Jumento do dia
Paulo Ralha, sindicalista ou uma espécie disso
A primeira reacção do sindicalista dos impostos foi um desastre, defendia o acesso quase livre e generalizado a toda a informação dos contribuintes e dava a entender que o caso se limitava a chefias, como se estas fossem ETs no fisco e escondendo que tal era mentira, nem o caso envolvia apenas chefias nem estas são entidades estranhas ao fisco.
A segunda reacção do sindicalista é ainda mais desastrosa, seguindo uma cultura miserável de muito boa gente associa os cortes salariais a corrupção. Faz lembrar os que associam a crise ao aumento do crime, como se os pobres fossem tendencialmente gatunos. Essa tese era mesmo partilhada por alguma direita que no governo anterior cortou em todos os orçamentos, menos no da Administração Interna.
Na prática o sindicalista sanciona a acção policial e admite os crimes ainda antes de qualquer julgamento, pior, ainda antes da apresentação dos arguidos ao um juiz, como se as suspeitas policiais fossem acórdãos de um tribunal.
«Paulo Ralha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), considera que os cortes salariais aos funcionários do Fisco, no período da ‘troika’, potenciaram o risco de corrupção na administração fiscal e situações como as que, ontem, foram tornadas públicas no âmbito da Operação ‘Tax Free’. A operação foi desenvolvida no seguimento de suspeitas de ‘luvas’ pagas por empresas para terem acesso a informação fiscal, bancária e patrimonial de terceiros e também por gabinetes de advogados e de contabilidade a troco de consultoria fiscal de funcionários do fisco.
”O grande risco para estas situações ocorrerem prende-se com os cortes salariais em determinadas profissões como na PJ, na AT e no próprio Ministério Público. É da natureza humana. Está mais do que provado na história humana que aumenta o risco de corrupção”, defendeu ao Económico Paulo Ralha. Nas contas do STI, efectuadas no final de 2013, cerca de 70% dos mais de 10.500 funcionários da AT ganhavam acima de 1.500 euros, por isso, em 2014, teriam uma redução de salário entre 8,6% e 12%.
O dirigente sindical garante nunca ter ouvido falar da existência deste tipo de situações que passam por tráfico de informação e diz mesmo não haver quaisquer processos disciplinares internos por esse tipo de práticas. “Os processos internos que existem prendem-se apenas com a consulta indevida de dados fiscais na sequência da polémica ‘Lista VIP’ em que o acesso aos dados fiscais de quatro ex-governantes (Paulo Núncio, Pedro Passos Coelho, Cavaco Silva e Paulo Portas) originava um alerta automático.» [DE]
Erros de casting
Com tantos anos na política e depois de ter tido meses para escolher os membros do governo seria de esperar que não tivessem ocorrido erros de casting, mas assim não sucedeu, pela forma como se demitiram ou foram demitidos, primeiro o ministro da Cultura e agora um secretário de Estado da Juventude, percebe-se que foram escolhas que não resultara. É a prova de que nem sempre os apelidos são o melhor critério para a escolha de membros do governo.
Um ministro muito informal
Esperemos que na próxima formatura a tropa não apareça de xanatas e com fatos de treino da Adidas comprados na Feira do Relógio. Este ministro faz-me lembrar um autarca do Podemos que recebeu os comandantes de navios da NATO em jeans e camisa fora das calças. Gosto destes cotas com tiques de okupas.
Paulo Ralha, sindicalista ou uma espécie disso
A primeira reacção do sindicalista dos impostos foi um desastre, defendia o acesso quase livre e generalizado a toda a informação dos contribuintes e dava a entender que o caso se limitava a chefias, como se estas fossem ETs no fisco e escondendo que tal era mentira, nem o caso envolvia apenas chefias nem estas são entidades estranhas ao fisco.
