domingo, dezembro 02, 2007

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Évora

IMAGEM DO DIA

«Esta pintada se encuentra en una calle colindante a la Plaza Corredera de Córdoba.» [El Pais]

JUMENTO DO DIA

Um Portas muito original

Agora vota contra as suas propostas.

MARINHO PINTO NA ORDEM DOS ADVOGADOS

Os advogados são para mim uma referência fundamental na democracia, uma reserva do regime democrático, ao contrário do que sucede com as magistraturas que em regra estão do lado do regime, independentemente da sua natureza. Por isso, mesmo sem do mundo do direito fiquei agradado com a escolha de Marinho Pinto para bastonário dos advogados, o conhecido advogado de Coimbra é uma referência da liberdade.

A DÍVIDA DE LISBOA

Se estivesse metido num grande aperto financeiro, como sucede com a Câmara Municipal de Lisboa, não teria qualquer dúvida em pedir o conselho do Dr. Cardoso da Silva. Pouco conhecido no mundo da política, o Dr. Cardoso da Silva é para mim uma referência de competência, um bom economista, um ex administrador de uma grande instituição financeira e, coisa cada vez mais rara no nosso pequeno mundo da política, um homem de grande honestidade.

É evidente que a minha opinião é pessoal, resulta da minha simpatia e consideração pessoal pelo Dr. Cardoso da Silva. Mas, tanto quanto sei, foi pelas qualidades que admiro no Dr. Cardoso da Silva que António Costa lhe pediu ajuda neste projecto difícil.

Por isso tenho dificuldades em aceitar que um projecto financeiro honesto efeito com seriedade e independência seja tratado da forma que está a ser tratado, por uma Evita de Gaia para quem a política é a guerrilha do golpe baixo, em que os fins justificam todos os meios.

OUTRA VEZ OS REGIONALISTAS?

«Na minha juventude, aconteceu-me trabalhar dois anos para o Estado, como consultor jurídico no gabinete do ministro da Educação. Ao princípio, acabado de licenciar, achei fascinante a possibilidade de trabalhar junto de um centro de decisões políticas, “onde as coisas aconteciam” e poder até desempenhar um papel nisso. Mas, ao fim de um tempo, comecei a perceber como é que funcionava na prática o processo de decisão, ao nível do Estado. E percebi que muito pouca coisa acontecia, de facto. Havia toda uma máquina montada para tornar inócuas as decisões políticas e para evitar que as práticas administrativas instaladas pudessem ser alteradas - para melhor ou para pior, tanto fazia, era igualzinho ao ‘Yes, Minister’. Mas não era apenas isso que evitava que nada de substancial pudesse acontecer. Os próprios destinatários das decisões nunca se conformavam, quando estas não satisfaziam as suas pretensões. Analisado um processo ou uma reclamação e decidida esta em contrário do reclamado, eis que o interessado voltava à carga passados uns meses e lá ia a Secretaria-Geral do Ministério abrir “novo processo” para decisão. E o “novo processo”, que eu já havia analisado e já fora decidido pelo ministro, aterrava-me outra vez em cima da mesa, obrigando-me a repetir o trabalho já feito. Ou seja, percebi que grande parte do trabalho dos funcionários do Estado consiste em repetir o que já havia sido feito antes - uma espécie de lei do eterno retorno administrativo.

Vem isto a propósito do regresso à cena e ao discurso político dos apelos à regionalização. Para quem não se lembra, a regionalização foi derrotada por cerca de 65% dos portugueses consultados em referendo e, muito embora a votação tenha falhado por pouco a margem de 50% de votantes, que tornaria o referendo vinculativo para sempre, foi a mais participada de todas as consultas não-eleitorais. Tomara o Governo que um eventual referendo sobre a Constituição Europeia tivesse uma participação semelhante!

Na altura (creio que já lá irão uns nove anos), eu achei, como muitos outros, que o assunto regionalização estava definitivamente morto e enterrado - depois de uma clara maioria de portugueses a ter rejeitado, numa luta que, aliás, foi desigual e exemplar, pois que quem venceu foram grupos de cidadãos civis, enfrentando todo o «establishment» político, sindical e corporativo. Achei que tirando os cíclicos assomos regionalistas do algarvio Mendes Bota e de algumas almas penadas do norte, ninguém de bom-senso se lembraria de tentar ressuscitar um cadáver ainda tão fresco.

