o sindicalista mentiu com a intenção deliberada de provocar a destruição da carreira de alguns trabalhadores dos impostos, numa tentativa desastrada de apagar todos os processos disciplinares envolvendo os seus associados.
Se os deputados estivessem mesmo interessados em apurar a verdade identificariam o mentiroso e tirariam as conclusões. Mas parece que a lista VIP já desempenhou a sua função, A CNPD fez um brilharete, a IGF fez o que lhe mandaram, os deputados deram o seu espectáculo triste e pouco sério.
A superioridade moral de Massamá
«De acordo com a biografia oficial do Primeiro-Ministro, de Sofia Aureliano, Pedro Passos Coelho revelou desde muito cedo uma grande curiosidade intelectual. Se Miguel Relvas diz que pautou a sua vida «pela procura do conhecimento permanente», Pedro mostrou logo na infância «uma avidez, quase aditiva, pela busca do conhecimento». Ainda não tinha completado a 4ª classe e já o nosso primeiro-ministro «escrevia melhor que muitos doutores». Deve ser daqui que vem a ideia de que o país tem licenciados a mais. O amigo Relvas foi mesmo um dos pioneiros dessa causa nacional, tendo-lhe sido atribuído pelo ministro Crato o título de ex-licenciado.
«O Movimento das Forças Armadas nascido da revolução dos cravos» (não foi ao contrário, Sofia?) apanhou o jovem Pedro com a família em Angola. O pai, António, «ouvia relatos de grande euforia em Portugal, mas não via eco dela em Angola». Sofia acha que «o pós-25 de abril demorou a chegar a Luanda». Deve ter sido por causa da diferença horária. De resto, o jovem Pedro recuperou o tempo perdido e cinco anos depois, já estava na JSD, a impressionar com os seus «famosos discursos de improviso», que agora fazem as delícias da oposição. Pedro Pinto recorda que no discurso de estreia, ele foi «o único que verdadeiramente defendeu aquilo em que acreditava com base na informação que tinha, ainda que as premissas estivessem todas erradas». Ainda hoje é frequente isto acontecer.
Também vale muito a pena perceber como se divertia Passos e o grupo da jota. Segundo Sofia Aureliano, «Nos anos 80, a ausência de televisão e de novas tecnologias fazia com que o ato de pertencer a um grupo com os mesmos interesses fosse a forma mais natural de conviver em sociedade». Estranhos tempos, esses em que não havia «novas tecnologias» e em que pertencer a um grupo era a forma mais natural de conviver… Seja lá como for, o convívio passava por um bar de Luís Represas, «frequentado por artistas, profissionais que [como nota Sofia] já nessa altura seguiam maioritariamente uma orientação mais à esquerda». Foi justamente aí que Passos conheceu a sua primeira mulher: essa artista de esquerda chamada Fá, uma das famosas Doce. Mas talvez por causa da «ausência de televisão e novas tecnologias», Pedro não associou logo a cara ao nome. Fá despertou-lhe a atenção por um motivo muito especial: «tinha um rosto muito parecido com uma senhora que ele conhecia, a mulher do senhor Faria, com quem Fá partilha traços de um rosto tipicamente judeu».
O pai nunca lhe quis dar dinheiro «para ele andar metido na política» (safa, safa). Foi nos cursos de formação da JSD que ganhou o seu primeiro sustento. Esse bichinho da formação voltaria anos mais tarde, durante a travessia do deserto, através dos famosos cursos para técnicos de aeródromos da Tecnoforma. Nessa empresa, Passos teve como missão gerir toda a formação à distância. A coisa deve ter sido gerida demasiado à distância, porque o resultado de que o atual PM mais se orgulha é «ter estado muito próximo de criar uma escola de ensino superior em Cabo Verde». Ângelo Correia, conhecido caçador de talentos, deu valor a isto e foi buscar Pedro para junto de si na Fomentinvest, onde esteve até 2010. Desta magnífica experiência no setor privado ficou-lhe «o valor do risco (…) que falta na maior parte dos que dependem dos favores e dos benefícios do Estado». A Tecnoforma e a Fomentinvest devem ter sido as únicas empresas de formação profissional e de serviços ligados ao ambiente que nunca beneficiaram de dinheiros públicos.
Em 2010 Passos vê-se forçado a depender «dos favores e dos benefícios do Estado»: torna-se líder do PSD. Nessa qualidade, «viabilizou a governação socialista enquanto achou que essa seria a melhor alternativa para o país» e, já agora, enquanto os prazos constitucionais impediram o Presidente de dissolver a Assembleia. Preferiu chegar a primeiro-ministro no tempo certo, quando «ganhava força a alternativa social-democrata de virar a austeridade para o Estado e não para as pessoas». Estranhamente, apesar desta excelente plataforma social-democrata e apesar de Passos estar a «pôr o país no mapa do investimento e na senda do crescimento», os portugueses continuam a achá-lo uma pessoa má como as cobras. Mas para grandes males, grandes remédios: reúnem-se uns depoimentos de gente desinteressada, como Marco António Costa ou Secundino Cardoso do restaurante O Comilão; revela-se o historial de doenças da família inteira; e finalmente mostra-se a intimidade do apartamento de Massamá.
