Jumento do dia
Pedro Passos Coelho
Passos Coelho é um pouco lerdo e por isso levou seis meses para perceber que perdeu mesmo as eleições e que a figura de primeiro-ministro no exílio não passa de uma figura de parvo. Não podendo continuar à espera que Marcelo lhe agradeça o apoio nas eleições presidenciais com uma dissolução do parlamento que poderia ser desastrosa para o PSD , optou por se armar em oposição.
Era de esperar que estivesse preocupado com os mais pobres, honrando o seu novo lema "social-democracia sempre", mas não, a sua preocupação são as empresas que por má gestão ou por desvio de dinheiro para paraísos fiscais ficaram descapitalizada. Enfim, sempre fez alguns progressos, desta vez não propôs dias de trabalho gratuito através da supressão de férias ou feriados, nem se lembrou de sugerir um corte de vencimentos, parece que deixou a escravatura para mais tarde e arranjou 35 medidas imaginativas.
«Pedro Passos Coelho quer deixar de ser uma sombra nas costas de António Costa. Após o estágio de três dias no congresso em Espinho, esta quarta-feira, às 15h, Passos volta ao jogar ao ataque: o PSD vai apresentar o seu "Programa Nacional de Reformas", que conta com 35 ideias para Portugal, noticia o "Público".
O documento de sete páginas, a que o "Público" teve acesso, será apresentado pelo líder parlamentar Luís Montenegro, na Assembleia da República, antes da reunião plenária subordinada ao tema do endividamento e da recapitalização das empresas. Com esta iniciativa, o PSD pretende apresentar “soluções concretas e um contributo de futuro, enquanto o Governo só trouxe generalidades, ideias vagas e folclore político com o esboço de Plano Nacional de Reformas”, diz Montenegro ao "Público".» [Expresso]
Panamá Papers
Os Panamá Papers vai mexendo um pouco por toda a parte, excepto aqui na nossa aldeia gaulesa, onde os segredos estão muito bem guardados e só se vai sabendo alguma coisa pela comunicação social lá de fora. Parece que os nossos jornalistas estão com problemas de digestão.
Oxalá os nossos jornalistas fosse tão cuidados na divulgação de processos em segredo de justiça como estão sendo com as intimidades fiscais dos mais ricos.
Pedro Passos Coelho
Passos Coelho é um pouco lerdo e por isso levou seis meses para perceber que perdeu mesmo as eleições e que a figura de primeiro-ministro no exílio não passa de uma figura de parvo. Não podendo continuar à espera que Marcelo lhe agradeça o apoio nas eleições presidenciais com uma dissolução do parlamento que poderia ser desastrosa para o PSD , optou por se armar em oposição.
Era de esperar que estivesse preocupado com os mais pobres, honrando o seu novo lema "social-democracia sempre", mas não, a sua preocupação são as empresas que por má gestão ou por desvio de dinheiro para paraísos fiscais ficaram descapitalizada. Enfim, sempre fez alguns progressos, desta vez não propôs dias de trabalho gratuito através da supressão de férias ou feriados, nem se lembrou de sugerir um corte de vencimentos, parece que deixou a escravatura para mais tarde e arranjou 35 medidas imaginativas.
«Pedro Passos Coelho quer deixar de ser uma sombra nas costas de António Costa. Após o estágio de três dias no congresso em Espinho, esta quarta-feira, às 15h, Passos volta ao jogar ao ataque: o PSD vai apresentar o seu "Programa Nacional de Reformas", que conta com 35 ideias para Portugal, noticia o "Público".
O documento de sete páginas, a que o "Público" teve acesso, será apresentado pelo líder parlamentar Luís Montenegro, na Assembleia da República, antes da reunião plenária subordinada ao tema do endividamento e da recapitalização das empresas. Com esta iniciativa, o PSD pretende apresentar “soluções concretas e um contributo de futuro, enquanto o Governo só trouxe generalidades, ideias vagas e folclore político com o esboço de Plano Nacional de Reformas”, diz Montenegro ao "Público".» [Expresso]
Panamá Papers
Os Panamá Papers vai mexendo um pouco por toda a parte, excepto aqui na nossa aldeia gaulesa, onde os segredos estão muito bem guardados e só se vai sabendo alguma coisa pela comunicação social lá de fora. Parece que os nossos jornalistas estão com problemas de digestão.
Oxalá os nossos jornalistas fosse tão cuidados na divulgação de processos em segredo de justiça como estão sendo com as intimidades fiscais dos mais ricos.