Mas há, de facto, muitos interesses escondidos à espera da regionalização. Muitas almas por esse país fora que não estão verdadeiramente interessadas numa descentralização administrativa, mas sim em se verem ungidos de uma legitimidade política própria, ganha em eleições regionais, e que eles julgam, e bem, que automaticamente lhes daria acesso a uma profusão de dinheiros públicos para gastarem como caciques locais, assim reproduzindo pelo país fora os piores vícios da regionalização insular.

Já se sabe que Sócrates adiou a consideração do assunto para a próxima legislatura e que Luís Filipe Menezes, recém-convertido à causa, também acha melhor não criar ondas antes das eleições de 2009: aliás, já se imaginou que mau aspecto daria ver o PSD unido ao PS a defender as regiões antes de ambos se defrontarem nas urnas? Mas, se os chefes têm de manter estrategicamente um discurso de prudência, muitos dos seus acólitos já andam para aí a pregar as estafadas e desmascaradas virtudes da regionalização, para criarem uma suposta ‘vaga de fundo nacional’ que depois possa justificar o golpe.

E a primeira coisa que se deve dizer sobre o golpe que anda a ser congeminado é que ele reflecte um profundo desprezo dos seus mentores pelas regras democráticas. Não que um referendo não possa nunca ser repetido, passado um adequado ‘período de nojo’. Mas há referendos e referendos e causas de repetição que umas são compreensíveis e legítimas outras não. O referendo à despenalização do aborto foi repetido, mas, nesse caso, toda a gente sabia que a derrota do ‘sim’ no anterior referendo não reflectia o pensamento maioritário dos portugueses na matéria e apenas a irritação e o alheamento a que muitos se votaram, depois de assistir à estupidíssima campanha do ‘sim’. E também aí não houve, ao contrário do que sucedeu com o referendo às regiões, uma total desigualdade das posições em confronto. É essa desigualdade que faz os regionalistas terem esperanças que novo referendo, com todo o «establishment» político e todos os interesses instalados a defenderem o ‘sim’ não irá encontrar desta vez a mesma resistência da sociedade civil. Porque não é fácil ter de travar duas vezes a mesma luta de David contra Golias, mobilizar outra vez cidadãos que têm a sua vida e o seu trabalho e que têm de pagar do seu bolso as despesas de campanha, contra um exército profissional, organizado, instalado no terreno, sem problemas de orçamento e até, como se viu então, sem pudor em recorrer aos meios e dinheiros do Estado para fazer campanha.

Mesmo assim, gato escaldado de água fria tem medo. Há regionalistas que acham - já achavam antes - que isto do referendo, como se viu, é um contratempo democrático sem sentido. Dizem que, se a Constituição de 1976 (reflectindo a demagogia e a irresponsabilidade dos tempos de então) continua a ter inscrita a regionalização, ela deve ser feita de qualquer maneira - se não foi com referendo, agora deve ir sem. Mas como, entretanto, a Constituição passou também a exigir um referendo, eles não se acanham: faça-se uma revisão constitucional «ad hoc», para de lá retirar a obrigatoriedade do referendo. Reparem na espantosa lógica democrática deste raciocínio: como a Constituição manda que haja regiões; como também manda que elas só possam ir avante depois de um referendo vinculativo; e como os portugueses já disseram que não queriam regiões, o que se faz? Tiram-se as regiões da Constituição, para dar cumprimento à vontade expressa pelos portugueses? Não, tira-se o referendo, para que as regiões se possam fazer por simples vontade dos partidos na Assembleia e à revelia da vontade dos portugueses.

