Foto Jumento
Junto à Calçada do Combro, Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento 
São Salvador da Baía [A. Cabral]
Jumento do dia
Passos Coelho
Passos Coelho arranjou um argumento tão brilhante e inteligente que com esse mesmo argumento poderá acabar com todos os feriados, os dias de descanso semanal, as férias e, com algum jeito, até pode reintroduzir o esclavagismo.
«O primeiro-ministro desafiou, esta segunda-feira, a que se façam as contas ao que o país produz trabalhando no Carnaval, considerando que é tempo de "saber quem é que quer lutar para vencer esta crise" ou "ficar agarrado às velhas tradições".» [JN]
«O primeiro-ministro desafiou, esta segunda-feira, a que se façam as contas ao que o país produz trabalhando no Carnaval, considerando que é tempo de "saber quem é que quer lutar para vencer esta crise" ou "ficar agarrado às velhas tradições".» [JN]
O cantinho de Vasco Graça Moura
«Vasco Graça Moura impôs aos serviços do CCB a suspensão da aplicação do Acordo Ortográfico. A sua "coragem" mereceu aplausos excitados de jornalistas mais impressionáveis. Não me vou dedicar aqui ao apaixonante combate da Resistência Ortográfica Nacional. O Acordo Ortográfico é uma norma sem sanção. Cumpre quem quer. Nenhuma editora, nenhum jornal e nenhum particular é obrigado a segui-lo. Nem este acordo, nem as sucessivas reformas ortográficas do século XX que, nas últimas décadas, aceitámos como se fossem uma dádiva da natureza. Apenas se espera que quem é nomeado pelo Estado não obrigue as instituições que dirige por via dessa nomeação a não cumprir os acordos internacionais que o Estado assina. Não é pedir muito.
O Secretário para as Nomeações na Cultura, Francisco José Viegas - o mesmo que disse que Mega Ferreira continuaria mas foi obrigado, pelo partido do senhor Graça Moura, a meter a viola no saco - já explicou que o CCB "não está sob administração direta ou indireta" do Estado. Ou seja, que o ex-secretário de Estado da Segurança Social, ex-secretário de Estado dos Retornados, ex-diretor da RTP2, ex-administrador da Imprensa Nacional-Casa da Moeda, ex-presidente da Comissão Executiva das Comemorações do Centenário de Fernando Pessoa, ex-presidente da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, ex-comissário-geral de Portugal para a Exposição Universal de Sevilha, ex-eurodeputado e intrépido opositor de intelectuais subsidiodependentes que construíram a sua carreira às custas dos dinheiros públicos pode fazer o que lhe der na gana. Fica uma dúvida: a nomeação pública é apenas uma forma de premiar os militantes mais fiéis ou tem algum objetivo? Se não tem, compreende-se que a alternância no governo tenha de ser acompanhada pela alternância partidária nas nomeações. Se tem, o mínimo dos mínimos é que o nomeado não se dedique a boicotar os acordos assinados pelo Estado.
Vasco Graça Moura recusa-se a aceitar trabalhar em instituições que apliquem o acordo ortográfico? Tem boa solução: recusa nomeações públicas. Isso, tendo em conta o seu estatuto de nomeado crónico, é que seria uma prova de coragem. Assim, soa apenas a prepotência.
Pode-se, claro, defender que os imperativos de consciência de Graça Moura estão acima de qualquer papel assinado pelo Estado que o nomeou. Respeito. Com uma condição: o seu direito à indignação é extensível a todos os que trabalham na instituição. Qualquer funcionário do CCB que queira escrever com a nova grafia em documentos oficiais deve ter a liberdade de o fazer. Pode ser assim ou o CCB passou a ser um instrumento dos caprichos do senhor Graça Moura?» [Expresso]
O Secretário para as Nomeações na Cultura, Francisco José Viegas - o mesmo que disse que Mega Ferreira continuaria mas foi obrigado, pelo partido do senhor Graça Moura, a meter a viola no saco - já explicou que o CCB "não está sob administração direta ou indireta" do Estado. Ou seja, que o ex-secretário de Estado da Segurança Social, ex-secretário de Estado dos Retornados, ex-diretor da RTP2, ex-administrador da Imprensa Nacional-Casa da Moeda, ex-presidente da Comissão Executiva das Comemorações do Centenário de Fernando Pessoa, ex-presidente da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, ex-comissário-geral de Portugal para a Exposição Universal de Sevilha, ex-eurodeputado e intrépido opositor de intelectuais subsidiodependentes que construíram a sua carreira às custas dos dinheiros públicos pode fazer o que lhe der na gana. Fica uma dúvida: a nomeação pública é apenas uma forma de premiar os militantes mais fiéis ou tem algum objetivo? Se não tem, compreende-se que a alternância no governo tenha de ser acompanhada pela alternância partidária nas nomeações. Se tem, o mínimo dos mínimos é que o nomeado não se dedique a boicotar os acordos assinados pelo Estado.
