sexta-feira, abril 22, 2016

Umas no cravo e outras na ferradura


 Jumento do dia
    
Luís Montenegro

Parece que o PSD encontrou uma forma de superar o trauma da vitória minoritária e agora faz oposição desvalorizando o parlamento, abstendo-se de tomar posições com o argumento idiota de que o governo conta com uma maioria. Segundo a lógica deste artista o parlamento não deveria levar nada a votos por se saber qul o resultado da votação, como se no tempo do seu governo não tivesse sido sempre assim.
 
Começa a ser óbvio que estes trastes não são oposição, são apenas oportunistas que usam o jogo parlamentar para desvalorizar o carácter dos membros do governo chamando-os a comissões, e para chegar ao poder apostam mais numa crise que leve o país a uma situação de desgraça do que mostrando as virtudes do seu projecto que mais não é do que a imbecilidades do seu pequeno caudilho.


«O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, confirmou que a bancada social-democrata não vai apresentar qualquer projecto de resolução sobre o Programa de Estabilidade por considerar que o Governo tem o apoio suficiente à esquerda para que o documento seja viabilizado. Tanto BE como PCP também não deverão colocar o Programa a votação no Parlamento. O CDS ainda não anunciou a sua decisão embora seja pouco provável que avance com uma resolução sobre a proposta do Governo que está esta quinta-feira na mesa do Conselho de Ministros.

“Não há dúvida de que o Programa de Estabilidade e do Programa Nacional de Reformas tem o apoio inequívoco do PS, PCP, BE e PEV, que são os que sustentam o Governo”, disse esta quinta-feira o líder da bancada, no final de uma reunião com os deputados no Parlamento.

O líder do PSD, Passos Coelho, já tinha afirmado, há algumas semanas, que o partido iria abdicar de apresentar um projecto de resolução sobre o Programa de Estabilidade. Luís Montenegro disse que a votação “não é determinante” e que mesmo sem esses votos o Governo pode enviar o documento para Bruxelas. O social-democrata quis envolver os partidos que apoiam o Governo – BE, PCP e PEV - na estratégia do executivo: “É o plano de Catarina Martins, Jerónimo de Sousa e Heloísa Apolónia”.» [Público]

 Corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais

Foram supostos indícios destes três crimes que terão surgido por uma mera transferência bancária através da CGD que deram lugar ao mega processo Marquês, investigado por um inspector fiscal, assessorado por um procurador e por vários jornalistas .

É sabido ue nestes processos o crime de branqueamento de capitais serve apenas para que os investigadores tenham mais poderes e os acusados estejam mais limitados na sua capacidade de defesa. Por cá todos os crimes de colarinho branco incluem sempre o branqueamento de capitais, acusação que em regra cai durante a investigação ou acaba por morrer durante o julgamento. Restam, portanto, os crimes de corrupção e de fraude fiscal.

Quanto ao de corrupção e paras usar o brilhante raciocínio dos nossos doutos magistrados, já se percebeu que a investigação não consegue provar nem de quem são os cabritos, nem quais foram as cabras que os pariram. Os investigadores já foram à Venezuela, já foram a Vale de Lobo, já foram a Angola, já foram ao Panamá e a crer nos seus assessores jornalistas não obtiveram provas. Não admira que estes mesmos assessores há muito que apontam o crime fiscal como forma de tramar Sócrates.

A constituição da ex-muilher como arguida com o argumento da fraude fiscal é uym sinal claro desta orientação, ja não interessa saber de quem são as cabras, o que importa é que os cabritos não pagaram imposto. Agora é uma questão de tempo para a acusação começar a manipular a opinião pública a fim de poder dar a cambalhota e dizer que, afinal, a montanha pariu cabritos.



 A "Deolinda" melhorou a vida

Houver um tempo em que a "Deolinda" se queixava de ser parva, de tirar um curso para ser escrava. A direita transformou-o num ícone da luta contra um governo maldito, o extremista JMF chegou a propor que fosse um hino.



Agora a "Deolinda" vive bem, safou-se durante a austeridade, não se pode queixar do curso, de ter emigrado ou de estar desempregada, deixou de ser escrava de um dia para o outro:



 Dúvida

Alguém viu por aí o Passos Coelho? Quando era apenas primeiro-ministro no exílio ainda o víamos nas inaugurações de velhas escolas, mas desde que desceu à terra e disse que era oposição desapareceu e entregou o PSD à criadagem.

      
 A saída fiscal do Caso Marquês
   
«Sofia Fava, ex-mulher de José Sócrates, é o 14.º arguido da Operação Marquês. A notícia é do Correio da Manhã e estão em causa suspeitas de fraude fiscal qualificada e de branqueamento de capitais.

Como já tinha sido noticiado por vários órgãos de comunicação social, existem fortes indícios nos autos da Operação Marquês de que Fava terá recebido somas significativas de dinheiro de José Sócrates, nomeadamente entregas em dinheiro vivo (entre 2 a 4 mil euros de cada vez) alegadamente ordenadas pelo ex-primeiro-ministro e transferências bancárias de mais de 100 mil euros a partir de contas de Sócrates. O Ministério Público, através do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, suspeita que tais valores têm origem nas contas de Carlos Santos Silva no Banco Espírito Santo (BES) — que, por seu lado, foram alimentadas com transferências a partir das contas do amigo de Sócrates na Suíça abertas em nome de diversas sociedade offshore.