A segunda reacção do sindicalista é ainda mais desastrosa, seguindo uma cultura miserável de muito boa gente associa os cortes salariais a corrupção. Faz lembrar os que associam a crise ao aumento do crime, como se os pobres fossem tendencialmente gatunos. Essa tese era mesmo partilhada por alguma direita que no governo anterior cortou em todos os orçamentos, menos no da Administração Interna.
Na prática o sindicalista sanciona a acção policial e admite os crimes ainda antes de qualquer julgamento, pior, ainda antes da apresentação dos arguidos ao um juiz, como se as suspeitas policiais fossem acórdãos de um tribunal.
«Paulo Ralha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI), considera que os cortes salariais aos funcionários do Fisco, no período da ‘troika’, potenciaram o risco de corrupção na administração fiscal e situações como as que, ontem, foram tornadas públicas no âmbito da Operação ‘Tax Free’. A operação foi desenvolvida no seguimento de suspeitas de ‘luvas’ pagas por empresas para terem acesso a informação fiscal, bancária e patrimonial de terceiros e também por gabinetes de advogados e de contabilidade a troco de consultoria fiscal de funcionários do fisco.
”O grande risco para estas situações ocorrerem prende-se com os cortes salariais em determinadas profissões como na PJ, na AT e no próprio Ministério Público. É da natureza humana. Está mais do que provado na história humana que aumenta o risco de corrupção”, defendeu ao Económico Paulo Ralha. Nas contas do STI, efectuadas no final de 2013, cerca de 70% dos mais de 10.500 funcionários da AT ganhavam acima de 1.500 euros, por isso, em 2014, teriam uma redução de salário entre 8,6% e 12%.
O dirigente sindical garante nunca ter ouvido falar da existência deste tipo de situações que passam por tráfico de informação e diz mesmo não haver quaisquer processos disciplinares internos por esse tipo de práticas. “Os processos internos que existem prendem-se apenas com a consulta indevida de dados fiscais na sequência da polémica ‘Lista VIP’ em que o acesso aos dados fiscais de quatro ex-governantes (Paulo Núncio, Pedro Passos Coelho, Cavaco Silva e Paulo Portas) originava um alerta automático.» [DE]
Erros de casting
Com tantos anos na política e depois de ter tido meses para escolher os membros do governo seria de esperar que não tivessem ocorrido erros de casting, mas assim não sucedeu, pela forma como se demitiram ou foram demitidos, primeiro o ministro da Cultura e agora um secretário de Estado da Juventude, percebe-se que foram escolhas que não resultara. É a prova de que nem sempre os apelidos são o melhor critério para a escolha de membros do governo.
Um ministro muito informal
Esperemos que na próxima formatura a tropa não apareça de xanatas e com fatos de treino da Adidas comprados na Feira do Relógio. Este ministro faz-me lembrar um autarca do Podemos que recebeu os comandantes de navios da NATO em jeans e camisa fora das calças. Gosto destes cotas com tiques de okupas.
Fuga ao fisco e economia paralela
«A economia paralela em Portugal vale perto de 46 mil milhões de euros, mais de 26% do PIB. É o mesmo que dizer que quase cinco orçamentos destinados à Saúde circulam à margem do fisco.
Os dados mais recentes do Observatório de Economia e Gestão de Fraude (Obegef), da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, são relativos a 2013. Nessa altura, o Índice da Economia não Registada elaborado pelo observatório indicava que a economia paralela valia 26,81% do PIB, o equivalente a 45,9 mil milhões de euros. Entretanto, o observatório está a elaborar o índice com dados relativos a 2015, um estudo ainda não terminado, mas Óscar Afonso, do Obegef, diz ao DN/Dinheiro Vivo que "os primeiros resultados apontam para uma manutenção" desses valores.» [DN]
Parecer:
Se 25% do PIB é um exagero de economia registada, confundir fuga ao fisco com economia paralela só pode conduzir a conclusões erradas.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Façam-se bem as contas.»