Quem isto defende pode ser um grande regionalista, campeão da sua terra. Mas o que nunca será é um democrata recomendável.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Miguel Sousa Tavares escreve contra a regionalização.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

AS GREVES SÃO SINAIS DE VIDA NO MEIO DA PASMACEIRA GERAL

«Enquanto escrevo decorre uma greve da função pública e os noticiários seguem o padrão habitual de todas as greves recentes: o Governo diz uma coisa, os sindicatos outra, as televisões e rádios fazem uma ronda por escolas, hospitais, tribunais, transportes, com também os habituais resultados, esta repartição funciona esta mais ou menos, esta escola está fechada, aqui não se notou nada. Parece uma recitação de uma peça de cor, em que todos os actores já sabem mecanicamente os seus papéis sem ninguém prestar nenhuma atenção especial ao que se passa. O que sobra é um discurso de nonchalance e desprezo que une os yuppies da direita moderna, os socialistas tecnológicos sem o "bocadinho de socialismo" que Soares desejava e os bem-pensadores da imprensa económica.

O que motiva os sindicatos é a defesa de um modelo de sociedade, economia e política que em nada se distingue do do Governo a não ser no peso da repartição dos sacrifícios entre o presente e o futuro mais imediato. Em ambos os casos, Governo e sindicatos, partilham o mesmo "modelo social europeu", só que o Governo pretende geri-lo de forma a adiar os seus efeitos de ruptura para um prazo mais longo, enquanto os sindicatos se preocupam com a geração actual. A célebre sustentabilidade da segurança social é o adiamento programado da ruptura gerada pela conjugação da demografia e da globalização sobre o actual esquema de segurança social, universal e tendencialmente gratuita, ou seja, paga pela redistribuição fiscal dos rendimentos da classe média para manter um sistema "socialista", cujos efeitos de injustiça social são grandes - ricos e pobres beneficiam dos serviços sociais universais e gratuitos, precisem ou possam pagar ou não, em nome de uma ideia de carácter político-ideológico, a de que ao Estado cuida dar a todos ensino, saúde, reformas, subsídios.

No fundo, sindicatos e governo querem o mesmo, só que com tempos diferentes e com benefício de gerações diferentes, ou de tempos diferentes da mesma geração. Os sindicatos que representam a geração actual exigem que esta não seja muito sacrificada em nome do futuro, o Governo coloca mais a ênfase na sustentabilidade a prazo, dez anos pelo menos, e adia os problemas de fundo de insustentabilidade estrutural do "modelo social europeu", onerando mais o presente para fazer durar mais uns anos um sistema que está condenado a prazo. Proclamações grandiloquentes sobre a sustentabilidade da segurança social já tinham sido feitas pelo governo de Guterres e bastaram meia dúzia de anos para se perceber que a ruptura estava para amanhã e não para décadas, e o mesmo irá acontecer com as medidas deste Governo. São paliativos e adiamentos, não são uma política que resolva os problemas de manter competitiva a economia portuguesa e europeia, de modo a garantir bem-estar e progresso social, defrontando o mercado global e o envelhecimento das sociedades pelo aumento da produtividade e pela abertura à competição.

Só há uma alternativa a esta política do modelo social europeu e essa alternativa é um consistente, persistente e intransigente programa de liberalismo moderado, reformista, prudente, passo a passo, sempre no mesmo sentido de dar mais liberdade a pessoas e a empresas do domínio abafador do Estado. Quando o PSD propunha menos impostos, obrigando o Estado a diminuir e racionalizar os seus gastos, e quando defendeu contra o PS um sistema misto de segurança social que responsabilizasse os indivíduos por parte do esforço para garantir as suas reformas, dando-lhe a possibilidade de aplicar como entendessem parte do que hoje pagam ao Estado, ia-se no caminho de uma outra política. Hoje, com a aproximação PS-PSD, nem isso há.

Mas uma coisa é a similitude de objectivos e visão da sociedade que une a CGTP, a UGT, o PSD, o PS e o Governo e outra são os motivos para que cada um adira à greve. Uma coisa são os sindicatos, outra os grevistas, muitos dos quais fazem greve contra o Governo pelo que este lhes está a fazer no seu dia-a-dia e porque já não têm esperança. Muitos milhares de portugueses vão perder um dia do seu magro salário para protestar, por uma multiplicidade de motivos, e mesmo que os cínicos digam que na realidade estão apenas a comprar mais um dia de fim-de-semana, é absurdo e arrogante tratá-los com o desprezo que circula pelos discursos sobre a greve e que se tornaram habituais nos nossos dias.

