quarta-feira, dezembro 05, 2007

Umas no cravo e outras na ferradura

FOTO JUMENTO

Coruche

IMAGEM DO DIA

[Vincent Du / REUTERS]

«Tres meses juntos. Dos bebés siameses están siendo bañados en su casa de Tianjin (China). Nacieron el 5 de noviembre y no los separarán hasta que cumplan los tres meses por seguridad.» [20 Minutos]

JUMENTO DO DIA

O recuo de Menezes

Menezes tentou chumbar a solução financeira apresentada pelo executivo da autarquia de Lisboa, foi claro na sua intenção de bloquear a gestão da principal câmara do país, mas teve azar, a opinião pública condenou a sua estratégia. Entretanto os seus apoiantes socorrem-se da bocas de Marcelo Rebelo de Sousa para virem defender que o problema era uma questão legal, até parece que estavam muito empenhados numa solução. Deus nos livre de ver esta seita governar Portugal.

A MANIA DOS LIVRINHOS

O livrinho é um tique típico de alguns ditadores ou candidatos a ditador, depois do livro vermelho de Mao e do livro verde de Kadafi aos venezuelanos ia saindo na rifa o livro azul de Hugo Chávez.

ASSIMETRIAS

«Nada disto é novidade, embora muitas das reivindicações que ouvimos o ignorem, parecendo acreditar que o acréscimo de bem-estar da classe média poderia continuar a depender indefinidamente do aumento do endividamento, fosse ele do Estado, das famílias ou da banca. Muito mais surpreendente, porém, é verificarmos que os Estados Unidos se deixaram cair numa armadilha idêntica quanto ao endividamento e ao excesso de peso do consumo privado. De facto, passados alguns meses sobre o desencadear da crise das hipotecas subprime, já não é possível ignorar o efeito que ela terá sobre o consumo privado americano que, também ele, constituiu o motor da economia ao longo de vários anos, chegando ao ponto de a poupança das famílias se ter tornado negativa. Não há, por isso, hipótese de a situação se corrigir – por mais que o Fed baixe as taxas de juro – sem que o consumo se reduza. Existe, contudo, uma grande diferença relativamente a Portugal, diferença essa que é relevante para todo o mundo e que resulta do facto de o consumo privado americano não ter sido apenas o motor da economia dos Estados Unidos, mas ter desempenhado igual papel na economia mundial. » [Jornal de Negócios]

Parecer:

Uma boa análise da situação das economias nacional e mundial da responsabilidade de Teodora Cardoso.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

O QUE NÃO DEVIA (E PODIA) ACONTECER EM LISBOA

«A guerra entre o PSD e a quase totalidade dos restantes vereadores na Câmara de Lisboa, incluindo o presidente António Costa, continua envolta em intenso nevoeiro.

Aparentemente, a posição inicial do PSD é incompreensível e irresponsável. Incompreensível porque é difícil entender que um partido que já governou e quer voltar a governar a edilidade da capital (para não falar do país) tenha viabilizado o plano de saneamento financeiro do município e, depois, votado contra um dos instrumentos aí previstos. Incompreensível porque a decisão dos autarcas de Lisboa parece ter-lhes sido imposta pela liderança do partido, contra a sua vontade e a sua autonomia. E irresponsável porque, ao criar uma situação de virtual ingovernabilidade da autarquia, o PSD prejudica-se e prejudica todos os lisboetas.

Só que, é necessário acrescentar, naquilo que se sabe sobre a proposta de empréstimo negociada pelo executivo de António Costa nem tudo está claro. Não está claro para todos por que existe uma diferença entre as dívidas que é urgente pagar a mais de cinco mil fornecedores e o montante total do empréstimo. Não está também claro se o artigo da lei invocado pelo presidente da câmara (o 40.º) é o correcto, ou se o empréstimo se devia enquadrar noutro artigo (o 41.º), que é mais exigente relativamente às condições do empréstimo e implica a intervenção do Governo. No domingo, no seu programa na RTP, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu - lendo os dois artigos da lei - que apenas o 41.º é aplicável, dizendo que invocar o 40.º poderá inviabilizar o visto do Tribunal de Contas e abrir um precedente grave no que respeita ao rigor orçamental que deve vigorar em todas as autarquias. Foi pena que Costa não tenha tomado a iniciativa de explicar a sua interpretação da lei na conferência de imprensa de ontem.

Chegaremos assim a uma assembleia municipal em que a maioria do executivo espera fazer passar a sua proposta com base num sentimento de urgência e jogando numa divisão do PSD: como a maioria dos sociais--democratas na AM é pequena, qualquer "doença" de última hora de alguns dos seus membros pode, face à ameaça de que se demitirá se o empréstimo for chumbado, permitir--lhe vencer o braço-de-ferro.

