Foto Jumento
Serpa
Imagens dos visitantes d'O Jumento
Jumento [B. Gonçalves]
Jumento do dia
António José Seguro
Pobre Seguro, foi gozado por Passos Coelho e agora não só se cola às opinião de Cavaco como lhe imita o recurso aos bitaites no Facebook para dar nas vistas.
«"Temos um Primeiro Ministro cada vez mais alinhado com a Senhora Merkel e isolado no país", começa por escrever o socialista na sua página do Facebook. "Eu defendo a emissão de moeda pelo BCE como política indispensável para a recuperação económica, porque um pouco de inflação é um preço razoável para sairmos da crise a nível europeu", continua.» [CM]
«"Temos um Primeiro Ministro cada vez mais alinhado com a Senhora Merkel e isolado no país", começa por escrever o socialista na sua página do Facebook. "Eu defendo a emissão de moeda pelo BCE como política indispensável para a recuperação económica, porque um pouco de inflação é um preço razoável para sairmos da crise a nível europeu", continua.» [CM]
Gorjeta?
Na semana em o governo legislou sobre os boys somos surpreendidos por uma requisição de um funcionário da DGCI para o gabinete do SEAF que além do vencimento contempla uma gorgeta de 2.000 €. Para além do sorriso que merece a promessa de subsídios fica-se sem perceber com que base o secretário de Estado fixou a gorjeta em 2.000 e apetece perguntar se outros funcionários do fisco requisitados pelo SEAF também direito a gorjeta.
Em relação aos argumentos para que os boys dos gabinetes tenham um suplemento de vencimento são falsos, nunca no Estado um assessor ou adjunto terá recebido horas extraordinárias. Pior do que isso, no próprio ministério das Finanças há funcionários que todos os anos são forçados a directas consecutivas no período da preparação do OE sem que tenham qualquer compensação.
A verdade é que para não prejudicar as expectativas dos seus boys em consequência da pinochetada orçamental do Gaspar o governo criou um esquema para os comepnsar, poupando-os aos sacrifícios dos funcionários públicos.
A verdade é que para não prejudicar as expectativas dos seus boys em consequência da pinochetada orçamental do Gaspar o governo criou um esquema para os comepnsar, poupando-os aos sacrifícios dos funcionários públicos.
«"E o regime pelo qual se optou é o regime de isenção de horário de trabalho, de não pagamento de horas extraordinárias nem pagamento de trabalho ao fim de semana e aos feriados. Portanto, o regime remuneratório passa a ser um regime transparente, com uma remuneração base e um suplemento, que é o suplemento é da isenção de horário de trabalho", completou.» [DN]
Chefe do quê?
No gabinete de Teixeira dos Santos havia um artista que se auto intitulava economista-chefe. Agora a anedota foi institucionalizada, Vítor Gaspar criou a figura de economista-chefe mas esqueceu-se de dizer para o que serve.
Não há dinheiro
«A valorização da aparência tem sido um dos factores do nosso atraso. Tanto que a boa saída ou a piada repentista passam à frente do engenho e do trabalho. E esta abordagem da vida ganhou acrescido alento na sociedade mediática, onde a importância dos acontecimentos e das atitudes se mede pelo facto de constituírem, ou não, um "bom número". Vem isto a propósito de uma cena do Conselho de Ministros, relatada por Maria João Avillez, em recente comentário televisivo.
Trata-se de intervenção do ministro da Economia, que estaria a submeter ao colectivo medidas de intervenção na economia. Terminada a exposição, o ministro Vítor Gaspar afirmou seca e cortantemente: "Não há dinheiro". Mas Santos Pereira insistiu; e então o ministro das Finanças retorquiu-lhe apenas: "Qual das três palavras é que não percebeu?". É, efectivamente, um bom número, mas que revela três coisas inquietantes: a pesporrência de Vítor Gaspar, a falta de respeito dele para com o PM e a incapacidade deste para meter na ordem o seu ministro das Finanças.
Que péssimos presságios! » [CM]
Trata-se de intervenção do ministro da Economia, que estaria a submeter ao colectivo medidas de intervenção na economia. Terminada a exposição, o ministro Vítor Gaspar afirmou seca e cortantemente: "Não há dinheiro". Mas Santos Pereira insistiu; e então o ministro das Finanças retorquiu-lhe apenas: "Qual das três palavras é que não percebeu?". É, efectivamente, um bom número, mas que revela três coisas inquietantes: a pesporrência de Vítor Gaspar, a falta de respeito dele para com o PM e a incapacidade deste para meter na ordem o seu ministro das Finanças.
Que péssimos presságios! » [CM]
Autor:
Magalhães e Silva.
Consenso? Qual consenso?