A arrogância e o desprezo pelas greves está muito para além da discordância com os seus objectivos, é uma manifestação antidemocrática e mais uma, entre muitas, manifestações do tardo-salazarismo inscrito no nosso espaço público e que abomina o conflito como se fosse um mal, e que deseja um mundo sem ondas e sem confrontos, onde os negócios prosperem sem complicações, em que uma mediocridade remediada seja a regra para todos e onde a ausência de escrutínio e vigilância democrática decorrem do peso abafador dos consensos. Um pouco como já acontece com a "Europa".

Mas, a realidade que mobiliza os grevistas é incontornável e tem a ver com o empobrecimento dos portugueses. Com a excepção de muito poucos, a maioria dos portugueses estão mais pobres e não tem qualquer esperança sobre o seu futuro. Cada vez mais ameaçados pelo desemprego, pela perda de poder de compra, pelo peso esmagador do fisco, o sentimento e a realidade do empobrecimento atinge as pessoas, as famílias e as empresas. Todas as estatísticas revelam esta crise, e todos os dias saem novas estatísticas mostrando o mesmo caminho: menos "desenvolvimento humano" (um agregado da ONU de vários indicadores), mais desemprego, aumento da inflação, quebra de poder de compra dos salários, menos confiança dos consumidores e dos empresários, mais penhoras, falências, dívidas incobráveis, e os sinais de perturbação social no aumento da criminalidade.

Quando tudo isto é recebido por manobras comunicacionais e spin do Governo e dos seus apoiantes, transformando sinais de empobrecimento e estagnação em sinais de que se vai no "rumo certo"; quando a oposição do PSD continua muda e calada quando não ao lado do Governo, às claras ou às escondidas, a negociar tudo e todos, com meio mundo; quando mesmo os cínicos habituais do jornalismo ficam estranhamente apáticos e complacentes; quando numa sociedade em que as dependências e a precariedade são tantas que poucas vozes são efectivamente livres, apoucar os grevistas de hoje é ser parte da pasmaceira colaboracionista em que nos atolamos. É que há mais dignidade cívica nos grevistas do que naqueles que se queixam por tudo o que é recanto discreto ou anónimo dos males da governação Sócrates e não têm coragem para alto e bom som dizer o que pensam e sofrer as consequências.» [Público assinantes]

Parecer:

Um bom artigo de JPP sobre a greve que só peca pela parcialidade e por tentar associar as críticas à greve a uma herança do salazarismo. De forma inteligente mas pouco subtil JPP omite as responsabilidades dos governos do seu partido, fala em governos mas quando é mais preciso apenas refere os seus, como se, por exemplo, o governo de Durão Barroso nada tivesse feito no domínio da Segurança Social.

Ao referir a arrogância e o desprezo pela greve como uma manifestação de tardo-salazarismo o JPP não precisa a quem se refere, deixa o assunto no ar porque com as críticas ao suposto autoritarismo de Sócrates muitos relacionarão essa crítica com o primeiro-ministro, sem que o autor assuma qualquer responsabilidade.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

MENEZES PEDE DINHEIRO PARA PAGAR A CAMPANHA

«A campanha eleitoral de Luís Filipe Menezes para as eleições directas do PSD, que o levaram a presidente do partido, custou cerca de 193 mil euros. O novo líder dos sociais-democratas espera, no entanto, angariar ainda uma verba de mais de 20 mil euros junto dos seus simpatizantes, para pagar a totalidade das despesas de campanha.» [Correio da Manhã]

Parecer:

As despesas incluem a compra de votos?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Menezes.»

SINDICATO DO MP QUER ENVOLVER PROCURADOR-GERAL

«O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), António Cluny, considera que o procurador-geral da República deve recorrer ao Tribunal Constitucional (TC) no caso da lei dos vínculos, carreiras e remunerações da função pública, na parte em que esta abrange o Ministério Público.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Estes senhores do MP começam a exagerar, querem envolver o PGR numa luta corporativa tentando confundir a democracia com interesses profissionais.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-nos bugiar.»

