Ouvir o rapazola do Banco de Portugal, onde é responsável pela gestão dos recursos humanos, falar em despedimentos quando se sabe que ao longo dos anos o BdP foi minguando sem que tivesse sido alvo de qualquer reestruturação dos seus quadros de pessoal faz qualquer quadro superior do Estado ir ao vómito.
Um licenciado numa universidade que só em Portugal é tratada com tal estatuto não só deveria abster-se de dizer disparates sobre o BCE ou sobre cativações orçamentais e outras coisas que são claramente demasiado pesadas para a sua modesta camioneta de recursos intelectuais, como deveria evitar comparações entre o que se ganha no Estado e o que se ganha no sector privado. Um primeiro-ministro deveria evitar confundir um catedrático em economia com um operário de uma fábrica de sapatos.
Na hora de fazer cortes orçamentais esta gente pensou mais no impacto eleitoral das suas opções do que em qualquer indicador económico e depois vieram com pequenos jogos de palavras, o que só evidencia a sua menoridade intelectual, só isso explica que digam as enormidades que têm vindo a dizer imaginando que os outros não os percebem.
O idiota da SEAP percebeu que todos os cortes de vencimentos, sejam cortes no vencimento mensal ou cortes de subsídios são inconstitucionais, daí que teve a brilhante ideia de consolidar a ilegalidade com uma nova estrutura de vencimentos no Estado. Animado com as declarações de Passos Coelho que reconheceu ter mentido ao dizer que no Estado se ganhava mais, o pobre diabo do BdP lembrou-se de estragar tudo dizendo que os quadros do Estado teriam de ganhar mais e os outros menos. Foi o suficiente para que Passos Coelho o viesse desmentir, negando qualquer reformulação nas tabelas salariais.
Estes idiotas devem estar a confundir os quadros superiores do Estado, quase todos eles com mais e melhores habilitações do que as do primeiro-ministro ou do Rosalino (como é que um homem com um nome destes e que até tem uma cara a condizer com o dito pode inspirar confiança intelectual para alguém o convidar para o governo?), com uma fila de sem-abrigos à porta da sopa dos pobres.
Querem dar ares de ser gente responsável quando não passam de bestas-quadradas que em poucos anos ou mesmo meses vão destruir o Estado o muito que de bom tem a Administração Pública portuguesa. Esta gente é tão mal-educada e revelam ser tão fraquinhos que nem sabem tratar gente que lhes é superior com um mínimo de dignidade.