Foto Jumento
Hora do banho de um bico-de-lacre, Praia do Cabeço
Fotos dos visitantes do Jumento
Comboio em vila da Manhiça-cidade de Maputo (T. Selimane, Moçambique)
Jumento do dia
General António Campos Gil, cabo da tropa
Tenho muitas dúvidas sobre se o que o director dos Pupilos do Exercito disse seria merecedor de tanta acusação de discriminação, da mesma forma que tenho sérias dúvidas de que os Pupilos do Exército venham alguma vez a ser um projecto educativo e atraente para os jovens gays. Mas eu sou um cidadão e falo na qualidade de cidadão, nessa qualidade discordei do ministro, ainda que não considere que haja motivo para se demitir.
Mas o general António Campos Gil não fala apenas como cidadão, fala como general e parece que isso lhe dá o direito de falar como cabo da tropa, fica-se com a impressão de que na tropa há um espaço em que a democracia deve estar sujeita às regras da ética dos generais, destes generais. Só isso explica que o general fale nos termos em que fala, como se o ministro tivesse ofendido os valores de uma confraria que como ex vice de qualquer coisa lhe cabe defender.
As saudades que eu tenho do Almirante Pinheiro de Azevedo e da sua forma sui generis de responder a estas situaçõess
«“Demita-se, senhor ministro. Já não merece respeito, vá-se embora”. O repto, dirigido ao ministro da Defesa, José Alberto Azeredo Lopes, é lançado pelo General António Campos Gil, antigo vice-chefe do Exército português. Em entrevista à Rádio Renascença, o experiente militar garante que “não existe discriminação” nem no Colégio Militar nem nos pupilos do Exército nem nas Forças Armadas em geral. “Não houve nada de especial que merecesse todo este alarido“, diz António Campos Gil, acusando Azeredo Lopes de ter “empolado” a mensagem transmitida na reportagem do Observador.
António Campos Gil acusa Azeredo Lopes: “o senhor ministro [Azeredo Lopes] demonstrou, perante um facto que na sua essência nada tem de especial ou de grave, aceitou empolá-lo quando lhe deu importância a mais. E por isso demonstrou falta de serenidade perante uma coisa de nada”. A “coisa de nada” diz respeito às indicações de que haveria casos de discriminação homossexual no Colégio Militar, que levou à demissão do Chefe do Estado Maior do Exército.
O problema não é pedir explicações, porque o senhor ministro até pode e deve pedir explicações. O grave é quando vai para lá disso e faz uma ingerência institucional quando pede consequências, quando ele próprio começa a exigir a demissão, direta ou indiretamente, da direção ou do subdiretor”.» []
De que lado estão os tugas no BPI
Parece que a grande batalha na banca portuguesa está a acontecer no BPI, onde os angolanos se batem com os espanhóis enquanto do famoso Ulrich podemos dizer que vai aguentando ou vai-se aguentando. Depois do grito do Ipiranga contra a espanholização do sistema financeiro português eis que a primeira batalha nada tem que ver com a defesa dos interesses portugueses. De que lado estarão os nossos nacionalistas, com João Salgueiro à frente?
Comboio em vila da Manhiça-cidade de Maputo (T. Selimane, Moçambique)
Jumento do dia
General António Campos Gil, cabo da tropa
Tenho muitas dúvidas sobre se o que o director dos Pupilos do Exercito disse seria merecedor de tanta acusação de discriminação, da mesma forma que tenho sérias dúvidas de que os Pupilos do Exército venham alguma vez a ser um projecto educativo e atraente para os jovens gays. Mas eu sou um cidadão e falo na qualidade de cidadão, nessa qualidade discordei do ministro, ainda que não considere que haja motivo para se demitir.
Mas o general António Campos Gil não fala apenas como cidadão, fala como general e parece que isso lhe dá o direito de falar como cabo da tropa, fica-se com a impressão de que na tropa há um espaço em que a democracia deve estar sujeita às regras da ética dos generais, destes generais. Só isso explica que o general fale nos termos em que fala, como se o ministro tivesse ofendido os valores de uma confraria que como ex vice de qualquer coisa lhe cabe defender.
