sábado, fevereiro 25, 2012

Umas no cravo e outras na ferradura




Foto Jumento


Chaminés no Alto do Lumiar, Lisboa
Imagens dos visitantes d'O Jumento


Secando a velas, Alcochete [A. Cabral]
  
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Jumento do dia


Ministro Álvaro

A crer na preocupação posta pelo ministro na capacidade de criar emprego recorrendo aos centros, públicos ou privado, leva-nos a crer que o problema de emprego em Portugal não está na criação de postos de trabalho mas sim na necessidade de mecanismos que ajudem a encontrar os trabalhadores para os postos de trabalho criados. É ridículo que num momento em que as empresas definham, encerrando e despedindo trabalhadores todos os dias o ministro desvie as atenções da realidade e invente soluções dando como exemplo países e momentos em que as economias cresciam a bom ritmo e eram criados postos de trabalho para os quais não se encontravam trabalhadores.
 
Este ministro insiste em não ter a noção da realidade, uma vez porque parece possuído de doença mental, outras porque acha que isto é o Canadá.

«O ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, reiterou hoje que os centros de emprego e de formação vão ter "o papel principal" na tarefa de arranjar empregos para quem está desempregado.

O secretário de Estado do Emprego, Pedro Martins, disse na quinta-feira que o governo admite financiar "serviços privados de emprego" que coloquem no mercado de trabalho desempregados que não recebem subsídio de desemprego, medida criticada pela oposição e pelos sindicatos.

O ministro da Economia desvaloriza as críticas, adiantando que o Governo vai lançar "alguns projetos-piloto e um estudo para perceber como são as melhores práticas que existem noutros países" para poder implementá-las em Portugal e "combater o desemprego".» [DN]
   
 

 A receita

«Dão que pensar os primeiros dados da execução orçamental de 2012, referentes ao mês de Janeiro. Naturalmente, é cedo para tirar conclusões. Mas seria um erro ignorar os sinais preocupantes que já se registam, designadamente no capítulo da receita fiscal. [DE]

Comecemos por registar o óbvio: no primeiro mês do ano, as receitas fiscais, em vez de crescerem, diminuíram. Apesar de todos os aumentos de impostos decididos pelo Governo, as receitas fiscais diminuíram 7,9% em Janeiro (em comparação com o mês homólogo do ano anterior), quando o Orçamento para 2012 tem por base uma previsão de aumento das receitas fiscais, no conjunto do ano, de 2,9%. Este é o primeiro sinal de um desvio que pode ameaçar as metas orçamentais.

Veja-se o comportamento da receita dos impostos indirectos, mais sensíveis à evolução da economia: a receita subiu apenas 0,5% em Janeiro, quando o Orçamento para 2012 conta com um crescimento de 8,6%. E especial atenção deve ser dada ao IVA: não obstante os brutais aumentos determinados pelo Governo, as receitas do IVA cresceram apenas 5,7% em Janeiro (face ao mês homólogo), quando o Ministro das Finanças inscreveu no Orçamento para 2012 uma previsão de crescimento, para o conjunto do ano, de 12,6%. E a variação homóloga só não foi mais negativa porque houve uma redução nos reembolsos (-12,7%), dado que o acréscimo efectivo da receita bruta do IVA não foi além dos 1,4%. É certo, temos de aguardar pelos dados dos próximos meses para ver se estas tendências se confirmam. Mas uma coisa é clara: este não foi um bom começo na execução orçamental de 2012.

Tudo indica que o fraco desempenho da receita fiscal é apenas mais uma consequência do erro político estrutural do Governo: a absurda opção por uma austeridade "além da ‘troika'". Ao adoptar, num contexto internacional desfavorável, múltiplas medidas de austeridade não previstas no Memorando inicial (imposto sobre o 13º mês; taxas de IVA a 23% na energia e na restauração; aumentos brutais nos transportes e nas taxas moderadoras; eliminação dos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos e pensionistas...) o Governo provocou uma travagem abrupta da economia, de graves consequências. Os dados do INE sobre o 4º trimestre de 2011 aí estão: a recessão atingiu os -2,7%, enquanto a taxa de desemprego disparou para os 14%. E a tendência para 2012 é que as coisas se agravem ainda mais (a Comissão Europeia já prevê uma recessão de -3,3%). Sucede que o aumento do desemprego significa mais despesa (em subsídios) e o agravamento da recessão implica menos receita. É a tenaz de empobrecimento - aumento brutal de impostos e redução de rendimentos e prestações sociais - que acaba por frustrar as expectativas de aumento da receita fiscal e prejudicar a própria consolidação das contas públicas.
 
