sexta-feira, dezembro 14, 2007

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Sapateiro de Alfama, Lisboa

IMAGEM DO DIA

[Yuriko Nakao / Reuters]

«Balón con GPS. Un directivo de Adidas presenta en la ciudad japonesa de Yokohama un modelo del nuevo balón de fútbol desarrollado por la firma y Cairos Technologies, que cuenta con un dispositivo en su interior para seguir la ruta del esférico. El chip manda la información a los árbitros, lo que les servirá para saber si un balónçon ha cruzado o no la línea de la portería en caso de duda.» [20 Minutos]

JUMENTO DO DIA

O Calimero

O senhor Vaz Guedes anda muito incomodado, queixa-se de que a construção está sempre sob suspeita, que está sempre sob suspeita, por isso o sector abandonou a CIP. Acontece que este senhor é o mesmo que falava muito dos centros de decisão nacionais e depois vendeu a empresa aos espanhóis, e como isso não bastava lidera a empresa que pagou as facturas do PSD de Durão Barroso. Que grande lata, agora o senhor Vaz Guedes quer ser o Calimero.

HÁ UM PROBLEMA DE SEGURANÇA EM PORTUGAL?

É evidente que há, negá-lo é meter a cabeça no buraco como a avestruz, quando criminosos desafia as polícias e assassinam em série usando armas de guerra é impossível negá-lo. tentar iludir a realidade com estatísticas é inútil, depois dos seguranças da concorrência chegará a vez dos empresários da noite e, mais tarde ou mais cedo, os próprios polícias.

O número de homicídios pode não ter aumentado, mas aumentou a sua natureza, ás estatísticas não explicam tudo para além de serem muito fiáveis já que a generalidade dos portugueses já deixaram de apresentar queixa pois sabem que as polícias só actuam perante crimes muito graves.

POLÍTICA DE CLASSE?

«Ele há coisas que nos devem fazer pensar. Será propositado? Será coincidência?

Durante nove anos, um Presidente da República, inequivocamente um democrata, visitou dezenas de países estrangeiros. Nunca nas suas delegações foi incluído um sindicalista. Nem um para amostra. Mais: Jorge Sampaio, porque é dele que falamos, agastou-se quando Carvalho da Silva chamou a atenção para o facto. Será que esta anormalidade já se tinha tornado tão "normal" que ninguém dava por ela?

O tratamento dado pela comunicação social portuguesa à maior manifestação dos trabalhadores portugueses nos últimos 20 anos é também revelador. Mas não só em Portugal. Uma acção que englobou mais de 200 mil trabalhadores foi pura e simplesmente apagada da comunicação social mundial. O silêncio é particularmente chocante se nos recordarmos que mais de 1300 jornalistas de todo o mundo estavam a cobrir a Cimeira da União Europeia no Parque das Nações. Não duvidamos que muitos desses jornalistas terão transmitido a notícia para as suas redacções. Mas, nesse dia 18 de Outubro de 2007, os chefes de redacção, directores e proprietários da comunicação social devem ter esgotado os seus stocks de lápis azuis. Porque terá sido?» [Público assinantes]

Parecer:

António Vilarigues queixa-se da discriminação de que os sindicatos são alvo por parte da comunicação social e dos governantes.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

LÁ VAI LISBOA

«Sim, sou sensível ao bairrismo, ao patriotismo e a isso tudo. Da última vez que Portugal ocupou a presidência europeia, eu era emigrante. O nosso país foi elogiado, e a sensação era inegavelmente reconfortante. A The Economist, se bem me lembro, chegou a sugerir que o melhor para a União Europeia seria deixar-se de presidências rotativas e entregar o assunto de vez aos portuguesinhos, que se tinham safado bem. Bom para a Europa, bom para Portugal e, se tudo tivesse corrido de outra forma, bom para António Guterres, que teria dado um excelente presidente da Comissão Europeia. Como não gostar?

Agora, não estou tão seguro. A acreditar nos líderes europeus, há um novo espírito, o "espírito de Lisboa", que vai levar a Europa para um novo patamar. O problema é que esse novo patamar não é mais acima, nem mais próximo.

Depois de os Açores ficarem internacionalmente conhecidos por uma cimeira vergonhosa, eu gostaria que o nome Lisboa evocasse aos europeus mais democracia e mais clareza. Em vez disso, arriscamo-nos a que "Lisboa" signifique líderes com medo dos seus eleitorados e uma Constituição (perdão, um "Tratado Reformador" que em tempos era para ter sido um "minitratado") deliberadamente confusa. É bom isto?

Já escrevi uma vez que os meus instintos europeístas colidem com os meus instintos democráticos. Não teria de ser obrigatoriamente assim, mas é: por culpa da maneira como os líderes europeus fazem as coisas. Se for forçado a escolher, eu escolho os meus instintos democráticos. Europa sem democracia não passa de geografia e conversa fiada.

