segunda-feira, novembro 28, 2011

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento

Nazaré
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Chaminés, Alcochete [A. Cabral]
  
Jumento do dia


Vítor Gaspar

Este Gaspar parece estar a divertir-se à custa dos portugueses, agora diz que a brutalidade da pinochetada orçamental aos funcionários públicos se justifica porque no sector privado o ajustamento já foi feito. Mas que grande sacana!

«O ministro das Finanças garantiu hoje que o sector privado "não está a ser poupado" nos sacrifícios impostos, recordando que o privado "começou a ajustar mais fortemente e mais cedo do que o sector público".

Vitor Gaspar respondeu hoje aos militantes sociais-democratas numa conferência sobre o Orçamento do Estado para 2012, organizado pela Distrital do PSD do Porto, tendo-se escusado a prestar declarações à margem aos jornalistas, no dia em que o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou que "o Governo mantém abertura se houver evolução do PS" para fazer "alguma modelação" na aplicação de medidas de austeridade com "impacto social mais pesado".» [DN]

 É impressão minha

Ou o Tozé está danadinho para ir para secretário de Estado adjunto do seu amigo de Massamá?

 Um hino para a direita portuguesa
 
    
 

 A minha greve

«1. Até quinta-feira nunca tinha feito greve, desta vez fiz. Trabalhei, mas fiz a minha greve. Envergonhada talvez. Não porque pense que a greve ajudará a resolver substancialmente qualquer dos graves problemas que enfrentamos como comunidade, não porque me sinta próximo de quem a convocou, mas porque é a única maneira, neste momento, de manifestar o meu profundo desagrado pelo caminho escolhido por este Governo.

Há momentos assim na vida de todos nós. Em que circunstancialmente nos vemos junto a gente com quem não partilhamos valores, ideias, visões da comunidade, princípios políticos. Que provavelmente somos utilizados para objectivos que não são os nossos, isso nunca me preocupou.

As minhas preocupações são outras. São as que advêm de me sentir governado por pessoas que aparentemente ignoram que estão a destruir um modo de vida, uma economia, as poucas boas empresas, em troca duma quimera; que são os maiores aliados da estratégia suicida da Sra. Merkel; que pensam que atirando para a miséria e o desemprego milhares e milhares dos seus concidadãos alcançarão o que quer que seja; que falam de taxas de juro, de eficiência e de mercados como se fossem fins em si mesmos, esquecendo que estes dados têm de ser apenas meios ao serviço da comunidade; que trocam os princípios reformadores por revoluções inconsequentes.

Falam-nos, sem que lhes trema a voz, de que temos vivido acima das nossas possibilidades sem se recordarem, uma vez que seja, dos dois milhões de pobres, das muitas centenas de milhares de desempregados, dos que sobrevivem com menos de 750 euros por mês. E fazem-no sem que se dêem sequer ao trabalho de nos mostrar uma luz ao fundo do túnel, de nos mostrarem uma esperança, uma visão. Põem um ar compungido e falam-nos de desempregados, de salários de fome, de pensionista sem dinheiro para medicamentos, como se fossem apenas vitimas colaterais dum plano que, no fundo, desconhecem.

Não poucas vezes os nossos governantes parecem ser gente deslumbrada com meia dúzia de livros revolucionários lidos à pressa. Aprendizes de feiticeiro a quem só foi ensinada metade do truque: sabem fazer desaparecer as coisas, mas não conhecem a forma de as fazer aparecer.

Há quem confunda esta governação com um qualquer programa de direita. Pura ilusão. Não a minha, pelo menos.

A minha direita é a que acredita num Estado mais pequeno mas mais forte. A que recusa transformar todos os funcionários públicos em bodes expiatórios. A que não ignora que as reformas podem levar tempo, mas são sempre mais rápidas e mais justas que as revoluções que tudo destroem. A que acredita que quando são precisos sacrifícios, eles devem ser equitativamente distribuídos. A que crê que o capital nunca deve estar acima do trabalho e, muito menos, se deve sobrepor às pessoas. A que nunca se esquece que os direitos sociais foram, em larga medida e por essa Europa fora, uma conquista de governantes de direita. A que está ciente de que baixando salários não só se empobrecem as pessoas como se recua décadas no modelo de desenvolvimento. A que sabe serem as empresas privadas o motor da economia, as acarinha e não as afoga em impostos. A que não desconhece que austeridade sem crescimento apenas conduz a um buraco sem saída. A que defende a liberdade como valor acima de todas as coisas, mas que sabe que sem o mínimo de igualdade a liberdade é apenas uma ilusão. A que acredita que na essência das políticas tem de estar sempre o cidadão e que ninguém deve ser deixado para trás.