Se ainda antes de começar o ano já o ministério das Finanças admitia que o défice em 2012 poderia subir para 5,4% (em vez de cumprir a meta dos 4,5%), é natural que os dados da execução orçamental de Janeiro suscitem por lá a seguinte pergunta: que fazer com este novo desvio? E essa é a pergunta que pode abrir caminho para mais um passo na perigosa espiral de recessão e austeridade. Onde é que já vimos este filme?»

Autor:

Pedro Silva Pereira.
  
 O abismo

«Estimativas do INE, quarto trimestre de 2011. O número de desempregados em Portugal atingiu os 771 mil, 14% da população activa, contra os 706 mil e 12,7% a que corresponde o desemprego médio anual.
  
É a taxa mais alta de que há memória, excede o triplo da que existia há dez anos e continua a crescer. E, se circunscrevermos a análise aos jovens, a taxa dispara para os 35%, donde um em cada três não tem emprego. É um cenário arrepiante.
 
Sucede que estes números estão subavaliados. Da população activa constam 633 mil pessoas empregadas a tempo parcial. E na chamada população inactiva estão 286 mil que, embora aptos para trabalhar, não procuraram ou não conseguiram arranjar emprego.
  
Se juntarmos à taxa oficial de desemprego este grupo de inactivos e metade dos empregados a tempo parcial, a taxa já excede os 20% e envolve mais de um milhão de pessoas. Qual é o limite?
  
Recuperemos as políticas seguidas. Como se sabe, o chamado PIB potencial tem vindo a decrescer, devido ao colapso do investimento. E, pior do que isso, o PIB efectivo é ainda mais baixo do que o PIB potencial, o que reflecte uma subutilização da capacidade produtiva. Se a tudo isso juntarmos as recentes alterações na legislação laboral, facilitando os despedimentos, ficamos com o quadro completo: o desemprego vai aumentar ainda mais.
  
Mas o empobrecimento não acaba aqui. Sendo a legislação agora aprovada um facilitador de despedimentos, parece óbvio que muitas empresas vão aproveitar esta dádiva para substituir uns trabalhadores por outros com salários mais baixos. Os próprios subsídios, de resto, são também eles cada vez mais baixos e pagos durante menos tempo. Ou seja, este é um dos maiores ataques às classes trabalhadoras que alguma vez se desferiram em Portugal.
 
Dir-se-á que o modelo seguido é uma imposição da ‘troika' e não há nada a fazer. É só meia verdade. Todos nos lembramos das palavras do primeiro-ministro, ao afirmar que subscrevia tudo o que está a ser feito e que ele próprio faria o mesmo, obrigado ou não. Mais: de tal modo ele se sente confortado que até decidiu ir além do que a própria ‘troika' exigia. O país vai a caminho do abismo e Passos Coelho nem sequer se apercebe disso.
  
Ninguém lhe dá um abanão?» [DE]

Autor:

Daniel Amaral.
  
 Despedimentos assistidos

«Aqui há umas semanas soube-se que a Soares da Costa obteve um salvo-conduto para dispensar mais de meio milhar de trabalhadores e encaminhá-los directamente para o subsídio de desemprego. Depois disso, todo o sector da construção pôs o braço no ar a reclamar carta branca para negociar rescisões por mútuo acordo com o patrocínio da Segurança Social, sem que cada empresa precise de fundamentar as boas razões porque invoca regimes excepcionais. Em seguida, foi a vez do sector do imobiliário tomar posição na fila reclamando igual tratamento.
  
É certo que a construção é um dos sectores mais abalados com a travagem a fundo das Obras Públicas e o estrangulamento do crédito bancário, mas as dificuldades estão longe de justificar a transformação de prerrogativas especiais em direitos automáticos. Basta, aliás, ver o caso da Soares da Costa: no ano em que pediu para ultrapassar o limite de rescisões amigáveis encaixou 15 milhões de euros de lucro; em 2011, quando obteve luz verde do Governo para avançar, acumulava 4 milhões de lucros em nove meses. E como por estes dias é difícil perceber porque é que uma sociedade que continua a gerar alguns milhões de lucros precisa do dinheiro da Segurança Social para negociar despedimentos de forma amigável, com certeza que não deixará de aparecer mais um bom punhado de empresas a legitimamente invocar igualdade de tratamento.
  