Vasco Graça Moura recusa-se a aceitar trabalhar em instituições que apliquem o acordo ortográfico? Tem boa solução: recusa nomeações públicas. Isso, tendo em conta o seu estatuto de nomeado crónico, é que seria uma prova de coragem. Assim, soa apenas a prepotência.
Pode-se, claro, defender que os imperativos de consciência de Graça Moura estão acima de qualquer papel assinado pelo Estado que o nomeou. Respeito. Com uma condição: o seu direito à indignação é extensível a todos os que trabalham na instituição. Qualquer funcionário do CCB que queira escrever com a nova grafia em documentos oficiais deve ter a liberdade de o fazer. Pode ser assim ou o CCB passou a ser um instrumento dos caprichos do senhor Graça Moura?» [Expresso]
Autor:
Daniel Oliveira.
A Merkel manda!
«A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou esta segunda-feira, em Paris, que "sem acordo sobre a dívida externa grega não há mais ajuda".» [CM]
Parecer:
Esta Europa é uma Merkelândia.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se à Grécia que emita tírulos da dívida de guerra da Alemanha da senhora Merkel e pague a dívida soberana com esses mesmos títulos.»
Seria um erro confirmar
«Ministério das Finanças nega notícia avançada pela Reuters, de que o Governo sondou assessores para estudar opções em caso de reestruturação de dívida.
"O Ministério das Finanças português nega expressamente a notícia. Essa informação é completamente infundada". Assim reagiu o Ministério liderado por Vítor Gaspar sobre a notícia avançada pela Reuters de que Portugal teve conversas preliminares com assessores a propósito de opções sobre uma eventual reestruturação da dívida.
De acordo com a agência noticiosa, os responsáveis portugueses estiveram particularmente atentos aos desenvolvimentos na Grécia com vista a replicar alguns elementos desse acordo numa eventual reestruturação da dívida nacional.» [DE]
"O Ministério das Finanças português nega expressamente a notícia. Essa informação é completamente infundada". Assim reagiu o Ministério liderado por Vítor Gaspar sobre a notícia avançada pela Reuters de que Portugal teve conversas preliminares com assessores a propósito de opções sobre uma eventual reestruturação da dívida.
De acordo com a agência noticiosa, os responsáveis portugueses estiveram particularmente atentos aos desenvolvimentos na Grécia com vista a replicar alguns elementos desse acordo numa eventual reestruturação da dívida nacional.» [DE]
Parecer:
Gaspar só vai aceitar o falhanço da sua política quando o país estiver enterrado até ao pescoço.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Aguarde-se mais algumas semanas.»
No canteirinho do sr. Costa: 20 milões em adjudicações directas
«O Banco de Portugal (BdP) ajustou directamente mais de vinte milhões de euros em 2011. O carácter de urgência não imputável à entidade reguladora justifica que, pelo menos em duas situações, as adjudicações tenham ultrapassado o milhão de euros. À britânica Oliver Wyman – 2,1 milhões de euros (quando o Estado tem 275 mil euros para pagar a auditoria sobre todas as Parcerias Público Privadas) e à alemã Gieseck & Devrient, que por 1,5 milhões de euros vai fornecer equipamento para triagem e serviços públicos para Alenquer. Em 2011, esta última empresa recebeu do BdP mais de 2,6 milhões de euros em ajustes directos.
