Jumento do dia
João Soares
João Soares já tem idade para saber que Portugal é um país de gente educada, de boas maneiras, onde não se podem dizer palavrões, todas as raparigas são virgens e todos os políticos são pessoas de extrema educação. Neste país ninguém se porta mal, ninguém mata a mulher à facada, ninguém mata o marido com veneno, os polícias são todos honestos e os magistrados respeitam a democracia.
João Soares sabe muito bem que as galhetas são como os palavrões, devem estar reservadas para o espaço da intimidade, do segredo, longe dos ouvidos alheios, senão há uma onde de indignação. É por isso que João Soares deve evitar andar a ameaçar de dar galhetas e muito menos quando está em causa um jornalista. Que as prometesse a um Presidente da República, ao cardeal, ao vizinho tudo bem, mas a um jornalista, esse símbolo nacional das virtudes públicas.
É óbvio que quando se entra para um governo deve cuidar-se da imagem desse governo, não se pode impor aos seus parceiros os seus modelos de comunicação social. João Soares não está acima de tudo e de todos e se quer continuar a ser ministro deve perceber que os seus tiques pessoais devem ficar para o domínio do pessoal.
«"Sou um homem pacífico, nunca bati em ninguém. Não reagi a opiniões, reagi a insultos. Peço desculpa se os assustei." Foi desta forma que o ministro da Cultura João Soares respondeu ao Expresso, por SMS, sobre a polémica que está a marcar o dia desta quinta-feira.
Um bate-boca que ele próprio desencadeou ao escrever na sua conta do Facebook que gostaria de encontrar Augusto M. Seabra e Vasco Pulido Valente para lhes dar "as salutares bofetadas" que mereceriam pelos artigos de opinião que escreveram no jornal "Público".
João Soares insurge-se contra um texto publicado por Augusto M. Seabra na edição online do "Público", esta quarta-feira, e termina com uma espécie de desabafo: “Estou a ver que tenho de o procurar, a ele e já agora ao Vasco Pulido Valente”, para umas “salutares bofetadas”.» [Expresso]
É curioso
Em Portugal nada se sabe do envolvimento de portugueses nas off shore do Fonseca, os nossos jornalistas não divulgam nada e limitam-se a alertar de forma sistemática para o facto de as operações poderem ser legais. Ainda se falou do dono da Altice, mas rapidamente se fez silêncio pois o orçamento publicitário da MEO dá de comer a muita gente.
Vale a pena comparar o brilhantismo deontológico revelado pelo jornalismo português neste caso com aquilo que temos visto nalguns casos judiciais. Aí condena-se na praça pública, agora escondem-se os nomes. Enfim, em Portugal a verdade também fica escondida numa off shore.
Se alguém está à espera de uma grande revelação ou de uma qualquer investigação que se desengane, isso só sucederá se for apanhado alguém que tenha caído em desgraça e que não possa prejudicar as receitas publicitárias da comunicação social.
Passos mudou
Já não é o primeiro-ministro no exílio, agora é o primeiro-ministro regressado do exílio que está à espera do fim da legislatura para tentar chegar ao poder.
João Soares
João Soares já tem idade para saber que Portugal é um país de gente educada, de boas maneiras, onde não se podem dizer palavrões, todas as raparigas são virgens e todos os políticos são pessoas de extrema educação. Neste país ninguém se porta mal, ninguém mata a mulher à facada, ninguém mata o marido com veneno, os polícias são todos honestos e os magistrados respeitam a democracia.
João Soares sabe muito bem que as galhetas são como os palavrões, devem estar reservadas para o espaço da intimidade, do segredo, longe dos ouvidos alheios, senão há uma onde de indignação. É por isso que João Soares deve evitar andar a ameaçar de dar galhetas e muito menos quando está em causa um jornalista. Que as prometesse a um Presidente da República, ao cardeal, ao vizinho tudo bem, mas a um jornalista, esse símbolo nacional das virtudes públicas.
É óbvio que quando se entra para um governo deve cuidar-se da imagem desse governo, não se pode impor aos seus parceiros os seus modelos de comunicação social. João Soares não está acima de tudo e de todos e se quer continuar a ser ministro deve perceber que os seus tiques pessoais devem ficar para o domínio do pessoal.
«"Sou um homem pacífico, nunca bati em ninguém. Não reagi a opiniões, reagi a insultos. Peço desculpa se os assustei." Foi desta forma que o ministro da Cultura João Soares respondeu ao Expresso, por SMS, sobre a polémica que está a marcar o dia desta quinta-feira.
Um bate-boca que ele próprio desencadeou ao escrever na sua conta do Facebook que gostaria de encontrar Augusto M. Seabra e Vasco Pulido Valente para lhes dar "as salutares bofetadas" que mereceriam pelos artigos de opinião que escreveram no jornal "Público".
João Soares insurge-se contra um texto publicado por Augusto M. Seabra na edição online do "Público", esta quarta-feira, e termina com uma espécie de desabafo: “Estou a ver que tenho de o procurar, a ele e já agora ao Vasco Pulido Valente”, para umas “salutares bofetadas”.» [Expresso]
É curioso
Em Portugal nada se sabe do envolvimento de portugueses nas off shore do Fonseca, os nossos jornalistas não divulgam nada e limitam-se a alertar de forma sistemática para o facto de as operações poderem ser legais. Ainda se falou do dono da Altice, mas rapidamente se fez silêncio pois o orçamento publicitário da MEO dá de comer a muita gente.
Vale a pena comparar o brilhantismo deontológico revelado pelo jornalismo português neste caso com aquilo que temos visto nalguns casos judiciais. Aí condena-se na praça pública, agora escondem-se os nomes. Enfim, em Portugal a verdade também fica escondida numa off shore.
Se alguém está à espera de uma grande revelação ou de uma qualquer investigação que se desengane, isso só sucederá se for apanhado alguém que tenha caído em desgraça e que não possa prejudicar as receitas publicitárias da comunicação social.
Passos mudou
Já não é o primeiro-ministro no exílio, agora é o primeiro-ministro regressado do exílio que está à espera do fim da legislatura para tentar chegar ao poder.
Não recuar nas reformas
«O presidente do BCE disse aos conselheiros ter visto “esforços” de “todos os países” da zona euro, “no sentido de uma reforma das respetivas economias”, descrevendo como “notáveis e necessários” os “esforços de reforma desenvolvidos em Portugal”. E elencou como exemplos de contributos para a competitividade do país, as “reformas do mercado de trabalho”, “a melhoria das condições empresariais ou a redução dos custos de exploração dos portos”. Foi imediatamente a seguir a isto que o presidente do BCE deixou a frase: “Não se justifica anular reformas anteriores. Para além de preservar o que já foi alcançado, são necessárias mais reformas no conjunto da área do euro”.» [Observador]
Parecer:
É bom notar que Draghi não inclui naquilo que designa como reformas as medidas injustas, inaceitáveis e inconstitucionais.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aprove-se.»