Veremos como continuará a responder o Governo à avalanche de pedidos. Mas, para já, parecem confirmar-se os receios de João Proença, da UGT, quando, há umas semanas exigia que estes requerimentos não dependessem unicamente das inclinações do ministro da Economia e que fossem apreciados também pelo da Segurança Social.
  
Uma dupla tutela sobre a boa utilização de dinheiros públicos daria pelo menos uma oportunidade a Pedro Mota Soares de lembrar a Álvaro Santos Pereira que o principal dever de um Estado é criar condições para o relançamento do emprego, e não constituir-se como assistente em processos de despedimento. Que o subsídio de desemprego foi criado para garantir um rendimento substitutivo do salário a quem cai no desemprego de forma involuntária; não é um mecanismo de apoio do Estado a empresas que querem despedir depressa, barato e com o mínimo de resistência social; nem tão pouco é um fundo que patrões e trabalhadores accionam para compor acordos de conveniência entre as partes, por mais confortáveis que possam ser. E ainda que foi também por causa de desbaratamentos de natureza semelhante a estes no passado que os portugueses já vão ter reformas mais magras, subsídios de desemprego mais curtos e, quem sabe, de futuro, de trabalhar até aos 70 para ter uma reforma condigna.
  
E se ainda assim não fosse convincente, o ministro da Segurança Social poderia sempre lançar mão do seu derradeiro argumento, que tem invocado amiúde para justificar a amputação de complementos sociais a centenas de pensões de 400 ou 500 euros: "Um euro mal gasto ( ) é um euro que é retirado às pessoas mais frágeis e que mais precisam". » [Jornal de Negócios]

Autor:

Elisabete Miranda.

 Saudades e 'Schadenfreud'

«Ando a ter muita Schadenfreude. Vocês sabem, aquela palavra alemã que significa ter alegria com o mal dos outros. Eu tive de explicar em frase, mas os alemães precisam de uma só palavra para definir a coisa. Muito eficientes os alemães, sobretudo em motores e estados de alma. A primeira vez que senti ter Schadenfreude foi quando soube que os alemães tinham uma palavra para aquilo. Como ando de há uns tempos para cá irritado com os alemães, fiquei contente com o mal deles, fiquei com Schadenfreude por eles terem a palavra Schadenfreude. Só mesmo eles, disse-me. Agora li que o Deutsche Bank (olha, outra coisa em que eles são bons, bancos) tem um fundo de investimento chamado Life Kompass 3. Este é tão fácil de explicar como empurrar uma velhota escada abaixo. Há um painel de 500 pessoas, verdadeiras e americanas, entre os 70 e 90 anos, a quem o banco determina uma dada esperança de vida. Se morrerem antes, os investidores ganham mais, se morrem depois, o banco paga menos aos investidores. Como se pode ver, o Deutsche Bank tem aqui o papel humanitário, tem interesse em que os velhotes vivam mais tempo. Já os investidores alemães apostam na morte da manada dos 500 o mais cedo possível. Esta aposta na morte deu-me outra vez Schadenfreude pelos alemães. Eu sei que o sentimento é de alegria, mas não gosto. Já tenho saudade de ser português, isto é, meter explicações longas numa só palavra e esta não fazer mal aos outros. » [DN]

Autor:

Ferreira Fernandes.
  
 À espera do reviralho

«Vaias, insultos, manifestações e greves não servem para nada. Discursos também não. Portugal foi entalado pela Europa e só esta nos pode tirar do apuro. O país é pequeno, pobre e pouco influente. A margem de manobra é nula.
 
Não vale por isso a pena insistir em dois mitos que estão muito em voga. O primeiro diz respeito à culpa. Alguns fanáticos consideram Sócrates a origem de todos os males. Outros, concedem que a culpa não é de nenhum governante em particular mas da classe política no seu todo. Há ainda quem ache, na visão doméstica das contas públicas, que simplesmente se gastou de mais. Enfim, é convicção geral que de uma maneira ou doutra a culpa é nossa. Não é.
  