Sofia Aureliano esteve lá e conta-nos como é «o estado de espírito». À entrada, foi recebida por Peluche e Olívia, «as cadelas da família que completam, com o seu entusiasmo sonoro, o quadro mais genuíno da arte de bem receber». Lá dentro percebeu que as gravatas não combinam com o ambiente, embora isso não se deva felizmente a «qualquer recalcamento ideológico mal resolvido ou a qualquer simbolismo adjacente». De resto, em casa, Passos até estende a roupa e põe a loiça na máquina, «para sentir um registo de normalidade». Pedro é um de nós, que também só lavamos a loiça e estendemos a roupa para sentir «um registo de normalidade».
Ultrapassada que está a tese da superioridade moral dos comunistas, este livro propõe-nos assim a tese da superioridade moral de Massamá. É certo que Passos confessa «não gostar de dar a ideia de poder estar a manipular o sentimento das pessoas em favor de um determinado objetivo». Mas infelizmente, como lembra em epígrafe a própria Sofia Aureliano, «em política o que parece é» (frase que a autora atribui a Sá Carneiro).» [Jugular]
Autor:
Filipe Nunes.
Mais um Jota muito bem sucedido
«Nos últimos meses a central de compras da saúde, a empresa pública Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), adquiriu serviços no valor de meio milhão de euros a empresas criadas muito pouco antes de assinarem contratos com a SPMS. O i teve acesso a denúncias feitas à Inspecção-Geral das Finanças e Portal da Transparência que questionam alguns dos negócios e analisou os contratos publicados pela empresa pública no site base.gov
Uma das empresas terá mesmo ligações familiares a um funcionário contratado no ano passado pela administração da SPMS, engenheiro que esteve directamente envolvido na adjudicação, atesta documentação a que o i teve acesso. Além disso, a empresa em causa, Crucialintuition, foi contratada pela central de compras pela primeira vez pouco mais de um mês depois da sua criação no dia 9 de Outubro de 2014, revelam registos comerciais consultados pelo i. Sem ter até aí qualquer relação com o Estado, entre Novembro e Janeiro a firma de Santarém fechou cinco contratos com a SPMS para consultoria, no valor de 168.094,26 euros acrescidos de IVA.
Mais suspeitas Estes não são os únicos contratos que motivaram denúncias. Segundo informação a que o i teve acesso, são igualmente questionados três contratos com a consultora Violet Morning, que segundo foi possível apurar foi contratada pela primeira vez pela SPMS 11 dias depois de ser registada comercialmente. A empresa foi constituída no dia 26 de Dezembro e logo no dia 7 de Janeiro celebrou o primeiro contrato com a SPMS. Desde então soma contratos no valor global de 179.439,48 acrescidos de IVA. Pelo menos uma outra empresa está nesta situação: a LFG, Prestação de Serviços LDA, foi constituída no dia 27 de Fevereiro e contratada por dois anos no dia 25 de Março de 2015 pela SPMS, com um contrato no valor de 74 400 euros acrescidos de IVA.
É ainda também questionada a contratação da empresa We Mean Business, que nos últimos meses fechou quatro contratos com a SPMS no valor de 106.545,00 acrescidos de IVA. Neste caso, a empresa foi constituída em 2012 mas até aqui não tinha qualquer relação com o Estado. Um outro contrato referido ao i prende-se com a contratação de um elemento para o departamento de comunicação através de uma empresa de engenharia em nome do seu irmão, que não indicia o tipo de funções que veio a exerce na central de compras. Este funcionário trabalhava também na câmara de Santarém, onde é dirigente da JSD.» [Notícias ao Minuto]
Parecer:
Ganda Macedo!
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Casa, comida e roupa lavada
«Segundo o Jornal de Negócios, a Autoridade Tributária voltou a afirmar que mantém a responsabilidade de exigir o pagamento dos valores em falta, a não ser que o processo avance para os tribunais.
A partir do momento em que os cidadãos recorrem à justiça, o Fisco recusa continuar envolvido no processo, devido à impossibilidade de representar empresas privadas em processos legais. Esta é já a segunda vez que as Finanças têm esta interpretação quanto às portagens em atraso» [Notícias ao Minuto]
Parecer:
É muito discutível que se misturem impostos com um sistema de cobrança de empresas privadas, representar essas empresas em tribunal deixava de ser o recurso ao homem do fraque para ser puro parasitismo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Deixem-se de cobrar dívidas privadas.»
Mais um salta pocinhas
«“Acho um absurdo”. É desta forma que Ricardo Sá Fernandes classifica a proposta do PS de “garantir a proteção de titulares de cargos políticos ou públicos contra a utilização abusiva de meios judiciais”.
O dirigente político considera que esta intenção “pode ser lida, objetivamente”, como uma reação à detenção de José Sócrates e defende que “os titulares dos cargos políticos têm de se sujeitar às regras a que estão sujeitos todos os cidadãos”.
Por outro lado, o advogado admite que vê “com bastante simpatia” a intenção da coligação em criminalizar o enriquecimento ilícito, admitindo sentir-se “bastante próximo dos propósitos políticos da ministra da Justiça e da deputada Teresa Leal Coelho”.» [Notícias ao Minuto]
Parecer:
H´quem não consiga viver sem fama.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Os Verdes reúnem em convenção?
«O Partido Ecologista Os Verdes (PEV) reúne-se hoje e no sábado, em Lisboa, na convenção nacional do partido, um encontro que vai debater as ideias contidas na moção global, entre as quais a renegociação da dívida do país.» [Notícias ao Minuto]
Parecer:
Estava convencido que as convenções deles não passavam de um café na Festa do Avante.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se desta fraude política.»