Pois é, fiz greve, lado a lado com quem não queria, consciente de que as minhas razões são diferentes, muito diferentes, das de outros que também a fizeram, mas com a esperança de que quem partilha as minhas convicções também fez ou, pelo menos, teve vontade de fazer. Estou convencido de que o meu acto de pouco serviu, mas sinto-me muito mais aliviado.

2. O conflito institucional entre o Presidente da República e o primeiro-ministro promete atingir níveis insustentáveis. Na última sexta-feira, a propósito da hipótese de o BCE poder assumir o papel de credor de último recurso na Zona Euro, Cavaco Silva disse que "só quem revela algum desconhecimento é que receia que na situação actual possam resultar dessas intervenções perigos de inflação". Apelos constantes à concertação social, à justa repartição dos sacrifícios e ao necessário equilíbrio de austeridade com crescimento são uma coisa, outra é o Presidente da República apelidar indirectamente o primeiro-ministro de ignorante.

Não é fácil prever os próximos episódios deste conflito, mas não vai ser um espectáculo agradável.» [DN]

Autor:

Pedro Marques Lopes.
     

 As filhas de Passos Coelho e Gaspar

«"Já tinha feito isto para sustentar os meus luxos e vícios, enquanto tive um emprego, mas hoje, que é a tempo inteiro, mal dá para pagar as contas da casa." Sem rodeios, Maria, nome fictício, reclama anonimato para partilhar que bateu no "fundo do poço", ganhando a vida na berma da estrada.» [DN]

Parecer:

Este país começa a envergonhar-me.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Proteste-se.»
  
 Mais um fado para as contas públicas

«António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, que se deslocou a Bali, na Indonésia, como elemento da comitiva portuguesa, colocou o telemóvel, onde tinha gravado um fado de Amália Rodrigues, perto do microfone e fez-se silêncio na sala.» [DN]

Parecer:

E à conta do Fado o António Costa foi a Bali apgo com o dinheirito dos contribuintes, isso dias depois de ter anunciado a intenção de cortar no vencimento dos funcionários da CML.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Cante-se o fado!»
  
 O que o Sócrates fez à Itália!

«O empréstimo do FMI, entre 400 e 600 mil milhões de euros, daria uma "janela" de 12 a 18 meses para Itália implementar os cortes orçamentais urgentes e as reformas de estímulo à economia necessários, "aliviando as necessidade de refinanciamento da dívida", escreve o La Stampa, citando responsáveis de Washington. Itália é o país do euro que tem o seu programa de financiamento mais atrasado este ano. Ainda só colocou 89% do montante previsto.» [DE]

Parecer:

Os que usaram a crise para chegar ao poder e impor aos portugueses outro Estado Novo ainda o vão pagar com língua de palmo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se para ver.»
  
 O Euro está à beira da morte

«Revista britânica The Economist alerta que o risco de a moeda única se desintegrar "dentro de semanas é altamente alarmante”.
 
"A crise na zona euro está a provocar o pânico. O risco de a moeda única se desintegrar dentro de semanas é altamente alarmante", alerta a The Economist num artigo publicado este sábado.» [DE]

Parecer:

Fartava-me de rir dos que ficaram secretamente contentes por alguns portugueses terem sido sacrificados.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Acabe-se com o Euro e, de caminho, com a UE.»
  
 Hipócrita
 
«António Pires de Lima, presidente da Associação Portuguesa dos Produtores de Cerveja critica proposta da maioria PSD/CDS-PP de avançar com um aumento de 3,5% no imposto sobre as bebidas alcoólicas.» [Jornal de Negócios]

Parecer:

Este vendedor de aloolismo achou bem o corte dos subsídios a funcionários públicos mas acha um exagerado um ligeito aumento do imposto sobre as bebidas alcoólicas. É ridículo ouvir este senhor a chorar por 3% quando se sabe que as margems sobre as cervejas são muito superiores e que as campanhas agressivas de marketing representam muito mais do que qualquer imposto. Recorde-se que este senhor camarada de partido da ministra da Agricultura que apoiou um aumento bem maior no iva que incide sobre alimentos para bebés!

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «mande-se o hipócrita à bardamerda.»
  
 matemática portuguesa eleita para presidir a associação americana

«A matemática portuguesa Irene Fonseca foi eleita presidente da Sociedade de Matemática Aplicada e Industrial, sedeada em Filadélfia, sendo a primeira vez que um português preside à instituição fundada em 1952, anunciou o Ministério da Educação.» [DN]

Parecer:

O ridículo da notícia reside no facto de ter sido alvo de um comunicado governamental, como se o Governo tivesse tido algoa a ver com a escolha.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a gargalhada merecida pelo ministro Cratino.»