As saudades que eu tenho do Almirante Pinheiro de Azevedo e da sua forma sui generis de responder a estas situaçõess
«“Demita-se, senhor ministro. Já não merece respeito, vá-se embora”. O repto, dirigido ao ministro da Defesa, José Alberto Azeredo Lopes, é lançado pelo General António Campos Gil, antigo vice-chefe do Exército português. Em entrevista à Rádio Renascença, o experiente militar garante que “não existe discriminação” nem no Colégio Militar nem nos pupilos do Exército nem nas Forças Armadas em geral. “Não houve nada de especial que merecesse todo este alarido“, diz António Campos Gil, acusando Azeredo Lopes de ter “empolado” a mensagem transmitida na reportagem do Observador.
António Campos Gil acusa Azeredo Lopes: “o senhor ministro [Azeredo Lopes] demonstrou, perante um facto que na sua essência nada tem de especial ou de grave, aceitou empolá-lo quando lhe deu importância a mais. E por isso demonstrou falta de serenidade perante uma coisa de nada”. A “coisa de nada” diz respeito às indicações de que haveria casos de discriminação homossexual no Colégio Militar, que levou à demissão do Chefe do Estado Maior do Exército.
O problema não é pedir explicações, porque o senhor ministro até pode e deve pedir explicações. O grave é quando vai para lá disso e faz uma ingerência institucional quando pede consequências, quando ele próprio começa a exigir a demissão, direta ou indiretamente, da direção ou do subdiretor”.» []
De que lado estão os tugas no BPI
Parece que a grande batalha na banca portuguesa está a acontecer no BPI, onde os angolanos se batem com os espanhóis enquanto do famoso Ulrich podemos dizer que vai aguentando ou vai-se aguentando. Depois do grito do Ipiranga contra a espanholização do sistema financeiro português eis que a primeira batalha nada tem que ver com a defesa dos interesses portugueses. De que lado estarão os nossos nacionalistas, com João Salgueiro à frente?
Jaime Gama soma e segue
«Jaime Gama vai ser o novo presidente do conselho de administração da Fundação Francisco Manuel dos Santos, substituindo Nuno Garoupa que se demitiu para regressar à vida académica, na universidade do Texas, anunciou esta segunda-feira a instituição.
Em comunicado, a Fundação congratula-se com a aceitação por parte de Jaime Gama, “uma escolha óbvia” justificada pela sua cultura, experiência e conhecimento geoestratégico identificado com os princípios que regem a entidade.
“O convite foi aceite com data de 1 de setembro de 2016”, acrescenta a informação assinada pelo presidente do Conselho de Curadores da Fundação, Alexandre Soares dos Santos, acrescentado que Jaime Gama será presidente do Conselho de Administração e presidente da Comissão Executiva.» [Observador]
Parecer:
Mudou-se do DDT para o orçamento do comerciante holandês.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»
Preso por ter cão e por não ter cão
«O comentador televisivo e social-democrata Luís Marques Mendes considera que “António Costa não só não sai derrotado”, depois de se ter envolvido no acordo no BPI que acabou por ruir, “como fez muito bem” em aprovar o decreto que permite a desblindagem dos estatutos das sociedades cotadas e nas Ofertas Públicas de Aquisição. Para Mendes, esta alteração de regras é de “uma violência enorme contra Isabel dos Santos” que vai ver a sua posição no BPI muito desvalorizada.
Com a posição que ela tem em Angola, evidentemente que Angola e ela própria não vão ficar satisfeitas”.
O social-democrata contou, no espaço de comentário no Jornal da Noite da SIC, que “há vários meses, ainda no tempo do anterior Governo, havia um plano a) para resolver o problema da desblindagem por via da lei, mas este Governo e este Presidente da República achavam que era melhor que as partes se entendessem”. Mas na semana passada, na reunião do Conselho de Ministros de quinta-feira, António Costa aprovou o que, no seu Governo, era um plano b) e desblindou os estatutos: Citando fonte do Governo, Mendes diz que “a aplicação deste decreto vai demorar meses, a desblindagem do acontece mesmo no final do ano”.» [Observador]
Parecer:
Se António Costa não aprovasse a desblindagem diriam agora que tinha levado o BPI à ruína e assim prejudicando gravemente os interesses angolanos em Portugal. Mas como António Costa se empenhou numa situação equilibrada mas a filha de Eduardo dos Santos achou que poderia levar os seus interesses até à rotura do banco, recuando nos acordos e pondo em causa a credibilidade de tudo e de todos. Agora há quem critique a intervenção de Costa.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sorria-se.»