«1. Enquanto no Parlamento português Passos Coelho se mostrava contra uma intervenção mais alargada do Banco Central Europeu com afirmações do género "o BCE não deve pagar o preço da indisciplina de alguns países com mais inflação e financiamento monetário", conseguindo ser mais merkeliana que a própria sra. Merkel, David Cameron reclamava um papel muito mais activo para o banco através da atribuição de capacidade suficiente para resgatar as economias da região.
O primeiro-ministro britânico está longe de ser o único a reclamar mais poderes para essa instituição. Editoriais de órgãos de informação insuspeitos de esquerdismo ou de serem particularmente adeptos de fórmulas que excluam medidas de austeridade ou de defenderem a manutenção da espirais de endividamento até aqui prosseguidas, como o Economist ou o Financial Times, vêm repetindo número após número que a solução passa por atribuir ao BCE poderes para comprar quantidades ilimitadas de dívida. No limite, emitir moeda. A estes somam-se cada vez mais vozes dos mais diversos quadrantes políticos, empresariais e académicos. Em Portugal destaca-se Cavaco Silva, que vem defendendo esta posição desde o seu célebre discurso em Florença e que repetiu na última sexta-feira em entrevista à Bloomberg. Também ele não rejeita, como é patente e notório, medidas de austeridade ou defende qualquer tipo de indisciplina orçamental.
Temos assim dum lado Passos, Merkel e Sarkozy e do outro, entre muitos, o Presidente da República portuguesa.
Que não existam quaisquer tipos de dúvidas: é o maior conflito institucional entre um primeiro-ministro e um Presidente da República da história da democracia portuguesa. Não estão em causa escutas, guerras sobre competências, estatutos administrativos de regiões, aborto, presidências abertas, leis de responsabilidade extracontratual do Estado ou outras. Não será comparável sequer à diferença de pontos de vista quanto à equidade na distribuição dos sacrifícios. Não, numa questão em que se decide o futuro de Portugal e de gerações de portugueses, a vida ou morte do euro e do projecto europeu, há duas opções diametralmente opostas e os nossos dois maiores responsáveis políticos portugueses estão em campos opostos. Mais, não hesitam em defender de forma intransigente as suas tão díspares visões e apregoam-nos aos quatro ventos.
A viagem do Presidente da República aos Estados Unidos deve ter tido, aliás, momentos interessantes. Os americanos devem ter ficado muito confundidos com as posições portuguesas acerca da crise do euro e das soluções defendidas. Dum lado Cavaco a defender uma posição, e do outro o homem invisível Paulo Portas a sustentar um ponto de vista absolutamente contrário.
Se o Presidente da República e o primeiro-ministro não se entendem numa questão desta magnitude para que servem os desesperados apelos ao consenso e disparates do género com destaque para a enorme patetice do Governo de união nacional?
Insisto, estamos perante, de longe, o maior e mais grave conflito institucional da democracia portuguesa.
2. "A intervenção do BCE não deve ser feita pa- ra garantir que os indisciplinados obriguem, com inflação e com financiamento monetário, o BCE a pagar o preço da indisciplina e da irresponsabilidade", enfatizou o primeiro-ministro.
Sabendo que um dos países indisciplinados e irresponsáveis é Portugal, Passos Coelho, no fundo, diz-nos que se não fosse obrigado a impor uma austeridade violenta manteria o catastrófico anterior rumo. Ou seja, não se julga capaz de mudar antigos hábitos despesistas, acabar com parcerias público-privadas ruinosas, o Estado, dar mais relevância à iniciativa privada ou mudar por completo as empresas públicas. Numa palavra: não saberia governar.
O tempo, a travagem do crescimento do desemprego, o aumento das exportações, a estabilidade dos mercados (a inflação que certamente ocorreria seria o preço a pagar, mas face ao perigo iminente da desagregação do euro e da Europa é um risco que vale bem a pena correr) que se ganharia com a possibilidade de o BCE comprar ilimitadamente dívida não seriam aproveitadas, segundo a sua própria doutrina, para fazer as reformas de que tanto necessitamos - e que ninguém tenha dúvidas: não é possível, em dois anos, corrigir décadas de incompetência e irresponsabilidade. Não, continuaria o despautério. Com semelhante admissão de incapacidade o melhor mesmo é seguir à risca, ou mesmo extravasar, as receitas da sra. Merkel. Melhor ainda, pedir a um enviado alemão para tomar conta disto. Vendo bem, é o que está a acontecer.» [DN]
O primeiro-ministro britânico está longe de ser o único a reclamar mais poderes para essa instituição. Editoriais de órgãos de informação insuspeitos de esquerdismo ou de serem particularmente adeptos de fórmulas que excluam medidas de austeridade ou de defenderem a manutenção da espirais de endividamento até aqui prosseguidas, como o Economist ou o Financial Times, vêm repetindo número após número que a solução passa por atribuir ao BCE poderes para comprar quantidades ilimitadas de dívida. No limite, emitir moeda. A estes somam-se cada vez mais vozes dos mais diversos quadrantes políticos, empresariais e académicos. Em Portugal destaca-se Cavaco Silva, que vem defendendo esta posição desde o seu célebre discurso em Florença e que repetiu na última sexta-feira em entrevista à Bloomberg. Também ele não rejeita, como é patente e notório, medidas de austeridade ou defende qualquer tipo de indisciplina orçamental.
