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Leitura matinal
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Fragata "Alcatejo", Alcochete [A. Cabral]
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Luís Montenegro
Quando o líder parlamentar do PSD vem dizer aos jornalistas de que o outro partido da coligação de direita substituindo-se aos seus deputados para dizer que o CDS não se está a resguardar das duas uma, ou o CDS está msmo a resguardar-se ou o líder parlamentar do PSD não tem a noção do ridículo.
«O líder parlamentar do PSD negou hoje a ideia que o CDS-PP esteja a tentar "resguardar" a sua imagem, considerando que a coligação entre os dois partidos tem funcionado na "perfeição".
Questionado se existe dentro do PSD algum desconforto com a "salvaguarda da imagem" do CDS-PP, que se tem "exposto menos", o presidente do grupo parlamentar social-democrata recusou a ideia que haja qualquer tentativa dos democratas-cristãos se "resguardarem".» [DN]
«O líder parlamentar do PSD negou hoje a ideia que o CDS-PP esteja a tentar "resguardar" a sua imagem, considerando que a coligação entre os dois partidos tem funcionado na "perfeição".
Questionado se existe dentro do PSD algum desconforto com a "salvaguarda da imagem" do CDS-PP, que se tem "exposto menos", o presidente do grupo parlamentar social-democrata recusou a ideia que haja qualquer tentativa dos democratas-cristãos se "resguardarem".» [DN]
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É uma questão de ver quem mai ganhou com isso.
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Longe vão os tempos em que indiferentes às consequências a direita festejava cada má notícia para o país, sempre que uma agência descia o rating da dívida soberana portuguesa ouviam-se os festejos do PSD e do CDS. QUando a direita chegou ao poder o Relvas chegou a prognosticar uma subida do rating. Está-se a ver.
Nesse tempo pouco importava que o país fosse a única vítima de uma crise financeira internacional que o próprio Cavaco Silva ignorava, Cavaco Silva que chegou a defender que não se devia criticar os mercados. Para a direita o poder justificava uma bancarrota, agora percebe-se que o projecto era destruir toda a estrutura de direitos sociais constrúida ao longo de décadas, a direita queria usar a crise para se vingar do país e do seu povo e não hesita sequer perante a possibilidade de estar a conduzir o país para um grave confronto interno.
Nesse tempo pouco importava que o país fosse a única vítima de uma crise financeira internacional que o próprio Cavaco Silva ignorava, Cavaco Silva que chegou a defender que não se devia criticar os mercados. Para a direita o poder justificava uma bancarrota, agora percebe-se que o projecto era destruir toda a estrutura de direitos sociais constrúida ao longo de décadas, a direita queria usar a crise para se vingar do país e do seu povo e não hesita sequer perante a possibilidade de estar a conduzir o país para um grave confronto interno.
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Finalmente Passos Coelho fez uso dos seus robustos recursos intelectuais e explicou a sua política económica da forma brilhantes com que habitualmente explica as suas grandiosas ideias:
“Temos de dar um passo atrás para dar dois à frente”, disse Passos Coelho, durante a sessão de abertura do congresso da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC), em Lisboa.» [Público]
Finalmente se percebeu que não foi o Gasparoika que inspirou Passos Coelho, foi Vladimir Ilicha Ulianov, mais conhecido por Lenine, que explicou a Nova Política Económica nos seguintes termos:
«"Um passo atrás para dar dois à frente".» [Wikipedia]
Enfim, se Passos Coelho não tivesse aprendido economia numa universidade cujos diplomas de licenciatura estão ao nível das Novas Oportunidades saberia que estava a dizer uma asneira. Mas o homem sabe tanto de história cconómica como eu sei de lagares de azeite.
Enfim, se temos de tratar o Batanete da Economia por simplesmente Gaspara, parece que já o primeiro ministro deverá ser tratado por camarada Pedro, o Grande Vladimirde Massamá.
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Porque razão o Henrique Raposo em vez de inventar um primo imaginário não coloca no Expresso as suas condições, se tiver a coragem de o fazer será mais honesto e dá a cara ao mesmo tempo que ataca os outros. O que está fazendo é uma cobardia, inventa um coitadinho para lhe ser mais fácil ter razão, porque não compara a situação do seu primo coitadinho com a sua? Vá lá, não seja cobarde!