Sorry
«A deputada do PSD Maria Luís Albuquerque, ex-ministra das Finanças, exigiu hoje que o PCP seja "consequente", enviando o parecer parlamentar aprovado sobre a sua situação profissional para o Ministério Público, espera desculpas após o arquivamento do caso.
"Espero que o PCP seja consequente, que não faça como o BE - que remeteu para a comissão de inquérito [Banif] e quando eu lá estive não me perguntou nada. Espero que sejam consequentes e, quando o MP arquivar o processo, fico à espera de um pedido público de desculpas do PCP", afirmou a vice-presidente do Partido Social-Democrata, à saída de uma das comissões parlamentares.» [DN]
Parecer:
Não será melhor sugerir ao MP que lei o Diário da Assembleia da República?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
E não vai fugir?
«O ex-primeiro ministro José Sócrates viu retirada a medida de coação que o impedia de sair do país sem autorização judicial, disse nesta terça-feira à agência Lusa um dos seus advogados, João Araújo. “A proibição de sair do país foi levantada a semana passada”, afirmou João Araújo, contactado por telefone pela Lusa.
José Sócrates é um dos 12 arguidos da Operação Marquês, tendo sido detido a 21 de novembro de 2014, no aeroporto de Lisboa, indiciado pelos crimes de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção passiva para ato ilícito.» [Observador]
Parecer:
O que terá mudado para o super juiz deixar de recear que Sócrates fuja?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Ridículo
«Entretanto, o governador, Carlos Costa, apenas indicou que “em devido tempo” formalizará uma proposta ao Governo para os novos administradores, não esclarecendo se terá consigo na administração Elisa Ferreira. Os administradores são designados pelo Governo, sob proposta do governador, depois de serem ouvidos no Parlamento. “Sei que estão curiosos de saber quando serão nomeados os novos membros do conselho de administração. Como sabem, é um procedimento adoptado por lei e pela Assembleia da República”, afirmou aos jornalistas, ouvido pela Lusa no final de uma cerimónia em Lisboa. E apenas prometeu: “Em devido tempo vou formalizar uma proposta e não farei mais comentários para além desses. Obviamente é uma proposta que visa reforçar o conselho de administração”.
A notícia da escolha de Elisa Ferreira foi avançada pelo Expresso e o Jornal de Negócios. Questionado pelo PÚBLICO sobre as mudanças, o supervisor não respondeu até ao momento. A questão ganhou projecção quando, na terça-feira, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou em Estrasburgo que um eurodeputado português poderia em breve vir a ser chamado a assumir outro tipo de funções.» [Público]
Parecer:
Marcelo anunciou, a comunicação social divulgou e agora vem o sr. Costa dizer que em devido tempo será ele a propor o nome. Enfim, o pobre senhor não tem a mais pequena noção do ridículo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
Ter um comboio à mesa
«Tanto a Câmara de Évora como a população do concelho sempre pugnaram pela materialização do eixo ferroviário de mercadorias entre Sines e Badajoz, demonstrando, por diversas vezes, o seu apoio. Agora, a comunidade alentejana enfrenta uma situação que está a provocar mal-estar e revolta. “O comboio é importante para o país, mas não neste sítio”, observa a presidente da União de Freguesias do Bacelo e Senhora da Saúde, Gertrudes Pastor, sintetizando desta forma o estado de alma dos moradores que vivem nos bairros de Évora que irão ter o traçado da nova via férrea mesmo ao lado das suas casas.
As razões da sua apreensão surgem depois de saberem que as composições de carga podem chegar aos 750 metros de comprimento e vão circular, em média, de 20 em 20 minutos a cerca de dez metros de residências. “A população passa a ter comboios a circular junto à cabeceira da cama”, diz o presidente do município, Carlos Pinto de Sá (CDU), ao PÚBLICO, quando descreve o impacto do ramal ferroviário para os habitantes de vários bairros de Évora.» [Público]
Parecer:
Quem desenhou a linha devia ser obrigado a residir numa das casas que ficarão à beira da linha.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proteste-se.»