Os dados constam do BASE, o portal público do governo onde são divulgadas as adjudicações directas feitas por entidades públicas. Já em Janeiro deste ano, o BdP adjudicou o aluguer de autocarros de turismo com condutor à Eva Transportes por 48 mil euros, o que representa cerca de quatro mil euros mensais, e representa cerca do dobro pago o ano passado à transportadora de passageiros do grupo Barraqueiro, sócio da Mota-Engil de Jorge Coelho na operação de manutenção e exploração do Metro do Porto. Esta quantia supera largamente os 21 459 euros pagos no ano passado por serviços prestados isoladamente. Ainda em 2011, o BdP adjudicou um total de 428 mil euros em serviços de transportes e viagens. Em mobiliário, o regulador gastou, também no ano passado, cerca de 197 mil euros.
Já este ano, e apesar da crise, a entidade reguladora fez questão de investir nos arranjos exteriores e interiores. O serviço foi adjudicado no início do ano ao Horto do Campo Grande, por 112 mil euros. A empresa de jardinagem e plantas não fazia parte dos habituais fornecedores da entidade reguladora em 2011.» [i]
Os dados constam do BASE, o portal público do governo onde são divulgadas as adjudicações directas feitas por entidades públicas. Já em Janeiro deste ano, o BdP adjudicou o aluguer de autocarros de turismo com condutor à Eva Transportes por 48 mil euros, o que representa cerca de quatro mil euros mensais, e representa cerca do dobro pago o ano passado à transportadora de passageiros do grupo Barraqueiro, sócio da Mota-Engil de Jorge Coelho na operação de manutenção e exploração do Metro do Porto. Esta quantia supera largamente os 21 459 euros pagos no ano passado por serviços prestados isoladamente. Ainda em 2011, o BdP adjudicou um total de 428 mil euros em serviços de transportes e viagens. Em mobiliário, o regulador gastou, também no ano passado, cerca de 197 mil euros.
Já este ano, e apesar da crise, a entidade reguladora fez questão de investir nos arranjos exteriores e interiores. O serviço foi adjudicado no início do ano ao Horto do Campo Grande, por 112 mil euros. A empresa de jardinagem e plantas não fazia parte dos habituais fornecedores da entidade reguladora em 2011.» [i]
Parecer:
O sr. Costa vive num país imaginário, sem crise e cheio de dinheiro.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Solicitem-se explicações ao sr. Costa.»
Ministra não sabe de magistrados que passem fome
«"Não tenho conhecimento de magistrados que estejam a passar fome", garantiu Paula Teixeira da Cruz, ministra da Justiça, lembrando ainda as palavras do presidente do sindicato dos oficiais de Justiça, que também disse não ter conhecimento de funcionários de Justiça a passar fome.
"Se há casos desses é bom que se saiba quem são e porquê", concretizou Paula Teixeira da Cruz, no Forum TSF.» [Jornal de Negócios]
"Se há casos desses é bom que se saiba quem são e porquê", concretizou Paula Teixeira da Cruz, no Forum TSF.» [Jornal de Negócios]
Parecer:
Pois, no ministério da Justiça há a tradição de os magistrados irem contar os seus problemas ao titular da pasta de ministro.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se à senhora que se demita.»
A FP da MAdeira tinham um subsídio de insularidade
«O presidente do governo regional da Madeira, em resolução publicada nesta segunda-feira no Jornal Oficial, revogou a legislação que criou o subsídio de insularidade ao funcionalismo público da Região.» [Público]
Parecer:
Coitados, nasceram numa ilha contra vontade.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
Deep Freeze Spreads Across Europe [The Atlantic] |
A boy sits in front of an ice covered car in Versoix, near Geneva, Switzerland, on February 5, 2012. Bitterly cold weather sweeping across Europe claimed more victims on Sunday and brought widespread disruption to transport services, with warnings that the chilling temperatures would remain into next week.
|
 |
The ancient Roman forum, after a snowfall, on February 4, 2012. A rare mantle of snow blanketed the historic center of Rome on February 3, forcing the closure of schools and tourist sites such as the Colosseum.
|
 |
A young couple enjoys a cold afternoon ice skating on a frozen pond in Prague, Czech Republic, on Friday, February 3, 2012. Temperatures in Prague were around -7 degrees Celsius (19 degrees F).
|
 |
A woman begs for money as people pass by, with the air temperature at about minus 13 degrees Celsius (8.6 degrees Fahrenheit), in Kiev, Ukraine, on February 6, 2012.
|