Temos assim dum lado Passos, Merkel e Sarkozy e do outro, entre muitos, o Presidente da República portuguesa.
Que não existam quaisquer tipos de dúvidas: é o maior conflito institucional entre um primeiro-ministro e um Presidente da República da história da democracia portuguesa. Não estão em causa escutas, guerras sobre competências, estatutos administrativos de regiões, aborto, presidências abertas, leis de responsabilidade extracontratual do Estado ou outras. Não será comparável sequer à diferença de pontos de vista quanto à equidade na distribuição dos sacrifícios. Não, numa questão em que se decide o futuro de Portugal e de gerações de portugueses, a vida ou morte do euro e do projecto europeu, há duas opções diametralmente opostas e os nossos dois maiores responsáveis políticos portugueses estão em campos opostos. Mais, não hesitam em defender de forma intransigente as suas tão díspares visões e apregoam-nos aos quatro ventos.
A viagem do Presidente da República aos Estados Unidos deve ter tido, aliás, momentos interessantes. Os americanos devem ter ficado muito confundidos com as posições portuguesas acerca da crise do euro e das soluções defendidas. Dum lado Cavaco a defender uma posição, e do outro o homem invisível Paulo Portas a sustentar um ponto de vista absolutamente contrário.
Se o Presidente da República e o primeiro-ministro não se entendem numa questão desta magnitude para que servem os desesperados apelos ao consenso e disparates do género com destaque para a enorme patetice do Governo de união nacional?
Insisto, estamos perante, de longe, o maior e mais grave conflito institucional da democracia portuguesa.
2. "A intervenção do BCE não deve ser feita pa- ra garantir que os indisciplinados obriguem, com inflação e com financiamento monetário, o BCE a pagar o preço da indisciplina e da irresponsabilidade", enfatizou o primeiro-ministro.
Sabendo que um dos países indisciplinados e irresponsáveis é Portugal, Passos Coelho, no fundo, diz-nos que se não fosse obrigado a impor uma austeridade violenta manteria o catastrófico anterior rumo. Ou seja, não se julga capaz de mudar antigos hábitos despesistas, acabar com parcerias público-privadas ruinosas, o Estado, dar mais relevância à iniciativa privada ou mudar por completo as empresas públicas. Numa palavra: não saberia governar.
O tempo, a travagem do crescimento do desemprego, o aumento das exportações, a estabilidade dos mercados (a inflação que certamente ocorreria seria o preço a pagar, mas face ao perigo iminente da desagregação do euro e da Europa é um risco que vale bem a pena correr) que se ganharia com a possibilidade de o BCE comprar ilimitadamente dívida não seriam aproveitadas, segundo a sua própria doutrina, para fazer as reformas de que tanto necessitamos - e que ninguém tenha dúvidas: não é possível, em dois anos, corrigir décadas de incompetência e irresponsabilidade. Não, continuaria o despautério. Com semelhante admissão de incapacidade o melhor mesmo é seguir à risca, ou mesmo extravasar, as receitas da sra. Merkel. Melhor ainda, pedir a um enviado alemão para tomar conta disto. Vendo bem, é o que está a acontecer.» [DN]
Autor:
Perdro Marques Lopes.
Mau à nascença
«O barómetro mensal CM/Aximage indica que 38,8 por cento dos portugueses consideram que o Executivo de Passo Coelho vai governar pior do que o anterior, liderado por José Sócrates. Há ainda 33,4 por cento que responderam 'igual', 22,6 por cento afirmaram que governará 'melhor' e 5,2 por cento não têm opinião.» [CM]
Parecer:
Um governo em que nem o eleitorado da direita confia.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se por 2012.»
Seguro diz que Passos só ouve a Merkel
«O secretário-geral do PS, António José Seguro, acusou este domingo o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, de estar “cada vez mais alinhado” com a chanceler alemã, Angela Merkel e defendeu a emissão de moeda por parte do Banco Central Europeu (BCE).» [CM]
Parecer:
Com o seu sim envergonhado porque razão Passos Coelho o havia de ouvir. Pobre Seguro.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Faça-se um sorriso de desprezo pela triste personagem.»
Já se sente o sucesso do Gaspar
«O presidente da Cáritas Portuguesa revelou este domingo que desde o início de 2011 surgiram 4.645 novos agregados familiares a pedirem ajuda à instituição, uma média mensal de 516 novas famílias carenciadas.» [CM]
Parecer:
E o pior está para vir.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Espere-se por meados de 2012.»