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Quando tinham lucros às centenas de milhões quase limpinhos de impostos divertiam-se a distribuir dividendos, agora que estão em dificuldades pedem ajuda aos contribuintes e querem cortar os vencimentos. Está na hora de os portugueses reagirem a sacanas, se o BES e o BPI cortarem nos vencimentos como sugerem os seus presidentes devemos mudar de banco, devemos dar primazia aos bancos ou a quaisquer empresas que respeitem os trabalhadores.
Vamos criar uma lista negra de empresários esclavagistas e oportunistas!
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«Todos os sofrimentos podem ser suportados se forem colocados dentro de uma história, ou se contarmos uma história acerca deles." Estas palavras da grande escritora dinamarquesa Karen Blixen poderiam aplicar-se a uma leitura da greve geral que não fique pelo registo da baixa política. Não sei se Carvalho da Silva e João Proença concordarão comigo, mas vejo esta greve sobretudo como a recusa de uma política pública que não responde à necessidade de sentido e esperança credível exigida pelos portugueses, numa altura em que os sofrimentos associados à austeridade, ao desemprego, à insegurança dos contratos, não pára de aumentar. O Governo não tem sido capaz de ir para além do caderno de encargos da troika. Tem até ficado aquém dele no que respeita à justiça fiscal, pois continua a ser cúmplice da evasão fiscal organizada, como o demonstrou o economista João Pedro Martins. Se é verdade que o programa de ajustamento marca o falhanço das políticas públicas dos governos anteriores, será um tremendo erro pensar que Portugal poderá recuperar a liberdade de acção perdida apenas pelo cumprimento desse programa. Um erro que poderá levar o País ao desastre económico e à desordem social.
Paradoxalmente, esta é uma greve pela permanência de Portugal na Zona Euro. Ela apela ao Governo para não seguir a cartilha suicidária da espiral de austeridade e recessão, que só agravará os grandes indicadores, em particular o da dívida pública, que vai continuar a crescer em relação a um PIB decrescente. Passos Coelho não pode continuar a falar aos portugueses como se Berlim tivesse razão, ignorando as propostas da Comissão Europeia e dos maiores economistas mundiais. O Governo tem de lutar por uma resposta europeia, solidária e integrada, se não quiser que algures no futuro o protesto ordeiro dos sindicatos seja substituído pela violência antieuropeia nas ruas.» [DN]
Paradoxalmente, esta é uma greve pela permanência de Portugal na Zona Euro. Ela apela ao Governo para não seguir a cartilha suicidária da espiral de austeridade e recessão, que só agravará os grandes indicadores, em particular o da dívida pública, que vai continuar a crescer em relação a um PIB decrescente. Passos Coelho não pode continuar a falar aos portugueses como se Berlim tivesse razão, ignorando as propostas da Comissão Europeia e dos maiores economistas mundiais. O Governo tem de lutar por uma resposta europeia, solidária e integrada, se não quiser que algures no futuro o protesto ordeiro dos sindicatos seja substituído pela violência antieuropeia nas ruas.» [DN]
Autor:
Viriato Soromenho-Marques.
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«Duas repartições de Finanças foram atacadas com cocktails molotov, esta quinta-feira de manhã, em Lisboa. A primeira situação aconteceu na rua Amelia Rey Colaço, em Benfica, pelas 08h25. Poucos minutos depois, uma lata de tinta foi lançada na repartição da avenida General Roçadas. Em Alvalade, o arremesso de um engenho incendiário partiu a montra da repartição de Finanças.» [CM]
Parecer:
Se o Gaspar e o passos Coelho não são nada mansos a tratar os portugueses tudo pode ser possível e com um primeiro-ministro irresponsável que usa argumentos para atirar uns portugueses contra os outros tudo é possível.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
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«A agência de notação financeira Fitch cortou esta quinta-feira o 'rating' de Portugal em um nível, de 'BBB-' para 'BB+', passando a nota do país para um nível já considerado 'lixo’. Contudo este corte pode ainda ser maior caso a economia portuguesa ou o desempenho orçamental seja pior que o esperado.» [CM]
Parecer:
Pobres Passos Coelho e Gasparoika.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Relvas e outros porque deixaram de festejar as descidas no rating.»