MENEZES QUER GERIR A AUTARQUIA DE LISBOA

«O PSD vai anunciar na segunda-feira que poderá aceitar um empréstimo da Câmara Municipal de Lisboa, mas num valor muito inferior ao que António Costa pôs em cima da mesa. Segundo soube o DN junto de fonte próxima de Luís Filipe Menezes, o PSD admite um financiamento junto da banca muito diferente do que é proposto pelo PS. "O dr. António Costa tem que fazer gestão e poupar, como todos os outros autarcas", diz fonte próxima de Menezes.» [Diário de Notícias]

Parecer:

É uma vergonha, a Evita de Gaia quer mandar na câmara de Lisboa usando uma maioria fantoche na assembleia municipal da autarquia.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a António Costa que entre em regime de gestão administrativa.»

QUEM TERÁ PEDIDO UM CANAL DE TV A MENEZES?

«O PSD defende que poderá existir espaço na futura televisão digital terrestre (TDT) para três canais generalistas em sinal aberto. Segundo fontes próximas de Luís Filipe Menezes, "o Governo anda a enganar os dois players privados que já estão no mercado e os dois que querem entrar". Para estas fontes, a ideia de José Sócrates poderá passar "por estender e arrastar o concurso para os fornecedores de conteúdos até 2009". O que, reforçam, "tem como pano de fundo um condicionamento dos media em período eleitoral".» [Diário de Notícias]

Parecer:

Para quem está na oposição este Menezes está muito interessado em decidir negócios públicos, primeiro foras as obras públicas e agora é a televisão. Será para ajudar a pagar a opa sobre o PSD?

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Menezes de quanto precisa.»

JUAN CARLOS RECEBEU UMA PRECIOSA AJUDA

«D. Duarte Pio de Bragança aproveitou o histórico Jantar dos Conjurados para apoiar a atitude de Juan Carlos de Bórbon, Rei de Espanha, na XVII Cimeira Ibero-Americana no Chile, onde mandou calar Hugo Chávez. Só que o Chefe da Casa Real Portuguesa (desde 1976, ano da morte do seu pai, D. Duarte Nuno) acabou também por mostrar grande simpatia por Chávez: "Saúdo a atitude do Rei de Espanha, defendendo no estrangeiro a honra dos seus compatriotas. Mas também saúdo a Venezuela, onde trabalham mais de quatrocentos mil portugueses." » [Diário de Notícias]

Parecer:

O rei de Espanha e Olivença já pode dormir descansado.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Diga-se ao Hugo Chávez que se ponha a pau.»

A MADEIRA JÁ TEM O SEU PRÍNCIPE

«No documento a que a agência Lusa teve acesso, na qualidade de "representante do Principado do Ilhéu da Pontinha transmitido por El Rei D. Carlos I", Renato Barros informa que "no dia 31 de Dezembro do corrente ano, a partir das 24 horas, as fronteiras terrestres, marítimas e aéreas serão fechadas ao trânsito de pessoas e mercadorias". Diz esperar que o "Estado Português cumpra as regras de boa vizinhança entre nações, não caindo na agressão ou invasão territorial de outro estado".» [Diário de Notícias]

Parecer:

Vou criar o principado do Bugio.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicite o apoio de D. Duarte Pio.»

HÁ MÉDICOS E PROFESSORES A PEDIR AJUDA AO BANCO ALIMENTAR

«Manuela, 33 anos, hesitou antes de escrever aquele «e-mail» para o Banco Alimentar Contra a Fome (BACF). E mesmo enquanto o redigia, não tinha ainda a certeza de, no fim, ter coragem de carregar no botão de enviar. Ela, bacharel em Relações Internacionais, quadro de um ministério, casada com um professor de educação física ex-atleta olímpico. Ela, mãe de uma bebé com cinco meses, tinha agora de pedir ajuda para alimentar a família. O marido que ficou sem emprego, um salário de €2000 que desapareceu no mês em que festejaram a gravidez, a renda da casa que foi falhando vezes de mais, o cartão de crédito gasto até ao limite, o apartamento trocado por um quarto, e nem assim a comida chegava à mesa. “No dia em que enviei o «e-mail» faltavam três semanas para receber e só tinha €80”, explica. “Havia para a bebé, mas nós íamos passar fome”.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Algo vai mesmo mal neste país.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento a José Sócrates.»