O dinheiro recebido por Sofia Fava servia para pagar as despesas de educação e de outra natureza dos dois filhos de Sócrates mas também terá servido para pagar as prestações de um empréstimo de 760 mil euros que Fava contraiu junto do BES para comprar uma quinta em Montemor-o-Novo.» [Observador]
   
Parecer:

As acusações feitas à ex-mulher de José Sócrates revela a nova estratégia do inspector do fisco, o verdadeiro líder da investigação, perante a falta de provas de corrupção tenta-se incriminar por fraude fiscal.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
  
 VW: clientes de primeira e clientes de segunda
   
«A Volkswagen chegou a um acordo com as autoridades dos Estados Unidos, país onde o escândalo rebentou e onde foram afetados quase 600 mil carros, sobre as propostas concretas para retirar de circulação os veículos com motores a gasóleo adulterados com o kit fraudulento. Segundo o “Die Welt”, cada condutor lesado será recompensado com o equivalente a 4.400 euros, mas a empresa já disse que não irá fazer o mesmo na Europa.

O acordo será apresentado ao juiz esta quinta-feira, numa reunião preliminar vai realizar-se no Tribunal do Distrito do Norte da Califórnia, em São Francisco, pelas 8h00 locais (16h00 em Lisboa). O acordo permitirá evitar um processo judicial prolongado, acrescenta o “Die Welt”, que cita fontes financeiras.

Além da indemnização, a Volkswagen irá suportar todos os custos associados à retificação da fraude ao abrigo de um plano técnico que ainda não está finalizado.» [Observador]
   
Parecer:

A partir de agora os clientes europeus da VW quando comprarem um carro desta marca já sabem com o que podem contar, se forem enganados serão tratados como clientes de nível inferior e ficarão a ver os clientes americanos a serem tratados com a dignidade que lhes foi recusada.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Recuse-se a aquisição de carros desta marca e exija-se todas as marcas um compromisso de igualdade de tratamento dos clientes no caso destes serem lesados.»

 Sócrates contraditório
   
«Apesar de apoiar o Governo de António Costa e de considerar que as críticas à legitimidade do mesmo são infundadas, José Sócrates não se meteria neste filme. “Eu nunca seria primeiro-ministro sem ter ganho as eleições”, assume o ex-primeiro-ministro numa entrevista a Maria Flor Pedroso, da Antena 1, que vai ser emitida na manhã desta quinta-feira.

“Eu sou apoiante, gosto deste Governo, tenho aliás neste Governo alguns dos meus melhores amigos políticos”, diz Sócrates, criticando ainda a forma como a direita faz oposição. “Este Governo começou como um Governo provisório, mas agora já não é”, acrescenta, para logo de seguida atacar a Comissão Europeia pelas posições que tem assumido. A Europa “tem um problema democrático de base que se tem acentuado” nos últimos tempos, considera Sócrates.» [Observador]
   
Parecer:

José Sócrates nunca seria primeiro-ministro se não ganhasse as eleições e isso pressupõe uma discordância quanto à constituição de um governo que não resulte de uma vitória eleitoral. Mas, afinal, apoia o governo e uma das suas virtudes é ter muitos dos seus amigos. Há qualquer coisa de errado neste raciocínio de José Sócrates.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»

 É preciso ter lata!
   
«Foi, no mínimo, um momento curioso. Eduardo Catroga, presidente da EDP em representação dos chineses da China Three Gorges Corporation, aproveitou a visita de António Costa à Fundação EDP para, pessoalmente, passar uma mensagem ao primeiro-ministro: “Os acionistas da EDP precisam de conversar consigo”, começou por lhe dizer sobre os seus patrões.

O diálogo foi captado pelas câmaras de televisão da SIC e pelos jornalistas presentes, embora fique por descortinar a que é que se referia exatamente Eduardo Catroga. Se à tarifa social na energia, que o atual Governo pretende alargar para um milhão de famílias, se à contribuição extraordinária sobre o setor energético que custou 62 milhões de euros à EDP só em 2015.

Certo é que Eduardo Catroga logo se prontificou a ajudar nas negociações. “Se você precisar de mim para eu dar aí alguns entendimentos… Eu disponho-me a isso. Porque eu tenho essa visão da política que não é partidária”, atirou o economista e ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva.» [Observador]
   
Parecer:

Parece que o PSD abre uma excepção e Catroga oferece-se para intermediar negócio do governo com os chineses da EDP.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»

 Passos, o inimputável
   
«Questionado se se sentirá responsável caso a operação do Banif for considerada nas contas públicas, fazendo o valor do défice subir de 3 para 4,4%, Passos Coelho recusou qualquer responsabilidade: "Não de todo, não foi uma matéria que tivesse acontecido enquanto eu estive no Governo", disse.

"Não respeita a nenhuma decisão que nós tivéssemos tomado no Governo. Fica por esclarecer - ainda está em esclarecimento na comissão de inquérito - o que é que aconteceu desde que esse Governo terminou, o que é aconteceu que obrigou o Banco de Portugal à decisão de resolver o banco e de o resolver nessas circunstâncias", referiu Pedro Passos Coelho, que falava aos jornalistas à saída de uma conferência promovida pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD).» [Notícias ao Minuto]
   
Parecer:

Este anda a gozar com os portugueses.
   
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Responda-se-lhe parafraseando o falecido Almirante Pinheiro de Azevedo.»