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«O líder parlamentar do PSD reiterou hoje a "abertura" do partido em relação às propostas do PS de alteração ao Orçamento do Estado para 2012, caso essas propostas evoluam no sentido de permitir a sua viabilização.» [DN]
Parecer:
Este PSD é muito pouco honesto a negociar.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Recuse-se qualquer negociação com o governo ou com os partidos que o apoiam no parlamento, empobrecem-nos mas não nos compram a dignidade.»
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«O número de funcionários públicos em greve hoje estava, pelas 18h, nos 43.600, ou 10,48%, de acordo com o Governo.» [DE]
Parecer:
Positivos ou negativos?
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Gaspar se viu o número no termómetro.»
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«António José Seguro vai no sábado a Bruxelas participar na convenção dos partidos socialistas europeus. O encontro será dominado pela crise na zona euro, mas na agenda está também o início da discussão sobre o nome do candidato comum para liderar a Comissão Europeia a partir de 2014.» [DE]
Parecer:
Se a Merkell e o Sarkozy perderem as eleições o Durão Barroso tem os dias contados.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Barroso se já sabe à custa do quê vai viver quando for corrido de Bruxelas.»
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«Entre os problemas apontados está a revisão do crescimento previsto pela agência para a economia portuguesa, que reviu as suas projeções apontando agora para uma recessão na ordem dos 3% em 2012, tal como o Governo e a troika, e que a recessão nos próximos dois anos irá complicar muito a tarefa do Governo em reduzir o défice orçamental e que terá um impacto negativo na qualidade dos ativos dos bancos.» [Expresso]
Parecer:
Graças aos seus excessos Portugal foi promovido a lixo.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao Vladimir de Massamá se vai correr com o Gaspar antes ou depois da bancarrota.»
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«"O que queremos é ver um país mobilizado não para se manifestar, ainda que possa emitir todas as suas opiniões políticas, mas um país mobilizado, concentrado em fazer o seu trabalho, em ser mais produtivo e em eliminar todos os bloqueios que hoje temos na nossa economia para poder crescer mais e ter mais emprego", afirmou o líder da bancada social-democrata, Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas no Parlamento.» [i]
Parecer:
Idiota, quer empobrecer os portugueses e ainda se dá ao luxo de falar em mobilização para trabalhar.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mande-se à bardamerda o ilustre deputado eleito com um programa e que está a aprovar um outro bem diferente.»
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«Ricardo Salgado, presidente do BES, e Fernando Ulrich, CEO do BPI, fizeram as honras nesta matéria, sendo expectável que, a avançarem com cortes, os restantes ‘players’ do sector decidam seguir o exemplo.» [i]
Parecer:
Está prometido.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informe-se o Ricardo Salgado.»
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«Ao mesmo tempo que a recomendação caiu de “neutral” para “vender”, o “target” desceu para 0,25 euros, que tem implícito um potencial de desvalorização de 45% face à cotação actual.
“Apesar de o BPI ter accionistas fortes, acreditamos que o banco terá de recorrer ao programa de recapitalização da troika, cujos termos ainda não são conhecidos”, diz o analista Ignácio Sanz. Isso faz com que “venha aí um efeito massivo de diluição”.» [Jornal de Negócios]
“Apesar de o BPI ter accionistas fortes, acreditamos que o banco terá de recorrer ao programa de recapitalização da troika, cujos termos ainda não são conhecidos”, diz o analista Ignácio Sanz. Isso faz com que “venha aí um efeito massivo de diluição”.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Parece que o Ulrich está a engolir todas as acusações que fez ao governo de Sócrates, foi incapaz de prever as consequências do recurso ao FMI e da crise financeira para a ruina dos accionistas do seu banco.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Informe-se o grande Ulrich que pela boca morre o peixe e depois do falhanço nas suas previsões deveria pedir a sua demissão e regressar ao jornalismo ou às lides na Linha de Cascais.»
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