As contradições de Passos
«No passado fim de semana, Pedro Passos Coelho decretou o fim do luto a que se tinha votado após os acontecimentos que se seguiram ao 4 de outubro de 2015. Os últimos meses foram marcados pelo ressentimento e a amargura, pela revolta e a indignação, pela azia e a crispação. Se calhar faz parte e é natural, afinal de contas foi o presidente do PSD quem ganhou as eleições e, apesar disso, não é primeiro-ministro. Foi aliás no Parlamento que caiu e acabou "nomeado" líder da oposição. Ao reconhecer a legitimidade do atual governo minoritário do PS e a consistência da solução de suporte que foi encontrada pelos partidos à esquerda, Passos Coelho prestou, honra lhe seja, um bom serviço à democracia. Desde logo, liberta o PSD do discurso da usurpação e do golpe que tem sido o seu permitindo o regresso à política e a afirmação do partido na liderança da oposição. Ao mesmo tempo, concede mais tempo ao governo do PS e, por definição, alarga também o prazo de validade da sua liderança na medida em que o seu futuro político é indissociável do destino de António Costa. Isto é, se o tempo lhe der razão, como se convenceu, e a experiência governativa das esquerdas correr mal, Passos Coelho pode beneficiar de algum oxigénio para aplicar o programa da coligação PAF. Mas se, pelo contrário, António Costa for bem-sucedido, o líder do PSD está condenado. Na verdade, num caso ou noutro, o destino do ex-primeiro-ministro não é brilhante, porque correndo mal a vida a António Costa o país é arrastado para o abismo e Passos Coelho não se livra da imagem de ter apostado no quanto pior melhor para assim tentar garantir a sobrevivência política. Assumidamente na oposição e "sem pressa" de ir para eleições, espera-se agora que Pedro Passos Coelha cumpra o seu papel. Não que se reinvente ou que seja o que nunca foi. Isso seria exigir-lhe a incoerência. Mas foi ele quem caiu na contradição de se travestir de social-democrata. Quem ouviu os discursos feitos em Espinho, na verdade foi sempre o mesmo, e olhou com rigor para a renovação (?!) que foi promovida não pode deixar de constatar o embuste: a afirmação da social-democracia sempre não passa de um slogan vazio que não é compatível com a visão de que o Estado é um empecilho que é preciso demolir, de que o SNS e a escola pública são para pobres porque os outros terão o seu lugar nos privados, e outras opções que resultam de uma visão pouco universal do Estado social. E é a identidade ideológica o maior problema que o PSD e Passos Coelho enfrentam. É que ninguém pode ser aquilo que nunca foi.» [DN]
Autor:
Nuno Saraiva.
Polícia suíça já investiga
«A polícia federal suíça levou a cabo esta quarta-feira buscas na sede da UEFA em Nyon. As autoridades pediram para ver documentos assinados pelo atual presidente da FIFA Gianni Infantino, que em tempos foi alto dirigente da UEFA. A operação surge no seguimento da fuga de informação do Panama Papers.
“A UEFA pode confirmar que hoje [quarta-feira] recebeu uma visita da Polícia Federal suíça, com um mandado e pediu para ver os contratos entre a UEFA e a Cross Trading/Teleamazonas. Naturalmente, a UEFA disponibilizou todos os documentos relevantes em sua posse e vai cooperar totalmente”, lê-se no comunicado, citado pelo jornal britânico “The Guardian”.
Segundo a mesma publicação, Infantino assinou, em 2006, um contrato de cedência de direitos televisivos com dois empresários envolvidos em casos de corrupção no futebol, Hugo Jinkis e Mariano Jinkis. A Cross Trading, detida pelos Jinkins e que está registada num paraíso fiscal do Pacífico Sul, comprou os direitos de transmissão para a Liga dos Campeões, Taça UEFA e Super Taça por 111 mil dólares e, imediatamente, vendeu-os ao canal televisivo equatoriano, Teleamazonas, por pouco mais de 311 mil dólares.» [Expresso]
Parecer:
Por cá zelosos jornalistas estão vendo o que pode ser divulgado e o que deve ficar em segredo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Trocar informações com quem?
«O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, comprometeu-se a utilizar “todos os mecanismos legais” para tributar rendimentos que sejam devidos em Portugal e que tenham sido ocultados. No debate parlamentar de actualidade em torno do escândalo Panama Papers, as bancadas de esquerda sublinharam não ficar surpreendidas com as revelações da investigação jornalística, mas o PCP mostrou estar desconfiado sobre os “interesses” que visam estas revelações.
Depois de salientar a necessidade de cooperação internacional para combater irregularidades nos offshores, Fernando Rocha Andrade deu um sinal de que o Governo não está de braços cruzados.
"Não só tentaremos obter toda a informação relevante, como serão utilizados todos os mecanismos legais no sentido de serem tributados aqueles rendimentos e aqueles patrimónios que devam imposto em Portugal e cuja ocultação agora se detecte e que sejam levados as últimas consequências todas as omissões de deveres fiscais, nomeadamente deveres declarativos que sejam revelados através deste processo", afirmou Rocha Andrade. O governante comprometeu-se a apresentar “este ano” legislação para “identificar os beneficiários colectivos” que utilizam offshores a partir de Portugal e a colocar em funcionamento, “nas próximas semanas”, a troca de informações entre as autoridades tributárias.» [Público]
Parecer:
Será que o secretário de Estado vai trocar informações com o Panamá ou mesmo com o governo regional da Madeira?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»