MENEZES ESTICA A CORDA

«Para Teixeira da Cruz, o empréstimo pedido por Costa é coerente com o plano de saneamento financeiro da autarquia viabilizado pelo PSD, há apenas três semanas. E é uma irresponsabilidade chumbá-lo. A direcção do PSD discorda e acusa Costa de estar apenas a precaver-se para dois anos em beleza até às próximas autárquicas. Os sociais-democratas não entendem, por exemplo, a pressa em saldar todas as dívidas com grandes empreiteiros quando se podiam negociar acordos de pagamento faseado. Por outro lado, querem forçar Costa a avançar já com a venda de património e outras medidas previstas no plano de saneamento financeiro, que para o PSD permitiriam baixar significativamente o montante do empréstimo.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Seria interessante ser o PSD a obrigar a novas eleições em Lisboa.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a António Costa que se demita.»

MAIS UM GOLPE FINANCEIRO NO MILLENNIUM

«Os empréstimos concedidos pelo BCP a uma sociedade «off-shore» - a Somerset Associates Limited - no montante de 28,5 milhões de euros, ameaçam tornar-se uma nova dor de cabeça para a administração do banco. Este crédito foi renovado em Setembro do ano passado por Filipe Pinhal, actual presidente do BCP (na altura administrador do banco) e por Alípio Dias, também membro da administração. Mas já este ano, em Fevereiro, o banco decidiu vendê-lo por 320 mil euros a uma empresa especializada em crédito malparado. Ou seja, o banco cedeu esse crédito, desistindo de o cobrar, cobrindo as perdas obtidas com recurso a provisões.

Os donos da Somerset eram José Manuel Goes Ferreira - líder do grupo IPG, accionista histórico do BCP e amigo pessoal do presidente do conselho geral e de supervisão, Jardim Gonçalves - e Carlos Luís Bessa Monteiro, também administrador do grupo IPG. A 31 de Agosto deste ano ambos assinam uma carta em que solicitam a extinção da sociedade com o consequente encerramento das contas que tinham abertas no banco. Este foi precisamente o dia em que Paulo Teixeira Pinto abandonou a presidência do banco em ruptura com a maioria dos administradores e com Jardim Gonçalves, após a intensa guerra de poder que se instalou no banco - e que ainda continua.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Estes administradores do BCP começam a parecer uma associação de malfeitores.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento à CNVM.»

NO MELHOR PANO CAI A NÓDOA

«“Em casa de ferreiro, espeto de pau” - o comentário é de um funcionário da Escola Profissional Bento de Jesus Caraça em Pedome, uma freguesia do concelho de Vila Nova de Famalicão, e ajusta-se bem à situação laboral da maioria dos trabalhadores daquele estabelecimento de ensino criado na sequência da celebração de um contrato-programa entre o Ministério da Educação e a Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses-Intersindical Nacional (CGTP-IN) em 1990. Ali, 10 dos 12 professores são trabalhadores precários. Têm os mesmos deveres que os do quadro, mas nenhum direito: não têm subsídio de férias nem de Natal, pagam do seu bolso a contribuição à Segurança Social e se tiverem o azar de perder o posto de trabalho não terão subsídio de desemprego. Dos sete pólos da escola profissional em funcionamento no presente ano lectivo (Pedome, Porto, Lisboa, Barreiro, Seixal, Beja e Mértola), este deverá ser o mais problemático no que toca a uma expressão cara aos dirigentes da CGTP-IN: os direitos da classe trabalhadora.» [Expresso assinantes]

Parecer:

Nada mau para quem anda a lutar contra o emprego precário.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento ao senhor Jerónimo de Sousa.»