Pois enfim, celebrem. Há razões para isso. Seis meses cheios, algumas coisas boas (a cimeira com o Brasil), os trabalhos de casa bem feitos, as tarefas cumpridas. José Sócrates, em particular, merece, por uma vez, que a sua lendária teimosia seja elogiada. As culpas pela fuga dos líderes estão partilhadas: de Sarkozy a Merkel, passando por Durão Barroso e pelo Governo inglês.

Ainda assim, eu gostaria que Portugal deixasse de ser o país que cumpre com as tarefas menores "pelas razões que todos conhecem", como diria Luís Amado. Ao contrário daquilo a que nos habituou o nosso triste choradinho, os países pequenos não saem prejudicados quando assumem a defesa dos princípios democráticos. Durão Barroso quis fazer-nos crer, antes da Guerra do Iraque, que não tínhamos outra alternativa senão fazer o que os EUA de nós esperavam (e que retaliações sofreram os países pequenos que não apoiaram a guerra?). Também agora nos dizem que tivemos de nos prestar ao papel que os "grandes" designaram para nós. Cavaco Silva acorre pressurosamente a garantir que não quer referendos, como se isto fosse uma ideia de lesa-pátria. Por que razão, então, a Irlanda ou a República Checa não seguem o guião e podem levar o Tratado de Lisboa a referendo? Serão menos europeus por isso?

Os políticos vivem obcecados com fazer boa figura. Mas há coisas mais importantes. Eu preferia que pensássemos um pouco mais nos europeus e um pouco menos na figura que fazemos. Aí talvez o nome "Lisboa", a prazo, evocasse coisas mais dignas aos nossos concidadãos.» [Público assinantes]

Parecer:

Rui Tavares desconfia do novo Tratado.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

SONDAGEM COM RESULTADOS APARENTEMENTE CONTRADITÓRIOS

«Os portugueses estão desiludidos com o Governo. Esta é a conclusão de uma sondagem CM/Aximage que revela que nem mesmo o eleitorado do PS está satisfeito com a governação de José Sócrates. Mas, apesar da queda de expectativas no Governo, o PS continua a subir nas intenções de voto.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Coma oposição que temos o governo até nem precisa de se preocupar em governar bem.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se conhecimento aos líderes dos partidos da oposição.»

OLHA QUEM FALA!

«Diogo Vaz Guedes disse ontem adeus à presidência executiva da Somague. Apesar de abandonar funções importantes no sector, o líder da construtora "que mais factura em Portugal" não deixou passar em claro o clima de suspeitas públicas geradas à volta das empresas de construção e que culminaram na saída da federação do sector da CIP (Confederação da Indústria Portuguesa).

"Somos apontados como o mal de tudo", ao contrário do que acontece em Espanha. "Em Portugal, sempre vivemos a bater na construção e somos sempre retratados como os que fazem mal e não pagam ao Fisco." As declarações do ex-líder da Somague surgem na sequência da polémica aberta pelo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Amaral Tomaz, que a propósito da Operação Furacão disse que há fuga e fraude fiscal entre as mil maiores empresas. O presidente da CIP, Francisco Van Zeller, apontou a construção como um sector onde essa situação existe.» [Diário de Notícias]

Parecer:

É mesmo preciso ter lata!

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se ao senhor Vaz Guedes se, por acaso, tem um espelho em casa.»

CDS QUER DEMISSÃO DO MINISTRO DA AGRICULTURA

«O CDS-PP pediu hoje a demissão do ministro da Agricultura, Jaime Silva, por «incapacidade, irresponsabilidade e incompetência» para coordenar as políticas do Estado no sector, noticia a Lusa.

Numa declaração política no plenário da Assembleia da República, o deputado do CDS-PP Abel Baptista recuperou o caso da exoneração, por parte do ministro, a 16 de Novembro, do director-geral dos Recursos Florestais, Francisco Castro Rego. » [Portugal Diário]

Parecer:

Já não é a primeira vez que o faz, os grandes proprietários não se conformam por terem deixado de ter um defensor dos seus interesses à frente do ministério. Só que se Portas espera uma remodelação e por isso exige a demissão do ministro acaba por lhe fazer um favor, as críticas de Portas são um elogio para qualquer governante.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Agradeça-se a Paulo Portas em nome do ministro da Agricultura.»

JS QUER REFERENDO AO TRATADO

«A Juventude Socialista não esperou pela posição oficial do PS e anunciou hoje que é favorável à ratificação do novo tratado europeu através de referendo, por considerar que esta via "permitirá aproximar os portugueses do processo de integração europeia".Em comunicado, os jovens socialistas elogiam a assinatura do tratado, dizendo que "representa um marco incontornável na evolução do processo de construção da unidade europeia e um êxito histórico da Presidência Portuguesa da União".» [Público]

Parecer:

Como é costume os putos do PS decidiram fazer xixi fora do penico.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Diga-se a Sócrates que tenha paciência.»