Por outras palavras: Costa deverá ganhar por via da sua maior habilidade política, apesar de, para muitos cidadãos, não ter explicado com toda a transparência o que está em causa. E se, para a cidade, é bom que ganhe, pois, se perdesse, a câmara ainda ficaria mais ingovernável, a democracia ganharia se algumas dúvidas fossem esclarecidas, designadamente se outra edilidade sem o imenso património da de Lisboa poderia beneficiar, em idêntico aperto financeiro, das condições mais favoráveis do famoso artigo 40.º.

Esta história pouco edificante da forma como tem vindo a ser gerida Lisboa - algo que não é só responsabilidade do PSD, antes indo até João Soares, a cujo tempo remontarão algumas das dívidas que só agora serão pagas - é mais um sinal de como a capital tem sido governada nos últimos anos.

Praticamente nenhum dos grandes projectos estruturantes esteve isento de polémicas e de guerras políticas, e seria fastidioso enumerá-los e avaliá-los. Daí que seja ao mesmo tempo com esperança e com inquietação que se vê a edilidade abrir um concurso de ideias para o gigantesco quarteirão, no centro da cidade, que vai do Parque Mayer à antiga Faculdade de Ciências. É que, se podem surgir excelentes ideias, teria sido fundamental que antes a edilidade definisse um programa mínimo, ou objectivos irrenunciáveis. Ora, isso, como nestas páginas se defende há mais de cinco anos, só poderá passar por deslocar o centro da discussão do defunto e irrecuperável Parque Mayer para o da recuperação e reintegração na cidade, como pólo museológico destinado à divulgação científica, dos edifícios da antiga faculdade e do insubstituível Jardim Botânico. Se é esse o programa da edilidade, esta deve dizê-lo já e terá de corresponder a um consenso alargado insusceptível de se transformar em palco de mais chicanas políticas.» [Público assinantes]

Parecer:

O editorial do Público fez uma boa análise da crise na autarquia lisboeta.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Afixe-se.»

ASSALTANTE COM DOZE ANOS

«Foi “uma estranha surpresa” para os agentes do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR de Guimarães. Um miúdo de 12 anos participou numa série de assaltos ocorridos no fim-de-semana, integrando um grupo onde se incluíam mais três rapazes – com 15, 16 e 17 – já bem conhecidos das autoridades.» [Correio da Manhã]

Parecer:

Isto começa a ser cada vez mais parecido com o Rio de Janeiro.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «É de pequenino que se torce o pepino...»

ESCOLAS DE BAGDAD

«No ano lectivo de 2006/2007, a esmagadora maioria das escolas do ensino não superior (93,4%) não registou qualquer ocorrência relacionada com questões de segurança. No universo de cerca de 12 600 estabelecimentos da rede, apenas 831 participaram situações, sendo que destes só 31 contabilizaram mais de 21 ocorrências. Lisboa e Vale do Tejo concentram a maioria (56,3%), seguida do Norte (25%). Porém, ainda foram agredidos 185 professores.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Os professores que leccionam nestas escolas deveriam ir equipados como os soldados americanos no Iraque e ter subsídio de risco.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Adoptem-se medidas proporcionais aos níveis de violência praticados nestas escola.»

É DIFÍCIL SER MÉDICO NO AMADORA-SINTRA

«Apesar dos pareceres em contrário, o médico está impossibilitado de exercer qualquer função clínica pela administração, quando é o cirurgião com mais habilitações naquela unidade. Desde Fevereiro que foi remetido para uma sala com uma secretária, onde dispõe apenas de dois livros de medicina dos anos 60 e 70. E está proibido de ter "qualquer contacto com colaboradores e utentes" do hospital sem "autorização prévia e por escrito da comissão executiva do hospital". Logo, de exercer actividades médico-cirurgicas, incluindo urgências. A administração tentou mesmo despedi-lo, mas teve de voltar atrás porque o clínico é funcionário público - apesar de ser gerido por um grupo privado, o Amadora-Sintra é um hospital público e integra o Serviço Nacional de Saúde. Com este vínculo, não pode ser despedido.» [Diário de Notícias]

Parecer:

Sacanas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Reveja-se o contrato entre o Estado e o grupo privado que explora o Amadora-Sintra.»

CHÁVEZ ANDOU ENGANADO

«Os eleitores venezuelanos disseram «não» em referendo à reforma constitucional proposta pelo presidente do país. Hugo Chávez admitiu a derrota publicamente, mas, longe das atenções mediáticas apontou o dedo aos seus assessores, que responsabilizou pelo resultado da votação, que não lhe permite ser reeleito sem limite de mandados, como pretendia.