O Portugal contemporâneo não inventou nada. Cumpriu ordens. Fez o que tinha de ser feito. Tardiamente democrata, o país foi obrigado a fazer em poucos anos o que os outros levaram décadas. Da Europa veio o dinheiro e a imposição para se construírem estradas, hospitais, escolas e uns quantos devaneios. Aumentou-se a formação geral, passou-se do país rural da beatice, para o país moderno mais perto do modo de vida europeu. A Europa exigiu que os portugueses se desenvolvessem, se tornassem rapidamente mais civilizados, mais parecidos com os alemães. E foi o que se fez. Com empenho e talento, diga-se de passagem. Depois, quando menos se esperava, apareceu uma crise financeira nos Estados Unidos e, como o mundo anda todo ligado, a onda de choque depressa chegou ao velho continente. Veio então a ordem, em 2008, para se injetar dinheiro às carradas nos bancos. Foi o que Sócrates fez. Mas de pouco serviu. Tal como nas sequelas, o império financeiro contra-atacou. Chegados à chamada crise das dívidas soberanas, como o país de soberano já tem pouco, a troika aterrou.
  
Nesta história, o que podia Portugal ter feito? Quase nada. Ou será que se os governos anteriores tivessem eliminado alguns feriados, cortado nos salários dos funcionários públicos, poupado nas gravatas dos ministérios, o país estaria muito melhor? Que ilusão! Que demagogia!
 
Portugal não tem culpa, porque Portugal não tem culpa de ser pequeno, com pouca gente, sem grandes riquezas naturais, tirando o sol, não ter uma elite esclarecida, nem ricos que não sejam meros provincianos com dinheiro. Metade do século vivemos na idade média, a outra metade foi passada a tentar recuperar o tempo perdido. Esperavam melhor?
  
O segundo mito é o de que estamos em vias de resolver o problema. Não estamos. O atual governo acha que, ao secar a economia, está a criar as bases para a prosperidade. Não se vê como. A liquidez está a ser arrebanhada por todo o lado para pagar dívidas. Vendem-se ativos para pagar dívidas. Contraem-se novas dívidas para pagar dívidas, ou seja, fica tudo na mesma ou ainda pior. Como é que sem liquidez, sem empresas e com mais dívidas se pode sair da atual crise financeira? Não pode.
  
A coisa é tão óbvia que até dói. Vivendo nós numa sociedade do consumo, como é que sem dinheiro para consumir se podem criar empresas que produzam bens de consumo? Como é que alguém vai investir num negócio, numa fábrica, num produto, numa inovação? Onde estão os clientes? E mesmo os que respondem, com alguma justeza, que é na exportação que está a salvação, por um lado os nossos habituais clientes europeus também não estão melhor, e não é de um dia para o outro que se consegue transformar Portugal num país fortemente exportador. Falta dinheiro, falta tempo, faltam ideias e, já agora, também falta ânimo.
 
Estamos, portanto, e mais uma vez dependentes dos outros e a cumprir ordens. Desta vez chama-se austeridade e é isso que o nosso governo faz com gosto. Cortes e greves equivalem-se na irrelevância. Isto só muda quando a ordem mudar.
 
É assim que, neste preciso momento, estamos suspensos de dois eventos políticos europeus importantes. As eleições em França, já em Maio, e na Alemanha, para o outono do próximo ano. Se o poder mudar de mãos nestes dois países, se vier aí um reviralho europeu, talvez Portugal se safe. Senão é miséria e mais miséria. Tão simples como isto.» [Jornal de Negócios]

Autor:

Leonel Moura.
  
 Alemanha enriquece com a crise nos países do Sul

«Os depósitos bancários na Grécia já diminuíram em 28% desde o pico atingido em Junho de 2009, para 169 mil milhões de euros no final de Dezembro passado, segundo os dados compilados pela Bloomberg.
  
Em Espanha, diminuíram 5% nos cinco meses decorridos até Novembro de 2011, para 934 mil milhões de euros, o mínimo desde Abril de 2008. E em Itália os bancos tinham 974 mil milhões de euros em depósitos no passado mês de Novembro – o valor mais baixo de 18 meses. Em contrapartida, os depósitos na Alemanha aumentaram em quase 10% desde Março de 2010, altura em que foi concedido à Grécia o primeiro pacote de resgate. Os depósitos em bancos alemães subiram todos os meses, excepto em cinco, desde finais de 2009 – e atingiram 2,15 biliões de euros no final de 2011, refere a Bloomberg.
  
E acontece que a deterioração do panorama para o crescimento na Zona Euro poderá exacerbar estas saídas de dinheiro, principalmente dos chamados Estados-membros periféricos.
 