BROWN FEZ FIGURA TRISTE

«Mais de duas horas depois de os restantes líderes europeus terem assinado o tratado, na cerimónia que decorreu nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos, Gordon Brown colocou a sua assinatura nos livros oficiais. A discreta assinatura, no Salão Nobre do Museu dos Coches, foi feita na presença do primeiro-ministro português, José Sócrates, do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e do presidente do Parlamento Europeu, Hans-Gert Poettering.» [Público]

Parecer:

Começam a haver saudades de Blair.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Da próxima assina no jardim...»

AFINAL AMARAL TOMÁS VAI OU FICA?

Não há ninguém na Administração Tributária que não tenha ouvido um mexerico sobre a saída próxima de Amaral Tomas do Governo, que sai em Janeiro ou em Março, que sai porque está cansado ou porque é o resto do governo que se cansou dele, que sai porque não gosta dos assessores, que está cansado que está em conflito com o gabinete do ministro, porque não foi escolhido pelo actual ministro, etc., etc.. Uma boa parte dos mexericos asseguram que foi o próprio a dizer que ia sair, uma vezes disse à mesa da sua casa de Mira, outras vezes confidenciou a directores-gerais.

São mexericos a mais que apenas resultam em instabilidade da máquina fiscal, a ser verdade que é o próprio que fala do assunto estaremos perante uma grande irresponsabilidade. É tempo de se clarificar o futuro deste membro do governo pois os funcionários do fisco têm mais que fazer do que se preocupar com o su emprego.

ADIVINHA FISCAL

Fiquei a saber, por um mail devidamente identificado, que um conhecido director de finanças usa métodos muitos populares para cobrar dívidas, enquanto os contribuintes faltosos de todo o país vivem sob a ameaça da penhora, ainda há altos responsáveis do fisco que se revelam ser muitO simpáticos:

«Não posso deixar de o colocar ao corrente da ultima tropelia do director de finanças d* ***.

O sujeito autorizou esta terça feira uma empresa com uma dívida superior a 500000 euros a efectuar o pagamento da mesma em suaves prestações mensais, através de cheques pré datados, foi esta a garantia oferecida… dando ordem verbal ao serviço de finanças da sede da empresa para que levantassem todas as penhoras entretanto feitas.»

Aqui fica a adivinha, quem é o director simpático? Ficamos a aguardar que o director-geral dos Impostos consiga adivinhar.

O JUMENTO NOS OUTROS BLOGUES

O "Um Sonho Chamado Matilde" e o "PS Lumiar" deram destaque ao post onde se critica a forma como o governo comemorou a assinatura do Tratado.

NO "SOBRE O TEMPO QUE PASSA"

Num dia para pensar a Europa dois posts de leitura obrigatória, um com o título "com muitas saudades do futuro"

«Hoje é dia dito de festa, pelo Tratado dos Jerónimos, à beira Tejo. E a cidade de Lisboa associou-se ao evento, com transportes gratuitos, bandeirinhas e os museus de porta aberta, sem bilhete de entrada. Sócrates e Amado, cansados, mas felizes, esqueceram a cena de ontem no parlamento europeu, com aquela meia dúzia de membros de um rancho folclórico que, não obedecendo aos ditames das duas principais multinacionais partidárias da Europa, exigiram que os povos referendassem o tratado. O primeiro, até logo os carimbou de "anti-europeus". E com toda a razão. Pelo menos, o povo português apenas está dividido entre o Senhor Feliz e o Senhor Contente.»

Outro a que o Professor Maltez titulou "em dia de pátria das pátrias, de novo o Quinto Império":

«Hoje a Europa tem uma bandeira azul, com uma coroa de doze estrelas, não uma estrela por Estado, mas o emblemático número doze, considerado símbolo da plenitude e da perfeição, como doze eram os filhos de Jacob, os trabalhos de Hércules, os signos do zodíaco, os meses do ano, os apóstolos ou a romana lei das doze tábuas.

Doze estrelas, como as da auréola de uma Virgem que aparece no vitral da catedral de Estrasburgo, uma mulher vestida de sol, com a lua debaixo dos pés, tendo uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça (et in capite eius corona stellarum duodecim)...

Tudo muito conforme, aliás, com o capítulo XII do Apocalipse de S. João.»

NO "CAUSA NOSSA"

O Professor Vital Moreira sugere uma ratificação rápida do Tratado:

«Claro que o PS não deve adiar a resposta a este desafio. Se a opção é pela via parlamentar, como defendo, então o Governo deveria apresentar o Tratado na AR já na próxima semana (ou, se quiser esperar pelo fim da presidência portuguesa, logo no primeiro dia parlamentar de Janeiro), não havendo nenhuma razão para atrasar o procedimento de ratificação. »

CHARLES JONES

MISS MOURNING

RABIDGIRLSCOUT

DAMIENNE

MARTYA ADELA

ZAPTOR

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Advertising Agency: Hjaltelin, Stahl & CO., Copenhagen, Denmark
Creative Director:Nicolai Stahl
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THINK

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