O CDS VOTOU CONTRA O CDS

«Numa atitude invulgar no Parlamento, o CDS/PP votou, ontem, contra um projecto de lei que o próprio partido apresentou, referente à divulgação no site do Ministério das Finanças de todas as dívidas do Estado, porque considera que o diploma foi "mutilado" e "limitado" pelos socialistas.» [Jornal de Notícias]

Parecer:

É evidente que ao defender o nada o CDS está mais preocupado com o protagonismo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Portas que faça muitas propostas para votar contra.»

ANTÓNIO COSTA RESPONDE AO OPORTUNISMO DE MENEZES

«O presidente da Câmara de Lisboa disse hoje que não é possível apresentar novas propostas para o pagamento de dívidas da autarquia e que os dirigentes nacionais e distritais do PSD têm-se pronunciado sobre o caso com desconhecimento de causa.

"Não é possível apresentar novas propostas sobre esta matéria. Foi aberto concurso, foi feita a negociação com a banca e nunca ninguém pôs em causa o montante. É inexplicável que isso aconteça agora", referiu António Costa em declarações aos jornalistas à margem das comemorações oficiais do dia da Restauração da Independência.» [Público assinantes]

Parecer:

É evidente que quinhentos milhões de euros não se discutem com a leviandade e oportunismo com que Menezes tem abordado o assunto.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se que António Costa leve a proposta até ao fim.»

SINAL DA GLOBALIZAÇÃO TAMBÉM NA BELEZA: MISSE MUNDO É CHINESA

«Miss China, Zi Lin Zhang, es desde este sábado Miss Mundo 2007, después de que el jurado del concurso de belleza más popular del mundo la escogiese entre otras cuatro finalistas, entre ellas una mexicana, en el certamen celebrado en la localidad de Sanya, en la isla tropical china de Hainan. » [20 Minutos]

O IDIOTA DO CHÁVEZ DÁ UMA AJUDA À DIREITA ESPANHOLA

«El presidente de Venezuela, Hugo Chávez, ha manifestado hoy que si "la derecha española vuelve al gobierno" entonces "se acabaría" la relación, al tiempo que ha señalado que no quiere "agravar la situación" con España aunque sigue a la espera de disculpas del Rey.

En una rueda de prensa este sábado, jornada de reflexión en vísperas del referendo del domingo, Chávez ha seguido insistiendo en que espera disculpas del monarca español aunque dijo que el Rey Juan Carlos había "enviado un mensaje" y que "ojalá la supuesta reflexión" del soberano "se haga pública".» [El Pais]

GUINÉ-BISSAU, O NOVO PAÍS DA COCAÍNA

«DAKAR, Senegal (AP) — Cocaine trafficking could become the biggest source of income in impoverished Guinea-Bissau, dwarfing all other economic sectors combined, a top U.N official said. The influx of drug money, it is feared, could destabilize the coup-prone country.

West Africa has increasingly become a transit point for South American cocaine on its way to Europe, and international narcotics officers say Guinea-Bissau is an important player. It has meant billions of dollars are flowing through a poor nation of 1.5 million with a small police force whose minuscule economy has traditionally been driven by cashew, fish and peanut exports that only total around $100 million annually.» [Associated Press]

É ASSIM QUE SE PERDEM AS GUERRAS

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AMIZADE COM UM CROCODILO

WAK

O. SHELEGEDA

LO

LAN MILLER

LORA PALMER

IMPLANTE

APANHADOS

BMW

[2][3][4]

Advertising Agency: MAB, Berlin, Germany
Creative Directors: Nils Haseborg, Sven Sorgatz, Christian Jakimowitsch
Art Director: Michael Janke
Copywriter: Ilja Schmuschkowitsch
Illustrators: Alexander Tibelius, Jutta Kuss

PEPSI

[2][3]

Advertising Agency: BBDO, Düsseldorf, Germany
Executive Creative Directors: Veiko Hille, Sebastian Hardieck, Toygar Bazarkaya
Art Director: Michael Plückhahn
Copywriter: Christopher Neumann
Production: Stefan Kranefeld Imaging

DEALER TRACK

[2][3]

Advertising Agency: White Rhino, Burlington, USA
Creative Director / Art Director: Dan Greenwald
Copywriter: Jim Mann
Photography: Dan Greenwald, Stock
Digital Imaging: Dan Greenwald