“O maior risco sistémico é se as pessoas deixam de ter confiança em manterem os seus euros em Espanha, Portugal ou Itália”, comentou à Bloomberg um economista da Lombard Street Research, Dario Perkins. “Faz sentido colocar o dinheiro na Alemanha só para ficar seguro e é aí que reside o verdadeiro perigo sistémico. Este contágio não está ainda descontado”, acrescentou.» [Jornal de Negócios]

Autor:

Compreende-se que a senhora Merkel aposte na continuação da crise, ganha nos juros que cobra nos empréstimos e financia o seu crescimento económico com as poupanças dos países do sul.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Lamente-se tanto cinismo e oportunismo»
  

 Diplomacia turística

«Antecipando «um impacto muito grande na comunidade» com esta alteração da política de concessão de vistos, que entra em vigor em março, José João Morais lamentou: «Nós aqui fazemos tanto pelos americanos, pelo Governo americano, (¿) e depois tratam-nos desta maneira».
 
Mas as culpas, frisou, são mais dos diplomatas portugueses ¿ que não têm «capacidade» para lidar com um país «muito difícil» como os Estados Unidos - do que dos políticos americanos. E as mesmas culpas estendem-se a figuras como o Presidente da República e o ministro dos Negócios Estrangeiros, que «a única coisa que vêm cá [aos Estados Unidos] fazer é gastar dinheiro e passear», criticou.» [TVI]

Parecer:

Parece que o Portas anda tão ocupado com os croquetes e o cluster do pastel de nata que esqueceu as funções tradicionais da diplomacia e. pior do que isso, o interesse dos emigrantes portugueses nos EUA.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Sugira-se a Paulo Portas que dê alguma atenção aos interesses nacionais e se deixe do turismo diplomático.»
  
 O velhote anda muito distraído

«O Presidente da República admitiu esta sexta-feira ter ficado surpreendido com os números recorde do desemprego e recusou alimentar as polémicas do cancelamento da visita à escola secundária e das suas reformas. Cavaco Silva, que arrancou com um Roteiro da Juventude, diz que os jovens empresários "são a seiva de uma economia próspera".» [CM]

Parecer:

Este senhor ajudar o país com os seus conhecimentos de economia.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Dê-se a merecida gargalhada.»
  
 A tempo antes do governo destruir as Novas Oportunidades

«Voltei a estudar porque quero sempre saber mais", disse ontem ao CM João Vieira, de 91 anos, minutos antes de receber o certificado de conclusão do 9º ano no Centro de Novas Oportunidades de Salvaterra de Magos. Tinha apenas a 3ª classe, concluída aos 34 anos, quando já era feitor de uma herdade no Montijo, e regressou à escola incentivado por um neto. » [CM]

Parecer:

É uma pena que tenhamos um primeiro-ministro tão pequeno.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Mandem-se os parabéns ao senhor Vieira.»
  
 Cavaco discorda do governo quanto à emigração ser solução para os jovens

«O Presidente da República realçou a preocupação com o desemprego jovem, que se situa em 35,4%. Questionado se acha que a emigração dos jovens é uma solução, Cavaco respondeu: "Espero bem que não."» [Jornal de Negócios]

Parecer:

Parece que nem todos são idiotas.

Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Pergunte-se a Passos Coelho se vai criar a agência de promoção da emigração sugerida pelo pequeno Rangel.»
  

 One billion slum dwellers [Boston.com]

Afghan refugee Nazeeha Taj, 5, plays with a drum in a slum on the outskirts of Islamabad, Pakistan, Jan. 11, 2012. (Muhammed Muheisen/Associated Press)
An Afghan refugee girl stands in a muddy alley, following a rainy night, Jan. 16, 2012. (Muhammed Muheisen/Associated Press)
Police walk past a barrier set on fire by residents of the Pinheirinho slum, who are resisting police arrival to evict them by court order. (Roosevelt Cassio/Reuters)
Water from a leaky fire hose rains down on neighborhood residents as they attempt to put out a fire that had already burned dozens of homes, in the New Building slum neighborhood in central Malabo, Equatorial Guinea, Monday, Jan. 23, 2012. As firefighters struggled to get enough water pressure to make their firehoses work, residents fought the fire with buckets of waste water and used mallets to tear down homes in the fire's path. Equatorial Guinea and Gabon are currently co-hosting the African Cup of Nations soccer tournament. (AP Photo/Rebecca Blackwell)
Sisters Benedicta Macole and Susana Ritope Macole, survey twisted scraps of metal roofing, all that remains of the house where they grew up, after a fire ravaged part the New Building slum neighborhood, Jan. 24, 2012. Residents say scores of homes in the tightly-packed neighborhood were destroyed, leaving several hundred people displaced. (Rebecca Blackwell/Associated Press)