Segundo noticia o jornal espanhol El Mundo, a reacção de Chávez no interior do seu gabinete foi algo diferente da que chegou às estações de televisão do mundo inteiro. «Isto é contrário à lógica», terá repetido várias vezes o líder do país latino-americano, sem a serenidade mediática que exibiu após a derrota. » [Portugal Diário]

Parecer:

Coitado do Chávez...

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «¿Por qué no te callas? »

¿ POR QUÉ NO TE CALLAS?

«O líder do PSD acusou esta terça-feira o Governo de bloquear o acesso a uma «democracia escorreita» e denunciou a falta de igualdade entre os partidos da oposição e o PS no acesso à comunicação social, refere a agência Lusa. Questionado sobre se falava de censura, Menezes disse apenas: «Estou a falar exactamente do que estou a falar». » [Portugal Diário]

Parecer:

Coitada da Evita de Gaia, já estamos fartos de o ouvir e ainda se queixa de censura, imitando a estratégia política de Jerónimo de Sousa.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se à Evita de Gaia se está preocupado com as sondagens.»

O CAO LANALGO CONTINUA A RENDER

«O caso Lanalgo manchou irremediavelmente o consulado de Joaquim Pina Moura à frente do Ministério das Finanças e levou à saída do director-geral dos Impostos. » [Correio da Manhã]

Parecer:

É lamentável que um jornalista bem informado como o Miguel Ganhão faça um comentário destes, ele sabe muito bem que o Dr. Nunes dos Reis não se demitiu por causa do caso lanalgo, ma sim muito mais tarde e por ter decididonão colaborar com Manuela Ferreira Leite. Sabe mas optou por escrever esta asneira, coisas do jornalismo.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Ofereça-se um livro de notas a Miguel Ganhão, para que não se esqueça dos factos..»

XXX

Algo mudou na DGCI, ao contrário do que sucedia com o director-geral anterior o actual sabe agradecer aos funcionários:

«De: José António Azevedo Pereira
Enviada: segunda-feira, 3 de Dezembro de 2007 8:56
Para: DGCI_Total
Assunto: Mensagem de reconhecimento a dirigentes funcionários e colaboradores da DGCI

Ex.mos Senhores
Dirigentes, Funcionários e Colaboradores da DGCI

A principal tarefa da DGCI consiste em cobrar impostos, pelo será sempre difícil que o nosso papel na sociedade possa ser entendido como simpático - sobretudo por parte dos contribuintes não cumpridores. Tal facto traduz-se naturalmente na cobertura mediática de que somos alvo. Ao longo das últimas semanas, temos vindo a ser alvo de um conjunto de artigos de imprensa marcados, em boa parte dos casos, por acusações injustas e afirmações não fundamentadas.

Num contexto difícil como este, é-me particularmente agradável constatar que, mau grado todo o ambiente que se tem procurado criar em torno da DGCI, a nossa capacidade para desempenhar com competência e dedicação as tarefas que se nos encontram cometidas continua intocável.

No passado mês de Novembro, foi alcançado um novo nível máximo mensal de cobrança coerciva no nosso país. O valor cobrado superou os 180 milhões de euros, ultrapassando largamente o máximo anterior (164 milhões de euros), alcançado em Dezembro de 2006.

Este resultado é o produto do esforço conjunto desenvolvido em especial nos Serviços de Finanças, mas também nas Direcções de Finanças e nos Serviços Centrais, pelo que é importante relevar o trabalho de todos vós. Constitui mais um contributo da DGCI no sentido de que o nosso país possa evoluir rumo a uma situação de maior equidade fiscal.


O resultado agora atingido não nos permite ainda afirmar ainda com segurança a consecução do difícil objectivo de cobrança que a este nível temos para o ano corrente, mas é uma prova de que o esforço que temos vindo a fazer está a produzir os resultados esperados e que, se continuarmos a intensificá-lo e a acreditar em nós mesmos, aquele objectivo se encontra ao nosso alcance.

A todos o meu reconhecimento.»

IMANTS URTANS

ALEXEEV

KATENOVNA

ALEXEI OLHOVOY

VLADA L

ENCANTADOR DE CACHORRO

REPORTER

[2][3]

Advertising Agency: Shoot Me, Warsaw, Poland
Art Director / Photographer: Pawel Fabjański
Copywriter: Reporter
Post Production: Piotr Karpiński / grubaryba
Production: Michal Majewski, Ewa Pawlikowska

BIC

[2]

Advertising Agency: Maclaren Mccann, Toronto, Canada
Creative Directors: Sean Davison, Jon Freir
Art Director: Erin Wendel
Copywriter: Lauren McRindle
Photographer: Shangoon

BMW Z4

[2]

Advertising Agency: Dentsu, Beijing, China
Art Director / Copywriter: Shou Bin Tang